A ÁGUA NO UNIVERSO
H2O
http://www.lsbu.ac.uk/water/index.html
O BIG BANG – uma bomba ou explosão do
próprio espaço?
Jean-Francois COLONNA
Lineweaver and Davis 2005 – SciAm.
ASSOCIAÇÃO DOS ÁTOMOS
BIG BANG ou Super Novas elétrons passam a orbitar os prótons,
formando átomos de hidrogênio
Átomos de hidrogênio representam aprox. 75% da massa do gas interestelar, que por sua vez ocupa 99% do volume interestelar.
ρ
gás = 1 átomo / cm -ρ
ar = 30x10 mol / cm 3 18 3 http://www-ssg.sr.unh.edu/ 74.25 % 1% 24.75 %O HIDROGÊNIO
Imagem em falsa cor da emissão de ondas de rádio na Via Láctea, identificando nuvens de átomos
neutros de hidrogênio. NASA Um átomo neutro de hidrogênio emite radiação (comprimento de ondas de rádio) quando a direção de rotação do próton e elétron é alterada – onda de 21 cm de comprimento com frequência de 1.420.000.000 Hz
A ÁGUA NO UNIVERSO
A fusão de átomos de H deu origem aos outros elementosAglomeração dos átomos em nuvens aumenta a atração gravitacional e favorece o colapso de massa, aumentando a temperatura (15M de graus e formando uma estrela – calor opõem-se a completa contração).
No seu interior o hidrogênio se funde
formando hélio, o hélio o carbono, e o carbono o oxigênio.
Com o tempo formam-se todos os
elementos da tabela periódica, finalizando com o ferro – núcleo da estrela –
interrupção do processo de fusão e total colapso da matéria. Adensamen to de nuvens de hidrogênio precedendo a formação de uma estrela
Gás insterestelar aquecido pelo choque de uma onda de gás ejetado pela explosão de uma supernova – azul = oxigênio e verde = hidrogênio.
NASA
A ÁGUA NO UNIVERSO
Formação de molécula de água
H H
O
Constelação de Orion
1968 – água foi vista no espaço pela 1a. Vez
Observação de radiotelescópios mostram o spectro de ondas curtas de uma nebulosa núcleo ferro-silicoso onda de choque
Explosão recente de uma supernova - NASA
A contração da matéria sobre um núcleo metálico não compressível gera um ricochete explosivo, que dispersa uma nuvem de
isótopos mais pesados no espaço interestelar.
ÁGUA NA TERRA
A nebulosa que originou o sistema solar possuía provavelmente uma grande quantidade de água - a volume de água existente na Via Láctea é 1 milhão
de vezes maior que o volume do sol.
Uma vez que o centro da nebula entrou em colapso, criando o sol, a matéria restante ao redor iniciou um movimento de rotação, dando origem ao movimento
orbital de gás e poeira cósmica.
Presença de grande concentração de poeira em Orion, impedindo a
passagem de luz
NASA
Gelo tende a se formar sobre os grãos de poeira – formação de planetesimais associa-se à presença de água. Em cerca de 1 milhão de anos a coalescência de poeira deu origem a planetesimais e eventualmente protoplanetas – após a formação
de algumas dezenas de pequenos planetas, choques violentos passam a ocorrer.
FORMAÇÃO DA TERRA E OCEANO
A colisão de grandes corpos estelares gera grande
quantidade de calor, o que pode derreter ou mesmo
vaporizar rochas – liberação de moléculas de água
congelada. Colisão de cometas acrescentariam
ainda mais umidade
Nuvem de vapor d’ água sobre o planeta – efeito
estufa – elevação da temperatura – fusão das
rochas – “mar de lava”
A terra se forma entre 50 e 100 milhões de anos após a formação do sistema
solar
FORMAÇÃO DA TERRA E OCEANO
4570 Ma:período de acresção, formação do núcleo, formação de densa atmosfera, oceano de magma
4500 Ma:perda da atmosfera densa primordial
4470 Ma:acresção praticamente completa
4400 Ma:mais antigo fragmento de zircão conhecido
4300 Ma: idade mínima para maioria dos
grãos de zircão
4300 Ma:continentes estáveis e oceanos
3900 Ma: final do bombardeio cósmico
História da terra primordial – Halliday (2001) e Zhang (2002)
4550 Ma: ultimo grande impacto de
protoplaneta
Matsui e Abe (1986) -
Com a atmosfera
primordial atingindo temperaturas de 1260
graus Celsius, a mesma quantidade de vapor
gerado pelos choques era consumida na
fluidização do magma. A pressão
atmosférica deve ter sido 100 vezes maior
que a atual. Com a dimuição da frequência
dos choques a superfície resfria e inicia-se
um ciclo de chuvas – com temperaturas de
315 graus C (temperatura de condensação
com pressão de 100 atmosferas).
A QUANTIDADE DE ÁGUA QUE ESTAATMOSFERA DE VAPOR PODERIA SUPORTAR SERIA SEMELHANTE AO
VOLUME ATUAL DOS OCEANOS.
A formação da Lua parece ter ocorrido após esta fase, com a Terra apresentando uma crosta sólida
– sendo assim a água acumulada por esta chuva primordial vaporizou-se (parcialmente?) no
espaço.
A HISTÓRIA DO ZIRCÃO
Valley 2005
A razão isotópica O18/O16 encontrada nos grãos de zircão são compátiveis com cristais formados em ambientes relativamente frios ricos em água
Padrão de crescimento de um cristal de zircão revelam diferentes idades (centenas de milhões de anos de diferença) associadas a fases de crescimento. A identificação de pedaços de quartzo indicam a provavel presença de bloco granítico (comum em crostas continentais maduras). Elevadas concentrações de elementos raros associados
à cristalização da crosta são também
encontrados
Valley 2005
FORMAÇÃO DA LUA
Astro capturado pelo campo gravitacional Fissão causada pela rápida rotação
Poeira cósmica agregada Choque com asteróide
Jeffrey Taylor 1994
FORMAÇÃO DA LUA
FATOS
¾ As rochas lunares datam de 4,5 bilhões de anos
¾ A Lua apresentou atividade tectônica até aproximadamente 2 bilhões de anos ¾ A Lua não tem um núcleo ferroso – as rochas são basicamente silicosas ¾ A Lua não possui minerais voláteis, como água, potássio e sódio
¾ O choque do asteróide aumenta a velocidade de rotação da Terra ¾ O calor gerado pelo choque transforma 65% da Terra em magma.
FORMAÇÃO DA LUA
Um corpo com massa semelhante a Marte se choca com a Terra. 2% da massa combinada dos dois corpos inicia órbita ao redor da Terra. Metade desta massa forma a lua, em um intervalo de tempo entre 1 e 100 anos ápós o impacto.
Southwest Research Institute
FORMAÇÃO DA TERRA E OCEANO
Polêmica
- mas porque a lua não tem água?
- composição isotópica da água nos cometas diferente da água na Terra (cometas com
maior quantidade de deutério).
Em 2001 é observado que o cometa Linear (acima desintegrando-se próximo ao sol) apresenta reduzida composição de moléculas
orgânicas voláteis, sugerindo composição isotópica semelhante à da Terra.
A superfície lunar mostra evidências de que a
Terra continuou a ser bombardeada após sua
formação. Se parte deste bombardeamento foi
representados por cometas, grande quantidade
de água pode ter sido adicionada.
Ritmitos de maré – 3.2 B anos – Africa do Sul. Regularidade dos ciclos mostra que a
lua formou-se a partir de fragmentos da Terra agregados, e não como um corpo insterestelar capturado pelo campo de gravidade terrestre (originaria órbita mais
FORMAÇÃO DA TERRA E OCEANO
sol Mercurio Venus Terra MarteA Terra se localiza a uma distância ideal do sol para de manter a água em estado líquido. O sol parece ter sido 30% mais fraco a 4,5B de anos atrás, e vem se aquecendo desde então, fazendo com que a zona habitável do sistema solar se desloque para fora.
Zona habitável atual Zona habitável há 4.5 B de anos
ÁGUA EM MARTE
EVOLUÇÃO DA VIDA
cianobactérias
estromatólitos
Fotossíntese – cianobactérias (algas azuis)
Dissociação fotoquímica com luz ultravioleta = 1 – 2% dos níveis
atuais de O2 é o bastante para iniciar a produção do ozônio e
criar escudo contra a radiação ultravioleta
MAS ANTES...
O aparecimento de moléculas de carbono, e cadeias destas capazes de
se auto-replicar, parece ter ocorrido em profundidade, junto às fontes
hidrotermais do fundo oceânico
→
combinação de hidrogênio, nitrogênio e um metal catalisador (composto de ferro) produz amônia, componente necessário para reações biológicas.A sintetização de vários tipos de moléculas orgânicas complexas tem sido feita em laboratório sob condição de altas temperatura e pressão, utilizando-se metais, água e dióxido de carbono.
marcas microscópicas
potencialmente associadas a células fósseis – idade presumida 3,7 a 3,9 B anos Sarah Simpson 2003 Sarah Simpson 2003
EVOLUÇÃO DA VIDA
concentração de 02 aumenta de 1% para 15% entre 2200 Ma e 1900 Ma Formação de depósitos de minério de ferro 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 continentes estáveis e oceanos1as células vivas
1as células fotosintéticas
liberação O2 por
fotosíntese Respiração aeróbica
holocausto do oxigênio rocha + antiga
GASES NA ATMOSFERA
Claude J. All gre and Stephen H. Schneider 1994 SciAm
EVOLUÇÃO DA VIDA
Fundo do mar no Cambreano
ausência de esqueletos calcáreos Explosão do Cambreano
EVOLUÇÃO DA VIDA
¾Formação de 70% dos
escudos continentais
¾Plantas terrestres (ozônio
na atmosfera)
¾Extinção de 90% da vida na
Terra trilobitas
Terra em Bola de Neve
“Snowball Earth”
SNOWBALL
EARTH
SNOWBALL EARTH
EVOLUÇÃO QUÍMICA
Composição química H
20 inalterada,
como é sugerido pela manutenção
das formas de vida
Quantidade de sal estimada nos oceanos
50 000 000 000 000 000 tons =
Camada de 170 m de sal cobrindo
todos os continentes
EVOLUÇÃO QUÍMICA
De onde veio o sal?
Gradual adição pelos rios através do intemperismo das rochas
O
OCEANO ERA DOCE INICIALMENTE.
afunda com sedimentos
COMO SE EXPLICA??
Erosão continental anual = 4.000.000.000 tons de sal + fontes vulcânicas
4 x 10
9anos x 4
x10
9tons sal /anos = 1,6
x10
18tons sal >> 0,05
x10
18tons
existentes hoje
Mar Morto – bacia fechada – sem consumo corpos hipersalinos
COMPOSIÇÃO DO SAL
Que sal é este?
72 elementos são identificaveis na água marinha
cálcio (Ca) magnésio (Mg) sódio (Na) potássio (K) bicarbonato (HCO3) sulfato (SO4) cloro (Cl) bromio (Br) Total
mg/l
0,419 1,304 10,710 0,390 0,146 2,690 19,350 0,070 35,079 silica (SiO2) ferro (Fe) cálcio (Ca) magnésio (Mg) sódio (Na) potássio (K) bicarbonato (HCO3) sulfato (SO4) cloro ( Cl) Total - 14,51 - 0,74 1,19 16,62 3,72 4,54 30,53 6,98 1,11 2,55 0,42 31,90 7,67 12,41 55,16 8,64 100,0 100,0 % dos elementos totaismar rio diatomáceas e radiolários moluscos, foraminíferos, crustáceos, corais precipitação
Adicionados em períodos com maior atividade tectônica
CELULA DE CIRCULAÇÃO
Scientific America - http://www.sciam.com/explorations/1998/070698atlantis/index.html
Falésias de Dover - Inglaterra
A recirculação da água induz a retirada de magnésio e sulfatos e a adiciona calcio e potássio. Sendo assim, durante alguns períodos de maior atividade tectônica global, haveria maior concentração de cálcio na água favorecendo a reprodução de organismos com carapaças calcáreas
DISTRIBUIÇÃO DO SAL NO PLANETA
EXTINÇÃO NO PERMIANO – 250 M ANOS
Desaparecimento de:
- 90% das espécies marinhas
- 65% dos respteis e anfíbios terrestres
- 30% dos insetos
Fauna e Flora – desapareceram
- 42% das famílias
- 72% dos gêneros
ESPONJAS, CRINÓIDES, BRAQUIÓPODOS NAULILOIDES, BRIOZOA, CORAL TRILOBITA, ALGA, VERMES, PEIXES
CELACANTO, AMONÓIDES, VERMES BIVALVES, OURIÇO, SIRI, ALGA
ESCALÓPODO, PEIXES, ESTRELA DO MAR
Erwin, Sci.Am. 1996
Erwin, Sci.Am. 1996
EXTINÇÃO NO CRETÁCEO – 65 M ANOS
TECTITOS
Fauna e Flora – desapareceram
- 47% dos gêneros
IODP - Smithsonian Museum
IODP - Smithsonian Museum