• Nenhum resultado encontrado

Gerenciamento financeiro: um estudo de caso nas lojas “MM – móveis modernos”

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Gerenciamento financeiro: um estudo de caso nas lojas “MM – móveis modernos”"

Copied!
99
0
0

Texto

(1)

UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DACEC – Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação

Curso – Administração

Disciplina – Trabalho de Conclusão de Curso

ATIZIEL PAULO GORCZAK ANÉLIA FRANCELI STEINBRENNER

GERENCIAMENTO FINANCEIRO: UM ESTUDO NAS LOJAS

“MM – MÓVEIS MODERNOS”

Trabalho de Conclusão de Curso

(2)

ATIZIEL PAULO GORCZAK

ANÉLIA FRANCELI STEINBRENNER

GERENCIAMENTO FINANCEIRO: UM ESTUDO DE CASO

NAS LOJAS “MM – MÓVEIS MODERNOS”

Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho de Conclusão do Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Rio Grande do Sul – UNIJUI, como requisito parcial à Conclusão de Curso e consequente obtenção de título de Bacharel em Administração.

(3)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por sua presença e proteção constante em minha vida, me proporcionou energia, orientação e sabedoria suficientes para concretização de mais este sonho.

A minha amada namorada Vanessa, por toda paciência, e apoio e insistência nas horas de dificuldade.

A minha família que teve paciência, meu auxiliou com apoio e

ajuda nos momentos de dificuldades do caminho.

Aos meus pais Claudio e Ladislava que me deram à vida

e me apoiaram sempre nessa conquista.

As minhas irmãs Adriane e Ângela pelo apoio nesta

caminhada.

À universidade, funcionários e professores... em especial à minha orientadora, Anélia Franceli Steinbrenner pela sua dedicação e atenção ao longo de todo trabalho.

Aos amigos que contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho, em especialmente a Tiago Hermes e Diogo Rockenbach, aos meus colegas de trabalho que sempre estiveram dispostos a me ajudar, e especialmente aos proprietários da “Móveis Modernos”.

A todos os que direta ou indiretamente contribuíram para a realização desta graduação. Recebam de coração o meu sincero agradecimento.

(4)

RESUMO EXPANDIDO Introdução

As mudanças ocorridas no Brasil nos anos de 2015 e principalmente as que vem ocorrendo ao ano de 2016, trazem consigo um novo desafio gerencial adaptar-se e/ou resistir os efeitos do cenário de retração econômica, os quais vêm freando o consumo de certos bem, entre os afetados, o polo moveleiro e seu comércio.

A expressão “retração econômica” assusta a muitos gestores. Esta afeta em primeiro

plano os setores financeiros de cada empresa. O setor financeiro da empresa cuida dos fluxos

financeiros monetários, os quais são como o “sangue” da empresa, é o que a move. Cuidar do “sangue” da empresa se torna então tarefa vital. Essa consiste em planejar e controlar os

fluxos, de modo a auxiliar a alta administração do negocio/empresa.

A empresa “Móveis Modernos” nasceu em 2011, que rapidamente se desenvolveu, cresceu e expandiu-se e atualmente conta com três lojas. Na mesma não se estruturou nenhum setor interno que cuida do gerenciamento financeiro, apenas o controle de algumas despesas e duplicatas a receber e a pagar. Sendo assim, a necessidade de planejamento e controle financeiro se torna imprescindível no contexto que as organizações se encontram neste momento econômico.

Considerando esses aspectos, o objeto de estudo é a empresa “Móveis Modernos”,

com o proposito de propor um modelo de planejamento e controle financeiro, com base nos relatórios financeiros contábeis e internos da empresa; e nas projeções de receitas, despesas e custos. Após elaborar o planejamento econômico e financeiro, identificando propostas e sugestões para empresa aprimorar seu gerenciamento financeiro.

Referencial Teórico

Para Oliveira (1999, p.33), o planejamento pode ser conceituado como um processo (...), desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa.

Zdanowicz (1998, p.16), comenta que é através do planejamento financeiro que se poderá visualizar as medidas que deverão ser executadas, bem como as expectativas a respeito

do futuro da empresa. E ainda ressalta, que “as decisões importantes, quando embasadas no

planejamento e controle financeiro, têm grande possibilidade de serem eficazes e darem certo

na empresa”.

Gitman (2010, p. 99) afirma que “a demonstração dos fluxos de caixa, na prática, é resumir as entradas e saídas de caixa durante um dado período”. Ainda o autor (2010, p.330) destaca que: “os fluxos de caixa de qualquer projeto que se enquadre no padrão convencional

gerencial geralmente incluem três componentes básicos: um investimento inicial, entradas de

caixa operacional e fluxo da caixa terminal”.

Basso (2011, p. 306) explica que a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) “é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de um

determinado período ou exercício social”.

Silva (2012) esclarece que ao tratar a questão financeira da empresa não deve-se apenas ater-se as demonstrações contábeis, mas envolver a empresa num contexto operacional e estratégico. Pois a análise financeira é uma ferramenta que auxilia na avaliação da empresa, a contabilidade é a linguagem dos negócios e as demonstrações contábeis são os canais de comunicação que fornecem os dados e informações para diagnosticar o desempenho e saúde financeira da empresa.

Segundo Hansen e Mowen (2003, p.28) a “gestão de custos produz informações para

usuários internos. Especificamente, a gestão de custos identifica, coleta, mensura, classifica e relata informações que são úteis aos gestores para o custeio (determinar quanto algo custa),

(5)

Orçamento para Stedry (1999, p.22 apud PADOVEZE, 2010, p.31) é “a expressão

quantitativa de um plano de ação e ajuda à coordenação e implementação de um plano”. Sob esta base Padoveze (2010, p.31) discorre: “orçar significa processar todos os dados constantes

do sistema de informação contábil de hoje, introduzindo os dados previstos para o próximo

exercício, considerando as alterações já definidas para o próximo exercício”. Metodologia

Foi um estudo de caso, porque é um estudo de natureza empírica que investiga um determinado fenômeno, geralmente contemporâneo, dentro de um contexto da realidade. Trata-se de uma análise aprofundada de um ou mais objetos (casos), para que permita o seu amplo e detalhado conhecimento (GIL, 1996). No entanto, foi um estudo de caso específico na área financeira da empresa que atua no ramo comercial de móveis.

O estudo de caso trata de um estudo circunscrito a um gestor da organização de

estudo. Segundo Gil (1996, p. 58), “o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e

exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante os outros delineamentos

considerados”. O universo da pesquisa foi a empresa que atua no ramo comercial de móveis e

amostra foi o setor financeiro da mesma, que envolveu análise dos demonstrativos contábeis, e projeção de dados econômicos e financeiros, com base nos dados coletados em documentos da empresa, demonstrações contábeis, controles internos, e ainda, a pesquisa foi realizada com os dois proprietários da empresa, os quais administram os negócios da referida empresa.

Os dados foram coletados nos relatórios contábeis e de controle interno e confirmados através de conversas e entrevistas não estruturadas referentes às atividades, operações que a empresa desenvolve e para identificar os objetivos almejados, para ter base para projeção de informações. Na coleta de dados iniciais é considerado importante a aplicação de técnicas para sua realização, sendo elas: observação e entrevistas. A técnica aplicada nesta pesquisa foi

a observação que segundo Beuren et al (2004, p. 128) “a observação é uma técnica que faz

uso dos sentidos para a obtenção de determinados 3 aspectos da realidade. Consiste em ver, ouvir e examinar os fatos ou fenômenos que se pretendem investigar”.

Beuren et al conceitua que, “analisar dados significa trabalhar com todo o material

obtido durante o processo de investigação, ou seja, com os relatos de observação, as transcrições de entrevistas, as informações dos documentos e outros dados disponíveis”, (BEUREN et al 2004, p. 137). Os dados foram agrupados e receberão um tratamento qualitativo. Os quais serão organizados em planilhas eletrônicas, gerando gráficos e Quadros para as referidas análises, de cada caso de forma individual.

Resultados

A empresa em estudo atua no ramo de comércio varejista de móveis, e esta é composta por um grupo de três empresas, das quais foram analisadas duas, a Matriz e filial um, respectivamente nominada de empresa A e B. Na empresa A, do exercício de 2014 para 2015, a mesma sofreu um de 67,29% no seu Passivo Circulante, dentro do qual a conta fornecedores cresceu 71,18%, ou seja, as obrigações de curto prazo se elevaram. O Ativo Circulante por sua vez cresceu 58,85%, porém a conta clientes, cresceu 123,20%, o que representa que o capital da empresa esta nas mãos de seus clientes em forma de duplicatas a receber, e os financiamentos com fornecedores aumentaram. Isso resulta em uma baixa disponibilidade de recursos para trabalhar.

Na Demonstração de resultado de exercício de 2014 e 2015, tem os resultados líquidos de respectivamente de R$ 35.251,61 e R$ 3.786,54, uma queda brusca de 89,26% na lucratividade. A qual foi resultada pela queda nas receitas e aumento nas despesas.

Na empresa B, no exercício de 2015, os valores dos ativos e passivos totais cresceram na medida de 110,32% comparados ao exercício anterior. No lado ativo se destaca o crescimento de 172,42% do estoque, e o aumento de 86,99% no adiantamento dos recebíveis

(6)

de clientes. Já no outro lado, no passivo, os valores físicos das contas passivas se mostram estáveis com baixos crescimentos ou declínios, apenas com maior representatividade as obrigações tributárias cresceram consideravelmente. E com sua importância, destaca-se que a empresa no exercício 2015 conseguir gerar lucros, mesmo que ainda não cubra os prejuízos acumulados no período anterior.

Ainda na empresa B, na Demonstração de resultado de exercício de 2014 e 2015, tem um resultado negativo de R$ 23.026,01, e no próximo um positivo de R$ 14.516,78, o qual representa uma boa recuperação.

Nas receitas da empresa A, são exclusivamente composta apenas pelas vendas, na qual entre o período de agosto de 2015 a dezembro de 2015, as vendas giram em torno de quarenta a cinquenta mil reais por mês, porem de janeiro de 2016 a julho de 2016, o teto máximo cai para quarenta mil, contendo em alguns meses vendas inferiores a trinta mil reais. Porem aos próximos períodos, após avaliações e projeções de campanhas promocionais, projeta-se vendas mensais de quarenta à cinquenta mil sob media mensal. Nas despesas têm-se uma enorme volatilidade nos meses de agosto de 2015 a julho de 2016, saindo de trinta e oito mil ate cento e cinco mil, a qual representa uma irregularidade nas mesmas, pois esta volatilidade esta ligada diretamente a custos e despesas não somente da empresa A, mas também de B e algumas de C. Deste modo, para o período de agosto 2016 à dezembro 2016, se atualizou as despesas tão somente de A, realocando as outras para cada uma correspondente as suas origens, girando agora em torno de quarenta mil reais mensais, com acréscimos de valores em novembro e dezembro, relacionados aos encargos legais com mão-de-obra.

Sob estes dados projetou-se as demonstrações de resultados mensais, de janeiro de 2016 a dezembro de 2016, onde apurouse os seguintes resultados neste período: R$ -41.130,70; R$ -14.588,66; R$ -17.952,58; R$ 1.368,65; R$ -14.337,19; R$ -15.000,89; R$9.958,73; R$ -2.665,81; R$ -44,30; R$ -7.896,35;R$ -5.720,84; R$- 4.921,49.

A empresa no período apresenta constantes prejuízos, pois de acordo com sua estrutura, a sua receita de vendas é insuficiente para mantê-la. Nos cinco meses projetados (agosto a dezembro), têm-se todos os resultados dos meses negativos, ou seja, a empresa está operando no prejuízo, porém o resultado do primeiro semestre foi pior, pois apenas se encontram aqui os reais desembolsos causados pela estrutura da empresa A. Porém, ainda dentro destes desembolsos, há desembolsos que não foram identificados/mensurados, os quais podem ser para outra empresa, ou para suprimento de necessidades dos gestores.

Nas receitas de B, da mesma forma do que A, entre o período de agosto de 2015 a dezembro de 2015, as vendas giram em torno de noventa mil, mas sendo muito voláteis, tendo meses de baixas vendas e meses de super-vendas. Nos meses de janeiro de 2016 à julho de 2016, a volatilidade de um mês para outro é maior ainda, porém a media gira em torno de noventa e dois mil reais mensais. As despesas do período de agosto de 2015 a dezembro de 2015 são mais equilibradas mensalmente, girando na media de quarenta e nove mil mensal, mas tendo um mês que foge da média. No período seguinte de janeiro a julho de 2016, as mesmas giram em torno de oitenta e dois mil. Na projeção das despesas, os valores não se alteram, sendo a media gira em torno de oitenta e quatro mil reais mensais.

Sob estes dados projeta-se as demonstrações de resultados mensais, de janeiro de 2016 a dezembro de 2016, sendo respectivamente na ordem: R$ 15.035,93; R$ 11.028,69; R$ -24.888,16; R$ 5.564,64; R$ 22.013,22; R$ -9.300,82; R$ -7.377,19; R$ 4.804,44; R$ 588,40; R$ 5.013,28; R$ -5.590,62; R$ -10.816,84.

A empresa B, também fecha alguns meses em “quebra”, porém detém alguns meses

fechando em resultados positivos. A empresa B, da mesma forma que a empresa A, detém uma estrutura funcional pesada, que depende exclusivamente de vendas, as quais para trazer resultados positivos devem ser significativas.

(7)

Ao longo do ano de 2016, tem-se o resultado final das operações da empresa A, a qual gerou o resultado de R$ - 132.848,90, negativo, podendo assim para os próximos períodos apertar as contas financeiras da empresa. Já a empresa B, gerou um resultado negativo também, porém mais suave, de R$ - 11.732,40.

As entradas/recebimentos financeiros de clientes, as quais foram elaboradas sob as condições de recebimentos de clientes com: 20% das vendas à vista, 10% para 30 dias, 10% três parcelas, 30% cinco parcelas, e 30% para dez parcelas. Nos recebimentos ainda, há adiantamento de duplicatas, aonde para fins de trabalho e montagem de fluxo até o mês de julho, adianta-se cada mês, as duplicatas que seriam recebidas nos dois próximos meses. Mas a partir de agosto de 2016, a administração das empresas adianta os recebimentos de duplicatas das vendas integrais/totais do mês. Porém para a empresa é cobrando uma taxa de juros mensal que é descontada de acordo com os números de meses das efetivas duplicatas. Essa taxa corresponde à 2,9%. De forma semelhante, foram orçados os pagamentos aos fornecedores, porem com a sistemáticas das compras no mês serem pagas em três parcelas, sempre com a primeira para o mês seguinte ao da compra.

E para fins de análise financeira, elaborou-se um fluxo de caixa resumido de ano inteiro de 2016, contadas todas entradas e saídas de valores monetários. Sob esta projeção podemos perceber como ambas empresas estão.

No saldo final de caixa, nas movimentações do ano, a empresa A, apresenta uma quebra de caixa de R$ - 42.362,01. Esse resultado expõe a saúde financeira precária da empresa, pois depende estritamente de recursos de terceiros e/ou de injeções de dinheiro como foi projetado para liquidar suas obrigações. Porém após tomados os empréstimos, a empresa A, já no ano, consegue liquidar um pouco mais que a metade do que foi retirado de empréstimo do banco e ainda lhe sobra R$ 15.477,35 em caixa mais R$ 12.000,00 que foram efetuados em retiradas.

Mas na empresa B, a situação financeira pode ser considerada de regular a boa, pois a mesma apesar de também necessitar de empréstimos para equilibrar os fluxos, o seu saldo final é positivo. E em seu resultado final há uma grande sobra de recursos financeiros, girando em torno de R$ 64.238,81, havendo ainda retiradas dos sócios de R$ 49.000,00 no ano. Ainda a empresa B, consegue saciar seu compromissos com seus empréstimos retirados, ficando apenas uma pequena parte para o exercício seguinte.

Conclusão

Com todo o parecer já apresentado, surgem inúmeras proposições e caminhos a seguir. Mas o principal caminho a ser seguido é o do planejamento, controle e avaliação. Porém ambos devem ser feitos e controladas, pois nada vale planejar sem controlar, bem como, controlar sem ter algo planejado para comparação, e criar avaliações ilusórias sem indicadores de planejamento e controle.

O objetivo do presente trabalho foi de identificar um modelo de planejamento e controle financeiro para empresa Móveis Modernos, que conta com um grupo de lojas A, B e C. A proposta englobou a utilização das Demonstrações Contábeis como fonte de informação para análise gerencial e a confecção de um fluxo de caixa para o controle dos ingressos e desembolsos da empresa. É recomendável que empresa passe a inserir nas suas rotinas diárias a manutenção de fluxo de caixa, o que possibilita a identificação com antecedência de possíveis desenquadramentos de capital disponível.

Palavras-chave: finanças; planejamento; controle.

Referencias Bibliográficas

(8)

BEUREN, Ilse Maria. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

BEUREN, Ilse Maria. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

GIL, Antônio Carlos. Projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1996.

GITMAN, Lawrence J. Princípios da administração financeira. São Paulo: Habra, 1997. ________, Lawrence J., Princípios de administração financeira. 12°ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2010.

HANSEM, Don R.; MOWEN, Maryanne M. Gestão de Custos: Contabilidade e Controle. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: conceitos,

metodologia e praticas. 14° ed. São Paulo : Atlas, 1999.

SILVA, José Pereira da. Análise Financeira das Empresas. 11°ed. São Paulo: Atlas, 2012. ZADANOWCIZ, José Eduardo. Planejamento Financeiro. 2°ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998.

(9)

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01: Fluxograma de Elaboração de Orçamento 34

LISTA DE QUADROS

Quadro 1:Balanço Patrimonial Empresa A ... 40

Quadro 2: Demonstração Do Resultado do Exercício Empresa A ... 42

Quadro 3: Balanço Patrimonial Empresa B ... 44

Quadro 4:Demonstração de Resultado de Exercício Empresa B ... 45

Quadro 5: Relatório de Vendas de Agosto à Dezembro 2015 Empresa A... 48

Quadro 6: Relatório de Vendas Janeiro à Julho 2016 Empresa A... 49

Quadro 7: Relatório de Vendas de Agosto à Dezembro 2015 Empresa B ... 51

Quadro 8: Relatório de Vendas de Janeiro à Julho 2016 Empresa B... 52

Quadro 9: Relatório de Despesas de Agosto à Dezembro 2015 Empresa A ... 54

Quadro 10: Relatório de Despesas de Janeiro à Julho 2016 Empresa A ... 55

Quadro 11: Relatório de Despesas de Agosto à Dezembro 2015 Empresa B ... 57

Quadro 12: Relatório de Despesas de Janeiro à Julho 2016 Empresa B ... 58

Quadro 13: Indicares de Liquidez ... 61

Quadro 14: Índices de Retorno ... 62

Quadro 15: Indicadores de Estrutura e endividamento... 64

Quadro 16: Projeção de vendas empresa A, Agosto/2016 à Dezembro/2016 ... 65

Quadro 17: Projeção de vendas empresa B, Agosto/2016 à Dezembro/2016... 68

Quadro 18: Projeção de despesas empresa A, Agosto/2016 à Dezembro/2016 ... 70

Quadro 19: Projeção de despesas empresa B, Agosto/2016 à Dezembro/2016... 71

Quadro 20: DRE, Empresa A, Janeiro à Julho 2016... 73

Quadro 21: DRE, Empresa A, Agosto à Dezembro 2016... 74

Quadro 22: DRE, Empresa B, Janeiro à Julho 2016... 74

Quadro 23:DRE, Empresa B, Agosto à Dezembro 2016 ... 75

Quadro 24: DRE 2016 Consolidada... 76

Quadro 25: Recebimentos de Clientes, Empresa A, Janeiro à Julho... 78

Quadro 26: Recebimentos de Clientes, Empresa A, Agosto à Dezembro ... 78

Quadro 27: Recebimentos de Clientes, Empresa B, Janeiro à Julho ... 79

Quadro 28: Recebimentos de Clientes, Empresa B, Agosto à Dezembro ... 79

Quadro 29: Pagamentos de Fornecedores, Empresa A, Janeiro à Julho... 80

Quadro 30: Pagamentos de Fornecedores, Empresa A, Agosto a Dezembro... 81

Quadro 31: Pagamentos de Fornecedores, Empresa B, Janeiro à Julho... 81

Quadro 32: Pagamentos de Fornecedores, Empresa A, Agosto a Dezembro... 82

(10)

Quadro 34: Projeção de compras e estoques, Empresa A... 83

Quadro 35: Apuração de Estoque, Empresa B, Janeiro à Julho 2016... 84

Quadro 36: Projeção de compras e estoques, Empresa B ... 84

Quadro 37: Fluxo de Caixa, Empresa A, Janeiro à Julho ... 85

Quadro 38: Fluxo de Caixa, Empresa A, Agosto à Dezembro... 87

Quadro 39: Fluxo de Caixa, Empresa B, Janeiro à Julho... 88

Quadro 40: Fluxo de Caixa, Empresa B, Agosto à Dezembro... 90

(11)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...13 2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO...14 2.1 Apresentação do Tema...14 2.2 Caracterização da Organização...15 2.3 Problema ...16 2.4 Objetivos ...17 2.4.1 Objetivo Geral ...17 2.4.2 Objetivos específicos...17 2.5 Justificativa ...17 3 REFERENCIAL TEÓRICO...19

3.1 Gestão das Organizações ...19

3.2 Contabilidade ...20

3.2.1 Demonstrativos Contábeis...21

3.2.2 Análise dos Indicadores Financeiros...23

3.3 Custos...27

3.4 Planejamento...29

3.4.1 Orçamento Empresarial...30

3.4.2 Planejamento e Controle Financeiro ...32

4 METODOLOGIA...37 4.1 Classificação da pesquisa...37 4.2 Universo Amostral ...38 4.3 Coleta de Dados ...38 4.4 Análise de Dados ...39 5. RESULTADOS ...40

(12)

5.1.1 Análise dos Demonstrativos Contábeis...40

5.1.2 Análise das Receitas...46

5.1.3 Análise das Despesas ...54

5.2 Analise dos Indicadores Financeiros ...59

5.2.1 Análise da Liquidez...59

5.2.2 Análise dos Índices de Retorno ...61

5.2.3 Indicadores de Estrutura e endividamento ...62

5.3 Projeções ...64

5.3.1 Projeções de Vendas...64

5.3.2 Projeção de Custos/Despesas ...70

5.3.3 Projeção de Demonstração de Resultado de Exercício ...72

5.3.4 Projeção de Fluxo de Caixa Operacional ...77

5.4 Propostas e Sugestões ...93

6. CONCLUSÃO...97

(13)

1 INTRODUÇÃO

A enorme evolução da tecnologia nas últimas décadas desencadeou um cenário de competição global para as empresas e países. Neste cenário, o Brasil, nos anos passados vinha por sua vez acompanhando a mesma a passos lentos, porém no ano atual (2016) e no ano anterior, o mesmo está sofrendo uma retração econômica, a qual pode-se considerar-se uma

“crise” que atinge os vários setores da economia.

Tal situação gera uma estagnação de movimentos financeiros internos do país e de investimentos de terceiros, criando um alto nível de desemprego em massa e em diferentes classes sociais. Nesse quadro espera-se uma politica-institucional do Estado capaz de aliviar o peso dessa retração econômica, abrindo caminhos para modernização e desenvolvimento das diferentes organizações que atuam no mercado econômico do país.

Contudo no presente contexto, as empresas não podem ficar paradas esperando a

solução dessa “crise econômica” por parte do Estado. Mas sim criar e viabilizar instrumentos

e soluções que permitam as empresas sobreviverem no mercado, alcançando seus objetivos, ajudando a desenvolver e recuperar a economia do país.

Para a sobrevivência das empresas, o gestor pode adotar diferentes posturas econômicas, nas quais o presente estudo aprofunda-se na “proteção financeira”, onde busca-se projetar o futuro da organização a curto prazo e planejar as receitas e as despesas/custos.

O presente trabalho está estruturado da seguinte forma: inicia-se com a apresentação do tema central do estudo, a empresa objeto de estudo, o problema/questão de estudo, os objetivos, a justificativa, seguida do referencial teórico, da metodologia aplicada no estudo, seguido do capítulo dos resultados, o qual se subdivide-se na analise dos demonstrativos financeiros contábeis, as analises das receitas e despesas que serviram de base para as projeções econômicas e financeiras, seguido da conclusão do estudo e é finalizado com as referências bibliográficas consultadas para o estudo.

(14)

2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

2.1 Apresentação do Tema

No contexto atual, o mercado se mostra a cada dia mais competitivo, mais acirrado e incerto, pois mudanças ocorrem constantemente. Mas juntamente este fator de retração econômica, é o que gera um certo grau de vulnerabilidade nas empresas. Por este motivo as empresas devem se adaptar ao ambiente, para poderem garantir sua parcela na participação de mercado.

Destaca-se que a retração econômica esta afetando em larga escala os setores de serviços, o setor metal-mecânico, o comércio/varejo em geral, o imobiliário e indústrias em geral. Apenas alguns setores sobressaem-se a essa retração, os quais suprem as necessidades básicas do ser humano. Neste contexto, a empresa do estudo situa-se no setor de varejo, que é definido por Kotler (1998, p. 493) como todas as atividades envolvidas na venda de bens e serviços diretamente aos consumidores finais para uso pessoal.

No processo como um todo, tem-se a atividade vendas no centro da operação e ao seu redor todo um sistema financeiro, o qual envolve entrada e saída de valores monetários, os quais são de responsabilidade do setor Administrativo Financeiro, o que deve cuidar efetivamente do dinheiro, da sua entrada e de sua saída.

Nesta mesma linha de pensamento, Zdanowicz (1998, p.15) ressalta que as empresas defrontam-se com problemas financeiros nos mais variados níveis, exigindo cuidados especiais, pois todas as informações deverão estar atualizadas e fluindo continuamente à cúpula diretiva. Neste sentido, será necessário planejar a integração e o inter-relacionamento entre as diversas áreas da empresa, a fim de evitar futuras distorções dentro da própria organização.

Cabe então ao administrador, avaliar as mudanças do ambiente e direcionar a empresa

rumo ao seu “Norte”. Mas não basta definir seu norte, a empresa, o gestor, o administrador

deve se posicionar-se frente às adversidades do ambiente, e no caso do presente estudo é a retração econômica que nosso país vem enfrentando. Para isto o mesmo pode inovar em diversos setores da empresa. Um deles pode ser até o setor de marketing, que pode criar ou inovar em campanhas publicitárias ou em produtos/serviços, gerando um aumento na receita, porém este só ocorre a partir de investimentos.

Outra medida que pode se implantar neste ambiente é o planejamento e controle gerencial financeiro, onde o gestor pode vislumbrar um futuro próximo acerca de dados de

(15)

anos anteriores e projetar o controle de suas finanças, para deste modo se tonar uma empresa eficiente e competitiva, contornando os problemas advindos da retração econômica e com baixos investimentos.

Em suma, a empresa vem sendo afetada fortemente pela retração econômica, porém desenvolve-se uma forma de contorno a esta vulnerabilidade, através da segunda opção recentemente mencionada, o planejamento e controle gerencial financeiro.

Deste modo, segundo Oliveira (1999, p.33) o planejamento pode ser conceituado como um processo, desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa. E conforme Frezatti (2000, p. 17) o termo controle no universo empresarial é garantir que decisões tomadas realmente ocorram.

O planejar é decidir sobre o futuro, mover a empresa de uma situação atual para uma outra situação pré-definida, o controle é a forma de garantir que o planejamento seja seguido, por fim aplica-se os mesmos na área financeira.

Por isto o tema foco deste estudo é o planejamento financeiro para uma empresa comercial varejista no ramo de móveis.

2.2 Caracterização da Organização

A empresa “Móveis & Móveis” iniciou suas atividades em 19 de novembro de 2011, integrada à uma rede de lojas de âmbito nacional, na região Noroeste estado Rio Grande do Sul, Município 1, com o propósito de atender a comunidade local e regional na demanda de móveis planejados e com diferencias do designer, conforto e sofisticação. Seu quadro funcional contava com cinco colaboradores, no início do das suas atividades, mais a gestora/proprietária.

Ao longo do tempo a empresa vem participando das feiras comercias da região, feiras promovidas por fornecedores, e da mesma forma, buscando constantemente investir na capacitação e a busca de inovações e tendências para satisfazer o cliente. Neste constante movimento foi que surgiu a ideia, a atitude e coragem de empreender e conquistar novos espaços.

Neste processo de planejamento a empresária (proprietária e gestora) com o intuito de alavancar os negócios resolveu abrir uma filial da empresa “Móveis & Móveis” em outra cidade, próxima a Município 1, a qual, entende-se por Município 2. Surgiu também a

(16)

necessidade de construir uma nova marca e nome para a empresa, sendo hoje, “Móveis

Modernos” de Município 1 e Município 2.

E em 12 de junho de 2013, após 19 meses da inauguração da até então “Móveis &

Móveis”, aconteceu a inauguração da primeira filial da empresa que conta com colaboradores

preparados para atender a cidade Município 2 e região com a missão de concretizar sonhos com sofisticação e qualidade. A empresa “Móveis Modernos” inaugurou também sua segunda filial no dia 20 junho de 2014 na cidade Município 3. Sendo atualmente já uma pequena conjunto de lojas, contando com três lojas e 13 colaboradores.

Hoje a empresa “Móveis Modernos” é reconhecida regionalmente como sinônimo de competência e sempre visando a qualidade de atendimento e de seus produtos. Onde sua missão é: Oferecer conforto, qualidade, diferenciação e exclusividade em móveis e decoração, com foco no desenvolvimento sustentável para a região Noroeste e Missões do RS. E por visão: Ser a maior e melhor rede de loja de móveis e decoração do Rio Grande do Sul, destacando-se pela qualidade e inovação.

2.3 Problema

Esse tema problematiza-se a partir necessidade do acadêmico em por em prática seus conhecimentos adquiridos durante o curso de Administração. Além da constatação da situação financeira e econômica do país, o que instiga a estudar e propor métodos e meios para as organizações contornarem essa dificuldade. Porém o presente estudo apenas focará em uma organização, a qual será objeto de estudo.

A empresa “Móveis Modernos”, nasceu em 2011, que rapidamente se desenvolveu, cresceu e expandiu-se e atualmente conta com três lojas. A qual inicialmente teve a gerencia da proprietária, mas, após o crescimento da mesma, a gerencia foi dividida com seu esposo. Para atender aos fins legais e contábeis a empresa conta com o auxílio de um escritório contábil, porém na mesma não existe nenhum setor interno que cuide do gerenciamento financeiro, apenas o controle de algumas despesas e duplicatas a receber e a pagar. Sendo assim, a necessidade de planejamento e controle financeiro se torna imprescindível no contexto que as organizações se encontram neste momento econômico e levantou-se a seguinte questão de estudo: Qual o modelo ideal/adequado de planejamento e controle financeiro para à empresa “Móveis Modernos”?

(17)

2.4 Objetivos

2.4.1 Objetivo Geral

- Identificar o modelo ideal/adequado de planejamento e controle financeiro para à empresa “Móveis Modernos”.

2.4.2 Objetivos específicos

- Coletar informações de relatórios financeiros (balancete mensal, balanços anuais, 2014 e 2015) na empresa.

- Identificar dados físicos e financeiros do controle interno (receitas, custos e despesas, em quantidades, unidades e valores monetários) (2014 e 2015).

- Analisar os relatórios financeiros (2014 e 2015). - Projetar receitas, custos e despesas.

- Realizar o planejamento econômico ou Operacional (DRE) e financeiro (Fluxo de Caixa).

- Propor sugestões de controle do planejamento proposto.

2.5 Justificativa

Na medida da situação atual, o setor de comércio tem grande importância para a economia brasileira, de acordo com Bradesco (2016), o mesmo correspondia a 13% do valor total do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2014, no qual o varejo representa 42,9 % deste valor, tendo maior participação do que a indústria (11,7%), a construção civil (6,6%), a agropecuária (5,3%) entre outros. Seguindo a este panorama, o varejo tem grande importância à economia brasileira pela sua participação, no qual a empresa/objeto de estudo esta enquadrada.

Um estudo num segmento do varejo pode-se repetir em vários outros segmentos do mesmo, destacando apenas as particularidades de cada empresa. O setor financeiro das empresas deve ser evidenciado, onde o mesmo pode garantir a sobrevivência no mercado. Cabe ao gestor, estudá-lo e conhece-lo para poder tomar decisões assertivamente através deste estudo, no qual, pode-se multiplicar a outras empresas, sendo o alicerce para os novos estudos. O desenvolvimento do presente estudo foi na empresa “Móveis Modernos”, no

(18)

intuito de auxiliar os gestores da organização buscar um modelo de planejamento e controle financeiro para poder acompanhar as informações de maneira mais segura e tomar as melhores decisões e com isto, alcançar redução de gastos e custos, como uma forma de estar mais preparado para contornar a situação atual da economia do país e sobreviver ao mercado. Pois, Zdanowicz (1998, p.16), comenta que é através do planejamento financeiro que se poderá visualizar as medidas que deverão ser executadas, bem como as expectativas a respeito

do futuro da empresa. E ainda ressalta, que “as decisões importantes, quando embasadas no

planejamento e controle financeiro, têm grande possibilidade de serem eficazes e darem certo

na empresa”.

Acresce-se, ainda, que o sistema de planejamento e controle financeiro adquire um papel de grande importância, quando a empresa atinge certo grau de maturidade, passando a atribuir grande significado às relações com seus clientes internos e externos.

E para fins acadêmicos o mesmo relatório, contribuiu para o desenvolvimento do autor, no aprofundamento e prática de seus conhecimentos adquiridos durante o curso de Administração, onde o qual também terá grande importância à instituição Unijuí, para servir para a construção de outros projetos na mesma área possíveis de aprofundamento do tema.

(19)

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Gestão das Organizações

Na concepção de Pereira (1995 apud PINTO, 2007) “o de modelo de gestão da organização é um conjunto de conceitos e práticas que, orientados por uma filosofia central, permitem que uma organização operacionalize suas atividades no seu âmbito interno ou

externo”.

Ainda segundo Pinto (2007 p. 9) explica que o modelo de gestão “é o corpo de conhecimentos (princípios, técnicas e explicações) que orienta a concepção e o

funcionamento da organização”.

Destaca-se que a área da gestão das organizações se utilizam tanto de informações gerenciais, quanto contábeis.

No entendimento de Oliveira (2012, p.24) gerencial “é o desenvolvimento e a

consolidação do processo administrativo, representado pelas funções de planejamento, organização, direção, gestão de pessoas e controle, voltado para a otimização dos resultados

da empresa”.

Ao passar dos tempos, certas abordagens gerenciais são caracterizadas como ações de respostas das empresas em busca do equilíbrio, sobrevivência ou ascensão diante das novas realidades externas impostas pelo ambiente. Porém as empresas podem decidir se vão ajustar o seu modelo gerencial de acordo com a evolução do ambiente ou não. Há empresas que não acompanham essa evolução, as mudanças externas, as mesmas assim tornam-se obsoletas rapidamente. (PINTO, 2007)

Os autores Oliveira (2012), Pereira (1995) e Pinto (2007), convergem quando apontam que a cada empresa/organização terá seu próprio estilo de gestão de acordo com a cultura da empresa e sua posição no mercado de negócios, o qual pode ou não estar estruturado sobre um planejamento e um sistema de controle. Na situação do modelo de gestão estar sob uma base de planejamento e controle propicia a empresa um nível de otimização dos recursos mais elevado.

O gestor, conforme a teoria administrativa do agente é responsável pelo sucesso da sociedade empresarial. Esse sucesso depende da dimensão econômica das atividades que são desenvolvidas pela sociedade e pelos agentes econômicos que integram a sociedade. Sob esta base Pinto (2007) acredita que o administrador financeiro é uma figura essencial nessa

(20)

responsabilidade econômica do gestor, ao fornecer condições efetivas de gestão e monitoramento financeiro da sociedade e das ações.

Hoji (2003) explica que para a administração financeira, o objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado a longo prazo, para produzir um retorno compatível com o risco que o investimento propiciou.

Pinto (2007, p.308) destaca que a administração financeira enfoca na análise e alocação de recursos financeiros de modo eficaz, mediante a visão racional do mercado e do negócio e das ações do mercado e do negócio que afetam hoje ou futuramente o status econômico do negócio.

Silva (2012) esclarece que ao tratar a questão financeira da empresa não deve-se apenas ater-se as demonstrações contábeis, mas envolver a empresa num contexto operacional e estratégico. Pois a análise financeira é uma ferramenta que auxilia na avaliação da empresa, a contabilidade é a linguagem dos negócios e as demonstrações contábeis são os canais de comunicação que fornecem os dados e informações para diagnosticar o desempenho e saúde financeira da empresa.

A partir desta base, o gestor da organização poderá traçar um planejamento financeiro e de controle sob a empresa lançado a médio e longo prazo, o qual irá cuidar da saúde financeira da empresa.

Para o melhor entendimento/desenvolvimento do planejamento financeiro, que é uma das áreas gerenciais que se utiliza conceitos de outras áreas, dentre elas a contábil, é importante de antemão entender as informações da contabilidade e da gestão de custos de uma organização.

3.2 Contabilidade

Segundo Hansen e Mowen (2003, p.28):

O sistema de informações contábeis dentro de uma organização tem dois subsistemas principais: um sistema de contabilidade financeira e um sistema de contabilidade gerencial.[...] A contabilidade financeira é dedicada a fornecer informações para usuários externos incluindo investidores, agências governamentais e bancos. [...] A contabilidade gerencial se preocupa especificamente com a forma como informações sobre custos e outras informações financeiras e não-financeiras devem ser usadas para o planejamento, controle e tomada de decisão.

(21)

Contabilidade é como conjunto ordenado de conhecimentos próprios, leis científicas, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico), e que, como conjunto de normas, preceitos, regras e padrões gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar informações de suas variações e situação , especialmente de natureza econômica e financeira e, comportalmente, controla, registra e informa situações impactantes de ordem socioambiental decorrentes de ações praticadas pela entidade no ambiente em que está inserida (BASSO, 2011, p.26).

O contador gerencial e de custos é responsável por gerar informações financeiras necessárias pela empresa para relatórios internos e externos. Assim, esse indivíduo é responsável por coletar, processar e relatar informações que ajudarão os gerentes nas suas atividades de planejamento, controle e tomadas de decisão. (HANSEN e MOWEN, 2003, p.39)

Nesta mesma linha, segundo Leone (2000, p. 22), o qual complementa que a Contabilidade Administrativa é a apresentação de informações contábeis de maneira que auxilie a administração na criação de políticas e nas operações diárias de um empreendimento.

Um sistema de informações contábeis é aquele que consiste de partes manuais e partes de computador, inter-relacionadas, usando processos como coletar, registrar, resumir, analisar e gerenciar dados para fornecer informações aos usuários. Como qualquer sistema, um sistema de informações contábeis consiste de objetivos, partes inter-relacionadas, processos e saídas. O objetivo geral de um sistema de informações contábeis é fornecer informações aos usuários. As partes inter-relacionadas incluem a entrada de pedidos e vendas, faturamento de contas a receber e recebimentos de caixa, estoque, razão geral e contabilidade de custos.[...] As saídas são dados e relatórios que fornecem as informações necessárias para os usuários. (HANSEN E MOWEN, 2003, p.56).

Dentre as informações que a contabilidade fornece para a utilização no suporte a tomada de decisões, tem-se os relatórios contábeis, dos quais destaca-se o Balanço Patrimonial (BP), a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), que são explanados na sequência.

3.2.1 Demonstrativos Contábeis

Objetivando ampliar o leque de informações ao presente estudo, é oportuno discorrer sobre a elaboração de demonstrativos contábeis que evidenciam, de forma sintética, as

(22)

informações econômicas e financeiras do patrimônio da organização. Dentre os mesmos, o estudo irá focar nos mais usuais, tais como BP, a DRE e DFC.

No entendimento de Basso (2011, p.2n92) o Balanço Patrimonial (BP) “pode ser entendido como uma representação quantitativa e sintética dos elementos que compõem o patrimônio de uma entidade numa determinada data, revelando a sua posição financeira e patrimonial estática, isto é, na data do seu levantamento”.

Conforme o artigo 178 da Lei n° 6.404/76, “No Balanço, as contas serão classificadas

segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o

conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”.

Zdanowciz (1998, p. 116) explica que o Balanço Patrimonial “é o instrumento que irá possibilitar ao comitê de planejamento financeiro e orçamento verificar, antecipadamente, as

situações financeiras e patrimoniais da empresa nos períodos realizados e orçado”. Em outras palavras ele ainda define: “é o demonstrativo que relacionará o conjunto de bens, direitos e obrigações da empresa para o período orçado”.

Basso (2011, p. 306) explica que a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) “é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de um determinado período ou exercício social”.

O artigo 187 da Lei n° 6.404/76 fornece os conceitos básicos e a forma de apresentação dos elementos que concorreram para a formação do resultado do exercício, ou seja, as receitas, os custos e as despesas da entidade ocorridas no período, conforme estabelece o parágrafo primeiro do referido artigo:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.

Para Zdanowciz (1998) o Demonstrativo de Resultado de Exercício projetado é a Demonstração Financeira, que é estruturado com base nos orçamentos auxiliares (vendas, produção e despesas operacionais), constituindo-se em instrumento para auxiliar a tomada de decisão em termos econômicos e seus reflexos nos aspectos financeiros e patrimoniais na empresa, no período projetado.

Gitman (2010, p. 99) afirma que “a demonstração dos fluxos de caixa, na prática, é

resumir as entradas e saídas de caixa durante um dado período”. Ainda o autor (2010, p.330)

(23)

gerencial geralmente incluem três componentes básicos: um investimento inicial, entradas de caixa operacional e fluxo da caixa terminal”.

Na mesma linha de pensamento se enquadrada o conceito de Zdanowciz (1998, p. 94)

“o orçamento de caixa é a técnica utilizada pela administração financeira, que sintetizará o

somatório de ingressos e o somatório de desembolsos a serem movimentados no exercício orçado, permitindo detectar, antecipadamente, se haverá excedente ou escassez de recursos

financeiros no período projetado”.

Os demonstrativos contábeis são utilizados para a geração de diversos indicadores econômicos, os quais melhoram a avaliação da situação patrimonial, financeira e desempenho das organizações.

3.2.2 Análise dos Indicadores Financeiros

Dentre os indicadores de avaliação das organizações destacam-se os indicadores de análise vertical, análise horizontal e de liquidez, endividamento, de lucratividade e rentabilidade.

3.2.2.1 Análise Vertical

Segundo Hoji (2003, p.273) a “análise vertical facilita a avaliação da estrutura do

Ativo e do Passivo, bem como a participação de cada item da Demonstração de Resultado na

formação do lucro ou prejuízo”. O cálculo do percentual de participação relativa dos itens do

Ativo e do Passivo é feito dividindo-se o valor de cada item pelo valor total do Ativo ou do Passivo. E o cálculo do percentual de participação relativa dos itens da Demonstração de resultado é feito dividindo-se cada item pelo valor da Receita líquida, que é considerada como base.

No entendimento de Iudícibus e Marion (2007, p. 129) “a finalidade da análise vertical é dar uma ideia da representatividade de determinado item ou subgrupo de uma

demonstração financeira relativamente a determinado total ou subtotal tomado como base”. Eles ainda ressaltam que “a análise vertical pode ser realizada para determinados subitens com relação ao total dos subitens”.

(24)

3.2.2.2 Análise Horizontal

Hoji (2003, p. 273) explica que “a analise horizontal tem a finalidade de evidenciar a

evolução dos itens das demonstrações contábeis, por períodos. Calculam-se os números-índices estabelecendo o exercício mais antigo com índice-base 100”.

Sob a mesma base os autores Iudícibus e Marion (2007, p. 128) complementam o

conceito “a análise horizontal é quando comparamos valores ou índices de dois ou mais anos. Nossos olhos fixam um sentido horizontal”.

3.2.2.3 Índices de Liquidez

Os índices de liquidez mostram a situação financeira da empresa. Hoji (2003, p. 278)

afirma que “quanto maior o índice, melhor”. Na mesma linha de pensamento Silva (2012, p.286) “os índices de liquidez visam fornecer um indicador da capacidade de pagar suas dívidas, a partir da comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades”.

Dentre os índices de liquidez destaca-se os de liquidez geral, liquidez corrente, liquidez seca e liquidez imediata.

De acordo com índice de Liquidez Geral, esse índice indica a capacidade de pagamento de dívida no longo prazo. Mas se a empresa apresentar problema financeiro no

curto prazo, o índice “bom” do longo prazo não será valido. (HOJI, 2003).

Silva (2012, p.286) destaca que este índice “indica quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto prazo, para fazer face às suas dívidas totais”.

O mesmo pode ser calculado pela seguinte fórmula, conforme Silva (2012) e Hoji (2003): LG = (AC + ARLP) / (PC + PELP), onde:

LG = Liquidez Geral AC = Ativo Circulante

ARLP = Ativo Realizável a Longo Prazo PC = Passivo Circulante

PELP = Passivo Exigível a Longo Prazo

O índice de Liquidez Corrente na visão de Silva (2012, p. 289) “indica quanto a empresa possui em dinheiro mais bens e direitos realizáveis no curto prazo comparado com

(25)

Na maioria dos casos, esse índice é considerado como o melhor indicador da capacidade de pagamento da empresa. Mas esse índice também é resultante de diversos valores correntes de diferentes datas. (HOJI, 2003).

O mesmo pode ser calculado pela seguinte fórmula, conforme Silva (2012) e Hoji (2003):

LC = AC / PC, onde LC = Liquidez Corrente.

O índice de liquidez seca indica quanto a empresa possui em disponibilidades (dinheiro, depósitos bancários a vista e aplicações financeiras de liquidez imediata), aplicações financeiras a curto prazo e duplicatas para fazer face a seu passivo circulante. (SILVA, 2012, p.292)

Com este índice pode-se verificar que, com exceção dos Estoques e Despesas do exercício seguinte, todos os outros itens do Ativo Circulante podem ser convertidos em dinheiro com relativa facilidade antes do prazo normal de realização. (HOJI, 2003).

O mesmo pode ser calculado pela seguinte fórmula, conforme Silva (2012) e Hoji (2003):

LS = (AC – Estoques – Despesas Antecipadas ) / (PC)

3.2.2.4 Índices de Endividamento

Os índices de Endividamento têm como principal finalidade mostrar o nível de comprometimentos do capital próprio de uma empresa, com o capital de terceiros. Eles informam se utilizam mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários.

De acordo com Assaf (2007) a participação de capital de terceiros sobre os recursos da empresa pode ser calculada dividindo o Exigível Total (capital de terceiros) pelo Exigível Total + Patrimônio Liquido. O resultado expressa a porcentagem que o endividamento representa sobre os fundos totais (capitais providos próprios mais os capitais de terceiros). Também significa qual a porcentagem do ativo total financiado com recursos de terceiros.

Segundo Matarazzo (1998, p. 160) “Sempre que se aborda o índice de Participação de Capitais de Terceiros, está-se fazendo uma análise exclusivamente do ponto de vista financeiro, ou seja, do risco de insolvência e não relação ao lucro ou prejuízo”.

Quanto aos índices de endividamento, ainda de acordo com Assaf (2008, p. 122), eles

“fornecem, ainda, elementos para avaliar o grau de comprometimento financeiro de uma

empresa perante seus credores (principalmente instituições financeiras) e sua capacidade de

(26)

Sob esta concepção temos o Endividamento Geral, que é igual ao Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo divididos pelo Patrimônio Líquido. Este índice indica a proporção dos ativos totais da empresa financiados por terceiros.

Após conhecer o grau de Endividamento, Assaf (2007) explica que o passo seguinte é saber qual a composição dessas dívidas. O mesmo expressa em porcentagem suas dívidas vencíveis em curto prazo, comparadas com as obrigações totais. O índice é avaliado pela fórmula: CE = PC / PC + ELP. Sendo CE: Composição do Endividamento, PC: Passivo Circulante, ELP: Exigível a Longo Prazo.

A proporção favorável seria de maior participação de dívidas a Longo Prazo, favorecendo à empresa tempo maior para gerar recursos que saldarão os compromissos.

Se a composição do endividamento apresentar significativa concentração no Passivo Circulante (curto Prazo), a empresa poderá ter reais dificuldades num momento de reversão de mercado (o que não aconteceria se as dividas estivessem concentradas no Longo Prazo) (MARION, 2007, p. 106).

Conforme afirma Silva (2010, p.267) a:

“CE Indica quanto da dívida total da empresa deverá ser pago a Curto Prazo,

isto é, as Obrigações a Curto Prazo comparadas com as obrigações totais. Podemos

interpretar isoladamente esse índice como “quanto maior, pior”. Ou seja, se a dívida

é muito elevada, e se está concentrada no curto prazo, a situação é extrema, pois percebemos uma pressão pela liquidação dos débitos”.

3.2.2.5 Índices Retorno

Esses índices indicam o quanto a empresa obtém de lucro comparado com o seu investimento total, ou seja, o total de seu Ativo. Segundo Marion (2002), investimento é toda a aplicação realizada pela empresa com o objetivo de obter lucro (retorno). As aplicações estão evidenciadas no ativo. Assim, temos as aplicações em disponíveis, estoques, imobilizados, investimentos etc. A combinação de todas essas aplicações proporciona resultado para a empresa: lucro ou prejuízo. Os meios de comparações mais tradicionais são: o Retorno sobre as Vendas, Retorno sobre o Ativo, Retorno sobre o Patrimônio Liquido e o Giro do Ativo.

O Retorno sobre o Ativo pode ser calculado por: Lucro Líquido / Ativo Total Médio X 100. Esta medida conforme explica Martins e Assaf (1986, p.252) “revela o retorno produzido pelo total das aplicações realizadas por uma empresa em seus ativos”.

(27)

O retorno sobre o Patrimônio Líquido é mensurado pelo Lucro Liquido / Patrimônio Líquido Médio X 100. Onde este índice “mensura o retorno dos recursos aplicados na

empresa pelos seus proprietários” (MARTINS E ASSAF, 1986, p.253).

O índice “retorno sobre as vendas” compara o lucro líquido em relação às vendas

líquidas do período, fornecendo o percentual de lucro que a empresa está obtendo em relação ao seu faturamento líquido. O mesmo pode ser calculado pelo Lucro Líquido / Vendas Líquidas X 100. De acordo com Martins e Assaf (1986, p.253) “este indicador mede a eficiência de uma empresa em produzir lucro através de suas vendas”.

O giro do ativo é um dos principais indicadores da atividade da empresa. Estabelece a relação entre as vendas do período e os investimentos totais efetuados na organização, que são representados pelo ativo total médio (KUHN, 2012, p.21). É calculado pelas Vendas líquidas / Ativo Total Médio.

3.3 Custos

Segundo Hansen e Mowen (2003, p.28) a “gestão de custos produz informações para usuários internos. Especificamente, a gestão de custos identifica, coleta, mensura, classifica e relata informações que são úteis aos gestores para o custeio (determinar quanto algo custa), planejamento, controle e tomada de decisão”.

Leone (2000, p.22) explica que a Contabilidade de Custos, refere-se hoje às atividades de coleta e fornecimento de informações para as necessidades de tomada de decisão de todos os tipos, desde as relacionadas com operações repetitivas até as de natureza estratégica, não repetitivas.

O sistema de informações de gestão de custos tem três objetivos amplos: Fornecer informações para computar o custo de serviços, produtos e outros objetivos de interesse da gestão. Fornecer informações para o planejamento e controle. Fornecer informações para tomadas de decisão. (HANSEN E MOWEN, 2003, p.57).

Leone (2000, p.24) destaca que a Contabilidade de Custos é bem mais apreciada quando se apresenta dividida nas suas três fases:

- Coleta de dados: o trabalho consiste na seleção de dados, no planejamento de sua coleta, no treinamento e na organização interna dos setores que irão fornecer os dados.

- Centro Processador de Informações: é o trabalho técnico, a acumulação, a organização, a analise e a interpretação dos dados.

(28)

- Informações: a contabilidade de custos produz informações gerenciais para que os diversos níveis hierárquicos da administração sejam capazes de planejar, controlar e decidir com maior eficiência e eficácia.

Conforme Martins (2003, p.21), na mesma linha de pensamento complementa que “a Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o auxilio ao controle e a ajuda a tomada

de decisões”.

O sistema de informações de gestão de custos também tem dois principais subsistemas: o subsistema de informações de contabilidade de custos – é um sistema da gestão de custos projetado para atribuir custos aos produtos individuais e serviços e outros objetos. E para fins de relatórios deve atribuir custos a produtos de forma a avaliar estoques e determinar o custo das vendas – e o sistema de informações de controle operacional – é um subsistema de gestão de custos projetado para fornecer feedback acurado e oportuno ao desempenho dos gestores e outras atividades relacionadas ao seu planejamento e controle de atividades (HANSEN E MOWEN, 2003, p.57).

Para poder obter uma adequada visão de custos de cada produto, deve-se saber o valor efetivo que o mesmo custa para a empresa individualmente. E para atender às essas e outras diferentes finalidades da contabilidade de custos, eles podem ser classificados quanto aos objetos de custeio, em diretos e indiretos (PINTO, 2007).

Ainda segundo Pinto (2007), custos Diretos, são custos que podem ser apropriados/vinculados aos objetos de custeio (produto/serviço) de maneira direta e objetiva e os custos Indiretos, são os custos ou despesas comuns a mais de um objeto de custeio (produto/serviço). A apropriação/vinculação ocorre geralmente por meio de rateio, por meio de uma base razoável de distribuição.

Conforme Martins (2003, p. 48),

“podemos verificar que alguns custos podem ser diretamente apropriados aos

produtos, bastando haver uma unidade de medida de consumo (quilogramas de materiais consumidos, embalagens utilizadas, horas de mão-de-obra até quantidade de força consumida). São os custos diretos com relação aos produtos”.

“Outros realmente não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer

tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como aluguel, a supervisão, as chefias etc.). São os custos indiretos com relação aos

produtos”.

E quanto ao volume de atividades que opera, os custos podem ser fixos e variáveis (PINTO, 2007), o autor destaca que custos Fixos, são os custos ou despesas cujos consumos não se alteram conforme o volume de atividade aumenta ou diminui nos limites do intervalo

(29)

de uma capacidade instalada e os custos Variáveis, são os custos ou despesas cujos consumos aumentam ou diminuem caso o volume de atividades aumente ou diminua.

Ainda na concepção de Martins (2003, p.50), o mesmo destaca que:

“O valor global de consumo dos materiais diretos por mês dependem diretamente do

volume de produção. Quanto maior a quantidade fabricada, maior o seu consumo. Dentro, portanto, de uma unidade de tempo (mês, por exemplo), o valor do custo

com tais materiais varia de acordo com o volume de produção”, logo são

classificados como custos variáveis.

Por outro lado os custos fixos são “[...] independentemente de aumentos ou diminuições naquele mês do volume produtos”.

Considerando que dentre os objetivos da contabilidade e da apuração de custos é o foco no planejamento e controle, destaca-se na sequencia a importância destes.

3.4 Planejamento

Para Oliveira (1999, p.33), o planejamento pode ser conceituado como um processo (...), desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa.

O autor traz uma adequada conceituação de planejamento, pois o planejamento é um processo aonde a empresa estuda seu negócio, analisa seu mercado e embasados nos seus valores, na sua missão e na visão (os mesmos serão vistos posteriormente) define o chamado

“Norte” da organização, ou seja, traça, aonde ela quer chegar após determinado tempo

pré-estabelecido, como ela vai chegar até lá, e quais serão as ações que devem ser feitas para alcançar o seu norte.

Padoveze (2010) destaca que a estratégia da empresa decorre de seus objetivos corporativos, os quais decorrem de suas metas que devem estar alinhadas à missão corporativa. E acrescenta que o planejamento estratégico deve englobar também os objetivos funcionais e divisionais da empresa, em um processo integrado e interativo.

De acordo com Iudícibus (1998, apud LUNKES, 2015, p.7) a base para um bom planejamento estratégico é análise da estrutura financeira. A análise de balanços é um instrumento que possibilita conhecer melhor a evolução dos negócios.

O planejamento por ser muito abrangente o mesmo divide-se em três níveis distintos conceituados por Chiavenato (1993, p.380):

(30)

Planejamento estratégico: É o planejamento mais amplo e abrangente da organização. Suas principais características são:

- É projetado a longo prazo, tendo seus efeitos e consequências estendidos a vários anos pela frente;

- Envolve a empresa como uma totalidade, abrangendo todos os seus recursos e áreas de atividade, e preocupa-se em atingir os objetivos ao nível organizacional; - É definido pela cúpula da organização e corresponde ao plano maior pelo qual todos os demais estão subordinados.

Planejamento tático: É o planejamento feito em nível departamental. Suas principais características são:

- É projetado para o médio prazo, geralmente para o exercício anual;

- Envolve cada departamento, abrangendo seus recursos específicos, e preocupa-se em atingir os objetivos departamentais;

- É definido por cada departamento da empresa.

Planejamento operacional: É o planejamento feito para cada tarefa ou atividade. Suas principais características são:

- É projetado para o curto prazo, para o imediato;

- Envolve cada tarefa ou atividade isoladamente e preocupa-se com o alcance de metas específicas;

- É definido para cada tarefa ou atividade.

Conforme Oliveira (2002, p.47), “planejamento estratégico é o processo

administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa visando ao otimizado grau de interação com o ambiente e

atuando de forma inovadora e diferenciada”.

Nesta mesma linha, destaca-se o conceito de Padoveze (2010, p.24) afirma que o

“planejamento estratégico é um processo que prepara a empresa para o que está por vir”. Em

outros termos o plano estratégico é uma visão específica do futuro da empresa.

E em relação ao planejamento tático, Kaplan e Norton (2004, p.54) afirmam que “o planejamento tático tem como objetivo otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo, trabalhando com decomposições dos objetivos, estratégias e políticas

estabelecidas no planejamento estratégico”.

Ainda de acordo com Oliveira (2002, p.49), “o planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas, correspondendo a um

conjunto de partes homogêneas do planejamento tático”.

Dentre os planejamentos existentes, destaca-se a partir do planejamento estratégico deve-se alinhar os demais, e uma das maneiras de avaliar se o planejamento estratégico está na correta direção é através do planejamento orçamentário, o qual está descrito na sequencia. 3.4.1 Orçamento Empresarial

Orçamento para Stedry (1999, p.22 apud PADOVEZE, 2010, p.31) é “a expressão

(31)

Sob esta base Padoveze (2010, p.31) expressa discorre: “orçar significa processar todos os dados constantes do sistema de informação contábil de hoje, introduzindo os dados previstos para o próximo exercício, considerando as alterações já definidas para o próximo

exercício”.

Zdanowciz (1998, p 21) explica que “o orçamento como instrumento de tomada de

decisão terá, por objetivo máximo, apresentar o programa orçamentário, definindo padrões, normas e procedimentos, que servirão para regulamentar a organização na elaboração e das

atividades da empresa”.

Tavares (2000, apud LUNKES 2015, p.14) assevera que, combinados os momentos anteriores do planejamento estratégico, passa-se à elaboração dos planos de ação. Cada área reflete sobre seu papel no futuro da empresa, materializando-o em objetivos e ações que pretende desenvolver no sentido de alcança-los.

Segundo Frezatti (2000, p.37) “o controle orçamentário é a forma de realimentar o

sistema de planejamento, dependendo do grau e sofisticação deste último, ele pode ser estruturado de maneira flexível ou rígida, complexa ou simplificada, centralizada ou

participativa”.

Os conceitos de Zdanowciz, Tavares e Frezatti, convergem, pois explicitam o orçamento como um gestor financeiro da empresa, controlando, ajustando e dando retorno a mesma. Conforme Padoveze (2010) explica que o orçamento é a ferramenta de controle por excelência de todo processo operacional, o qual é a base do sistema de controladoria da empresa.

Orçamento é o instrumento de gestão necessário para qualquer empresa, independentemente de seu porte ou tipo de atividade econômica. A técnica orçamentaria procurará projetar receitas de vendas, verificando assim, se a empresa encontrará suporte para

se manter no mercado. Zdanowciz (1998, p.16) afirma que “é preciso especializar-se,

conhecer profundamente o mercado e o cliente, para antecipar-se as tendências, detectar as mudanças e atender às suas necessidades e exigências para obter-se uma maior precisão na

elaboração do orçamento”.

Para Gehrke (2009, p.29) “o orçamento é a expressão de um plano financeiro e

administrativo para a empresa. O plano antes de ser financeiro, é um plano de operações para

a empresa em um determinado período de tempo”.

O processo orçamentário envolve a elaboração de planos detalhados e objetivos de lucro, previsão das despesas dentro da estrutura dos planos e políticas existentes e fixação de

(32)

padrões definidos de atuação para indivíduos com responsabilidades de supervisão. (LUNKES, 2015).

No entendimento de Zdanowciz (1998) o processo orçamentário consiste em observar o comportamento das variáveis utilizadas no sistema orçamentário, no passado, confrontando-as com o presente, mconfrontando-as, principalmente, projetando-confrontando-as para o futuro. Neste sentido, confrontando-as variáveis exógenas e endógenas pertinentes aso orçamento deverão estar em concordância com os objetivos maiores da empresa.

O orçamento abrange funções e operações que envolvem todas as áreas da empresa com necessidade de alocação de algum tipo de recurso financeiro, para fazer face às despesas de suas ações, conforme saliente Tavares (2000, apud LUNKES 2015, p.14).

A técnica orçamentária fundamenta-se em prévia formulação de um plano geral de ação à empresa, de acordo com os objetivos, as metas e as políticas a curto e longo e prazos, tendo como princípio a otimização no emprego dos recursos físicos, matérias e monetários disponíveis no período projetado. (ZDANOWCIZ, 1998).

Para Padoveze (2005, p.39, apud GEHRKE, 2009, p29): o plano orçamentário, como qualquer outro ferramental de Controladoria, é um exercício de aprendizado permanente e só pode ser desenvolvido e atingir um grau de utilização eficaz se praticado. Os problemas ou dificuldades que surgem do processo devem ser analisados em seguida, é preciso encontrar as soluções, mesmo que não sejam ideais para o momento.

Zdanowciz (1998, p. 23) destaca que o orçamento “devera servir como instrumento

disciplinador à toda empresa, bem como construir-se em um desafio profissional exequível como proposta de trabalho planejada, organizada e coordenada para fins comuns”.

3.4.2 Planejamento e Controle Financeiro

Para Gehrke (2009, p.12) “o planejamento é um instrumento empregado para realizar,

de forma eficaz e eficiente, a gestão das organizações, o controle financeiro das atividades

operacionais e de capital, auxiliando de forma decisiva à tomada de decisão”.

Frezatti (2000, p. 24) destaca que “os instrumentos mínimos necessários para o

planejamento são os instrumentos do planejamento estratégico, orçamento anual e o controle

orçamentário”.

Zdanowciz (1998, p. 21) na mesma linha de pensamento destaca que “o orçamento

está relacionado diretamente com duas funções administrativas básicas, o planejamento e

Referências

Documentos relacionados

Não obstante, propostas de financiamento para construção, ampliação, concluso, aquisição de equipamentos e reforma para unidades de atenção especializada (policlínica,

[r]

Os textos dos críticos de arte Douglas Crimp, Hal Foster e Hubert Damisch são aqui essenciais, e portanto os mais comentados, para se pensar noções acerca

atendimento integral ao portador de fissura de lábio e/ou palato, referente às ações e serviços odontológicos nos três níveis de atenção a saúde (primário, secundário

Os métodos clássicos de determinação dos coeficientes, que possuem boa qualidade de estimativa e grande estabili- dade, têm alto custo computacional no problema de super-resolução;

Plantio: Março (sementes), outubro e novembro (estacas) Característica botânica: Planta subarbustiva, perene.. Os ramos são

O fato da contagem total de hemócitos no experimento com o agroquímico Talcord não ter sido diferente significativamente entre o controle e os dois tratamentos onde os

Inicialmente, destacamos os principais pontos de convergência: • O papel tático e operacional exercido pela área de TI dos Câmpus é claramente identificável, tanto nos