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Relatório estágio profissional

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Academic year: 2021

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RELATÓRIO FINAL

ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE

Aluno: Pedro Miguel Pires Moules | 2013286 Coordenador: Prof. Doutor Rui Maio Orientadora: Dra. Paula Kjollerstrom

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Índice

Agradecimentos ... 3 Introdução ... 4 Corpo do Trabalho ... 5 1.Cirurgia Geral ... 5 2. Medicina Interna ... 5 3. Ginecologia e Obstetrícia ... 6 4. Saúde Mental ... 6

5. Medicina Geral e Familiar ... 7

6. Pediatria ... 7

Elementos Valorativos ... 7

Análise Crítica ... 8

Anexos ... 12

1. Certificado iMed Conference 11.0 ... 13

2. “Redação Cientifíca” ... 18

3. “Prescrição Social” ... 19

4. “Urgências em ORL” ... 20

5. Certificado AEFCM- Equipa de Futebol ... 21

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Agradecimentos

Em primeiro lugar queria deixar um enorme agradecimento aos meus pais, pelo esforço que realizaram para cumprir o meu sonho, e à minha família pelo seu apoio incondicional.

Durante o curso quero deixar um agradecimento a todos os tutores que tive durante os anos clínicos, colocando maior foco nos tutores que tive durante o 6º ano, nomeadamente Dr. Paulo Oliveira, Dra. Teresa Faro, Dra. Raquel Matos, Prof. Doutora Ana Domingues e Dr. João Carlos Melo pelo auxílio e disponibilidade que me providenciaram.

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Introdução

A incorporação e cimentação do conhecimento teórico adquirido ao longo de todos estes anos de formação e a sua aplicação na prática clínica de uma forma mais autónoma durante o 6º ano, permitiu consolidar as minhas competências e garantiu uma base estável para construir o restante percurso que me falta para me tornar um melhor médico. O estágio profissionalizante foi uma ferramenta essencial nesse sentido uma vez que englobou os pilares da medicina.

Seguindo a necessidade de ser um melhor médico no futuro, coloquei alguns objetivos pessoais que esperaria atingir no final do 6º ano. Em primeiro lugar, propus-me a ser proativo nas atividades realizadas durante o estágio e conseguir interagir de forma positiva com todos os profissionais de saúde.

Em segundo lugar, como qualquer aluno, queria apurar melhor os meus pontos mais fracos de forma a focar e a trabalhar mais afincadamente nos mesmos, para que no final do 6º ano essas lacunas estejam colmatadas, quer pelo estudo, quer pela experiência, quer pela ajuda dos tutores que me acompanharam tirando as dúvidas necessárias e partilhando comigo preciosos conhecimentos.

Por último, a melhoria da relação médico-doente, é algo essencial a curto e a longo prazo, daí querer melhorar esta vertente durante os estágios. Tal foi possível através da observação de diversas consultas bem como pela experiência no internamento, momentos estes cruciais e essenciais para encarar a vertente biopsicossocial e contemplar os doentes na sua plenitude.

Este relatório tem o objetivo de descrever as atividades realizadas durante este ano letivo. Deste modo irei começar com uma retrospetiva de todos os estágios que realizei de forma sucinta, seguida de uma abordagem a alguns elementos valorativos que considero importantes para este relatório, por serem relevantes para o meu crescimento como profissional. Termino o relatório com uma análise crítica, resumindo os pontos positivos e negativos de cada estágio e avaliando a minha prestação durante a UC de Estágios profissionalizantes. Neste último ponto, irei também abordar de que forma a pandemia afetou o meu desenvolvimento, principalmente nas especialidades que foram afetadas, e assinalando de que forma me propus a colmatar as falhas que daí advinham.

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Corpo do trabalho

Durante o 6º ano realizei seis estágios, incorporados na unidade curricular de estágios profissionalizantes, Cirurgia Geral, Medicina Interna, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde Mental, Medicina Geral e Familiar e Pediatria. Nos próximos pontos vou especificar sucintamente as atividades realizadas. O estágio foi iniciado no dia 9 de setembro e terminou no dia 22 de maio.

1. Cirurgia Geral

O estágio de Cirurgia Geral foi realizado no Hospital Beatriz Ângelo nas datas de 9 de setembro de 2019 a 31 de outubro de 2019 .

O estágio começou com uma sessão de esclarecimento de como a unidade curricular iria funcionar apresentado pelo regente da UC, Prof. Doutor Rui Maio, sendo que na primeira semana foram também realizadas várias sessões teóricas e teórico-práticas. No final da semana foi realizado o curso: Trauma Evaluation And Management (TEAM), que anexo no final o certificado obtido.

Após a primeira semana de conteúdos teórico-práticos iniciei o meu estágio profissionalizante no serviço de Cirurgia Geral tutorado pelo Dr. Paulo Oliveira. Neste estágio acompanhei o tutor no horário normal, desde as consultas à segunda-feira, urgência à terça-feira, bloco operatório e enfermaria. Após as duas semanas iniciais apresentei-me no serviço de urgência geral onde passei por todos os postos disponíveis. Como estágio opcional durante o estágio parcelar de Cirurgia Geral optei por Gastrenterologia, sendo que em duas semanas tive a oportunidade de observar exames endoscópicos, biópsia hepática e consultas, sendo a consulta mais diferenciada e mais específica a consulta de hepatologia. Após o estágio opcional e o período de permanência na urgência geral retornei novamente ao serviço de Cirurgia Geral onde realizei as atividades previamente descritas. Por último foi realizado um minicongresso de cirurgia onde apresentei em conjunto com os meus colegas, Carolina Fernandes e Rafael Curto, o trabalho: “Mayday! Mayday! We have a leak!” cujo caso clínico consistia numa perfuração de víscera oca após colonoscopia com pneumoperitoneu, retropneumoperitoneu e pneumomediastino.

2. Medicina Interna

O estágio parcelar de Medicina Interna, cuja regência é atribuída ao Prof. Doutor Fernando Nolasco, foi realizado no serviço 2.1 dos Hospital Santo António dos Capuchos, tutorado pela Dra. Teresa Faro, tendo sido iniciado no dia 4 de novembro de 2019 e terminado no dia 10 de janeiro de 2020. Durante todo o estágio realizei atividades relacionadas com o internamento, desde a visita clínica, à realização de história clínica,

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exame objetivo, escrita de diários clínicos, pedidos de análises e outros exames complementares de diagnóstico, sempre tutorados e complementados pela Dra. Teresa Faro. Para além da enfermaria frequentei um dia por semana a urgência geral do Hospital de São José, onde acompanhava a Dra. Raquel Matos. No serviço de urgência tive alguma autonomia na colheita da história clínica e exame objetivo e posteriormente analisava com a Dra. Raquel Matos os pedidos de exames complementares necessários. Durante o estágio frequentei um curso de ECG, lecionado por especialistas e internos da especialidade de Medicina Interna e Cardiologia. Para além destas atividades, foram realizadas duas sessões teóricas, a primeira sobre “Decisões de fim de vida” pela Dra. Camila Tapadinhas e a segunda pelo Prof. Doutor Pedro Póvoa com o tema de “Alterações do equilíbrio ácido base”. No dia 5 de dezembro realizou-se a sessão clínica orientada por mim e pelas minhas colegas, Maria Pires e Catarina Figueira, com o tema “Diagnóstico diferencial de Coma”. Para além desta sessão clínica foi pedido pela Dra. Teresa Faro uma apresentação de um tema à minha escolha, sendo que optei pelo “Diagnóstico diferencial de Dor Torácica”.

3. Ginecologia e Obstetrícia

Desde o dia 20 de janeiro a 14 de fevereiro realizei o estágio parcelar de Ginecologia e Obstetrícia no Hospital CUF Descobertas, sob a tutela da Prof. Doutora Ana Domingues e com a regência da Prof. Doutora Teresinha Simões. Com a minha tutora observei a realização de ecografias, normalmente à quarta-feira e na quinta-feira acompanhava-a nas urgências. Aqui assisti a algumas consultas, maioritariamente por alterações no corrimento ou por contrações no 3º trimestre da gravidez. Durante as urgências tive a oportunidade de observar a realização de partos eutócicos, distócicos e cesarianas, tendo tido, nesta última, a possibilidade de participar como 2º ajudante. Durante os outros dias fui designado a vários locais, desde consultas de ginecologia, consultas de obstetrícia, consultas de uroginecologia, consulta de senologia, reuniões multidisciplinares de oncologia mamária, bloco operatório e exames especiais.

No final do estágio apresentei um artigo para avaliação a pedido do Prof. Doutor Jorge Lima e Dr. Rui Viana, com o título “A systematic review: Endometriosis and the microbiome”.

4. Saúde Mental

O estágio de Saúde Mental começou no dia 17 de fevereiro com a apresentação inicial realizada pelo coordenador da UC, Prof. Doutor Miguel Talina, com discussão de casos clínicos posteriormente. No segundo dia foi realizada uma apresentação com o tema de “Estigma na Doença Mental” orientado pelo Prof. Doutor Pedro Mateus. O estágio a nível hospitalar começou ao terceiro dia no Hospital Fernando da Fonseca (HFF), com a reunião de serviço, a qual ocorria todas as quartas-feiras, seguida da designação dos locais de estágio dentro da equipa hospitalar do HFF. Fui destacado para o Hospital de Dia, onde fui recebido pelo Dr. João

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Carlos Melo. Para além da reunião de serviço, também foram realizadas reuniões entre a equipa do hospital de dia e as equipas comunitárias (Queluz, Damaia e Brandoa). Durante os dias que lá passei assisti a várias consultas dos doentes que frequentavam o espaço. Para além das consultas também observei e auxiliei nas atividades realizadas, grupo psicoterapêutico, atividades do movimento e gestão doméstica e culinária.

O estágio foi interrompido no dia 9 de março devido à pandemia que atualmente vivemos. Ainda assim, foi possível a discussão final do relatório com o Prof. Doutro Miguel Talina no dia 16 de março.

5. Medicina Geral e Família

O estágio de Medicina Geral e Familiar, cuja regente é a Prof. Doutora Maria Isabel Santos foi iniciado no dia 16 de março e terminou no dia 17 de abril. Tendo em conta o contexto de pandemia e consequente impossibilidade de realizar a componente prática, foram organizadas, pela UC, atividades de forma a compensar o estágio. A avaliação da UC foi alterada, passando da realização do diário de exercício orientado (DEO) para portfólio. Neste sentido foi-me solicitado a resolução de um caso, cuja principal patologia era a doença pulmonar obstrutiva crónica, efetuei também uma análise de situação, fiz o registo e análise de consultas videogravadas e participei em três cursos realizados pela World Health Organization, com os temas: antibioterapia, infeções respiratórias e COVID-19. Por último, foi realizado um minicongresso, nos dias 16 e 17 de abril, onde apresentei o tema: “Tenho o tornozelo inchado e não o consigo colocar no chão”, optando por abordar a patologia da entorse.

6. Pediatria

O estágio clínico de Pediatria necessitou de ser alterado, incluindo apenas a avaliação de um seminário que decorreu no dia 15 de maio e a realização de um artigo de revisão. Para além das avaliações, foram disponibilizados e realizados vários casos clínicos organizados por diversas especialidades pediátricas. No seminário apresentei o tema “Icterícia Neonatal” em conjunto com as minhas colegas Carlota Miranda e Rita Coutinho. Relativamente ao artigo de revisão decidi abordar o tema de otites, amigdalites e laringites, focando-me maioritariamente na profilaxia com as vacinas Haemophilus Influenza serotipo B (Hib) e vacina conjugada contra infeções de Streptococcus pneumoniae (Pn13), tratamento na fase aguda, fase crónica ou recorrente e seguimento. O estágio de Pediatria foi iniciado no dia 20 de abril e a data da entrega do artigo de revisão ao regente da UC, Prof. Doutor Luís Varandas, foi no dia 22 de maio, terminando assim os estágios clínicos da UC Estágios Profissionalizantes.

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Elementos Valorativos

Durante o curso tive a oportunidade de estar presente no iMed Conference 11.0 e respetivos workshops, nomeadamente cirurgia laparoscópica básica e avançada.

Durante a quarentena obrigatória optei por participar em várias palestras, todas elas levadas a cabo pela associação de estudantes da faculdade de ciências médicas (AEFCM), de forma a complementar a minha formação enquanto futuro médico. Menciono aqui as que considero mais relevantes, como a redação científica, urgências de Otorrinolaringologia e prescrição social.

Durante os sete anos que frequentei a faculdade tive o privilégio de representar a equipa de futebol da AEFCM entre os anos de 2013 e 2019.

Coloco em anexo no final do relatório todos os certificados das atividades extracurriculares aqui mencionadas.

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Análise Crítica

Fazendo uma retrospetiva do caminho percorrido durante os sete anos que frequentei a NMS|FCM, para realizar o MIM, chegou a altura de autoavaliar todo este percurso que culminou com a UC de estágios profissionalizantes do 6º ano. Partindo deste pensamento, do meu ponto de vista, atingi os objetivos pessoais que tinha colocado inicialmente, objetivos esses que foram cumpridos de melhor forma em alguns estágios quando comparados com outros. Durante este ano letivo, nos estágio presenciais, tive a oportunidade de ser acolhido por profissionais de saúde fenomenais, que me auxiliaram durante os mesmo e me integraram na equipa médica, como se fosse mais um elemento, garantido as condições e a autonomia que deve ser dada a um aluno que está prestes a terminar o curso.

A UC de Cirurgia Geral propunha que no final do estágio todos os alunos adquirissem as competências de reconhecer as principais síndromes cirúrgicas, o seu diagnóstico e tratamento e diferenciar a necessidade de realizar cirurgia eletiva ou urgente. Por outro lado, também propunha que o aluno soubesse hierarquizar os dados de uma história clínica, de forma a que conseguisse formular hipóteses de diagnóstico e que requisitasse os exames complementares de diagnóstico necessários. Para além destas competências, também era necessário saber realizar as técnicas de pequena cirurgia mais comuns, anestesia e assepsia. Sinto que durante o estágio de Cirurgia Geral fui capaz de ganhar estas competências de âmbito geral.

A ida ao SU é sempre enriquecedora, porque permite que num curto espaço de tempo, nós alunos, com o tutor designado, consigamos realizar a colheita de história, identificar fatores de risco, propor hipóteses de diagnóstico e efetuar o pedido de exames complementares, que no final acelera o nosso raciocínio clínico.

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No estágio opcional estive em contacto com a Gastrenterologia, o que me levou a perceber melhor quais as patologias que estão englobadas nessa especialidade e que necessitam de tratamento específico, bem como as indicações para a realização de exames endoscópicos.

Relativamente à especialidade de Cirurgia Geral esta foi dividida em consultas e bloco operatório, havendo um menor contacto com a enfermaria. Durante o estágio pude participar em algumas cirurgias eletivas e urgentes, durante as oito semanas. A experiência de bloco foi maioritariamente destinada a pequena cirurgia nas tardes disponíveis e a patologia hepatobiliopancreática., sendo que este último foro de patologias foram diferentes do que tinha contactado anteriormente, alargando os meus conhecimentos necessários para o meu futuro.

As competências propostas pela UC de Medicina Interna passavam pela aquisição de competências teóricas, práticas e adquirir autonomia no interrogatório, exame físico, diagnóstico e tratamento das patologias identificadas, tal como, hierarquizar as situações clínicas em contexto de urgência. Ao longo das oito semanas de estágio fui capaz de ganhar as competências propostas, mas admito, que os ganhos destas competências não foram fáceis, maioritariamente pelo vasto grupo de patologias vistas em internamento ou em urgência. Apenas consegui adquirir as competências propostas pela UC devido ao contacto diário que tinha com doentes, através da colheita de história clínica, realização de exame objetivo e escrita de diários clínicos. Durante o estágio não tive oportunidade de observar consultas realizadas pela tutora.

Para além da enfermaria, a urgência geral do Hospital de São José foi um ótimo local para a aprendizagem e melhoria do raciocínio clínico, tal como o pedido de exames essenciais ao diagnóstico.

Uma das minhas principais lacunas, em todo o curso, foi sempre a interpretação de um ECG. O curso efetuado durante o estágio de Medicina Interna foi essencial para melhorar a interpretação do mesmo. Sinto que a perceção das alterações no ECG apenas se consegue aperfeiçoar com a prática clínica. Durante os restantes estágios tive a infelicidade de ter pouco contacto com este exame complementar de diagnóstico, optando por realizar treino no domicílio, mas mesmo assim ainda não atingi o alvo que quero relativamente ao ECG.

A especialidade de Ginecologia e Obstetrícia nunca foi colocada como hipótese na escolha de especialidade após a PNA, mas com o estágio que realizei na CUF Descobertas mudei completamente a minha opinião, devido à dinâmica oferecida pelos médicos responsáveis por mim e pela passagem por vários tipos de consulta. A UC de Ginecologia e Obstetrícia espera que no final do estágio os alunos adquiram competências clínicas que são essenciais à sua prática. Durante o estágio considero que atingi os objetivos pedidos pela UC. A passagem pelo bloco operatório central e bloco de partos, locais onde me sinto mais feliz, foi deveras interessante, devido à explicação do procedimento pelo especialista e pela possibilidade de ser 2º ajudante em partos por cesariana e histerectomias. Das reuniões realizadas, destaco a reunião multidisciplinar semanal de oncologia mamária onde era discutido doentes e o tratamento a ser realizado,

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percebendo um pouco mais sobre as indicações do mesmo. Em último lugar, queria destacar a dificuldade que tive em realizar ou observar o exame ginecológico nas consultas por opção das doentes.

A UC de Saúde Mental impunha aos alunos que no final do estágio, os mesmos, adquirissem a capacidade de identificar sintomas de perturbação psiquiátrica e elementos patológicos na personalidade, comportamentos e relacionamento interpessoal, tal como, identificar situações individuais e socias de risco e aprender a aplicar as regras básicas de referenciação à psiquiatria. Penso que no final do estágio consegui adquirir as competências pedidas pela UC, maioritariamente pela ajuda do Dr. João Carlos Melo na capacidade de responder às dúvidas colocadas por mim. A ida para o hospital de dia foi uma experiência enriquecedora devido à possibilidade de contactar com doentes já controlados farmacologicamente e que apenas necessitavam de voltar a aprender algumas necessidades básicas de vida diária e comunicação. As consultas observadas em contexto do hospital de dia, incluindo as de admissão, foram bastante didáticas para perceber a relação médico-doente no contexto de patologia psiquiátrica. Por outro lado, sinto que há a necessidade de ter contacto com doentes psiquiátricos em internamente ou urgência, algo que não realizei, pelo simples facto de a sintomatologia em fase aguda ser diferente da sintomatologia da fase crónica.

As competências clínicas pedidas pela UC de Medicina Geral e Familiar não foram alteradas, mesmo no contexto atual, sendo elas a capacidade de adotar uma abordagem centrada na pessoa, identificar e gerir os problemas de saúde mais frequentes na comunidade, coordenar cuidados de saúde, toma de decisões terapêuticas que tenham em consideração as limitações dos dados clínicos e a relação custo-benefício e utilizar a evidência científica na prevenção primária, secundária, terciária e quaternária. Assumo que neste estágio não consegui atingir todos os objetivos especificados pela UC. Admito que tenho algumas lacunas na abordagem às patologias mais prevalentes nos cuidados de saúde primários devido à falta de estágio presencial do 6º ano. Destaco a realização do minicongresso que ajudou em alguns conteúdos que colmataram outras falhas que tinha anteriormente.

Por último, o estágio de Pediatria, tal como referido no ponto anterior, não pôde ser realizado em contexto hospitalar, e tal como a UC de Medicina Geral e Familiar, as competências necessárias no fim do estágio não foram alteradas. Seguindo esta linha de pensamento o aluno após o estágio profissionalizante de Pediatria deve ter a capacidade de reconhecer as principais patologias mais comuns do foro pediátrico em Portugal, de estabelecer comunicação com a criança, adolescente ou família de forma adequada, realizar uma história clínica, reconhecer os critérios de gravidade, interpretar exames complementares, discutir o diagnóstico e propor a terapêutica. Considero que o seminário realizado na manhã de dia 15 de maio foi extremamente útil pelo facto de ter tido contacto com algumas patologias do foro pediátrico. A realização do artigo de revisão foi deveras trabalhoso, mas tal como o seminário, útil. Isto porque, no futuro, vou necessitar de pesquisar e encontrar a informação mais fidedigna e com melhor evidência.

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Este final de ano atípico revelou-se como uma perda importante de aprendizagem prática, não só para o meu futuro como médico, mas também para a prova nacional de acesso. Para além dos estágios clínicos de Pediatra e Medicina Geral e Familiar, também perdi a possibilidade de realizar o estágio opcional. Tinha optado por um estágio realizado no Hospital de São José na equipa de urgência fixa, com esta alteração, penso que perdi uma grande oportunidade no desenvolvimento de raciocínio clínico rápido e na abordagem ao doente urgente e emergente. As lacunas causadas pela não realização dos estágios práticos de Medicina Geral e Familiar e Pediatria tentaram ser colmatadas através do estudo realizado para a PNA de forma mais intensiva, mas por outro lado, a prática irá ser sempre um fator preponderante para a minha aprendizagem, e com isso, o Ano de Formação Geral irá ser essencial. Durante a pandemia inscrevi-me como voluntário para o reforço da linha SNS24, organizada pela Algarve Biomedical Center e a Altice, que acabou por não se concretizar. Adicionalmente participei em palestras organizadas pela AEFCM. A quarentena permitiu, também, que me focasse mais no estudo para a prova nacional de acesso que irá decorrer no dia 30 de novembro.

Em modo conclusivo, considero que ao longo de todo este percurso melhorei em diversas competências fundamentais, principalmente durante os estágios clínicos, que foram cruciais para a minha formação. Ainda assim, sei que tenho um longo caminho a percorrer, ainda há muitos obstáculos a ultrapassar para atingir a minha meta. Não obstante, considero que nesta jornada, todas as pequenas vitórias, mas também e principalmente todos os erros e falhas, contribuíram para a minha aprendizagem e providenciaram-me as ferramentas necessárias para vingar e me tornar o médico que sempre sonhei.

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Anexos

Anexo 1- iMed Conference 11.0 e Workshops Cirurgia Laparoscópica Básica e Avançada Anexo 2- “Redação Científica”

Anexo 3- “Prescrição Social” Anexo 4- “Urgências em ORL”

Anexo 5- Certificado AEFCM- Equipa de Futebol Anexo 6- Curso TEAM

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Referências

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