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Quantidade dos Espaços Verdes Urbanos Parque Florestal de Monsanto

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Quantidade dos Espaços Verdes Urbanos – Parque Florestal de Monsanto

1 Quantidade dos Espaços Verdes Urbanos

DESCRIÇÃO

Este grupo de critérios centra-se nas características físicas dos espaços verdes específicos. Baseia-se em indicadores mais facilmente mensuráveis, na medida em que os aspectos físicos dos espaços verdes são melhor caracterizados com dados quantitativos. O objectivo destes indicadores é proporcionar uma informação acessível sobre a dimensão, forma, drenagem, dinâmica, conectividade, bem como sobre o grau de integração do espaço verde individual no sistema verde urbano.

Critério 1.1 Área da superfície do espaço verde

DESCRIÇÃO

A área de espaços verdes numa cidade tem grande influência na qualidade do ambiente e sustentabilidade ecológica, assim como na satisfação geral das populações. Quanto maior a área do espaço verde, maior é a capacidade de albergar actividades diversas, (permitindo aos utilizadores oportunidades de escape do ambiente urbano) e maior o contributo para a manutenção da biodiversidade e heterogeneidade de habitats.

INDICADOR: Proporção de área verde em relação à área total da cidade

ANÁLI

S

E

Método:

Verificar evolução da área do espaço verde (positiva, nula ou negativa) ao longo de um período de tempo, de 5 ou 10 anos. (m2)

Medição através de mapas ou fotografias aéreas.

Fontes:

• Departamento Ambiente e Espaços Verdes (DAEV) - Divisão de Matas • Publicações variadas

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

7658.000 m2 de área útil (exclui bases militares, áreas urbanas, Av. Ceuta)

Disponibilidade de dados:

X Directa X Indirecta O Indisponível Observações:

A evolução da área do parque não foi uma informação obtida de forma directa, ou seja, foi recolhida através de um historial do Parque.

Historial: Durante muitos anos os limites do Parque Florestal de Monsanto, embora definidos no Plano GROER, não chegaram a ser legalmente estabelecidos. Este facto, permitiu que se assistisse a expropriações de áreas do parque para serem urbanizadas pela própria Câmara Municipal (caso dos Bairros do Caramão da Ajuda, da Boavista e ampliação de Caselas), e simultaneamente, diversos terrenos privados encravados no Parque nunca chegariam a ser expro-

(2)

221

AVALI

AÇÃO

priados (caso das Quintas de St.º António e S. José, Fábrica do Rajá e diversos outros de pequenas dimensões).

Com a publicação em 1970 – Decreto-Lei (4) que amplia o conceito de "utilização pública" do parque, permitindo a instalação de infra-estruturas de índole formativa, informativa e outras de utilidade pública, inicia-se a fase mais descontrolada de urbanização no Parque.

Em apenas três anos, assistiu-se à aprovação das instalações dos edifícios de diversas unidades escolares, da Radiotelevisão, Rádio Difusão Portuguesa, Serviços Prisionais, Hospital Ocidental de Lisboa e do Automóvel Clube de Portugal, encontrando-se muitas outras hipóteses em estudo como a instalação da Universidade Técnica de Lisboa e de diversas unidades Hoteleiras. - “Estava assegurado o "loteamento" do Parque Florestal do Monsanto, o qual passava a constituir uma mera reserva de terrenos "urbanizáveis" para o engrandecimento e monumentalização da Capital, impondo a "terciarização" do Concelho de Lisboa.”

Em 1974 é publicado um novo Decreto Lei proposto pelo Arquitecto Gonçalo Ribeiro Teles, que anula expressamente o Decreto-Lei de 1970.

O processo de loteamento do Parque é interrompido e restabelece-se o espírito inicial com que o Parque havia sido criado. A Câmara Municipal de Lisboa e Direcção Geral das Florestas aprovam, em Maio de 1979, uma delimitação rigorosa do Parque.

Em 1987, foram definidas e aprovadas pela Câmara zonas de desenvolvimento prioritário no Parque Florestal de Monsanto, designadas como Parques Urbanos. Estas zonas, pelas suas características biofísicas, eram susceptíveis de suportarem algum equipamento construído e que, pela sua localização, poderiam servir de pólos de dinamização e de referência para o conjunto do Parque.

No mesmo ano, foi implementado um equipamento de recreio privado que seria a âncora do Parque Urbano do Alto do Duque, o Aquaparque.

1988 é publicada em Decreto-lei a instalação do Pólo Universitário 2 da Universidade Técnica de Lisboa em 56 ha do perímetro do Parque Florestal, área essa que correspondia ao essencial do Parque Urbano do Alto da Ajuda.

Nos anos 90, implementou-se na zona Norte o Parque Urbano do Alto da Serafina, constituído basicamente por dois núcleos diferenciados: um vedado e aberto ao público em 1992 (o Parque Recreativo do Alto da Serafina) e outro, não vedado, constituído por um grande relvado e equipamento de lazer (o Parque do Calhau), que é utilizado pelo público desde 1990.

Em 1993 instalou-se na zona norte o Parque Ecológico de Monsanto, espaço com cerca de 50ha (16 deles vedados) com a principal vocação de educação ambiental.

No início de 1999 é recuperada a Mata de S. Domingos de Benfica e aberto ao público o Parque Recreativo dos Moinhos de Santana.

(1) Decreto-Lei nº.24 625 de 1 de Novembro de 1936. (2) Decreto-Lei nº. 29 135 de 16 de Novembro de 1938.

(3) dos quais (Os de Santana e Velho) no Casalinho da Ajuda, foram reconstruídos no traço original e encontram-se em actividade

(4) Decreto-Lei nº. 297/70 de 27 de Junho (5) Decreto-Lei nº.380/74 de 22 de Agosto

(6) Parques urbanos do Alto do Duque, Alto da Serafina, Alto de Monsanto e Alto da Ajuda

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

URGE: Quando aplicado a nível da cidade, este indicador permite fazer comparações entre cidades europeias, no entanto o valor obtido não é indicativo por si só, devendo também ser estudada a localização.

Uma correcta avaliação deste indicador deve ser feita em função da sua evolução numa escala temporal de 1, 5 ou 10 anos, em relação ao presente.

Em tempos, uma perspectiva mais funcionalista permitia pensar que a área verde de um parque poderia ser reduzida quando em compensação outras áreas verdes fossem criadas em diferentes locais da cidade, de forma a distribuir mais equitativamente a área verde. Magalhães afirma: “Hoje em dia sabe-se que o valor biológico de uma área de grande dimensão como Monsanto é impossível de ser substituído por pequenas áreas”.

Por outro lado, numa perspectiva social, a concentração de uma elevada fracção verde da cidade num único espaço, não compensa a falta de áreas verdes dispersas na cidade, os espaços de proximidade às residências e locais de trabalho.

Um factor com impacte significativo no efeito de fraccionamento do Parque de Monsanto, é a circulação de veículos introduzida pelas inúmeras vias rodoviárias que o atravessam.

AVALIAÇÃO:

O valor da área do Parque de Monsanto, é superior a qualquer outro da cidade de Lisboa, e chega mesmo a ter uma dimensão superior à maioria dos parques urbanos europeus.

Avaliando a evolução da área do Parque nos tempos mais recentes do seu historial, verificou-se que no inicio da década de 70, o Parque de Monsanto assistiu a uma forte pressão urbanística, contrariando o objectivo da sua criação, tendo o valor da sua área sofrido uma evolução negativa. A publicação de um novo decreto de lei em 74, impôs um maior respeito pelos limites do parque, continuando no entanto a verificar-se casos de expropriação posteriores a este. Um caso recente que levou ao surgimento de um grande movimento civil, foi a intenção de transferência da Feira Popular para o interior do Parque.

Este caso recente, que não é único, leva-nos a pensar até que ponto o Parque de Monsanto é de facto o parque emblemático da cidade e está protegido dos interesses económicos da pressão imobiliária.

1 2 3 4 5 1.1 Área da superfície do espaço verde

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Critério 1.2 Extensão do efeito fronteira

DESCRIÇÃO

A forma dos espaços verdes é especialmente importante, a nível das funções ecológicas.

O efeito fronteira resulta da actuação de duas diferentes condições ambientais, que afectam as espécies animais e plantas que vivem perto da fronteira dos dois habitats.

Enquanto algumas espécies beneficiam da variedade de alimento e esconderijos oferecidos por dois ou mais habitats - espécies generalistas, outras - as especialistas, são características de determinados habitats e não beneficiam da proximidade e influência de outros habitats.

Verificamos assim, que em espaços estreitos, com formas mais alongadas, os efeitos de fronteira são mais significativos, sendo as populações que neles habitam, mais generalistas e não, as espécies características dos habitats representados neste espaço.

INDICADOR: Índice de forma

ANÁLI

S

E

Método:

Rácio da largura pelo perímetro do espaço;

Em espaços irregulares, divide-se em parcelas mais regulares e calcula-se a média dos vários indexes.

Fontes:

Departamento de Ambiente e Espaços Verdes (DAEV) Carta Verde de Lisboa

Benchmark: URGE:

Valores indicativos do índice de forma: <0,1 Fraco 0,1 – 0,2 Razoável > 0,2 Bom AVALI AÇÃO Informação recolhida: Cerca de 20 km de perímetro 1000 ha de área bruta 1/8 área total da cidade

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO

OBSERVAÇÕES:

Este indicador permite fazer comparações entre cidades europeias, no entanto o valor obtido não é indicativo por si só, devendo também ser estudada a localização.

Uma correcta avaliação deste indicador deve ser feita em função da sua evolução numa escala temporal de 1, 5 ou 10 anos, em relação ao presente.

AVALIAÇÃO:

A forma irregular do parque não permite que este índice seja calculado com exactidão. No entanto observa-se que a sua forma pode se dividir em duas formas mais regulares, uma com cerca de ¾ da área total, de forma próxima do circular. Cerca de ¼ da área total, apresenta uma forma achatada.

Desta observação, e por comparação à forma dos espaços da Guerra Junqueira e do Avelar Brotero, assumiu-se que o índice de forma se situa entre 0,1 e 0,2.

1 2 3 4 5 1.2 Extensão de efeitos de fronteira

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223

Critério 1.3 Isolamento em relação a outros espaços verdes

DESCRIÇÃO

A fragmentação de habitats é considerada um dos principais motivos, para o declínio das condições ecológicas, particularmente no meio urbano. Associado ao reduzido tamanho dos espaços e a um elevado efeito fronteira, o isolamento das espécies diminui gravemente a qualidade ecológica da estrutura verde urbana.

Este indicador avalia o grau de isolamento de um espaço verde em relação aos restantes.

INDICADOR: Menor distância a outros espaços verdes

ANÁLI

S

E

Método:

Medida da menor distância entre a fronteira de um espaço verde e a fronteira do espaço adjacente mais próximo.

Fontes:

• DAEV - Divisão de Matas • Carta Verde de Lisboa Benchmark:

URGE:

Distancia máxima entre espaços: 500 m 1 km de distância, significa elevado isolamento.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

O parque de Monsanto tem adjacente a si a Tapada da Ajuda com cerca de 100 ha. Tapada das Necessidades 10 ha ……. ….300 m

Capela Jerónimos ……… 300 m Parque Moinhos de Santana ……….400 m Jardim Zoológico ………..600 m Parque Eduardo Sétimo………. ……….1000 m

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

Na perspectiva de manutenção da biodiversidade, a ecologia urbana deve considerar para além da dimensão das áreas verdes a distância entre estas áreas, essencial para a mobilidade da biodiversidade.

AVALIAÇÃO:

O Parque Florestal de Monsanto encontra-se a uma distância média entre 250 - 500 metros dos jardins mais próximos, o que significa um elevado isolamento.

1 2 3 4 5 1.3 Isolamento em relação a outros

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224

Critério 1.4 Conectividade com outros espaços verdes

DESCRIÇÃO

O efeito do isolamento nas espécies, pode ser diminuído, se existirem elementos de conexão entre espaços, o que facilita a migração de espécies. Quanto maior o numero e a diversidade dos elementos de conexão, maior o beneficio ecológico.

INDICADOR: Presença de diversos tipos de conectividade

ANÁLI

S

E

Método:

Quantificar o número de elementos de conexão por espaço verde, para outros espaços verdes;

Quantificar o número de diferentes tipos de conexão, de acordo com a seguinte lista: • Floresta Semi-natural • Floresta • Árvores • Arbustos • Vegetação • Relvados

• Linhas de água semi-naturais • Linhas de água naturais • Shore of waterway

A multiplicação destes dois valores, indica o valor da conectividade do espaço.

Fontes:

• Carta Verde de Lisboa

• Fotografia aérea. In Site: lisboainteractiva.pt

ANÁLI

S

E

Benchmark: URGE:

Quanto maior o número e a diversidade destas conexões, maior o benefício ecológico: 0= não existe conectividade;

1-2 = razoável conectividade; 3-5 = boa conectividade; +5 = óptima conectividade; LEGISLAÇÃO NACIONAL:

Lei de bases do ambiente (Lei nº11/87 de 7 de Abril – art.5º), Continuum naturale,

consagrado como “sistema continuo de ocorrência naturais que constituem o suporte da vida silvestre e de manutenção do potencial genético e que contribui para o equilíbrio e estabilidade do território”.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Existem cerca de 7 corredores verdes / vias arborizadas que fazem o prolongamento do Parque de Monsanto para fora do seu perímetro.

6 dos corredores verdes são vias arborizadas e 1 corredor para além das vias arborizadas é formado por áreas relvadas.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

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225 OBSERVAÇÕES:

O Continuum naturale, encontra-se consagrado na Lei de Bases do Ambiente (Lei nº11/87 de 7 de Abril – art.5º), como “sistema continuo de ocorrência naturais que constituem o suporte da vida silvestre e de manutenção do potencial genético e que contribui para o equilíbrio e estabilidade do território”.

Tal como o nome indica, trata-se de verdadeiras rotas para pessoas, animais, sementes e mesmo ar e água; é uma entidade urbana de associação de funções; funções ecológicas em sobreposição com funções sociais, como o lazer, recreio, circulação de peões e bicicletas e à fruição de equipamento cultural;

Implica que os espaços verdes envolvam a cidade de um modo continuo, sem grandes interrupções, desempenhando diferentes funções e assumindo diversas formas (Magalhães, 1992); Forma mais eficaz de trazer benefícios à paisagem natural e a um meio urbano em expansão.

• Uma vez que diferentes espécies, se deslocam em diferentes meios e por isso necessitam de diferentes tipos de conexão, é importante para cada espaço da cidade, identificar as principais espécies e os tipos de corredores associados.

• Como na maioria dos corredores de conexão a exposição a distúrbios é elevada, só as espécies generalistas e menos sensíveis são capazes de os utilizar e beneficiar da migração. É importante que os elementos de conexão, incorporem elementos dos habitats das espécies mais sensíveis ou vulneráveis.

AVALIAÇÃO:

Embora a conectividade com os espaços que se encontram mais próximos esteja assegurada por ruas arborizadas, a variedade de habitats e espécies que constituem os elementos de conexão é reduzida, e por isso a classificação será de 1-2 , ou seja apresenta uma razoável conectividade.

1 2 3 4 5 1.4 Conectividade com outros espaços

verdes

Critério 1.5 Impermeabilização do solo

DESCRIÇÃO

A percentagem de solo impermeabilizado revela a dimensão do espaço onde os ciclos naturais como o da água, não ocorrem; para além do ciclo da água, a impermeabilização do solo afecta outras funções ecológicas do solo; funções como o suporte físico e mineral para o crescimento de plantas, fungos e a função de reservatório de nutrientes e outros recursos, são destruídas pela sua impermeabilização.

INDICADOR: Proporção da superfície de espaço verde com distúrbios na dinâmica natural da água

ANÁLI

S

E

Método:

Áreas de solo ocupadas pelas diferentes categorias/distúrbios na dinâmica natural da água: 1. Construção

2. Coberto (asfaltado, cimentado, empedrado) 3. Compactado (campos desportivos) 4. Não impermeabilizado.

Fontes:

DAEV - Divisão de Matas

Benchmark: URGE:

Para o geral dos espaços verdes: máximo 10% de área impermeabilizada, categorias 1-3; Espaços verdes com elevada capacidade de carga: máximo de 20% de área impermeabilizada, categorias 1-3.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida: 600 ha área arborizada

28,73 ha áreas urbanas (zonas de transição) 13,5 ha parques recreativos

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226

AVALI

AÇÃO

Áreas de uso intensivo, com elevada capacidade de carga: (referência 1994) Parque Urbano do Alto da Serafina 120.000 m2 – Inertes/verde: 0,3

Parque Urbano do Alto da Serafina – Zona do Calhau 185.000 m2 – Inertes/verde: 0,05 Parque Ecológico 500.000 m2 Inertes/verde: 0,04

Mata de São Domingues de Benfica 80.000 m2 – Inertes/verde: 0,2 Montes Claros – Inertes/verde: 0,5

Centro de ténis de Monsanto – Inertes/verde: 0,8 Parque Infantil do Alvito 120000 m2 – Inertes/verde: 0,7 P.U. Moageiro de Santana/Ajuda 65.000 m2 – Inertes/verde: 0,1 Total = 942.000 m2 = 94,2 hect.

Média de inertes/verde = 0,21 Disponibilidade de dados:

X Directa O Indirecta O Indisponível AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES: URGE:

Os espaços verdes com elevada utilização, têm maior probabilidade de terem grandes áreas impermeabilizadas, o que afecta a dinâmica da água. Este efeito pode ser minimizado, se esta água for colectada, purificada e devolvida através da rega das áreas verdes.

As Tipologias de Usos identificadas:

Zonas de conservação – pouco intervencionada a nível paisagístico e praticamente sem equipamento – são locais de estudo e observação com caminhos pedestres sinalizados, miradouros e zonas de estadia;

Zonas de recreio informal – arborizadas e com manutenção regular, de acesso livre equipadas com (zonas de estadia, merendas, miradouros, circuitos de manutenção, sinalização pedestre e ciclável, equipamento para desporto de ar livre, campos de jogos e anfiteatros, restaurantes) Zonas recreativas – áreas vedadas, fortemente intervencionadas para recreio e lazer, com equipamento variado para recreio infantil, zonas ajardinadas, balneários, portaria, restaurantes/bar (concessões) e outros equipamentos lúdicos.

AVALIAÇÃO:

As tipologias de áreas identificadas (600 ha área arborizada, 28,73 ha áreas urbanas (zonas de transição), 13,5 ha parques recreativos), correspondem a proporções de:

88% áreas arborizadas; 4% áreas urbanas; 8% parques recreativos.

Do total da área do Parque de Monsanto, 12% é destinado a área humanizada (urbana + parques recreativos), logo com elevada taxa de impermeabilização.

Considerando os parques recreativos, os parques destinados à utilização humana, estes apresentam uma média de índice de ocupação inerte/verde de 0,21, ou seja perto de 20%, que de acordo com o URGE é o máximo de impermeabilização de que um espaço com elevada capacidade de carga deve ter.

1 2 3 4 5 1.5 Impermeabilização do solo

(8)

227

Critério 1.6 Integração no sistema de espaços verdes

DESCRIÇÃO

Este critério avalia a grau de articulação e integração do espaço verde, no sistema que planeia e gere os espaços verdes da cidade. Avalia também o nível de coordenação entre administrações de municípios vizinhos. Os espaços verdes, não devem ser concebidos, desenhados e geridos de forma episódica mas como fazendo parte de um sistema integrado. Deste modo, o conceito de rede verde ou rede ecológica urbana, deve ser adoptado por planeadores e administradores.

INDICADOR: Existência e eficácia de instrumentos capazes de integrar o espaço verde individual no sistema de espaços verdes da cidade

ANÁLI

S

E

Método:

Verificar em que extensão o conceito de sistema verde urbano é aplicável ao espaço verde individual:

0 – não existe sistema verde; 1 – o sistema está a ser estabelecido;

2 – o sistema existe, mas o espaço individual não está integrado; 3 – o espaço verde faz parte do sistema verde;

Verificar se os seguintes procedimentos são adoptados no desenho e desenvolvimento do espaço verde:

Envolvimento de peritos de diferentes disciplinas na preparação do projecto;

Comparação do projecto em estudo com projectos semelhantes de outras cidades com sistemas de espaços verdes;

Verificar se alguma das seguintes regulamentações e instrumentos que influenciam as políticas ambientais dos municípios vizinhos tem impacte no desenho do espaço:

Planos verdes de grande escala envolvendo administrações vizinhas (planos intermunicipais);

Coordenação de políticas de espaços verdes; Encontro de objectivos e actividades comuns;

Fontes: Entrevista

Plano Regional Ordenamento Território da AML - PROTAML

ANÁLI S E Benchmark: URGE: Alcançar o nível 3;

Pelo menos 1 dos 2 procedimentos deve ser adoptado; Pelo menos 1 dos 3 procedimentos deve ser adoptado. LEGISLAÇÃO: cumprimento da legislação e planos em vigor.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida: Resposta 3.

A estrutura verde urbana é classificada segundo a natureza dos espaços, em dois tipos: principal e secundária.

O Parque Florestal de Monsanto considerado o principal parque periférico da cidade, integra a estrutura verde principal.

2-

Segundo o D.L. nº292/95 de 14 Novembro é necessário fixar regras mínimas de qualificação técnica para a elaboração dos planos urbanísticos e projectos de operação de loteamento. (...) Considera-se indispensável a elaboração de planos urbanísticos e (...) projectos de operações de loteamento, em equipas técnicas multidisciplinares. (pelo menos um Arquitecto, 1 engenheiro civil, 1 arquitecto paisagista, 1 técnico urbanista e 1 licenciado em direito, com experiência de pelo menos 3 anos).

A referência a esta legislação é feita na lista processual da equipa de projecto.

A comparação com projectos de espaços verdes noutras cidades, não é um procedimento recorrente, ou instituído.

3-

A nível intermunicipal existe um instrumento de ordenamento o Plano Regional de Ordenamento da Área Metropolitana de Lisboa, que define uma Rede Ecológica Metropolitana, a qual exigirá, para que se assista à sua implementação no terreno, uma coordenação e estabelecimento de objectivos comuns pelos vários concelhos. O entendimento necessário entre municípios não é conhecido.

Dos 3 pontos a identificar, apenas o primeiro é verificado.

Disponibilidade de dados:

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228 AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

Estrutura Verde Principal, estabelece a transição entre a paisagem rural e a cidade.

Na zona peri-urbana, conforme a legislação actual, é constituída fundamentalmente pelas áreas de Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional, do Domínio Público Hídrico, pelas áreas de protecção aos edifícios e monumentos nacionais ou de interesse concelhio etc..

Na zona urbana tradicional, a estrutura verde principal tem que se adaptar aos “vazios” existentes e à sua relação com os espaços consistentes.

Estrutura verde principal/Parque florestal e peri-urbano:

Sistema de espaços verdes de maior dimensão e impacte na cidade.

Integra áreas como jardins, parques urbanos e suburbanos, zonas desportivas, jardins zoológicos, hortas urbanas, etc. (Saraiva, 1989)

Pela sua dimensão, constituem pólos de articulação com a paisagem envolvente (Telles, 1997) Equipamento urbano de nível regional e metropolitano (Pardal, 1991)

A estrutura é de base florestal, e a regeneração é natural ou ajudada. (Pardal, 1991)

Uso múltiplo, como protecção, zona de recarga de aquíferos, ou lazer e recreio das populações urbanas. (Pardal 1991)

AVALIAÇÃO: Resposta 3. Bom

1 dos 2 procedimentos foi verificado. 1 dos 3 procedimentos foi verificado.

Verificaram-se os procedimentos mínimos recomendados pelo URGE.

1 2 3 4 5 1.6 Integração no sistema de espaços verdes

Qualidade dos Espaços Verdes Urbanos – Parque Florestal de Monsanto

2 Qualidade dos Espaços Verdes Urbanos

DESCRIÇÃO

O principal objectivo deste grupo de critérios é analisar e compreender a qualidade dos espaços verdes individuais e de que modo contribuem para a qualidade de vida, para a criação de diversidade ecológica, para criar componentes individuais no âmbito do sistema ambiental urbano, melhorar o clima, absorver os poluentes e avaliar o grau de intrusão por parte da vida urbana. Os espaços individuais têm um carácter e um potencial para a biodiversidade muito variável, dependendo grandemente da função desempenhada pelo sítio e das estratégias de gestão adoptadas.

Quando a gestão dos espaços verdes está orientada para o recreio estes podem, ainda assim, contribuir para a biodiversidade, desde que este não seja um propósito único. Na avaliação deste grupo, é importante ter em consideração os objectivos de gestão para cada espaço, bem como o seu potencial para oferecer outputs de qualidade relacionados com as suas estratégias de gestão.

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229

Critério 2.1 Biodiversidade

DESCRIÇÃO

Os indicadores de biodiversidade reflectem as características qualitativas e quantitativas de riqueza em espécies dos habitats. A situação favorável é que os espaços reúnam condições para manter a diversidade de flora e fauna, e que estas populações se mantenham pelo menos estáveis no tempo.

Os biótopos com características locais devem estar bem representados. Estes habitats são fundamentais para a preservação das espécies locais, assim como pela possibilidade dada aos cidadãos de conhecer e viver o ambiente natural característico da zona. A presença de habitats de pequena escala, como ninhos ou certas plantas essenciais para insectos devem ser tidos em conta, para o aumento da riqueza de espécies.

INDICADOR 1: Diversidade de espécies: número de espécies raras, ameaçadas ou em perigo

ANÁLI S E Método: Plantas Vasculares Carabídeos/

Escaravelhos Borboletas Aves Mamíferos Espécies raras

(ICN 1990) Exóticas

Nº total espécies (5 anos)

• Avaliar a evolução num período de tempo. Fontes:

• Publicações/revistas:

• Oásis Alfacinhas (Rodrigues 1997)

• Lisboa Aves – colecção Lisboa Viva (Costa 2000) Benchmark:

URGE:

Manter ou aumentar a diversidade de espécies ao longo do tempo.

AVALI

AÇÂO

Informação recolhida:

A diversidade avifaunística que se pode encontrar dentro de uma cidade é tanto maior quanto maior for a diversidade de habitats existentes. No caso de Lisboa: actualmente nidificam em Lisboa cerca de 28 espécies de aves e o número de espécies registadas na cidade ronda as 138.

A maior mancha florestal da cidade é o Parque Florestal de Monsanto, situado na periferia.

As espécies de fauna que se encontram na cidade encontram-se em geral também neste parque.

De uma forma geral, os jardins tem pouco substrato arbustivo e possuem árvores de médio e grande porte. Nos parques periféricos, incluindo Monsanto, o coberto vegetal é normalmente mais diversificado e a perturbação humana é menor. Entre as espécies mais comuns que se podem encontrar nos jardins de Lisboa incluem-se, por exemplo o Melro-preto, a toutinegra-de-barrete-Melro-preto, o chapim azul, o chamariz, o verdilhão comum e o pintassilgo. Nos parques periféricos a diversidade é normalmente maior, podendo ser aí encontradas algumas espécies que habitualmente não ocorrem no interior da cidade. São os casos, entre outros da rola-comum, do mocho galego, do pica-pau-malhado-grande ou o gaio-comum.

in: Lisboa Aves – colecção Lisboa Viva (Costa 2000) Peixes:

Enguia Anguilla anguilla; Gambusia - Gambusia holbrooki; Peixe vermelho – Carassius auratus; Pimpão Carassius carassius

Anfíbios:

Rã verde – Rana perezi; Salamandra comum – Salamandra salamandra; Sapo bufo; Tritão de ventre laranja – Triturus boscai

Repteis:

Cágado – Mauremys caspica; Cobra-de-escada – Elaphe scalari; Cobra de Ferradura – Coluber hippocrepis; Cobra rateira – Malpolon monspessulanus: Lagartixa – Podarcis spp; Lagartixa do mato – Psammodromus spp; Licranço – Anguis fragilis; Osga – Tarentola mauritanica; Sardão – Lacerta lépida

Aves

Chapim; Toutinegra; Verdilhão; Pisco; Pica-pau; Águia de asa redonda; Mochos; Corujas; Pato real.

(11)

230

AVALI

AÇÃO

Mamíferos

Coelho bravo; Doninha; Esquilo; Geneta; Morcego anão; Morcego de ferradura; Fuinha Musaranho de dentes vermelhos; Ouriço-cacheiro; Ratazana; Rato; Rato do campo Saca rabos; Toirão; Toupeira

Flora:

Acácia Acacia longifolia - X Austrália Acácia melanoxylon - X Azinheira Quercus ritundifolia – V Aderno Phillyrea latifolia – V Aroeira Pistacia lentiscus – V

Abrunheira Prunus spinosa var insititioides - V Carvalho cerquinho Quercus faginea - V Carvalho alvarinho Quercus robur – V Carvalho negral Quercus pyrenaica - V Cedro do Buçaco Cupressus lusitanica - V Choupo branco Populus alba - V

Choupo negro Populus nigra - V Cipreste Cupressus macrocarpa - V Eucalipto comum - X

Oliveira Olea europaea - V

Pinheiro de halepo Pinus halepensis -V Pinheiro manso Pinus pinea - V Roble Quercus robur - X Sobreiro Quercus suber - V Ulmeiro Ulmus glabra - X Carrasco Quercus coccifera - V Cipreste Cupressus macrocarpa - V Freixo Fraxinus angustifolia – V Folhado Viburnum tinus – V Lodão Celtis australis – V Medronheiro Arbutus unedo – V Madressilva Lonicer implexa – X Pilriteiro Crataegus monogyma – V Pinheiro de alepo Pinus halepensis – V Pinheiro manso Pinus pinea - V

Sanguinho das sebes Rhamnus alaternus – V Salgueiro Salix sp. – V

Sabina das praias – Juniperus phoenicea - X Ulmeiro Ulmus glabra – X

Zambujeiro Olea europaea – V

In: Oásis Alfacinhas (Rodrigues 1997); site Parque Ecológico Monsanto

AVALI

AÇÃO

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

Observações:

Os espaços verdes situados na periferia da cidade, junto à antiga orla rural, e os de maior dimensão no centro da cidade são aqueles que apresentam um maior valor ecológico, que se traduz numa riqueza avifaunística elevada. Esta riqueza deverá ser também acompanhada por uma maior diversidade noutros grupos de vertebrados, nomeadamente anfíbios, répteis e mamíferos.

O leque de espécies presentes varia em função da estrutura do coberto vegetal, da dimensão do espaço verde e do grau de pressão humana a que o local se encontra sujeito. Ou seja, a diversidade avifaunística que se pode encontrar dentro de uma cidade é tanto maior quanto maior for a diversidade de habitats existentes.

In: Oásis Alfacinhas (Rodrigues 1997) As aves constituem um dos grupos mais bem sucedidos do reino animal. Por um lado as aves são um bom indicador da qualidade ambiental, constituindo o seu estudo uma forma relativamente simples e eficaz de obter informação sobre o estado de saúde dos habitats e do ambiente em geral.

In: Lisboa Aves – colecção Lisboa Viva (Costa 2000)

INDICADOR 2: Diversidade de biótopos: número de diferentes tipos de habitat no espaço verde em estudo

ANÁLI

S

E

Método:

Listagem de habitats baseado na estrutura vegetal de acordo com a classificação EUNIS;

http://eunis.eea.eu.int/index.jsp

Fontes:

• DAEV - Divisão Matas • Publicações/revistas

Fórum Ambiente (Dordio 1994) Oásis Alfacinhas (Rodrigues 1997)

Tese ISA, 1994

(12)

231 ANÁLI S E Benchmark: URGE:

Manter a proporção de biótopos;

O objectivo para as políticas ambientais da cidade deverá ser a manutenção da heterogeneidade dos seus habitats;

A recriação de habitas perdidos, formas de gestão mais naturais ou mesmo o aparecimento espontâneo de novos habitats na cidade, são acontecimentos importantes.

AVALI

AÇÃO

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

Informação recolhida:

“O Parque Florestal de Monsanto é um caso ímpar que requer uma referência especial, quer pela história que lhe está associada, quer pela importância ecológica que possui, sendo um belo exemplo de como um complexo florestal semi-natural se pode enquadrar na estrutura urbana de uma cidade.

O parque ecológico, o espaço do Parque Florestal de Monsanto onde mais se intensificam as medidas de protecção ao ambiente natural e acções de educação ambiental, apresenta uma área global de 50 hect, que inclui um terreno vedado de 17 ha onde se encontram uma albufeira e variadas estruturas de apoio. “

In: Oásis Alfacinhas (Rodrigues 1997). “Na área do Parque ecológico, que tem o objectivo de constituir um espaço de formação e educação ambiental e protecção da natureza, pretende-se introduzir espécies de interesse ecológico e paisagístico assim como outras que fomentem o desenvolvimento da fauna; a criação de um espaço que reconstitua e conserve os ambientes naturais da zona de Lisboa e os processos de evolução do coberto vegetal. Este Parque estende-se sobre o manto basáltico que se prolonga pela zona norte de Monsanto, numa zona com um relevo bastante acidentado onde existem várias pequenas linhas de água e uma mais importante cuja regularização está prevista neste projecto.”

In: Tese ISA, 1994 “Ocupando cerca de 1/8 da área total da cidade de Lisboa, o Parque Florestal de Monsanto é a zona da capital que se aproxima mais dos ecossistemas naturais. Não é de estranhar, por isso, que algumas espécies com menor capacidade de adaptação à cidade, apenas aqui possam ser encontradas. É o caso da águia-de-asa-redonda, representada em Monsanto por um casal nidificante, além de vários indivíduos que escolhem o parque para passar o Inverno. Há algumas décadas atrás, Monsanto albergava também diversos carnívoros, como a raposa, o texugo, a geneta e a doninha, dos quais apenas o último continuará ainda a visitar o “pulmão de Lisboa”.”

In: Fórum Ambiente (Dordio 1994)

AVALI

AÇÃO

O PFM é hoje um refúgio para diversas espécies de fauna, quer daquelas que têm dificuldade em sobreviver a uma forte presença humana, como daquelas que nele procuram local de apoio nas suas rotas migratórias. Muita da fauna que ocorre nos arvoredos da cidade utiliza o Parque como local de refúgio, alimentação e para reprodução, sendo o Parque essencial para a sua sobrevivência.

In: Site PEM www.cidadevirtual.pt Trata-se de uma importante área na rota de migração de aves, entre a Serra da Arrábida e Sintra. A variedade faunística abunda por ordem decrescente, a classe dos insectos, repteis, aves e mamíferos de pequeno porte.

In: Divisão de Matas

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES: URGE:

• Não é relevante para comparação com outros países;

• Elevada proporção de espécies exóticas revela alteração e distúrbio no ecossistema; pelo contrário elevada proporção de espécies raras revela um ecossistema natural ou pouco alterado;

• Não existem valores de referência para riqueza de espécies, uma vez que dependem muito das regiões.

• O intervalo de monitorização é de 10 anos, e o número de espécies deve ser mantido; • As espécies regionais ameaçadas são as que necessitam de maior atenção;

• O aumento do número de espécies pode ser vantajoso desde que as novas espécies não sejam invasoras;

• Mudanças na composição das espécies são normais, mas mudanças na proporção das categorias seleccionadas, raras e exóticas, são geralmente resposta a perturbações da actividade humana;

AVALIAÇÃO: 1.

O estudo “ Lisboa Aves - Colecção Lisboa Viva” afirma: ” Tal como em quase todas as grandes metrópoles a sua (Lisboa) riqueza ornitológica não é muito grande.”

Na publicação “Oásis Alfacinhas (Rodrigues 1997)”, que para cada espaço descrito, identifica: • Presença de exemplares que, quer pelo seu conjunto, quer pela sua beleza, idade e

crescimento, merecem especial atenção; MAE • Presença de exemplar único ou raro; EUR

• Presença de um exemplar classificado como Árvore de Interesse Público, pela CML; AIP Não é referenciada a existência de espécies com esta classificação no parque.

(13)

232 De acordo com a lista de espécies vasculares do SIPNAT- ICN, não há espécies raras/ameaçadas

no Parque de Monsanto.

2.

Pela importância que os habitats representados no PFM, representam para a cidade, classifica-se com factor impacte 6 - Diferentes tipos de habitat.

1 2 3 4 5 2.1 Biodiversidade

Critério 2.2 Perturbação superficial

DESCRIÇÃO

Este critério avalia o impacto causado pela utilização do espaço, pelos visitantes. Uma elevada utilização humana de um espaço tem impactos no seu solo, compactando-o e reduzindo o seu coberto vegetal e de forma indirecta outras espécies. A erosão pode ser controlada, com a existência de caminhos de circulação pedonal, nos locais estudados.

INDICADOR: Proporção de superfície de solo erosionado

ANÁLI

S

E

Método:

O indicador pode ser calculado com base no número de visitas ao espaço, e estimada a proporção de solo erosionado. Isto pode ser visualizado contabilizando a superfície de solo a nu que perdeu vegetação. (Ter atenção as áreas onde caracteristicamente, não há vegetação).

Fontes: Benchmark: URGE:

Não existem valores de referência.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Disponibilidade de dados:

O Directa O Indirecta X Indisponível AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

O nível de erosão do solo, é um indicador do nível de impacte antropogénico no espaço verde. Caso se verifique um grande impacte pelo uso do espaço, pode ser aconselhável construir trilhos para percursos, ou caso a erosão se verifique em todo o espaço, poderá ser indicador da necessidade de disponibilizar mais espaços verdes na zona.

AVALIAÇÃO: • Não é aplicável

(14)

233

Critério 2.3 Grau de naturalização

DESCRIÇÃO

Os distúrbios antropogénicos, frequentes e intensos sobre a flora e fauna, são característicos da generalidade dos espaços urbanos. O uso intensivo dos espaços é também um factor para a redução do grau de naturalização. Este grau é revelador da sua qualidade ecológica. A experiência de contacto com espaços mais silvestres é enriquecedora e uma maior naturalização implica também um importante contributo para a presença de biodiversidade.

INDICADOR 1: Proporção de espécies indígenas /exóticas, ameaçadas ou em perigo com estatuto de protecção relativamente ao número total de espécies do espaço

ANÁLI

S

E

Método:

Utilizar a informação recolhida no critério 2.1, diversidade de biótopo, para classificar o espaço como:

• Espaço somente com espécies exóticas/generalistas; • Espaço maioritariamente com espécies indígenas;

• Espaço com espécies regionais, indígenas, e algumas raras ou em perigo de extinção (livro vermelho);

• Espaço maioritariamente com espécies indígenas e bastantes espécies raras. • Espaço com espécies naturais e bastantes espécies raras e em perigo. Fontes:

• DAEV - Divisão Matas • Publicações:

Oásis Alfacinhas (Rodrigues 1997) Fórum Ambiente (Dordio 1994)

Benchmark:

URGE: Não existem valores referência.

PUBLICAÇÃO: Espaços Exteriores Urbanos Sustentáveis: Guia de Concepção Ambiental (Reynolds et al. 2001)

LEGISLAÇÃO NACIONAL:

Decreto-Lei n.º 565/99 de 21 de Dezembro A introdução de espécies não indígenas na Natureza pode originar situações de predação ou competição com espécies nativas, a transmissão de agentes patogénicos ou de parasitas e afectar seriamente a diversidade biológica, as actividades económicas ou a saúde pública, com prejuízos irreversíveis e de difícil contabilização. (...) pretendeu-se condicionar a introdução na Natureza de espécies não indígenas,

ANÁLI

S

E

com excepção das destinadas à exploração agrícola. E porque existe o equívoco generalizado de que a um maior número de espécies na natureza corresponde, no imediato e a longo prazo, uma maior diversidade biológica, pretendeu-se ainda acentuar a dimensão pedagógica necessária à aplicação de princípios de conservação da integridade genética do património biológico autóctone e de prevenção das libertações intencionais ou acidentais de espécimes não indígenas potencialmente causadores de alterações negativas nos sistemas ecológicos. Esta regulamentação vem atender às obrigações internacionalmente assumidas por Portugal, ao aprovar, para ratificação, através do Decreto-Lei n.º 95/81, de 23 de Julho, a Convenção de Berna, pelo Decreto n.º 103/80, de 11 de Outubro, a Convenção de Bona, e pelo Decreto n.º 21/93, de 21 de Junho, e a Convenção da Biodiversidade.

Também a Lei de Bases do Ambiente, Lei n.º 11/87, de 7 de Abril, no seu artigo 15.º, n.º 6, preconiza a elaboração de legislação adequada à introdução de exemplares exóticos da flora e, no seu artigo 16.º, n.º 3, a adopção de medidas de controlo efectivo, severamente restritivas, no âmbito da introdução de qualquer espécie animal selvagem, aquática ou terrestre.

Convenção Quadro sobre a Diversidade Biológica de 20 de Maio 1992 Artigo 9.º - Conservação ex situ

Cada parte contratante deverá, na medida do possível e apropriado e principalmente a fim de complementar as medidas in situ: a) Adoptar medidas para a conservação ex situ dos componentes da diversidade biológica, de preferência no país de origem desses componentes; b) Estabelecer e manter equipamento para a conservação ex situ e investigação em plantas, animais e microrganismos, de preferência no país de origem dos recursos genéticos; c) Adoptar medidas destinadas à recuperação e reabilitação das espécies ameaçadas e à reintrodução destas nos seus habitats naturais em condições apropriadas; d) Regulamentar e gerir a recolha dos recursos biológicos dos habitats naturais para efeitos de conservação ex situ, com vista a não ameaçar os ecossistemas nem as populações das espécies in situ, salvo quando se requeiram medidas especiais temporárias de acordo com o disposto na alínea c); e e) Cooperar no fornecimento de apoio financeiro e de outra natureza para a conservação ex situ, como referido nas alíneas a) a d) do presente artigo, e no estabelecimento e manutenção de equipamentos para a conservação ex situ, nos países em desenvolvimento.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Clima mediterrânico com fraca amplitude térmica, de solos basálticos permeáveis. O coberto vegetal é essencialmente constituído por carvalhal e pinhal manso, com algumas zonas de cupressal. O Parque Florestal de Monsanto detém a maior mancha de pinhal das Canárias da Europa.

In: Divisão Matas Até há algumas décadas atrás, a grande mancha verde de Monsanto albergava espécies aparentemente tão invulgares na cidade como texugos, genetas, raposas e ouriços. Era uma época em que toda essa mancha verde se prolongava pela Matinha de Queluz, ligando-se à Serra de Sintra e permitindo assim a circulação de diversos animais selvagens.

(15)

234

AVALI

AÇÃO

A progressiva urbanização da linha de Sintra, porém, juntamente com a construção de novas vias, da qual a CRIL (Cintura Regional Interna de Lisboa) é apenas o último exemplo, veio condenar as populações animais ao isolamento e à extinção.

Ocupando cerca de 1/8 da área total da cidade de Lisboa, o Parque Florestal de Monsanto é a zona da capital que se aproxima mais dos ecossistemas naturais. Não é de estranhar, por isso, que algumas espécies com menor capacidade de adaptação à cidade, apenas aqui possam ser encontradas. É o caso da águia-de-asa-redonda, representada em Monsanto por um casal nidificante, além de vários indivíduos que escolhem o Parque para passar o Inverno. Há algumas décadas atrás, Monsanto albergava também diversos carnívoros, como a raposa, o texugo, a geneta e a doninha, dos quais apenas o último continuará ainda a visitar o “pulmão de Lisboa”.

In: Fórum Ambiente (Dordio 1994) Flora:

Acácia Acacia longifolia - X Austrália Acácia melanoxylon - X Azinheira Quercus ritundifolia – V Aderno Phillyrea latifolia – V Aroeira Pistacia lentiscus – V

Abrunheira Prunus spinosa var insititioides - V Carvalho cerquinho Quercus faginea - V Carvalho alvarinho Quercus robur – V Carvalho negral Quercus pyrenaica - V Cedro do Buçaco Cupressus lusitanica - V Choupo branco Populus alba - V

Choupo negro Populus nigra - V Cipreste Cupressus macrocarpa - V Eucalipto comum - X

Oliveira Olea europaea - V

Pinheiro de halepo Pinus halepensis -V Pinheiro manso Pinus pinea - V Sobreiro Quercus suber - V Ulmeiro Ulmus glabra - X Carrasco Quercus coccifera - V Cipreste Cupressus macrocarpa - V Freixo Fraxinus angustifolia – V Folhado Viburnum tinus – V Lodão Celtis australis – V Medronheiro Arbutus unedo – V Madressilva Lonicer implexa. – X Pilriteiro Crataegus monogyma – V Sanguinho das sebes Rhamnus alaternus – V

AVALI

AÇÃO

Salgueiro Salix sp. – V

Sabina das praias Juniperus phoenicea - X Ulmeiro Ulmus glabra – X

Zambujeiro Olea europaea – V

In: Oásis Alfacinhas (Rodrigues 1997); site Parque Ecológico Monsanto 9 em 37 não são consideradas pelo guia Espaços Exteriores Urbanos Sustentáveis: Guia de Concepção Ambiental (Reynolds et al. 2001), como espécies espontâneas ou há muito introduzidas em Portugal e adaptadas ao nosso clima.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

Observações:

Sobreviver na cidade ou adaptar-se bem a ela não significa obrigatoriamente que se consiga obter sucesso na reprodução em ambiente urbano. As rapinas que surgem nas cidades, como a águia-de-asa-redonda, raramente conseguem nidificar, mesmo em ambientes semi-naturais como Monsanto, devido à falta de tranquilidade necessária durante esse período.

INDICADOR 2: Proporção de biótopos nativos relativamente à área total do espaço

ANÁLI

S

E

Método:

Utilizar a informação do critério 2.1 para calcular a proporção representada: • > 75% perto do natural; • 50 – 75% semi natural; • 25 – 50 % em parte natural; • > 25% artificial. Fontes: • Publicação periódica: Jornal da Região • ONG: Quercus Benchmark:

(16)

235

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Está em curso, deste 2004 uma intervenção de melhoria da função ecológica, no Parque Florestal de Monsanto.

“O PFM é constituído por cerca de 800 hect de área florestal. Ao longo destes 800 hect podem-se encontrar povoamentos de eucaliptais, pinheiros mansos, pinheiros do alepo, carvalhais e outras espécies indefinidas. No entanto, estes povoamentos têm vindo a apresentar alguns problemas:

• Elevado risco de incêndio, devido à elevada densidade de biomassa existente, • A degradação dos pinhais de alepo, devido à sua baixa resistência mecânica ao

vento;

• A infestação por parte de acácias e árvores do incenso nos eucaliptais e povoamentos indefinidos:

• A infestação arbustiva nos pinhais mansos por parte dos adernos; • A baixa biodiversidade nos pinhais mansos e eucaliptais;

• A elevada densidade arbórea nos pinheiros mansos, o que faz com que a luz solar não chegue ao solo e só se desenvolvam espécies de sombra. (ex.aderno)

Para minimizar estes problemas, a Divisão de Matas está a proceder a operações de limpeza (limpeza arbustiva selectiva, limpeza arbórea selectiva, podas etc..) e melhoria dos povoamentos florestais, em cerca de 336 hect. Durante esta operação de limpeza vão iniciar-se os trabalhos de plantação, de modo a fazer o adensamento arbóreo em 136 hect do parque. Pretende-se com estas plantações introduzir os carvalhais, espécies autóctones e adaptadas ao clima mediterrâneo, que são extremamente tolerantes ao desenvolvimento do extracto herbáceo e arbustivo e não causam demasiado ensombramento ao solo. Vão-se plantar 14.100 plantas, em povoamentos mistos de Quercus robur, Quercus suber, Quercus faginea, Quercus rotundifólia, com uma densidade aproximada de 100 plantas por hectare. Vão também introduzir plantas de linhas de água e arbustos, de forma a diversificar a flora do Parque do ponto de vista ecológico e paisagístico.

A Divisão Matas reconhece, que estas intervenções têm tido consequências na fauna do Parque, pois esta perdeu locais de abrigo, reprodução e alimentação, deslocando-se para outros locais. “

In: site CML

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível Observações:

Os carvalhais portugueses (Quercus faginea, Quercus robur, Quercus pyrinaica) precisam de apoio para se expandirem.

Actualmente constituem apenas 4% da floresta nacional, e não possuem qualquer estatuto de protecção legal.

AVALI

AÇÃO Para além da identidade, as espécies autóctones, são favoráveis a toda a cadeia de espécies que se associam, desde outras espécies de flora aos animais que neste habitat, encontram abrigo e o alimento de que precisam.

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

Publicação de referência para a avaliação: Guia Espaços Exteriores Urbanos Sustentáveis: Guia de Concepção Ambiental (Reynolds et al. 2001)

“A escolha de vegetação deverá ter em conta as principais formações vegetais de Portugal. Preferencialmente poderão ser utilizadas espécies espontâneas, das quais se destacam com valor botânico e ornamental, a localizar de acordo com a situação edafo -climática do local…”poderão também ser utilizadas espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas, há muito introduzidas em Portugal e adaptadas ao nosso clima.”

Definições:

Espontânea: planta que existe numa região desde sempre, não tendo sido objecto de

migração.

Exótico: animal ou planta que veio de região distante.

In: Mantas (1998) AVALIAÇÃO:

O Parque Florestal de Monsanto foi, no passado, mais rico em biodiversidade faunística do que no período actual, verificando-se uma evolução negativa devido, entre outras pressões, à diminuição de área, desaparecimento de ligações a outros espaços naturais e ao aumento das vias de trânsito intenso que atravessam e dividem o Parque.

No entanto, em relação à diversidade da flora, têm sido realizadas campanhas e programas de melhoramento ecológico com o objectivo de substituir as espécies exóticas ou menos adaptadas por espécies autóctones ou adaptadas ao clima mediterrâneo.

1. Apenas 9 em 37 espécies identificadas são espécies não adaptadas ao nosso clima, classificou-se como espaço maioritariamente composto por espécies indígenas. 5

2. 50-75% de carácter natural. 5

1 2 3 4 5 2.3 Grau de naturalização

(17)

236

Critério 2.4 Poluição

DESCRIÇÃO

Este critério analisa os níveis de poluição registados nos espaços verdes urbanos e o efeito regulador destes espaços. Os espaços verdes urbanos têm a capacidade de atenuar os impactes negativos da actividade humana na qualidade do ambiente. Barreiras de ruído e vento, absorção de poeiras, libertação de humidade e oxigénio, efeito visual, e sombreamento são algumas das funções que estes espaços desempenham. Quanto maior o espaço e maior o volume de vegetação mais efectivo é o efeito barreira e de regulação.

INDICADOR 1: Poluição e qualidade do solo

ANÁLI

S

E

Método:

Analisar a informação relativa a diferentes poluentes no solo do espaço verde em estudo. É necessário informação de laboratórios especializados.

Fontes:

• Divisão controlo ambiental – DAEV • Publicação periódica:

Ecosfera - Público 10.03.02 (Garcia 2002)

Benchmark: URGE:

Classificar como: • Contaminado;

• Não contaminado: solo natural representa menos de 50% do total da área do espaço; • Não contaminado: solo natural representa mais de 50% do total da área do espaço.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

• Não são feitas análises de qualidade do solo;

“Parte dos solos sobre os quais está o Clube de Tiro de Monsanto e o adjacente centro de interpretação do Parque Ecológico podem estar fortemente contaminados com chumbo. É o que sugere um estudo no âmbito de um estágio de licenciatura de geologia da FC-UL. (…) os caminhos pedonais e para bicicletas que foram entretanto abertos estão polvilhados com os minúsculos bagos de chumbo disparados pelos desportistas do Clube de Tiro. Foi em dois pontos onde o chão estava coberto com um verdadeiro tapete de chumbos que o estudo identificou, no solo imediatamente por baixo, uma contaminação brutal. As análises revelaram que cada quilo de terra era composto por cerca de seis gramas de chumbos, num local e 42 noutro.

AVALI

AÇÃO

Em Portugal, não há normas legais para a contaminação dos solos. Mas segundo as normas holandesas, aquele segundo valor é 110 vezes superior ao limite a partir do qual é imperativo limpar a zona poluída. (...) noutros países, alguns campos de tiro utilizam plásticos estendidos sobre o solo para recolher o chumbo. Mas segundo Carlos Duarte Ferreira, o Presidente do Clube, esta é uma medida mais de carácter económico – pois o material usado é revendido.”

In: (Garcia 2002)

Disponibilidade de dados:

O Directa O Indirecta X Indisponível

INDICADOR 2: Qualidade do ar

ANÁLI

S

E

Método:

Analisar os diferentes poluentes atmosféricos: SO2, CO, NO2, O3 e poeiras, dentro e fora do espaço verde.

Fontes:

• CCDR-LVT

• DAEV - Divisão controlo ambiental Benchmark:

URGE:

Não há valores de referência LEGISLAÇÃO:

Directiva - Quadro sobre a Avaliação e Gestão da Qualidade do Ar Ambiente, transposta para o direito interno através do Decreto-Lei nº 276/99, de 23 de Julho, define as linhas de orientação da política de gestão da qualidade do ar ambiente, deixando para diplomas posteriores (Directivas - Filhas) a fixação dos valores - limite e limiares de alerta a cumprir para os poluentes abrangidos no Anexo I do referido decreto-lei.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

• Não são feitas análises de qualidade do ar junto a este Parque;

• Actualmente existem oito estações de medição da qualidade do ar em Lisboa e situam-se no Restelo, Avenida da Liberdade, Av. Casal Ribeiro, Entrecampos, Benfica, Beato, Chelas e Olivais.

(18)

237 Disponibilidade de dados:

O Directa O Indirecta X Indisponível Observações:

Quadro síntese das funções dos espaços verdes, na melhoria da qualidade do ar:

Controle dos poluentes atmosféricos

• As correntes de convecção, resultado do arrefecimento de massas de ar pela vegetação, permitem que o ar poluído passe pela vegetação, sendo aí filtrado.

• Potencial eléctrico da vegetação provoca a precipitação das poeiras existentes na atmosfera;

• Resultados de estudo experimental: efeito de redução de poeiras pelos espaços verdes e m 40-50% (Magalhães, 1992)

• Função muito relevante no meio urbano (Araújo, 1961 in Magalhães, 1992)

Absorção de

CO2

• Capacidade de absorção de CO2 pela vegetação;

• Resultados de estudo experimental: superfície relvada com árvores de espécies diferentes, com 1 hect, tem a capacidade de absorver 900 kg de CO2 em 12 horas, correspondendo a 6 000 000 m3 de ar (Goldmerstein e Stedick, 1966 in Magalhães, 1992)

Aumento do

teor de O2

• Resultados de estudo experimental: superfície relvada com árvores de espécies diferentes, com 1 hectare, produz 600 kg de oxigénio em 12 horas (Goldmerstein e Stedick, 1966 in Magalhães, 1992) Em Setembro 2004, foi estabelecido um Protocolo entre CCDR-LVT e FCT/ UNL com vista à elaboração de um estudo especializado de avaliação e priorização de medidas a promover e/ou a apoiar por entidades públicas no âmbito da qualidade do ar na Região de Lisboa e Vale do Tejo.

Decorrente da avaliação efectuada nos últimos anos à qualidade do ar na RLVT, verificou-se a existência de alguns problemas nesta matéria, especialmente em termos dos níveis de partículas em suspensão na Área Metropolitana de Lisboa, apresentando este poluente concentrações que dificilmente permitirão o cumprimento dos valores limite impostos pela legislação nacional e comunitária nas datas estipuladas.

Foi a constatação desta situação que relevou a necessidade de elaboração deste estudo, com o objectivo de reduzir as emissões de poluentes atmosféricos na RLVT, por forma a preservar a qualidade do ar ambiente, compatível com o desenvolvimento sustentável e com um elevado nível de protecção ambiental e de saúde humana.

In: www.ccdr-lvt.pt.

INDICADOR 3: Qualidade da água

ANÁLI

S

E

Método:

Analisar a qualidade da água superficial e subterrânea no espaço verde (requer informação de laboratórios especializados)

Fontes:

• DAEV - Divisão controlo ambiental Benchmark:

URGE:

Não há valores de referência. LEGISLAÇÃO:

Decreto- Lei n.º 236/98. Estabelece normas, critérios e objectivos de qualidade com a finalidade de proteger o meio aquático e melhorar a qualidade das águas em função dos seus principais usos.

Numa perspectiva de protecção da saúde pública, de gestão integrada dos recursos hídricos e

de preservação do ambiente, pretende-se também com este novo diploma legal clarificar as competências das várias entidades intervenientes no domínio da qualidade da água. O presente diploma define os requisitos a observar na utilização das águas para os seguintes fins:

a) Águas para consumo humano: b) Águas para suporte da vida aquícola: c) Águas balneares;

d) Águas de rega.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

• Não há conhecimento de serem feitas análises de qualidade da água; Disponibilidade de dados:

(19)

238 INDICADOR 4: Diminuição do ruído

ANÁLI

S

E

Método:

Medir os níveis de ruído no centro do parque, e comparar com a média obtida a partir da medição em quatro pontos opostos do Parque. Esta medição deve ser feita em períodos de níveis elevados de ruído.

Fontes:

• DAEV - Divisão controlo ambiental • Observação directa

Benchmark:

Não existem valores de referência.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

• Não são feitas análises comparativas dos níveis de ruídos dentro e junto ao parque; Por observação no local, identificaram-se duas fontes de ruído principais:

As vias de trânsito constituem uma das mais importantes fontes de ruído em áreas urbanas, e sendo o Parque Florestal de Monsanto é atravessado por várias vias com trânsito considerável, pode-se comprovar o impacte do ruído em algumas zonas no seu interior. O campo de tiro que se situa junto ao Parque ecológico, zona de maior naturalização e dedicada à conservação da natureza, constitui igualmente uma importante fonte de ruído e perturbação.

Disponibilidade de dados:

O Directa O Indirecta X Indisponível Observações:

Segundo Magalhães (1992) a vegetação tem elevada capacidade de absorção de ondas sonoras.

Outras fontes reconhecem limitações ao efeito de barreira sonora pela vegetação. Ambas as fontes defendem que o efeito de barreira relativamente ao ruído é potenciado com o aumento da diversidade de espécies e da espessura e altura da faixa vegetal.

AVALI

AÇÃO

“Um estudo sobre o “Ruído ambiente em Portugal”, realizado em 1996 pelo CAPS/IST em colaboração com o Ministério do ambiente, identificou como sendo 19% a população em Portugal exposta a níveis sonoros superiores a 65 db(A). Na cidade de Lisboa, verificou-se que tal percentagem é de 50%”.“Os espaços urbanos com elevada densidade populacional, apresentam uma maior sensibilidade ao ruído. (..) toda a malha é servida por uma complexa e apertada rede de comunicações viárias que se constitui na fonte predominante de perturbação de ruído ambiente.”

“A intervenção numa malha estabelecida, como é a situação geral nas cidades europeias, exige particulares cuidados e estratégias a prazo.

(..) a Carta de Ruído da cidade de Lisboa é uma ferramenta essencial para o ordenamento e planeamento urbano(..)fundamental para o desenvolvimento de estratégias de desenvolvimento urbano”

In: (Telles 2001)

INDICADOR: 5. Intrusão urbana

ANÁLI

S

E

Método:

Analisar fontes de intrusão (ex. industria, tráfego, etc.) perto do espaço verde (0,5 km em redor). Criar uma lista das fontes de poluição mais importantes e avaliar o nível de impacte negativo que representam.

Fontes:

• Observação directa Benchmark:

Não existem valores de referência.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

As principais fontes de intrusão urbana, identificadas foram:

• Vias de tráfego que atravessam o parque. Cerca de 300 km de vias alcatroadas o AE Lisboa-Cascais

o Estrada do Alvito o 24 de Janeiro o Estrada da Serafina o Estrada dos Montes Claros

(20)

239 AVALI AÇÃO o Pina Manique o CRIL • Campo de tiro Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

“The European Environment & Health Action Plan 2004-2010” (EC 2004)

Sendo a Saúde uma preocupação prioritária a nível individual mas também uma questão com reconhecidas implicações no crescimento económico a longo prazo e desenvolvimento sustentável das sociedades, o Plano Saúde & Ambiente para a Europa 2004-2010, estabelece novos objectivos, e acções a desenvolver a partir do presente momento, pelos estados membros. No seu essencial, estabeleceu-se a responsabilidade de estabelecer e reconhecer a relações entre o ambiente e a saúde para mais eficazmente delinear estratégias e respostas. Este Plano reconhece que para além da importância de melhorar as condições de vida dos cidadãos, serão maximizados os benefícios económicos ao permitir reduzir perdas de produtividade, por baixas e outros, e uma vez que os gastos na saúde ultrapassam grandemente os custos na prevenção.

“Como indivíduos fazemos opções quanto ao nosso estilo de vida que afectam a nossa saúde, mas contamos também com informação de confiança que deve ser disponibilizada pelas autoridades públicas, sobre a qual podemos tomar decisões, de modo a proteger a nossa saúde e melhorar a nossa qualidade de vida”

Este Plano foca ainda a necessidade de desenvolver, investigação capaz de criar uma base de conhecimento sobre as relações Ambiente vs Ecossistemas vs Saúde, que é fundamental para opções e decisões políticas coordenadas.

Para tal, torna-se essencial a melhoria das redes de monitorização e informação da qualidade ambiental.

AVALIAÇÃO:

A avaliação do critério foi feita com base em apenas 3 dos 5 indicadores que o compõem. Os factores tidos em consideração na avaliação foram: existência de solos contaminados numa área restrita do parque, a existência de cursos de água naturais ou semi-naturais, e identificação de 2 principais fontes de intrusão urbana.

A interpretação da avaliação deste critério deve ter em conta, a parcialidade da informação considerada.

1 2 3 4 5 2.4 Poluição

(21)

240

Critério 2.5 Efeitos de regulação

DESCRIÇÃO

Este critério avalia a contribuição do espaço verde na melhoria da qualidade do ambiente urbano. O volume de vegetação, a área de solo não impermeabilizado e a área de superfície de água são indicadores da capacidade de remoção de poluentes da atmosfera e da libertação de humidade. A vegetação apresenta inúmeros benefícios para a qualidade do ar; funcionando como reservatório, removendo poluentes da atmosfera, fixando o carbono e nitrogénio e libertando humidade por transpiração. Estes benefícios são particularmente importantes no meio urbano. A superfície das folhas das árvores e arbustos funciona como filtro de protecção para a radiação solar. As superfícies de água contribuem igualmente para a libertação de humidade e para a remoção de poeiras e poluentes da atmosfera.

INDICADOR 1: Índice folear expresso em média para a cidade

ANÁLI

S

E

Método:

O Índice de área folear (IAF), característico de cada tipo de vegetação, é a medida da área de superfície de folhas. A cada tipo de biótopo, é possível fazer corresponder um valor característico de IAF. Estes valores devem ser multiplicados pelas áreas que estes biótopos apresentam no espaço em análise.

• Superfícies de água e solo descoberto, também contribuem para a regulação da qualidade do ambiente.

Fontes:

Benchmark: URGE:

IAF = Σ (A bn X IAF bn),

Em que: IAF= IAF total do espaço; Abn= área total do biótopo representada pelo biótopo n; IAF bn= IAF para o biótopo n

• <2 Baixo • 2-5 Médio • >5 Elevado

Recomendações para espaços verdes - DGOTDU: “A localização dos espaços verdes integrados na estrutura verde secundária deve assegurar quatro horas de insolação diária em, pelo menos, 2/3 da sua área total.”

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Disponibilidade de dados:

O Directa O Indirecta X Indisponível

INDICADOR 2: Volume de vegetação

ANÁLI

S

E

Método:

O volume da vegetação é estimado pela sua área e altura. Árvores isoladas não são consideradas. Dividir o volume obtido pela área do espaço verde. Quanto maior o volume, maior o efeito barreira deste espaço verde.

Fontes:

Observação directa Benchmark:

URGE:

Não existem valores de referência.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

O Parque Florestal de Monsanto foi considerado como um espaço com um elevado volume de vegetação, embora apresente um estrato arbustivo pouco desenvolvido nas áreas observadas do Parque.

Disponibilidade de dados:

Referências

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