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3 Usos dos Espaços Verdes Urbanos

Critério 3.6 Inclusão social

DESCRIÇÃO

O significado deste critério é o de que todos os que desejem aceder a um espaço verde o possam fazer independentemente da sua idade, sexo, estatuto social, background cultural ou rendimento. Para assegurar uma inclusão social total, pode ser necessário providenciar medidas como a remoção de factores negativos impeditivos do uso. Os espaços verdes devem ser espaços públicos atractivos facilmente acessíveis a cada estrato social e que podem desempenhar um papel importante no combate à exclusão social.

INDICADOR 1: Heterogeneidade dos grupos de utentes de acordo com indicadores sociais

ANÁLI

S

E

Método:

A informação pode obter-se através de observações no local e/ou questionário aos utentes do espaço, feito no local.

Observação no local:

(Que grupos de utentes estão presentes no parque e qual a sua proporção no total de utentes?)

• Idade (crianças, adolescentes, famílias jovens, seniores) • Sexo (feminino, masculino)

• Grupos étnicos (de acordo com grupos minoritários locais)

• Grupos específicos (deficientes, trabalhadores, crianças em idade escolar, estudantes, sem abrigo etc.)

• Mãe/pai com criança

Se possível combinar os resultados da observação no local com questionário. Perguntas aos utentes:

- Que idade tem?

(classes com 5 anos de intervalo) - Qual é a sua habilitação escolar? - Qual a sua etnia?

(esta questão foi colocada no questionário, embora se tenha concluído que não faz muito sentido em Portugal, pois é um conceito pouco vulgarizado no nosso país. Pode ser, em próximos questionários, substituída pela “naturalidade”).

267 ANÁLI S E Fontes: • Questionários • Observação directa Benchmark:

O objectivo deste indicador é ter a certeza de que todos os grupos sociais fazem uso do espaço. A proporção dos diferentes grupos sociais deve indicar preferencialmente se alguns grupos estão mal representados ou não usam de todo o espaço, tendo sempre em consideração a composição social do bairro.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Segundo o questionário elaborado, em 2000, pelo Parque Florestal de Monsanto cerca de: 18% dos utentes têm menos de 7 anos

31% dos utentes têm entre 7 e 12 anos 25% têm entre 13 e 16 anos

9% dos utentes têm de 17 a 21 anos 16% têm mais de 21 anos

Ainda segundo este questionário: 48% dos utentes são escolas 35% são famílias

10% são associações e colectividades 8% são pessoas individuais

De acordo com as respostas aos questionários conclui-se que a maior parte dos utentes inquiridos tem entre 25 e 45 anos.

O nível de rendimentos dos utentes é mais elevado do que nos outros espaços avaliados – 47,3% dos utentes recebe mais de 1000€, 17,6% recebe entre 500 e 1000€ e 33% recebe menos de 500€.

Quanto à habilitação escolar esta também é mais elevada relativamente às respostas obtidas nos outros espaços verdes avaliados nesta análise:

50,5% possui o ensino superior, 30,8% o ensino secundário,

15,4% tem um nível de ensino pós-graduado, apenas 2,2% só possuía o ensino básico.

AVALI

AÇÃO

Um aspecto interessante a considerar, aquando do preenchimento dos questionários é a recusa de elementos pertencentes a grupos étnicos específicos, em responder à questão em que se pergunta qual a etnia do utente. Isso aconteceu em casos específicos como o de um rapaz muçulmano que primeiro se identificou com esse grupo e depois riscou, por cima, fazendo bastantes perguntas sobre a razão de ser da questão. Mesmo depois de explicado o por quê da questão, com a qual ele até concordou, recusou-se a responder. Este é, provavelmente, um indício, do receio que estes elementos da sociedade ainda têm em se expor e associar a uma etnia específica, preferindo passar despercebidos e dissolver-se na massa constituída pelo resto da população. Pode-se perguntar se estas pessoas não se identificam com a etnia a que pertencem ou se têm ainda medo de represálias ou segregação.

Com a comunidade de imigrantes ucranianos já não se registou o mesmo. Estes responderam prontamente a esta questão, ou por terem, em geral, um elevado nível de formação ou por terem um laço com as suas origens mais vincado e assumido.

Na sua generalidade, a população utente deste espaço é constituída maioritariamente por crianças, jovens e pais com as suas crianças, com um elevado ou médio nível de rendimentos e um nível de formação superior.

INDICADOR 2: Evidência de negligência e falta de manutenção

ANÁLI

S

E

Método:

Observações no local. Geralmente os sinais de negligência e falta de manutenção dissuadem o uso do espaço porque dão uma imagem negativa do local (e.g. carros abandonados, caminhos sujos, vedações/iluminação/bancos partidos). Registar sinais de negligência e falta de manutenção e avaliar o seu peso geral).

Fontes:

• Observação directa

• Divisão de Matas – Entrevista directa Benchmark:

Local com boa manutenção, sem aspectos negativos presentes

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Não existem evidências de negligência ou falta de manutenção no Parque Florestal de Monsanto, apesar dos seus 1000 hectares de área. Os recentes trabalhos de reabilitação têm dado, a este espaço, uma nova imagem e uma aspecto renovado.

268 Disponibilidade de dados:

X Directa X Indirecta O Indisponível

INDICADOR 3: Evidência de intolerância social/étnica

ANÁLI

S

E

Método:

Observações no local. Verificar a presença de graffitis de carácter racista feitos nas proximidades em edifícios/vedações muros/pontes/carris, uso de nomes de gangs e comentários racistas. Averiguar os grupos alvo do racismo.

Fontes:

• Observação directa

• Divisão de Matas – Entrevista directa

Benchmark:

Sinais de intolerância social: não devem existir graffitis de carácter racista

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Não são visíveis evidências de intolerância social ou étnica e também não se observa a presença de grafittis racistas ou a utilização de nomes de gangs ou comentários racistas. É importante destacar que este espaço se encontra separado da malha urbana sendo de difícil acesso a pessoas que não possuam automóvel. Por outro lado, não está associado a nenhum bairro específico onde estes gangs costumam marcar território.

Foi observada a presença de imigrantes ucranianos num dos parques de merendas, em ameno convívio, o que é, segundo os técnicos do Parque, uma situação bastante vulgar com este e outros grupos sócio/étnicos, especialmente em comunidades de emigrantes. Um dos poucos focos de problemas é o bairro da Boavista. Os problemas neste bairro vizinho deste espaço verde têm sido superados através do aumento da presença da guarda- florestal.

Disponibilidade de dados:

X Directa X Indirecta O Indisponível

INDICADOR 4: Evidência da existência de medidas adequadas para combater expressões de intolerância social

ANÁLI

S

E

Método:

Verificar se são aplicadas medidas adequadas para combater expressões de intolerância social. Tal pode incluir emprego de pessoal adequado, guardas voluntários que assegurem o acesso de todos ao espaço.

Fontes:

• Observação directa

• Divisão de Matas – Entrevista directa Benchmark:

Existem medidas apropriadas e são aplicadas.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Não existe qualquer medida com vista a combater as expressões de intolerância social. Disponibilidade de dados:

X Directa X Indirecta O Indisponível

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

Neste critério deve ser analisado e avaliado o nível de exclusão social no espaço verde. Deve averiguar-se se existem iniciativas para evitar a exclusão social ao nível das autoridades locais. Este critério é especialmente importante porque os espaços verdes, como espaços que são de atracção para actividades de ar livre, podem desempenhar um papel importante na promoção da coesão social entre os residentes. Se necessário, devem elaborar-se algumas recomendações sobre o modo como esta função dos espaços verdes pode ser reforçada. Através das observações no local ou dos questionários aos utentes pode fazer-se uma análise expressando a proporção dos diferentes grupos, idade/educação/ profissão/ grupos étnicos em relação ao total de respostas. A comparação da mistura social de utentes no local (observação/questionário) em relação à mistura social de habitantes do bairro (verificar os censos) pode também ser feita. Deve examinar-se a ausência de grupos de utentes (i. e. os excluídos) falando com os representantes do departamento do espaço verde acerca das possíveis razões.

Recorde-se que em ambiente urbano os espaços verdes experienciam o lado negativo da vida urbana e que devem ser tomadas medidas para evitar os aspectos negativos existentes.

269 AVALIAÇÃO:

De acordo com os questionários a generalidade da população utente deste espaço é constituída maioritariamente por crianças, jovens e pais com as suas crianças, com um elevado ou médio nível de rendimentos e um nível de formação superior.

Não existem evidências de negligência ou falta de manutenção no Parque Florestal de Monsanto, apesar dos seus 766 hectares de área. Os recentes trabalhos de reabilitação têm dado, a este espaço, uma nova imagem e um aspecto renovado.

Quanto a evidências de intolerância social ou étnica, estas também não são visíveis, não se observando a presença de grafittis racistas ou a utilização de nomes de gangs ou comentários racistas. É importante destacar que este espaço se encontra separado da malha urbana, sendo de difícil acesso a pessoas que não possuam automóvel. Por outro lado, não está associado a nenhum bairro específico onde estes gangs costumam marcar território.

As características da população utente ficam-se a dever, certamente, à reduzida acessibilidade deste espaço que obriga a uma deslocação propositada e quase sempre com recurso ao automóvel. As inúmeras actividades de educação ambiental direccionadas para os grupos escolares atraem a este Parque Florestal um grande número de utentes jovens. O isolamento deste espaço verde em relação à cidade condiciona o acesso de gangs mas também de reformados, jovens sem automóvel ou pessoas com menos recursos.

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Critério 3.7 Segurança

DESCRIÇÃO

Os espaços verdes devem ser locais sossegados e seguros para todos os utentes, especialmente crianças e mulheres. As pessoas devem poder usufruir do silêncio e da natureza, independentemente da sua idade, sexo ou condições físicas. Isto relaciona-se positivamente com a qualidade de vida e tem um impacte positivo na frequência do uso de espaços verdes específicos. Apesar do prazer que deriva do acesso fácil a espaços verdes bem conservados, muitas pessoas não os frequentam devido (real ou imaginariamente) à falta de segurança. É óbvio que isto tem um impacte negativo na qualidade de vida, decréscimo do número de utentes e desgaste da imagem do bairro.

INDICADOR 1: Evidência de patrulhas/guardas dentro e à volta do espaço verde

ANÁLI

S

E

Método:

A informação pode obter-se através de observações no local. Registar a presença de equipamento, de patrulhas/guardas e de trabalho comunitário para a prevenção de crimes. O quadro seguinte dá exemplos de possíveis categorias.

Observação no local:

(Como é o espaço vigiado/controlado?) • Vedações

• Guardas/vigilantes • Sistema de monitorização • Sem controlo

Fontes:

• Para obter informações sobre a segurança no Parque Florestal de Monsanto, foram contactadas as 26ª e 28ª Esquadras da 4ª Divisão e a 3ª Divisão do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública. Os dados apresentados resultam de uma resposta, por parte destas esquadras, datadas de 6, 9 e 10 de Dezembro de 2004, respectivamente.

Benchmark:

Guardas locais ou patrulhas podem ser o modo mais efectivo de assegurar que os utentes se sintam em segurança.

270

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

O Parque Florestal de Monsanto possui vedações em alguns locais que, por essa razão, não precisam de ser vigiados.

Este Parque é policiado pelos carros-patrulha adstritos às 26ª e 28ª Esquadras, pela Guarda Nacional Republicana, pela Polícia Municipal de Lisboa e pela Polícia Florestal.

De acordo com o disposto na reorganização dos serviços municipais (Aviso nº 9769- A/2002, DRnº271, II série, de 23 de Novembro de 2002), as competências da Divisão de Matas incluem: - “Assegurar a vigilância, protecção e manutenção da ordem nas áreas sujeitas a regime florestal no concelho de Lisboa; - Tornar aplicável e garantir o regime florestal de simples polícia relativamente aos espaços verdes, relativamente aos quais a Câmara delibere aplicar esse regime;”

Em conformidade com este aviso, o Parque Florestal de Monsanto tem um corpo de guardas para garantir a aplicação destas competências.

O corpo da Guarda-florestal é actualmente constituído por 56 elementos que fazem a vigilância de cerca de 1200 ha de espaços verdes (que vão além do Parque de Monsanto) durante todos os dias do ano, 24h por dia.

Foi instalado em 2004, um Sistema de Video-vigilância, para prevenção de incêndios e aumentar a segurança dos utentes do Parque.

Além da Guarda-florestal existente no Parque, estão instalados em Monsanto serviços da força aérea, da marinha e existiu mesmo uma unidade de paraquedismo. Todas estas unidades contribuem, de alguma forma, para uma vigilância mais controlada do espaço. As vias de circulação são delimitadas por faixas amarelas que impedem a paragem e o estacionamento de veículos na berma da estrada. Esta medida foi tomada para fazer frente à prática da prostituição em algumas zonas do Parque.

Disponibilidade de dados:

X Directa X Indirecta O Indisponível

Observações:

Para obter informações sobre a segurança no Parque Florestal de Monsanto, foram contactadas as 26ª e 28ª Esquadras da 4ª Divisão e a 3ª Divisão do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública. Os dados apresentados resultam de uma resposta, por parte destas esquadras, datadas de 6, 9 e 10 de Dezembro de 2004, respectivamente.

INDICADOR 2: Número de incidentes registados no espaço verde urbano por ano

ANÁLI

S

E

Método:

Deve considerar-se o número de incidentes ocorridos no espaço verde por ano. A estatística de crimes está normalmente disponível nas esquadras de polícia locais, em que os crimes se encontram classificados de acordo com a classificação nacional. No caso de não existência destes dados, os municípios podem estimar se a criminalidade no local é muito alta, alta, baixa ou muito baixa em relação ao resto da cidade.

Fontes:

• Para obter informações sobre a segurança no Parque Florestal de Monsanto, foram contactadas as 26ª e 28ª Esquadras da 4ª Divisão e a 3ª Divisão do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública. Os dados apresentados resultam de uma resposta, por parte destas esquadras, datadas de 6, 9 e 10 de Dezembro de 2004, respectivamente.

Benchmark:

O número anual de incidentes registados não deve ser mais alto do que o registado noutras zonas envolventes. A comparação entre crimes no espaço verde e nos outros locais deve resultar numa relação de menos que um.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Relativamente à criminalidade ocorrida nos últimos três meses houve 20 ocorrências dignas de registo:

Um incêndio

Uma situação de danos em autocarro Vários furtos em interior de veículo Duas agressões

Um furto de telemóvel Dois roubos

Um suicídio com arma de fogo Outras situações

A 3ªEsquadra indicou dados para os anos 2002, 2003 e 2004:

No ano de 2002, foram registados 14 crimes contra pessoas: 1 sequestro/roubo, 1 ameaça de bomba, 1 violação, 1 abuso sexual de menor, 1 tentativa de violação, 3 roubos, 5 agressões/ameaças/injúrias.

Foram registados 19 crimes contra o património: 9 de furto, 5 de danos e 5 outros crimes. No ano de 2003, foram registados 19 crimes contra pessoas: 2 roubos e sequestro, 3 de violação e tentativa, 5 agressões, 3 de ameaças, 2 tentativas de agressão, 2 de injúrias e outros.

271

AVALI

AÇÃO

No ano de 2004, foram registados 8 crimes contra pessoas: 2 de violação, 1 tentativa de atropelamento, 2 de burla, 1 de injúrias e outros 2.

Foram registados 29 crimes contra o património: 1 de tráfico de estupefacientes, 22 contra o património/furto e outros 6.

Não foi possível obter o índice de criminalidade da cidade de Lisboa, pelo que não nos é possível preencher este indicador como proposto pela ferramenta URGE.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

Observações:

INDICADOR 3: Tipos de incidentes ocorridos no espaço verde

ANÁLI

S

E

Método:

O tipo de criminalidade pode classificar-se nos seguintes grupos: criminalidade para com pessoas, para com bens ou para com a propriedade pública (vandalismo) dentro do espaço verde (em percentagem).

Fontes:

• Para obter informações sobre a segurança no Parque Florestal de Monsanto, foram contactadas as 26ª e 28ª Esquadras da 4ª Divisão e a 3ª Divisão do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública. Os dados apresentados resultam de uma resposta, por parte destas esquadras, datadas de 6, 9 e 10 de Dezembro de 2004, respectivamente.

Benchmark:

Os dados são descritivos mas a criminalidade em geral deve ser tão baixa quanto possível. Os crimes contra pessoas devem ser o mais reduzidos que for possível.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Alguns dos pontos mais críticos existentes no Parque Florestal correspondem às imediações do Restaurante “Mercado do Peixe” no Bairro Alto da Ajuda, devido a alguns focos de prostituição naquela zona; ao Anfiteatro Keil do Amaral, no qual decorrem, frequentemente, eventos de natureza diversa e à Avenida dos Bombeiros.

Os incidentes que habitualmente ocorrem, neste espaço verde, são maioritariamente: • Furtos em interior de veículos

• Furtos de veículos • Agressões • Roubos • Danos/roubos de património • Ameaças • Sequestros • Violações

Constata-se que os crimes contra o património igualam os crimes contra pessoas o que é uma situação preocupante e reveladora da violência da criminalidade existente.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

Observações:

INDICADOR 4: Depoimentos dos utentes sobre medo de criminalidade

ANÁLI

S

E

Método:

Questionário aos residentes/utentes. No sentido de obter uma amostra fidedigna, a resposta dos residentes locais deve ser avaliada aplicando os questionários a utentes no local e a não utentes fora do local (preferencialmente na sua habitação).

Questões a colocar aos residentes no local:

Fontes:

Questionários Benchmark:

Grau mínimo de segurança: 51% de respostas de nível 5 Alto grau de segurança: 70% ou mais de respostas de nível 5

272

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

O estudo “A segurança no Parque Florestal de Monsanto”, (Tremoceiro 2001) coordenado por João Tremoceiro e Carlos Souto Cruz demonstra que até há bem pouco tempo, o Parque Florestal de Monsanto tinha fama de ser inseguro e ter prostituição. Questionários realizados aos utentes do parque e à população em geral, revelaram que 80% dos potenciais visitantes do Parque apresentam como principal razão para não o frequentarem o facto de o considerarem inseguro.

Segundo os coordenadores do estudo anteriormente referido, esta imagem de insegurança que a população tem do Parque, não é confirmada por qualquer registo policial, sendo a seu ver, em grande parte, resultante da tradicional insegurança que o homem sente na sua relação com a floresta. Contudo, pudemos constatar, através das informações fornecidas pela Polícia de Segurança Pública, que continua a haver registo de crimes neste espaço florestal, sendo alguns deles de carácter bastante violento.

A Autarquia tomou várias medidas no sentido de alterar esta perspectiva por parte da população em geral.

Das respostas aos questionários obtêm-se os seguintes resultados:

• 46,2% dos utentes nunca sentiram falta de segurança ao utilizar este local (resposta de nível 5),

• 37,4% raramente se sentem inseguros, • 6,6% sentem insegurança poucas vezes • 6,6% por vezes sentem-se inseguros e • 1,1% sentem-se muitas vezes inseguros.

As razões apontadas para o sentimento de insegurança foram: • presença de muita gente (1 utente),

• má frequência (1 utente),

• falta de policiamento visível (5 utentes),

• falta de policiamento, em São Domingos de Benfica, que é um espaço muito grande (1 utente),

• má frequência e falta de vigilância, no Espaço Monsanto (2 utentes), • falta de policiamento e de primeiros socorros, no Parque do Alvito (1 utente), • falta de vigilância no Anfiteatro Keil do Amaral (1 utente),

• espaço com muita gente, falta de segurança dos equipamentos, falta de seguranças visíveis (2 utentes)

AVALI

AÇÃO

Conclui-se ainda que:

• 85,7% dos utentes nunca se sentiram indesejados neste local, o que é uma indicador bastante positivo

Dos utentes que se sentem indesejados, as razões apontadas são: • má frequência na Mata de São Domingos de Benfica (1 utente) e • a prostituição no Anfiteatro Keil do Amaral (1 utente).

Relativamente aos outros espaços verdes inseridos no tecido urbano, os utentes deste espaço revelam um sentimento de segurança bastante mais elevado. Contudo o grau mínimo de segurança, para este espaço, não é atingido.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

INDICADOR 5: Evidência de trabalho comunitário para a prevenção do crime

ANÁLI

S

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Método:

A informação pode obter-se em observações no local e/ou entrevistas com representantes do município local e polícia. Indicam-se abaixo possíveis categorias

Observação no espaço verde ou questões para as autoridades locais (Que tipo de trabalho comunitário existe no bairro?)

• Trabalho juvenil • Igreja

• Prevenção da droga

• Aconselhamento psicológico e sexual

• Outros (especificar) Fontes:

Junta de Freguesia de Alcântara Autarquia - Divisão de Matas Benchmark:

Devem existir pelo menos 3 actividades comunitárias para prevenção de crime nas imediações.

273

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Existe algum trabalho, junto da comunidade, para a prevenção do crime em Monsanto. Na Junta de Freguesia de Alcântara existe um gabinete de aconselhamento psicológico e de