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3 Usos dos Espaços Verdes Urbanos

Critério 3.11 Recursos educativos

DESCRIÇÃO

Este critério mede a relação entre educação e espaço verde. A educação é um aspecto importante quando as crianças representam um grupo específico de utentes. Aspectos de interacção com o espaço verde podem ser usados de um modo mais formal dentro do currículo escolar e/ou actividades extra curriculares (e.g. observação de pássaros, fotografia, história local, guias e escuteiros). Contudo a capacidade educativa dos espaços verdes difere consideravelmente, dependendo do seu tamanho, acessibilidade e qualidades naturais.

INDICADOR 1: Uso do espaço verde para educação associado aos curricula escolares

ANÁLI

S

E

Método:

A informação pode obter-se através de entrevistas a representantes das escolas locais. Descobrir (SIM ou NÃO) se o espaço verde é usado para propósitos educativos inserido no currículo escolar.

Se SIM:

Investigar o modo como o espaço é usado para actividades do currículo escolar

Investigar o tipo e número de actividades que decorrem no espaço verde (e.g. estudos que respeitem a ecologia, botânica, geologia, história, mapas, educação física)

De que modo são os espaços verdes usados para objectivos educativos inseridos nos currícula escolares

• Excursões

• Aulas no exterior (indicar os tipos)

• Frequência das visitas (diárias, semanais, sazonais etc.) • Outras

Fontes:

• Observação directa

• Folheto “Há mais vida em Monsanto!” (2004)

• http://www.cm-lisboa.pt/?id_item=7180&id_categoria=11 (2004-10-19 Houve Muita Vida em Monsanto este Verão!)

• Autarquia – Divisão de Matas

• Autarquia – Divisão de Jardins

• Autarquia – Divisão de Educação e Sensibilização Ambiental

Benchmark:

Espera-se um uso educativo do espaço verde se houver escolas nas proximidades ou se o espaço revelar características especiais.

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VALIA

ÇÃO

Informação recolhida:

O Parque Florestal de Monsanto faz actividades de educação associadas aos currículos escolares, na medida em que as actividades são, actualmente, preparadas pelos professores de acordo com as necessidades do programa que estão a tratar.

As lições que decorrem neste espaço estão relacionadas com o estudo do clima, a avifauna, a fauna aquática, a flora, o ciclo hidrológico, a terra, o ar, o espectro solar, cartografia, ordenamento e gestão do espaço urbano, etc.

Estas aulas consistem essencialmente em aulas no exterior com percursos pedestres, trilhos temáticos, ateliers de expressão plástica e artística, provas de orientação, anilhagem, escalada e outras actividades desportivas e teatro infantil.

As crianças da Escola Primária “O Nosso Jardim”, costumam frequentar os parques recreativos de Monsanto para actividades associadas aos currículos.

A estratégia utilizada geralmente pela Câmara, nas suas acções de educação ambiental, é tão próxima quanto possível dos currículos escolares. Muitas das actividades de educação ambiental integram-se na “área de projecto” dos currículos ou na “Educação para a cidadania”, que é transversalmente abordada em diferentes disciplinas e muito facilmente associada a questões ambientais.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível Observações:

Perguntas às autoridades locais/ escola:

Que actividades extra curriculares são oferecidas pela escola ou comunidade? (número de alunos envolvidos nessas actividades)

Fotografia, escutismo, observação da vida animal, outras.

ANÁLI

S

E

Fontes:

Observação directa

• Folheto “Há mais vida em Monsanto!” (2004)

• http://www.cm-lisboa.pt/?id_item=7180&id_categoria=11 (2004-10-19 Houve Muita Vida em Monsanto este Verão!)

• Autarquia – Divisão de Matas

• Autarquia – Divisão de Educação e Sensibilização Ambiental

Benchmark:

Devem ser realizadas actividades extracurriculares no espaço verde em causa.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

As crianças do jardim-de-infância “O Nosso Jardim” vão, por vezes, ao Parque Recreativo da Serafina e ao Jardim infantil do Alvito, em Monsanto, brincar e explorar o espaço. Ficam nesses espaços cerca de hora e meia, duas turmas por semana (36 alunos), todas as semanas. Como estas, existem outras escolas que utilizam este espaço para a realização de actividades extra-curriculares.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

INDICADOR 3: Cooperação entre escolas locais e promotores de espaços verdes

ANÁLI

S

E

Método:

Consulta junto das juntas de freguesia, da autarquia e das escolas locais.

A informação pode obter-se através de entrevistas a representantes das escolas locais. Verificar (SIM ou Não) se existe cooperação entre escolas locais e promotores de espaços verdes

Se SIM:

Verificar de que modo a autoridade local e o promotor cooperam com escolas locais (organizações de base, ONG ambientais)

Fontes:

• Folheto “Há mais vida em Monsanto!” (2004) • Autarquia – Divisão de Matas

• Autarquia – Divisão de Educação e Sensibilização Ambiental

Benchmark:

Existência de cooperação INDICADOR 2: Ocorrência de actividades extra-curriculares promovidas pela escola ou

comunidade no espaço verde

ANÁLI

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E

Método:

A informação pode obter-se através de entrevistas a representantes das escolas locais. Descobrir (SIM ou NÃO) se o espaço verde é usado para propósitos educativos extra- curriculares.

Se SIM:

• Investigar para que tipo de actividades extra-curriculares é o espaço utilizado • Investigar a importância dessa utilização com base nas crianças envolvidas.

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AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Existe, no Parque Florestal de Monsanto, o “Espaço Monsanto” que é a porta de entrada para quem deseja conhecer o Parque. É neste espaço que são organizadas as actividades com as escolas.

Existe cooperação entre as escolas locais e os promotores do Parque Florestal de Monsanto na medida em que foram preparadas diversas estruturas vocacionadas para as escolas e técnicos para dar o apoio necessário à elaboração de actividades.

Deu-se uma evolução no tipo de colaboração entre o Parque e os professores. Ao início, os técnicos do parque preparavam actividades às quais as escolas podiam aceder ou não. De seguida começaram a preparar actividades mais adaptadas aos currículos escolares com colaboração dos professores. Actualmente, os técnicos e o Parque, adoptaram outra postura que foi a de disponibilizar os meios e os recursos (espaços, informação e apoio à concepção de actividades) sendo as escolas a programar as actividades que querem realizar, segundo as suas necessidades e os currículos estudados. Os técnicos do Parque entram assim em duas fases: ajuda à concepção de actividades, indicando aquelas que estão disponíveis, o tempo que cada uma demora e o tipo de grupo que se adequa melhor à sua realização. Com este apoio, a informação disponível no centro de recursos e os espaços existentes, os professores realizam as suas actividades, para as quais poderão contar com o apoio de um outro técnico do Parque Florestal.

Os espaços oferecidos pelo Parque Florestal incluem, além do próprio Parque, outros que suportam a realização de actividades gerais e/ou específicas como um auditório, uma biblioteca, um laboratório, viveiros onde as crianças podem aprender como se processa a criação de plantas, matas peri-urbanas, parques recreativos e um Centro de Recuperação de Animais Silvestres do Parque Florestal de Monsanto.

Existe um folheto informativo, anual, que explica todo o processo de preparação das actividades com os alunos nas instalações do Parque. Neste folheto explica-se que é necessário definir a data e os objectivos pretendidos. É feito um pedido por escrito que é analisado e ao qual se segue uma reunião de preparação, na qual são apresentados os objectivos pedagógicos, identificadas as necessidades e definidos os recursos humanos e materiais a disponibilizar para a realização de actividades. Todas as actividades são gratuitas e a Divisão de Matas ainda se compromete a tentar colocar à disposição dos projectos educativos mais relevantes e/ou das populações escolares mais carenciadas, transportes de e para a escola, que deverão ser solicitados durante as reuniões de preparação.

A Divisão de Matas organiza um evento de encerramento do ano lectivo, em Junho, com exibição dos trabalhos realizados no âmbito das actividades desenvolvidas.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

INDICADOR 4: Tipo de informação educativa disponível para os utentes no local

ANÁLI

S

E

Método:

Observações no local. Verificar a presença de placares informativos ou outra informação para utentes.

Analisar o seu conteúdo e tentar fazer uma classificação de acordo com os seguintes grupos.

• Observação do espaço verde (Que espécie de informação está disponível para o utente?)

Natureza (botânica, fauna, geologia etc.) História

Planeamento Arquitectura Outras (especificar)

• Analisar de que modo está a informação disponível? Observação no local (Como se apresenta a informação?) Panfletos e brochuras Painéis informativos Trilhos Outra (especificar) Fontes: • Observação directa

• Folheto “Há mais vida em Monsanto!” (2004) • Autarquia – Divisão de Matas

• Autarquia – Divisão de Jardins

• Autarquia – Divisão de Educação e Sensibilização Ambiental

Benchmark:

Material deste tipo deve estar disponível.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Existem vários espaços e equipamentos disponíveis para o acolhimento de grupos escolares e outros e que suportam a realização de actividades gerais e/ou específicas como um auditório, uma biblioteca, exposições, um laboratório,

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AVALI

AÇÃO

viveiros, matas peri-urbanas e parques recreativos e um Centro de Recuperação de Animais Silvestres do Parque Florestal de Monsanto.

Existem placares informativos sobre diversas temáticas, panfletos e brochuras sobre o Parque Florestal a sua fauna e flora, etc.

Disponibilidade de dados:

X Directa O Indirecta O Indisponível

INDICADOR 5: Existência de trilhos/ caminhos, etc. no espaço verde

ANÁLI

S

E

Método:

Observações no espaço verde. Investigar a existência de caminhos/trilhos no local de acordo com a seguinte tabela.

Observação no local (Há caminhos e trilhos temáticos, se SIM de que espécie?) • Natureza em geral • Conservação da natureza • Fauna • Flora • Outros (especificar) Fontes: • Observação directa

• Folheto “Há mais vida em Monsanto!” (2004)

• http://www.cm-lisboa.pt/?id_item=7180&id_categoria=11 (2004-10-19 Houve Muita Vida em Monsanto este Verão!)

• Autarquia – Divisão de Matas

• Autarquia – Divisão de Educação e Sensibilização Ambiental

Benchmark:

Devem existir trilhos e caminhos de estudo

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Existem, no Parque Florestal de Monsanto, alguns trilhos temáticos com actividades incluídas. Estes trilhos podem ou não ser acompanhados por técnicos, suportados por trabalho pedagógico ou conteúdos teóricos preparados pelos professores.

A sua organização pode ainda implicar a realização de reuniões de preparação e produção de um resultado final. Há seis temas disponíveis para os percursos:

• Estações meteorológicas – consiste em percorrer as estações meteorológicas da zona vedada, onde é possível observar, medir e registar a temperatura máxima e mínima, a precipitação e a temperatura do solo.

• Mochos e corujas – Percurso que percorre diversos habitats, que são apresentados numa óptica de suporte das comunidades faunísticas, nomeadamente rapinas nocturnas (mochos e corujas). O conjunto de espécies deste grupo, as diversas formas, cores, tamanhos e hábitos alimentares e reprodutivos servem para o professor discutir o funcionamento dos ecossistemas.

• Vida na água – Percurso centrado nos diversos lagos artificiais existentes na zona vedada, onde se podem efectuar recolhas de organismos vivos para observação no laboratório.

• Carvalhos de Portugal – explora as características das principais espécies florestais da Flora espontânea portuguesa.

• Ciclo da Água – explora as estruturas naturais e artificiais existentes, por forma a ser possível a observação de água nos diversos estados e discute a sua importância e os impactes das actividades humanas na sua gestão.

• O meu mapa – Ao longo desta actividade, os participantes deverão elaborar um mapa, cujo detalhe dependerá do escalão etário, onde anotam/registam os aspectos que consideram mais importantes numa lógica de ordenamento e gestão do espaço urbano.

Existe ainda um programa que é “A minha aula” – nesta actividade os professores podem escolher, com a ajuda dos técnicos do parque florestal, um percurso adequado aos seus objectivos e às características dos seus alunos, produzindo um trilho temático à sua medida.

Disponibilidade de dados:

X Directa O Indirecta O Indisponível

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

Se as escolas estiverem na área de influência do espaço verde, espera-se que seja feito algum uso do local para fins educativos. Na prática as escolas representam um grupo de utentes especiais com necessidades específicas e é aconselhado um diálogo com a escola relativamente ao assunto. Deve apresentar-se um conjunto de temas que aumente o interesse e conhecimento das crianças, bem como explorar o uso potencial dos espaços verdes na educação.

285 AVALIAÇÃO:

Da avaliação deste conjunto de indicadores pode-se concluir que o espaço verde em causa está bastante bem preparado para que as escolas realizem aí as suas actividades de educação ambiental ou outras associadas ou não aos currículos escolares. Há uma boa cooperação entre a autarquia e as escolas na promoção e preparação de diversas actividades e observa-se uma tentativa séria em maximizar este tipo de actividades e cooperação.

Tem existido uma aposta em criar informação educativa e recursos adequados para serem utilizados pelas escolas, bem como trilhos temáticos associados à educação ambiental.

Conclui-se desta forma, que as actividades de educação, nomeadamente ambiental, têm uma grande importância neste espaço verde, provavelmente devido às suas características semi- naturais típicas de um Parque Periférico e às suas grandes dimensões.

1 2 3 4 5 3.11 Recursos educativos

Critério 3.12 Substituição

DESCRIÇÃO

O uso de espaços verdes urbanos pode ser visto como uma alternativa, ou um substituto para quem não tem acesso a espaços abertos, ex: casas sem jardins, pessoas sem mobilidade, sem carro, pessoas de baixos rendimentos, crianças e os mais velhos. De um ponto de vista económico utiliza-se o indicador de tipo de habitação como a medida da dependência das pessoas do espaço verde local, identificando até que ponto a comunidade local tem falta de espaços verdes urbanos acessíveis.

INDICADOR 1: Proporção de residentes por diferentes tipos de habitação na área de influência do espaço

ANÁLI

S

E

Método:

Este indicador divide os residentes próximos do espaço verde (dentro dum raio de influência de 500m) em duas categorias principais, de acordo com o tipo de habitação:

• Habitações sem jardim ou onde a necessidade social é grande – os espaços de substituição são essenciais

• Habitações com jardins ou e.g. casas geminadas, propriedades individuais, em que espaços de substituição são menos críticos

Fontes:

Benchmark:

Assegurar-se que a identidade dos espaços locais como substitutos de espaços verdes, está explícita nas políticas da cidade.

Deverá existir uma elevada percentagem de pessoas a viver em residências de baixa densidade.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Não foi possível obter dados relativamente a este indicador para este espaço verde, contudo este espaço está rodeado por zonas residenciais de elevada e média densidade. Outros bairros nas proximidades deste Parque têm baixa densidade. Contudo, considera-se que a população utente desta zona verde é toda a população do concelho de Lisboa que, no geral, se distribui por habitações de elevada e média densidade com um acesso deficiente a jardins e outras áreas verdes.

286 Disponibilidade de dados:

O Directa O Indirecta X Indisponível

Observações:

Avaliar até que ponto os residentes nas imediações do espaço necessitam de espaços verdes. Tentar analisar a proporção de visitantes dependentes entre os utentes do espaço. Fazer uma avaliação crítica sobre até que ponto o espaço serve as necessidades dos mais pobres e desfavorecidos.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Da análise do conjunto de respostas aos questionários concluiu-se que a quantidade de utentes dependentes corresponde a cerca 49,5% o que se considera relativamente elevado.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

Observações:

A informação recolhida para este indicador resulta da avaliação de um conjunto de questões colocadas aos utentes do espaço verde e, como tal, tem algum carácter subjectivo.

INDICADOR 3: Perfil de rendimentos dos visitantes do espaço verde

ANÁLI

S

E

Método:

A distribuição dos rendimentos pode obter-se através de questionários usando classes de rendimentos. Estas classes devem ser estimadas de acordo com as condições económicas nacionais.

Fontes:

• Questionários Benchmark:

Os dados são descritivos, pelo que não há valores de referência universais, mas devem estar representados utentes de todos os níveis de rendimentos.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Das respostas aos questionários observa-se que cerca de 47,3% dos utentes aufere rendimentos superiores a 1000€, o que se considera um bom nível de rendimentos, enquanto que cerca de 17% dos utentes recebe entre 500-1000€ mensais, que consideramos um nível médio de rendimentos. 33% dos utentes recebe menos de 500€ por mês.

Da avaliação destes dados concluímos que, no geral, os utentes deste espaço têm bom nível de rendimentos o que poderá ser indicador de uma certa segregação social.

INDICADOR 2: Proporção de visitantes dependentes* como percentagem do número total de visitantes do espaço verde

Método:

O número de visitantes dependentes e o número total de visitantes pode obter-se através de questionários e observações no local, usando a tabela abaixo indicada. O questionário deve ser feito aos utentes do espaço verde e em diferentes ocasiões e dias da semana.

Questões aos utentes:

SIM –Não dependente; NÃO –Dependente

• Tem jardim? • Tem varanda?

• Tem casa de fins de semana? • Tem jardim ou terreno? • Tem carro?

• Tem crianças?

• Vai para férias regularmente?

Tentar com base nas respostas contar e separar o nº de visitantes dependentes no local e calcular a sua proporção em relação ao número total de inquiridos. Se a proporção for alta a necessidade de espaço verde é também alta.

Fontes:

• Questionários Benchmark:

Os dados são descritivos, pelo que não há valores de referência universais. Contudo o ideal é que haja uma baixa percentagem de utentes dependentes dos espaços verdes.

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AVALI

AÇÃO

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

Observações:

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

Uma vez que as estatísticas de habitação e rendimento variam consideravelmente de país para país, não pode ser estabelecida uma categorização geral, mas devem antes usar-se as estatísticas locais disponíveis a nível de cidade. Este critério tem a ver com espaços verdes locais como um substituto, mas também se deve ter em conta que os espaços verdes, dadas as facilidades que oferecem, podem agir como uma atracção turística e atrair residentes de distâncias muito grandes. A identidade de tais locais é passível de ser bem identificada.

AVALIAÇÃO:

Na avaliação geral deste critério concluímos que há uma percentagem considerável de residentes dependentes deste espaço verde, tanto devido à densidade habitacional da zona, como ao tipo de habitação existente. Já os rendimentos médios dos utentes não revelam uma dependência particular relativamente a este espaço. São os utentes com um nível de formação e rendimentos superiores que frequentam este espaço, detectando-se uma certa segregação das classes sócio- culturais mais baixas.

1 2 3 4 5

3.12 Substituição

Critério 3.13 Produção

DESCRIÇÃO

A produtividade do espaço verde refere-se ao conjunto de produtos, em termos quantitativos e qualitativos que são extraídos desse espaço e que são vendidos no mercado (e.g. madeira, adubo, sementes, frutos etc.). Uma área verde urbana possui normalmente vários recursos naturais que podem ser explorados no sentido de fornecer energia, mesmo em quantidades limitadas e a ser usada no próprio espaço ou na região. Do ponto de vista do planeamento, o objectivo deste critério é tornar as áreas verdes auto-suficientes na sua manutenção em termos de rendimentos gerados e energia produzida. A relevância deste critério difere substancialmente de país para país, dependendo do nível de desenvolvimento tecnológico, consciencialização ambiental e práticas de planeamento, bem como de diferenças climatéricas.

INDICADOR 1: Número e tipo de produtos derivados do espaço verde urbano

ANÁLI

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Método:

Contabilizar, junto da autarquia, Junta de Freguesia ou empresa responsável pela manutenção do espaço verde, o número de diferentes produtos fornecidos (e.g. madeira, adubo, flores, frutos etc.). Os produtos podem agrupar-se nas seguintes categorias: energia; vegetais ou frutos; madeira; adubo; e outros. Deve ser feita uma distinção entre produtos para venda e produtos sem lucros (e.g. adubo para parques e jardins públicos).

Fontes:

• Autarquia, Divisão de Matas – Entrevistas directas Benchmark:

Os dados são apenas descritivos, pelo que não há valores de referência universais, mas o espaço verde deveria fornecer produtos.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Em Monsanto é vendida alguma madeira indiferenciada. A pinha também era vendida mediante um concurso, mas isso já não acontece devido à necessidade de preservar este recurso para a alimentação dos esquilos.

Os resíduos orgânicos resultantes das actividades de jardinagem são, por vezes, aproveitados para a produção de composto orgânico para utilização interna, mas na maior parte das vezes são despejados com o restante lixo urbano.

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AVALI

AÇÃO

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

Observações:

Analisar e avaliar o grau de exploração do espaço verde e as possibilidades de fornecer outros produtos (incluindo energia). Se o conceito de auto-suficiência ainda não tiver sido considerado nas políticas de planeamento local, desenvolver um conceito no sentido desse espaço poder ser convertido em espaço economicamente auto-suficiente.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

A quantidade de produtos fornecidos por este espaço verde é muito reduzida.