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Capacidade de captação de financiamentos

4 Planeamento, Desenvolvimento e Gestão dos Espaços Verdes Urbanos

Critério 4.11 Capacidade de captação de financiamentos

DESCRIÇÃO

Verificar as possíveis alternativas de financiamento para o espaço verde em estudo, quer de outras fontes públicas (instituições europeias, Governo, regiões, etc.) quer de financiamentos privados.

Por um lado a análise de outras cidades europeias, revelou que em geral o orçamento público para a gestão destes espaços é reduzido. Por outro as oportunidades de fontes alternativas de financiamento são cada vez mais numerosas, através de diferentes programas e iniciativas a nível nacional e internacional.

INDICADOR: Existência de financiamentos correntes e potenciais

ANÁLI

S

E

Método:

Verificar a existência (no passado ou potencial) de financiamentos, pelas seguintes fontes:

• Framework programme UE; • Programa LIFE; • Fundos estruturais; • Fundos nacionais; • Fundos regionais; • Patrocinadores • Fundações/iniciativas privadas. Fontes: • Entrevista

• Publicação: Revista da AML-Metrópole Benchmark:

Verificar a existência de estratégias para múltiplas fontes de financiamento.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

A 1º fase da revitalização do parque florestal de Monsanto, integrada no Plano de Ordenamento do mesmo, teve a comparticipação de cerca de 50% do seu investimento, pelo FEDER através do PORLVT- Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo – PORLVT, um dos programas de Fundos Estruturais disponíveis no Quadro Comunitário de Apoio III.

A CML, no âmbito deste programa, apresentou uma proposta para dois projectos de valorização de espaços públicos da cidade. Os dois locais abrangidos, são definidos: “locais que necessitavam ser requalificados, de modo a cumprirem da melhor forma a sua vocação como espaços públicos de qualidade.”

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AVALI

AÇÃO

Um dos projectos contempla a 1º fase da Revitalização do Parque Florestal de Monsanto.

“O projecto enquadrou-se no Plano de Ordenamento do Parque Florestal de Monsanto, traduzindo-se na execução de intervenções de requalificação da estrutura verde principal e sua área envolvente (urbana) de acordo com as suas aptidões e ocupações de território, numa politica de dinamização do parque, tendo em vista o seu usufruto pela população. O projecto realizou-se entre 2000 e 2002 e incluiu as seguintes intervenções:

• Construção do parque de estacionamento do Parque Ecológico; • Passagem subterrânea do parque ecológico;

• Construção de pistas cicláveis; • Parque de acolhimento de animais; • Parque infantil do Alvito;

• Centro de acolhimento – interpretação do parque ecológico.

In: Metrópoles (revista da AML) Sem a finalidade de obtenção de financiamentos, mas num âmbito de cooperação com a sociedade, dinamização do espaço e recuperação de espaços abandonados, foram cedidos no PFM algumas antigas/abandonadas casas de guardas, a associações de utilidade pública como a Quercus, ASPEA e a Ajuda de Berço. (entrevista)

A informação transmitida em entrevista, quanto aos procedimentos instituídos ou ocasionais de captação de financiamento, revelou a inexistência de procedimentos instituídos e que das poucas candidaturas ao INTERREG, nenhuma foi bem sucedida. (entrevista)

Actualmente, estão a ser estudadas estratégias de parcerias com empresas que em troca de assegurar a manutenção dos espaços verdes, terão direito a um espaço de publicidade. Não há perspectivas de ser um processo a funcionar a curto prazo. (entrevista)

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível Observações:

Um estudo anteriormente referido, com resultados de um inquérito realizado junto dos presidentes de câmara de cerca de 29% dos municípios nacionais, realizado pelo grupo de investigação OBSERVA/ISCTE, em Julho de 2004, intitulado “Os primeiros autarcas do Século XXI – Novas estratégias ambientais?” concluiu que:

“11,86% dos autarcas inquiridos refiram a União Europeia como principal fonte de financiamento para o Desenvolvimento Sustentável Local. Cerca de 50% dos inquiridos, desdobra as suas opções, quer pelo orçamento de Estado (48,8%) quer pelo orçamento autárquico (50%), quer ainda pelo Ministério do Ambiente

AVALI

AÇÂO

(53,7%). (...) 31,7% defendem taxas ambientais para financiar projectos e 12,2% , o recurso ao mecenato empresarial e às fundações.” “ Ou seja, prevalece muito mais a visão da insustentável subsidio dependência face às instituições europeias e nacionais, e muito menos a intenção de encontrar fontes sustentáveis de financiamento local. “

In: Os primeiros autarcas do século XXI – Novas estratégias ambientais? (Nave 2004)

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO

OBSERVAÇÕES:

Tentar avaliar a relevância destas fontes de financiamento, comparados com o total do orçamento disponível para o espaço em estudo.

AVALIAÇÃO:

Não ficou esclarecida a existência de uma estratégia objectiva de financiamentos para o Parque Florestal de Monsanto.

O financiamento, obtido para a 1º fase de revitalização do parque, foi de cerca de 50% do investimento, no entanto pareceu ser um caso pontual, e por isso não integrado numa verdadeira estratégia.

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Critério 4.12 Gestão sustentável de resíduos

DESCRIÇÃO

Vivemos ainda numa sociedade de desperdício, onde se observa uma má gestão dos recursos naturais. A gestão de resíduos na actualidade, revela-se como um assunto preocupante, para o qual é importante encontrar soluções sustentáveis. Os espaços verdes, no contexto urbano, são uma oportunidade que deve ser considerada nesta estratégia, possibilitando diversas actividades de valorização ou deposição, como a compostagem e utilização deste composto como fertilizante.

Estes recursos são finitos e enquanto continuarmos a enterrar e a queimar os nossos resíduos, que na realidade são só recursos transformados, estaremos a comprometer a nossa própria sobrevivência no futuro. É necessário desenvolver sistemas de gestão de recursos em ciclo - fechado.

INDICADOR: Existência de recolha selectiva e reciclagem de resíduos no espaço verde

ANÁLI

S

E

Método:

Verificar os seguintes procedimentos:

• O espaço verde em estudo está incorporado no plano de gestão de resíduos municipal?

• A componente orgânica dos resíduos produzidos no espaço verde é valorizada em composto?

• Existem procedimentos para reutilizar os resíduos vegetais e madeiras, provenientes destes espaços?

Fontes:

• Departamento de Higiene Urbana e Resíduos Sólidos • Valorsul

Benchmark:

URGE: respostas positivas LEGISLAÇÃO:

Cumprir metas do Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos - PERSU inserido no contexto da Directiva Quadro dos Resíduos (Directiva 75/442/CEE do Conselho, de 15 de Julho)

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

No Parque Florestal de Monsanto são feitas pequenas compostagem. Mas não existe uma estratégia global de valorização dos resíduos verdes, para produção de adubos compostados, e evitando por outro lado o aumento do volume dos resíduos em aterro.

Actualmente, existe a recolha selectiva de resíduos verdes pelos serviços

municipalizados, em moradias dos bairros de Restelo, Alvalade, Encarnação e Beato, mas não se destinam a um fim de valorização, sendo encaminhados para aterro.

Deverá entrar em funcionamento no início de 2005 uma Estação de Tratamento e Valorização Orgânica, localizada no concelho da Amadora e que irá receber resíduos orgânicos de grandes produtores: restaurantes, cantinas, mercados, entre outros. Através do seu tratamento, será possível gerar energia eléctrica e produzir um composto orgânico, sem aditivos químicos, que será utilizado como fertilizante na agricultura.

• A manutenção de grande parte dos jardins é feita por empresas concessionárias, que ficam responsáveis pela sua limpeza.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

Observações:

O Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos - PERSU inserido no contexto da Directiva Quadro dos Resíduos (Directiva 75/442/CEE do Conselho, de 15 de Julho) estabelece o requisito de elaborar um ou mais planos de gestão de resíduos, os quais deverão ter por orientação a aplicação de uma hierarquia de princípios com a prevenção (redução e reutilização) em primeiro lugar, seguida da valorização (reciclagem e recuperação) e, finalmente, do confinamento seguro.

De acordo com o - PERSU foram criadas metas para os anos 2000 e 2005 que apontam para a erradicação total dos vazadouros (lixeiras) e construção de aterros e incineradores, paralelamente com uma política de valorização da matéria orgânica através da compostagem e um incremento significativo da reciclagem.

Anos Compostagem

Situação de 1995 9%

Situação de 2000 6%

Metas para 2000 preconizadas no PERSU 15% Metas para 2005 preconizadas no PERSU 25%

Figura 1: Comparação das metas do PERSU para 2000 com os valores reais para o mesmo horizonte

315 AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO

AVALIAÇÃO:

O Parque Florestal não está integrado em nenhum plano de gestão de resíduos municipal. É feita alguma compostagem neste espaço mas em pequena escala.

Existem alguns procedimentos para reutilizar os resíduos vegetais e madeiras do Parque.

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