ANGELA MARIA LA SALA BATÀ ANGELA MARIA LA SALA BATÀ
À PROCURA
À PROCURA
DA VERDADE
DA VERDADE
Tradução Tradução de de Nair Lacerda Nair Lacerda EDITORA PENSAMENTO EDITORA PENSAMENTO SSo Paulo SSo PauloTítulo do original: Título do original:
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Alla Rla Ricerca icerca delia delia VeritàVerità
© 1972 - Casa Editrice BABAJ1 © 1972 - Casa Editrice BABAJ1 Via
Via XX XX Settembre 58/A - 001Settembre 58/A - 00187 87 RomaRoma
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O Senhor Buda disse: O Senhor Buda disse:
“Ensinei-vos a nío crer simplemente por “Ensinei-vos a nío crer simplemente por que ouvistes, mas porque, em vossa cons que ouvistes, mas porque, em vossa cons ciência, acreditais no que ouvistes; agi, ciência, acreditais no que ouvistes; agi, entáo, de conformidade com aquilo entáo, de conformidade com aquilo em que credes, e copiosamente".
em que credes, e copiosamente".
Dou trina Sec
ÍNDICE ÍNDICE
Apresentação de
Apresentação de GioGiorgirgio Furlo Furlanan 99
Prefácio
Prefácio 1111
I
I 0 0 Homem Homem e e a a ProcProcura ura da da Verdade Verdade 1133 II
II DesenvolvDesenvolvimento imento da da IntuIntuição ição 2211 III
III Aparência Aparência e e Realidade Realidade 2929 IV
IV EspEspíriírito to e e Matéria Matéria 3939 V
V O O ProblemProblema a da da Dor Dor 4949 VI
VI O O Significado Significado da da Morte Morte 5757 VII
VII A A Lei Lei da da EvolEvolução ução 6565 VIII
VIII A A Lei Lei dos dos Ciclos Ciclos 7373 IX
IX A A Lei Lei da da HarmHarmonionia a 8181 X
X A A Lei Lei da da AtrAtração ação 8989 XI
XI A A Lei Lei da da CompenCompensação sação 9797 XII
XII A A Lei Lei da da AnalogiAnalogia a 105105 XIII
XIII A A LeLei i do do SacriSacrifício fício 113113 XIV
XIV A A Lei Lei do do Serviço Serviço 121121 XV
XV O O Destino Destino do do Homem Homem 129129
A P R E S E N T A Ç Ã O A P R E S E N T A Ç Ã O
A autora deste livro, Doutora Angela Maria La Sala Batà, A autora deste livro, Doutora Angela Maria La Sala Batà, dedicou sua vida, por mais de vinte e cinco anos, aos estudos dedicou sua vida, por mais de vinte e cinco anos, aos estudos espirituais, seguindo um impulso interior espontâneo, que espirituais, seguindo um impulso interior espontâneo, que sempre a impeliu para a busca do verdadeiro significado da sempre a impeliu para a busca do verdadeiro significado da vida e para o exame profundo das várias doutrinas esotéricas, vida e para o exame profundo das várias doutrinas esotéricas, mas, principalmente, para dar a outros, com a palavra e com os mas, principalmente, para dar a outros, com a palavra e com os escritos, o que podia ser de auxílio e de incitamento sobre o escritos, o que podia ser de auxílio e de incitamento sobre o caminho
caminho da realizaçda realização de si próprios.ão de si próprios.
Esta publicação é a sexta de caráter Esta publicação é a sexta de caráter esotérico-psicoló-gico
gico, escrita , escrita pela pela AuAutortora, que, a, que, conheciconhecidíssima que díssima que é é nos amnos am bie
bientes ntes esotéesotéricricos, os, oferoferece ece seus seus popodederorosos sos dondons, s, suas prsuas precioeciosassas faculdades, e suas grandes energias, para a difusão da lei do faculdades, e suas grandes energias, para a difusão da lei do amor,
amor, da hada harmonia e rmonia e da unidade.da unidade.
De maneira simples, e sem excessos de erudição e de De maneira simples, e sem excessos de erudição e de intelectualismo, a Autora apresenta o fruto dessas suas pes intelectualismo, a Autora apresenta o fruto dessas suas pes quisas e meditações interiores, que têm, acima de tudo, a van quisas e meditações interiores, que têm, acima de tudo, a van tagem
tagem de de ser ser autênticautênticas e sentidas, e de revelas e sentidas, e de revelarem a sinceridadearem a sinceridade desse impulso.
desse impulso.
Modesta e esquiva por natureza, a autora não pretende Modesta e esquiva por natureza, a autora não pretende ensinar teorias novas, ou introduzir novos métodos, mas pre ensinar teorias novas, ou introduzir novos métodos, mas pre tende oferecer aos outros, com palavras simples, aquele tanto tende oferecer aos outros, com palavras simples, aquele tanto de verdade que ela soube entrever, e que parte, acima de tudo, de verdade que ela soube entrever, e que parte, acima de tudo,
de seu coração e de sua intuição, esperando que isso possa dar de seu coração e de sua intuição, esperando que isso possa dar aos leitores um pouco de ajuda e de luz ao longo do difícil aos leitores um pouco de ajuda e de luz ao longo do difícil caminho do despertar da inconsciência para o pleno conheci caminho do despertar da inconsciência para o pleno conheci mento.
mento.
GIORGIO FURLAN GIORGIO FURLAN
PREFÁCIO PREFÁCIO
Ao apresentar este livro aos leitores, sinto a necessidade Ao apresentar este livro aos leitores, sinto a necessidade de
de explicaexplicar como me r como me veio a veio a idéia de escidéia de escrevê-lo.revê-lo.
O problema do conhecimento e da busca do significado O problema do conhecimento e da busca do significado da vida é um daqueles problemas que sempre atraíram a minha da vida é um daqueles problemas que sempre atraíram a minha mente e foi objeto de reflexão e meditação, de minha parte, mente e foi objeto de reflexão e meditação, de minha parte, durante longos anos.
durante longos anos.
Algumas profundas convicções formaram-se em mim Algumas profundas convicções formaram-se em mim como resultado dessas meditações, e, entre todas, uma emergiu como resultado dessas meditações, e, entre todas, uma emergiu mais claramente e mais forte do que as outras: “A Verdade é, mais claramente e mais forte do que as outras: “A Verdade é, na realidade, simples. Nós a buscamos em teorias abstrusas, em na realidade, simples. Nós a buscamos em teorias abstrusas, em complexos esquemas filosóficos... Pensamos que seja difícil de complexos esquemas filosóficos... Pensamos que seja difícil de alcançar e bem distante de nós. Ao invés disso, ela é
alcançar e bem distante de nós. Ao invés disso, ela é simples.simples.
Consiste na simplificação, e está muitíssimo perto de nós, Consiste na simplificação, e está muitíssimo perto de nós, estáestá dentro de nós”.
dentro de nós”.
Às vezes lemos em certos livros esotéricos que o Abso Às vezes lemos em certos livros esotéricos que o Abso luto é uma síntese do Todo. E o que quer dizer “síntese”? Não luto é uma síntese do Todo. E o que quer dizer “síntese”? Não quer dizer, talvez, “simplificação?
quer dizer, talvez, “simplificação?
0 segredo do significado da vida esconde-se no poder de 0 segredo do significado da vida esconde-se no poder de “simplificar”, de reduzir à unidade.
“simplificar”, de reduzir à unidade.
Tentei, dentro dos limites de minhas modestas capaci Tentei, dentro dos limites de minhas modestas capaci dades, dar esse caráter ao que escrevi: o senso da unidade e da dades, dar esse caráter ao que escrevi: o senso da unidade e da simplicidade, entendidas como síntese do todo, procurando simplicidade, entendidas como síntese do todo, procurando
unir todos os conceitos, todas as doutrinas, em um todo har unir todos os conceitos, todas as doutrinas, em um todo har mônico, do macrocosmo ao microcosmo.
mônico, do macrocosmo ao microcosmo.
Desculpo*me, pois, se aquilo que exponho neste livro Desculpo*me, pois, se aquilo que exponho neste livro puder
puder parecer parecer ou iou incomncompleto pleto ou ou demdemasiadamasiadamente ente sintsintéticético, o, ou,ou, ainda, muito subjetivo.
ainda, muito subjetivo.
Quero apenas poder transmitir minha aspiração no sen Quero apenas poder transmitir minha aspiração no sen tido de ajudar a sair da obscuridade, a buscar a Verdade, a tido de ajudar a sair da obscuridade, a buscar a Verdade, a dese
desembarambaraçar-se çar-se da da inconsciência, causa coninconsciência, causa contítínunua de dor e a de dor e dede angústia.
angústia.
Portanto, tudo que virem escrito nas páginas deste livro Portanto, tudo que virem escrito nas páginas deste livro não tem a finalidade de aumentar a bagagem intelectual dos não tem a finalidade de aumentar a bagagem intelectual dos leitores e de incitá-los a elucubrações mentais, mas tem, sim, leitores e de incitá-los a elucubrações mentais, mas tem, sim, a finalidade de habituá-los a fugir, pouco a pouco, da identi a finalidade de habituá-los a fugir, pouco a pouco, da identi ficação com o relativo, com o particular, orientando-os para ficação com o relativo, com o particular, orientando-os para que reflitam em termos de síntese e de idéias universais, que reflitam em termos de síntese e de idéias universais, simplificando ao máximo os conceitos. Isso poderá ter, sobre simplificando ao máximo os conceitos. Isso poderá ter, sobre nós,
nós, dois dois efeitos:efeitos:
1) nos ajudará, sem que o percebamos, a “deslocar” o 1) nos ajudará, sem que o percebamos, a “deslocar” o enfoque da nossa consciência.
enfoque da nossa consciência.
2) nos oferecerá estímulos paia o despertar da intuição 2) nos oferecerá estímulos paia o despertar da intuição latente em nós.
latente em nós.
Por conseqüência, se soubermos nos manter na atitude Por conseqüência, se soubermos nos manter na atitude exata, a nossa Realidade Profunda, a Consciência do Eu, que exata, a nossa Realidade Profunda, a Consciência do Eu, que ainda está adormecida, pouco a pouco despertará.
ainda está adormecida, pouco a pouco despertará.
12
12
II
O
O H O M EH O M EM E A PM E A PR O C UR O C U R A D A V ER A D A V E R D AR D A D ED E
Qual de nós não perguntou a si mesmo, ao menos uma Qual de nós não perguntou a si mesmo, ao menos uma vez na vida: “Quem somos? Por que vivemos? Por que sofre vez na vida: “Quem somos? Por que vivemos? Por que sofre mos? Para onde vamos?”.
mos? Para onde vamos?”. Que
Quem m pode dizpode dizer que er que jamaijamais ests estacou momacou mom entaneentaneameamente,nte, per
perpleplexo xo e e atatônônitoito, , diandiante te dos dos mimistérstérios ios da da nanatuturereza za e e da vidda vida,a, e que não procurou compreender o segredo da existência?
e que não procurou compreender o segredo da existência? Na
Na verdverdade, ade, o o homhomem em tem tem dedentntro ro de de si a exsi a exigênigência cia ininatataa de compreender o significado da vida, porque é o único entre de compreender o significado da vida, porque é o único entre os seres viventes que tem consciência de que existe, o senso do os seres viventes que tem consciência de que existe, o senso do eu individual, e a faculdade de pensar e de fazer perguntas a eu individual, e a faculdade de pensar e de fazer perguntas a si mesmo.
si mesmo.
Mesmo que por longo tempo essa exigência permaneça Mesmo que por longo tempo essa exigência permaneça inconsciente
inconsciente e e latenlatente, a te, a poponto (comnto (com o so se e observa observa entre aentre a massa) de não fazer sentir a sua presença, entretanto ali está, massa) de não fazer sentir a sua presença, entretanto ali está, como força em potencial que, cedo ou tarde, explode na cons como força em potencial que, cedo ou tarde, explode na cons ciência e, inexoravelmente, impele o homem para a busca da ciência e, inexoravelmente, impele o homem para a busca da Verdade.
Verdade. Não
Não é é fácil, fácil, cocontntududo, o, enencocontntrarar r resresposposta ta parpara a totodadas s asas interrogações da vida, e chega quase a parecer que esteja proi interrogações da vida, e chega quase a parecer que esteja proi bid
bido o ao ao homhomem em o o coconhnheciecimmenento to cocommplpleteto o da da rearealidalidade. de. SóSó furtivamente, e nos momentos de maior iluminação, ele conse furtivamente, e nos momentos de maior iluminação, ele conse gue captar algum fragmento da verdade, algum vislumbre de gue captar algum fragmento da verdade, algum vislumbre de luz, que logo desaparece, deixando-o mais incerto e perplexo luz, que logo desaparece, deixando-o mais incerto e perplexo do que antes.
do que antes.
Por isso é que muitos estudiosos e filósofos, através dos Por isso é que muitos estudiosos e filósofos, através dos tempos, chegaram a afirmar, de modo pessimista, que talvez o tempos, chegaram a afirmar, de modo pessimista, que talvez o homem
homem jamais possjamais possa conhecer a conhecer inteirameninteiramente te a reaa realidade.lidade.
Mas, se isso fosse verdade, por que existiria dentro de Mas, se isso fosse verdade, por que existiria dentro de nós essa profunda e inata exigência de saber, essa sede de pro nós essa profunda e inata exigência de saber, essa sede de pro cura, essa “ânsia do Absoluto”?
cura, essa “ânsia do Absoluto”?
Por que, chegando a um certo ponto da vida, temos uma Por que, chegando a um certo ponto da vida, temos uma sensação de vazio, de insatisfação, quase de infelicidade, e sen sensação de vazio, de insatisfação, quase de infelicidade, e sen timos que a nossa existência é inútil, se náo conseguirmos timos que a nossa existência é inútil, se náo conseguirmos compreender o seu segredo?
compreender o seu segredo?
A razão de tudo isso esconde-se no fato de que em nós A razão de tudo isso esconde-se no fato de que em nós deve haver qualquer coisa que transcende a nossa humanidade, deve haver qualquer coisa que transcende a nossa humanidade, um “quê” misterioso, mas real e potente, uma centelha divina um “quê” misterioso, mas real e potente, uma centelha divina que revela sua presença exatamente nessa aspiração de subir, que revela sua presença exatamente nessa aspiração de subir, de progredir, de conhecer o Absoluto, de auto-realizar-se de progredir, de conhecer o Absoluto, de auto-realizar-se ple
plenamnamenteente..
O homem tem em si, é verdade, muitos obstáculos e O homem tem em si, é verdade, muitos obstáculos e limitações que parecem impedi-lo de ter contato com a reali limitações que parecem impedi-lo de ter contato com a reali dade, mas também tem em si a semente da espiritualidade, o dade, mas também tem em si a semente da espiritualidade, o seu Eu profundo, que contém a imagem de Deus.
seu Eu profundo, que contém a imagem de Deus.
Estas palavras não são apenas poéticas, que expressam Estas palavras não são apenas poéticas, que expressam uma aspiração mística, mas, como procuraremos demonstrar uma aspiração mística, mas, como procuraremos demonstrar no decorrer deste livro, são palavras que expressam uma no decorrer deste livro, são palavras que expressam uma pr
profuofunda nda realidade, realidade, aquela aquela que, que, popor r assim assim dizer, dizer, é é a a basebase sobre a qual podemos construir e apoiar qualquer outro co sobre a qual podemos construir e apoiar qualquer outro co nhecimento.
nhecimento.
É exatamente essa “centelha divina” que existe em nós, É exatamente essa “centelha divina” que existe em nós, que nos dá a possibilidade de conhecer a verdade, como que nos dá a possibilidade de conhecer a verdade, como também experimentá-la. Na verdade, como diz Van Der também experimentá-la. Na verdade, como diz Van Der Leeuw, “O mistério da vida não é um problema a resolver, mas Leeuw, “O mistério da vida não é um problema a resolver, mas uma realidade a experimentar”.
uma realidade a experimentar”.
Daí, a primeira coisa a fazer é reconhecer que as nossas Daí, a primeira coisa a fazer é reconhecer que as nossas limitações sobre o caminho do conhecimento devem-se ao fato limitações sobre o caminho do conhecimento devem-se ao fato de que não somos plenamente conscientes, de que ainda de que não somos plenamente conscientes, de que ainda
estamos imersos na
estamos imersos na obscuridade obscuridade e e na na ignorância, ignorância, prisioneirosprisioneiros de ilusões e de falsas identificações com aspectos relativos e de ilusões e de falsas identificações com aspectos relativos e limitados da realidade.
limitados da realidade. Não
Não devedevemos mos esesququececer er quque, e, enenqquuananto to usausarmrmos os memeios ios queque pe
pertrtenencecem m ao ao mmunundo do do do rerelatlativo ivo papara ra coconhnhececer er a Va Vererdadade de e e oo Absoluto, o
Absoluto, obteremobteremos resultados s resultados relativrelativos e parcios e parciais.ais.
É importante ter sempre presente a “ordem da obser É importante ter sempre presente a “ordem da obser vação”. Em outras palavras, náo devemos esquecer de que vação”. Em outras palavras, náo devemos esquecer de que p
ponon toto, , e e com com que que sissistemtema a de de rerefeferêrêncncia ia obobserservamvamos os e e esestutu damos uma coisa, seja ela um fenômeno físico ou um pro damos uma coisa, seja ela um fenômeno físico ou um pro ble
blema ma mmetetafafísísicico.o. Nós
Nós, , seres seres huhummananosos, , prprisiisiononeireiros os da da foformrm a a mmatatereriaial,l, conscientes apenas de um breve segmento de tempo, igno conscientes apenas de um breve segmento de tempo, igno rantes dá causa que nos produziu, inconscientes da meta para rantes dá causa que nos produziu, inconscientes da meta para a qual nos movemos, temos apenas a visão de um fragmento a qual nos movemos, temos apenas a visão de um fragmento m
mínimínim o o do do grandgrande quadro da Vide quadro da Vida Una Univeriversalsal, que, tom, que, tom adado o asassisimm separadam
separadamente, e ente, e não insnão inserido erido no no todtodo, o, parece parece sem significaçsem significação,ão, quando
quando nn ío ío distorcido peldistorcido pelas noas nossssas ias interpretações errôneas.nterpretações errôneas. Todas as coisas tomadas muito de perto e separadas do Todas as coisas tomadas muito de perto e separadas do resto do
resto do totatota l, parecem incompreensl, parecem incompreensíveis íveis e e prestam-se a prestam-se a expliexpli cações parciais ou falsas.
cações parciais ou falsas.
Se, por exemplo, nos víssemos diante de um grande Se, por exemplo, nos víssemos diante de um grande mosaico que representasse uma figura humana, e quiséssemos mosaico que representasse uma figura humana, e quiséssemos examiná-lo bem de perto, dirigindo nossa observação apenas a examiná-lo bem de perto, dirigindo nossa observação apenas a uma parte dele, que iríamos ver? Somente algumas pedrinhas uma parte dele, que iríamos ver? Somente algumas pedrinhas coloridas, mas o quadro geral, a figura humana representada, coloridas, mas o quadro geral, a figura humana representada, teria desaparecido. Do nosso campo de observação, ela não teria desaparecido. Do nosso campo de observação, ela não existiria.
existiria.
Podemos dizer, portanto, que do ponto de vista do Podemos dizer, portanto, que do ponto de vista do homem, é o campo de observação que cria o fenômeno. De homem, é o campo de observação que cria o fenômeno. De cada vez que mudamos a escala de observação, ou observamos cada vez que mudamos a escala de observação, ou observamos um
um fato qualquefato qualquer dr de um pone um pon to de vto de vista ista diferente, encontramdiferente, encontram osos novos fenômenos.
novos fenômenos.
E a
E assim acontecssim acontece em todoe em todos os s os camcampos, e pos, e seja seja qual for qual for aa pesquisa.
pesquisa. Se Se nos nos esforçarmos esforçarmos para para comcompreenpreender der um um probleproblema,ma, uma verdade, qualquer manifestação da vida que seja, exami uma verdade, qualquer manifestação da vida que seja, exami nando os detalhes isoladamente e de forma pouco analítica, nando os detalhes isoladamente e de forma pouco analítica, se- par'and
par'ando-os o-os de de todo todo o o relaciorelacionamenamento nto e e união união que que lhes lhes sãosão conexos, jamais chegaremos a uma conclusão ou interpretação conexos, jamais chegaremos a uma conclusão ou interpretação exata, mas sempre parcial e ilusória.
exata, mas sempre parcial e ilusória.
Devemos, assim, procurar obter a capacidade de visão Devemos, assim, procurar obter a capacidade de visão total,
total, a a faculdafaculdade de de de síntese, síntese, subindo sempre além do subindo sempre além do particuparticularlar e do relativo para descobrir o universal, tentando sempre en e do relativo para descobrir o universal, tentando sempre en quadrar todos os fenômenos, tanto quanto possível, em um quadrar todos os fenômenos, tanto quanto possível, em um todo
todo maiomaior.r.
Isso não é fácil, mas não é impossível, porque na mente Isso não é fácil, mas não é impossível, porque na mente do homem existe tanto a faculdade da síntese, como a facul do homem existe tanto a faculdade da síntese, como a facul dade da análise.
dade da análise.
Uma outra coisa que nos pode ajudar muito no caminho Uma outra coisa que nos pode ajudar muito no caminho através do qual buscamos a Verdade, é procurar fazer o exame através do qual buscamos a Verdade, é procurar fazer o exame e o estudo do instrumento de que nos servimos para conhecer, e o estudo do instrumento de que nos servimos para conhecer, isto é, a nossa mente.
isto é, a nossa mente.
Dizia Stendhal, com precisão e argúcia: “Vemos as coisas Dizia Stendhal, com precisão e argúcia: “Vemos as coisas tal como se afiguram à nossa cabeça. Portanto, precisamos tal como se afiguram à nossa cabeça. Portanto, precisamos conhecer
conhecer a na nossa cabeossa cabeça”ça”..
Se nos detivermos um pouco na análise do funciona Se nos detivermos um pouco na análise do funciona mento da nossa mente, perceberemos, imediatamente, duas mento da nossa mente, perceberemos, imediatamente, duas coisas: a primeira, que é muito difícil termos pensamentos coisas: a primeira, que é muito difícil termos pensamentos claros, ordenados, conseqüentes, obedientes à direção imposta claros, ordenados, conseqüentes, obedientes à direção imposta pela
pela nossa nossa vonvontadtade; e; a a segunda, segunda, que que a a nossa nossa memente nte gosta gosta dede “girar” em tomo de coisas, dispersar-se em raciocínios sem “girar” em tomo de coisas, dispersar-se em raciocínios sem fim, em elucubrações dialéticas, aparentemente lógicas, e quase fim, em elucubrações dialéticas, aparentemente lógicas, e quase se compraz consigo mesma, com seu incessante movimento. se compraz consigo mesma, com seu incessante movimento. Então, temos a sensação precisa de que o intelecto, embora Então, temos a sensação precisa de que o intelecto, embora sendo uma faculdade maravilhosa, pode tomar-se, em certas sendo uma faculdade maravilhosa, pode tomar-se, em certas ocasiões, antes um obstáculo do que um auxílio, no caminho ocasiões, antes um obstáculo do que um auxílio, no caminho do conhecimento. Talvez isso cause certo desencorajamento e do conhecimento. Talvez isso cause certo desencorajamento e
nos leve a pensar, como Kant, que o homem jamais poderá nos leve a pensar, como Kant, que o homem jamais poderá conhecer a verdade por meio da razão.
conhecer a verdade por meio da razão.
Todavia, se conseguirmos nos adiantar um pouco mais Todavia, se conseguirmos nos adiantar um pouco mais em profundidade na análise da nossa mente, veremos que às em profundidade na análise da nossa mente, veremos que às vezes aflora nela uma outra faculdade, que lhe dá um senso de vezes aflora nela uma outra faculdade, que lhe dá um senso de clareza, de lucidez, de segurança, o que lhe permite conhecer clareza, de lucidez, de segurança, o que lhe permite conhecer com presteza e sem necessidade de racionalizar.
com presteza e sem necessidade de racionalizar.
Tal coisa acontece por que nossa mente possui, como diz Tal coisa acontece por que nossa mente possui, como diz Bergson, “duas maneiras profundamente diferentes de conhe Bergson, “duas maneiras profundamente diferentes de conhe cer uma coisa. A primeira implica que se dê voltas em tomo da cer uma coisa. A primeira implica que se dê voltas em tomo da coisa a conhecer; a segunda quando se entra nela... Do pri coisa a conhecer; a segunda quando se entra nela... Do pri meiro conhecimento se dirá que se detém no relativo, e do meiro conhecimento se dirá que se detém no relativo, e do segundo, tanto quanto possível, que alcança o Absoluto”. segundo, tanto quanto possível, que alcança o Absoluto”.
{Introduçã
{Introdução o à Metafísica.)à Metafísica.)
Essa faculdade do intelecto, esse conhecimento direto, é Essa faculdade do intelecto, esse conhecimento direto, é a intuição, que existe em todos os homens, em estado mais ou a intuição, que existe em todos os homens, em estado mais ou menos desenvolvido.
menos desenvolvido.
Todavia, exatamente porque a intuição, embora sendo, Todavia, exatamente porque a intuição, embora sendo, agora, uma faculdade humana reconhecida e aceita, não está agora, uma faculdade humana reconhecida e aceita, não está ainda plenamente desenvolvida em todos os homens, ainda há ainda plenamente desenvolvida em todos os homens, ainda há muitos que duvidam da sua existência, e se debatem na incer muitos que duvidam da sua existência, e se debatem na incer teza e na dúvida, não podendo usar os meios exatos de conhe teza e na dúvida, não podendo usar os meios exatos de conhe cimento que lhes permitiriam entrar “no coração da verdade”. cimento que lhes permitiriam entrar “no coração da verdade”.
E, realmente, apenas aqueles
E, realmente, apenas aqueles que, que, por por meio da meio da intuintuiçãoição,, “experimentaram” o significado da existência, e tiveram o “experimentaram” o significado da existência, e tiveram o conhecimento direto do que está por trás das aparências conhecimento direto do que está por trás das aparências feno-mênicas, podem dizer que sabem qual é o verdadeiro e real mênicas, podem dizer que sabem qual é o verdadeiro e real escopo
escopo da vidda vida.a.
Então, perguntamos, estamos destinados a nos debater Então, perguntamos, estamos destinados a nos debater no escuro e a não poder encontrar resposta às nossas no escuro e a não poder encontrar resposta às nossas jnter-rogaçõ
rogações ansioes ansiosas, enqsas, enquanuan to nossa to nossa memente não se abrir à nte não se abrir à intuiintuição?ção? Devemos resignarmo-nos a esperar, impotentes, e talvez Devemos resignarmo-nos a esperar, impotentes, e talvez rebelados, que a luz venha do alto? Uma luz da qual, imersos rebelados, que a luz venha do alto? Uma luz da qual, imersos como estamos na inconsciência e na ilusão, podemos até como estamos na inconsciência e na ilusão, podemos até duvidar?
duvidar?
17 17
Devemos somente esperar uma revelação hipotética e Devemos somente esperar uma revelação hipotética e longínqua, e nada fazer nesse entretempo?
longínqua, e nada fazer nesse entretempo?
Devemos continuar a lutar e a sofrer, sem saber o por Devemos continuar a lutar e a sofrer, sem saber o por quê?
quê?
Não,
Não, positivamente.positivamente.
O homem não foi feito para a passividade, para a inércia, O homem não foi feito para a passividade, para a inércia, para
para a a espera espera estática. estática. O O homem homem foi foi feitfeito o para para lutalutar, r, parapara crescer, para procurar, e a verdade não lhe pode vir ao encon crescer, para procurar, e a verdade não lhe pode vir ao encon tro se ele não caminhar em direção dela.
tro se ele não caminhar em direção dela.
Assim, embora reconheçamos que não temos ainda o Assim, embora reconheçamos que não temos ainda o dom do conhecimento imediato e intuitivo, devemos mesmo dom do conhecimento imediato e intuitivo, devemos mesmo procu
procurar, rar, observar e pergobservar e perguntauntar, r, examinexaminandoando, , com com a mente a mente livlivrere e aberta, tudo que possa ajudar nessa procura: os pensamentos e aberta, tudo que possa ajudar nessa procura: os pensamentos dos grandes filósofos, os resultados da ciência, as doutrinas dos grandes filósofos, os resultados da ciência, as doutrinas religiosas e espiritualistas, as revelações dos místicos, as inves religiosas e espiritualistas, as revelações dos místicos, as inves tigações sobre a psique humana... Mas tudo isso deve ser feito, tigações sobre a psique humana... Mas tudo isso deve ser feito, conforme já o disse, com a mente livre de preconceitos, de conforme já o disse, com a mente livre de preconceitos, de idéias preconcebidas, de conceitos cristalizados, de fanatismo e idéias preconcebidas, de conceitos cristalizados, de fanatismo e de apego.
de apego.
A procura deve ser empreendida com coração humilde e A procura deve ser empreendida com coração humilde e intelecto livre, com pureza de intenção e com sincera sede de intelecto livre, com pureza de intenção e com sincera sede de verdade e, sobretudo, com um afã profundo e autêntico que verdade e, sobretudo, com um afã profundo e autêntico que expresse a própria voz da nossa alma, a aspiração ardente e expresse a própria voz da nossa alma, a aspiração ardente e insuperável da
insuperável da nossa mainossa mais verdadeirs verdadeira essênciaa essência.. Diz Van Der Leeuw em seu livro
Diz Van Der Leeuw em seu livro A A Conquista Conquista da Ilusão da Ilusão ::
“Enquanto não indagarmos de nós mesmos com todo o nosso “Enquanto não indagarmos de nós mesmos com todo o nosso ser, com todo o nosso coração, e com toda nossa alma e ser, com todo o nosso coração, e com toda nossa alma e mente, enquanto a sede de conhecimento não nos impeça de mente, enquanto a sede de conhecimento não nos impeça de comer, beber e dormir, enquanto a vida, para nós, não mais comer, beber e dormir, enquanto a vida, para nós, não mais valerá ser vivida sem a experiência da verdade viva, não esta valerá ser vivida sem a experiência da verdade viva, não esta
remos à altura de consegui-la” (p. 166). remos à altura de consegui-la” (p. 166).
Se assim for nossa atitude interior na procura do conhe Se assim for nossa atitude interior na procura do conhe cimento, veremos que, pouco a pouco, do aparentemente cimento, veremos que, pouco a pouco, do aparentemente intrincado emaranhado de idéias, de problemas, de dúvidas, do intrincado emaranhado de idéias, de problemas, de dúvidas, do
complicado e confuso amontoado de conceitos, opiniões, dou complicado e confuso amontoado de conceitos, opiniões, dou trinas, emergirá um fio sutil, que parecerá reunir, de forma trinas, emergirá um fio sutil, que parecerá reunir, de forma invisível e inadvertida, todas as tendências, todas as soluções invisível e inadvertida, todas as tendências, todas as soluções mais díspares, num ponto alto de síntese e de unidade. Emer mais díspares, num ponto alto de síntese e de unidade. Emer gi
girá rá um um “q“quê” uê” comum comum a todas a todas as as linhas dlinhas de e proprocura e dcura e de ie invesnves tigação, que não se havia manifestado à primeira observação, tigação, que não se havia manifestado à primeira observação, mas existia, como um veio de ouro puro em meio a minerais mas existia, como um veio de ouro puro em meio a minerais bru
brutostos..
Essa concordância, essa unidade existente sob multipli Essa concordância, essa unidade existente sob multipli cidade e diversidade aparentes, talvez seja a descoberta mais cidade e diversidade aparentes, talvez seja a descoberta mais importante e fundamental da nossa procura, porque levará, importante e fundamental da nossa procura, porque levará, quase que inadvertidamente, a novas e construtivas orien quase que inadvertidamente, a novas e construtivas orien tações, a profundas modificações de perspectiva, e a uma tações, a profundas modificações de perspectiva, e a uma expansão de consciência que irá influenciar, mesmo que não o expansão de consciência que irá influenciar, mesmo que não o per
percebcebamoamos, s, totoda da a nossa a nossa mamaneineira ra de de ser ser e de e de penspensar.ar.
O sentir que existe uma unidade, não apenas no sentido O sentir que existe uma unidade, não apenas no sentido material e bio
material e biológlógico, ico, mas também mas também no sentido mais profuno sentido mais profu ndo ndo dada consciência e das aspirações íntimas do homem é, realmente, consciência e das aspirações íntimas do homem é, realmente, uma força de que nos podemos servir como uma alavanca para uma força de que nos podemos servir como uma alavanca para subir mais alto e para fazer descobertas ulteriores sobre o subir mais alto e para fazer descobertas ulteriores sobre o caminho
caminho da procura da procura da verda verdade.dade.
Compreenderemos, pouco a pouco, que a resposta aos Compreenderemos, pouco a pouco, que a resposta aos quesitos fundamentais da vida não pode ser encontrada no quesitos fundamentais da vida não pode ser encontrada no mundo do relativo, que se apresenta enganador, ilusório, e mundo do relativo, que se apresenta enganador, ilusório, e continuamente cambiante, mas sim num plano mais elevado, continuamente cambiante, mas sim num plano mais elevado, em um nível de consciência superior, ao qual todos podemos em um nível de consciência superior, ao qual todos podemos ascender, porque é o mundo do Real, que potencialmente já ascender, porque é o mundo do Real, que potencialmente já pos
possuísuímomos.s. Na
Na realrealidadidade, e, trattrata-se a-se de de “d“desleslocaocar” r” nosso nosso cece nntrtro o dede consciência, o enfoque de nossa atenção, e
consciência, o enfoque de nossa atenção, e fa fazezer r tomtomar-ar-sese consciente o que é inconsciente,
consciente o que é inconsciente, pois, definitivamente, a des pois, definitivamente, a des coberta da verdade é uma passagem lenta e gradual da obscu coberta da verdade é uma passagem lenta e gradual da obscu ridade da inconsciência, que nos leva a nos identificar com o ridade da inconsciência, que nos leva a nos identificar com o que é ilusório e irreal, à luz da plena Consciência.
que é ilusório e irreal, à luz da plena Consciência.
Para dar, assim, certa ordem e certa concretização ao fio Para dar, assim, certa ordem e certa concretização ao fio das nossas reflexões, é oportuno que se faça um quadro bem das nossas reflexões, é oportuno que se faça um quadro bem prec
preciso dos pontos iso dos pontos que tomaremoque tomaremos em consideração.s em consideração.
Antes de tudo, lançaremos os olhos para alguns argu Antes de tudo, lançaremos os olhos para alguns argu mentos gerais, mas de fundamental importância, que servirão mentos gerais, mas de fundamental importância, que servirão para
para preparar preparar e e esclesclarecearecer r aqueaqueles les que que em em seguseguida ida serãserão o tratra tados, na segunda parte deste livro, isto é: as grandes Leis Uni tados, na segunda parte deste livro, isto é: as grandes Leis Uni versais, que regulamentam as manifestações do microcosmo ao versais, que regulamentam as manifestações do microcosmo ao macrocosmo, do relativo ao Absoluto, do homem a Deus, e macrocosmo, do relativo ao Absoluto, do homem a Deus, e que mantêm a harmonia e o equilíbrio da Vida Una.
que mantêm a harmonia e o equilíbrio da Vida Una.
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II
II
DESENVOLVI
DESENVOLVIMENTO MENTO DA INTUIÇÃODA INTUIÇÃO
...
... o o coconhnheciecimementnto o do do Uno Uno náo náo vem vem pporor m
meio eio da da ciência ciência e e do do pepe nnsasammenen toto... ... masmas atra
através vés de de umuma a prepresensença ça imimediediataata, , supsupee rio
rior r à à ciência.ciência. Plotino, Plotino, En Enneaneades,des, VI.VI. Para colocar nossa mente na atitude apropriada para Para colocar nossa mente na atitude apropriada para refletir sobre os argumentos que serão tratados no desenvolvi refletir sobre os argumentos que serão tratados no desenvolvi mento deste livro, é oportuno nos determos a falar, embora mento deste livro, é oportuno nos determos a falar, embora rapidamente, da intuição, uma vez que, se quisermos passar do rapidamente, da intuição, uma vez que, se quisermos passar do relativo ao Absoluto, do particular ao universal, e conhecer o relativo ao Absoluto, do particular ao universal, e conhecer o verdadeiro significado da vida e as leis que regulam a manifes verdadeiro significado da vida e as leis que regulam a manifes
tação,
tação, devedevemos procumos procurar rar desendesenvolvevolver e usar essa faculdade.r e usar essa faculdade. Como fizemos sentir no capítulo precedente, a intuição Como fizemos sentir no capítulo precedente, a intuição é uma qualidade inata da mente humana, e também (como diz é uma qualidade inata da mente humana, e também (como diz Jung) uma das quatro funções psicológicas fundamentais do Jung) uma das quatro funções psicológicas fundamentais do homem (sensa
homem (sensação, sentimento, inteção, sentimento, intelecto, intuição).lecto, intuição).
Realmente, à medida que evoluímos, que amadure Realmente, à medida que evoluímos, que amadure cemos, ela começa a manifestar-se espontaneamente, e a fazer cemos, ela começa a manifestar-se espontaneamente, e a fazer sentir sua presença de várias maneiras, de início veladamente, sentir sua presença de várias maneiras, de início veladamente, quase timidamente, depois sempre mais clara e luminosamente. quase timidamente, depois sempre mais clara e luminosamente. Às vezes, de início, somos nós próprios que não a reco Às vezes, de início, somos nós próprios que não a reco nhecemos, ou que não queremos reconhecé-la, pois hesitamos nhecemos, ou que não queremos reconhecé-la, pois hesitamos em atribuir-lhe a dignidade e o valor de qualidade intelectual. em atribuir-lhe a dignidade e o valor de qualidade intelectual.
7 7\\
0 homem é orgulhoso da sua mente, da sua inteligên 0 homem é orgulhoso da sua mente, da sua inteligên cia, do seu poder de raciocínio lógico, baseado sobre da cia, do seu poder de raciocínio lógico, baseado sobre da dos concretos e tangíveis e não quer admitir que exista uma dos concretos e tangíveis e não quer admitir que exista uma faculdade mais exata e mais segura do que a mente racio faculdade mais exata e mais segura do que a mente racio nal, que foge ao domínio do seu intelecto e que é a facul nal, que foge ao domínio do seu intelecto e que é a facul dade da intuição.
dade da intuição.
Acontece, estranhamente, que tal intuição, que é uma Acontece, estranhamente, que tal intuição, que é uma forma de conhecer sintética, imediata e irracional, de início forma de conhecer sintética, imediata e irracional, de início não inspira confiança, pois não parece oferecer bases seguras e, não inspira confiança, pois não parece oferecer bases seguras e, acima de tudo, afigura-se não demonstrável, e então a repeli acima de tudo, afigura-se não demonstrável, e então a repeli mos quando aflora, quase nos envergonhamos dela, julgando-a mos quando aflora, quase nos envergonhamos dela, julgando-a inferior à lógica e a razão concreta.
inferior à lógica e a razão concreta. Na
Na realidade, realidade, os os mommomentoentos s nos nos quais quais a a intuintuição ição fazfaz sentir sua presença, embora furtivos, são mais freqüentes do sentir sua presença, embora furtivos, são mais freqüentes do que
que se ase acredita, e pcredita, e permeiam contermeiam continuaminuamente ente nossa nossa vida, emboravida, embora nem sempre percebamos isso.
nem sempre percebamos isso.
Quantas vezes, por exemplo, aconteceu ter havido um Quantas vezes, por exemplo, aconteceu ter havido um imprev
imprevisto isto “relâmpago” de in“relâmpago” de intuição, uma inspiração inesperadatuição, uma inspiração inesperada em certos momentos particulares da nossa vida, e não o termos em certos momentos particulares da nossa vida, e não o termos seguido, preferindo, ao invés disso, obedecer à aparente solidez seguido, preferindo, ao invés disso, obedecer à aparente solidez e credibilidade da lógica, que em seguida demonstrou estar e credibilidade da lógica, que em seguida demonstrou estar errada.
errada.
E então nos arrependemos de ter preferido seguir a segu E então nos arrependemos de ter preferido seguir a segu rança da razão, ao invés da orientação segura e luminosa da rança da razão, ao invés da orientação segura e luminosa da nossa intuição.
nossa intuição.
É como se tivéssemos receio daquela faculdade, por ser É como se tivéssemos receio daquela faculdade, por ser insólita, desconhecida, misteriosa, e nos pôr em contato com insólita, desconhecida, misteriosa, e nos pôr em contato com um mundo
um mundo ignoignoto, o to, o mundo da mundo da RealiRealidadedade. Entre. Entretanttanto, elo, elaa acompanha sempre a nossa vida e chega para todos o momento acompanha sempre a nossa vida e chega para todos o momento de c
de conhecê-onhecê-la, como la, como atestatesta a a a vida de vida de mumuitos grandes itos grandes homehomens,ns, (filósofos, cientistas etc.), que sempre foram ajudados em (filósofos, cientistas etc.), que sempre foram ajudados em sua procura da verdade mais pela inspiração do que pela razão sua procura da verdade mais pela inspiração do que pela razão e pela lógica.
e pela lógica.
Diz Van Der Leeuw: “... é sempre o relâmpago da intui* Diz Van Der Leeuw: “... é sempre o relâmpago da intui*
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ção que nos mostra a verdade e coordena o nosso materiaJ ção que nos mostra a verdade e coordena o nosso materiaJ intelectual laboriosamente recolhido”.
intelectual laboriosamente recolhido”.
Essa atitude de desconfiança, de dúvida, a propósito da Essa atitude de desconfiança, de dúvida, a propósito da intuição, depende de dois fatores: o primeiro é a raridade e a intuição, depende de dois fatores: o primeiro é a raridade e a novidade de tal modo de conhecer, que o faz parecer incerto, novidade de tal modo de conhecer, que o faz parecer incerto, estranho e ilusório; o segundo é a ignorância em relação à estranho e ilusório; o segundo é a ignorância em relação à estrutura e funcionamento
estrutura e funcionamento da nosda nossa sa menmente.te.
Todos os que observaram e estudaram as funções Todos os que observaram e estudaram as funções inte-lectivas do homem compreenderam que na mente humana lectivas do homem compreenderam que na mente humana estão presentes duas formas diversas de pensar e de conhecer: estão presentes duas formas diversas de pensar e de conhecer: uma delas analítica, discursiva, lógica, e a outra sintética, uma delas analítica, discursiva, lógica, e a outra sintética, irracional, globalmente direta, por assim dizer.
irracional, globalmente direta, por assim dizer.
Também Spinoza, por exemplo, distingue o conheci Também Spinoza, por exemplo, distingue o conheci mento intelectual do conhecimento afetivo, que é um conheci mento intelectual do conhecimento afetivo, que é um conheci mento experimentado, vivido, um contacto íntimo, uma iden mento experimentado, vivido, um contacto íntimo, uma iden tificação com o objeto a conhecer. Ele diz que tal conheci tificação com o objeto a conhecer. Ele diz que tal conheci mento “afetivo” é muito diferente do intelectual, porque só mento “afetivo” é muito diferente do intelectual, porque só esse é capaz de produzir no homem o desenvolvimento da esse é capaz de produzir no homem o desenvolvimento da consciência, das modificações e de transformar a teoria em consciência, das modificações e de transformar a teoria em realização.
realização. Berg
Bergson, em segson, em seguidauida, define , define a a intuintuição cição comomo umo um a espécia espéciee de “
de “ simpasimpatia itia intelectual, que nos transportantelectual, que nos transporta, de repente, para a, de repente, para a intimidade sintética do real”.
intimidade sintética do real”.
Essas definições nos fazem pensar que a intuição, Essas definições nos fazem pensar que a intuição, embora sendo uma faculdade da mente, arrasta consigo embora sendo uma faculdade da mente, arrasta consigo também o lado afetivo e emotivo do homem, pois se reveste de também o lado afetivo e emotivo do homem, pois se reveste de calor e de amor para com o objeto a conhecer.
calor e de amor para com o objeto a conhecer.
Como poderia, de outro modo, o árido e frio intelecto Como poderia, de outro modo, o árido e frio intelecto tomar-se capaz de identificação, de união com a coisa, sendo, tomar-se capaz de identificação, de união com a coisa, sendo, po
por r sua nsua natuaturezreza, a, crcrítíticicoo, se, seletivletivo e o e sepaseparatirativo?vo?
A intuição, portanto, embora fazendo parte do A intuição, portanto, embora fazendo parte do aparelha-mento intelectivo do homem, de certa maneira o transcende, mento intelectivo do homem, de certa maneira o transcende, vai além dele, e participa da vida e da expressão do Eu, cuja vai além dele, e participa da vida e da expressão do Eu, cuja
natureza é Amor. natureza é Amor.
O O II
No
No livro livro de de AA. . A. A. BaBaileiley,y, A A IlusãIlusão como como Problema o Problema MMunun dial,
dial, lê-se, a propósito da intuição: lê-se, a propósito da intuição:
“Os três termos, Iluminação, Compreensão e Amor, “Os três termos, Iluminação, Compreensão e Amor, resumem as três qualidades e os três aspectos da intuição, e resumem as três qualidades e os três aspectos da intuição, e podem
podem seser r sintetizados sintetizados na palavra ‘na palavra ‘universalidade’universalidade’, ou senso da, ou senso da Unidade Universal”.
Unidade Universal”. No
Nossa ssa menmente, pte, portortantanto, o, devdeve ser considerada come ser considerada como pono pontete entre a personalidade e o Eu, já que participa contemporanea entre a personalidade e o Eu, já que participa contemporanea mente
mente do do mundo objetivo e do mundo objetivo e do munmundo do subjetivo, subjetivo, do do concrconcreto eto ee do abstrato. O seu símbolo é, de fato, um Janos bifronte, com do abstrato. O seu símbolo é, de fato, um Janos bifronte, com uma face voltada para o exterior e a outra para o interior, re uma face voltada para o exterior e a outra para o interior, re presentando
presentando aas s duaduas s faculdades faculdades cognocognoscitivascitivas s do do inteleintelecto: cto: aa racional, concreta, voltada para o mundo objetivo, e a sintética, racional, concreta, voltada para o mundo objetivo, e a sintética, intuitiva, voltada para o mundo interior, o mundo das causas. intuitiva, voltada para o mundo interior, o mundo das causas. O nome Janos (em latim: Janus) deriva da palavra O nome Janos (em latim: Janus) deriva da palavra latina “janua” que quer dizer “porta”, pois na verdade o deus latina “janua” que quer dizer “porta”, pois na verdade o deus Janos era con
Janos era considerasiderado do o pro protetotetor da or da cascasa, sendo colocado pertoa, sendo colocado perto da soleira da habitação.
da soleira da habitação. E nã
E não poderia o poderia ser, a ser, a intuiçãintuição, a co, a chave have para abrir para abrir essessaa por
porta ta e levar-ne levar-nos os a ea entrntrar ar (como, (como, de de resto, resto, diz diz a palaa palavravra intus- intus-ire)
ire) nesse mundo onde está a verdadeira essência das coisas? nesse mundo onde está a verdadeira essência das coisas? Todos os que tiveram a experiência do conhecimento Todos os que tiveram a experiência do conhecimento intuitivo afirmam que, com efeito, é assim.
intuitivo afirmam que, com efeito, é assim.
Portanto, se quisermos realmente compreender os signi Portanto, se quisermos realmente compreender os signi ficados que estão por trás das formas e conhecer a realidade, ficados que estão por trás das formas e conhecer a realidade, devemos favorecer o desenvolvimento da intuição.
devemos favorecer o desenvolvimento da intuição.
Quais são as preparações e os meios para consegui-lo? Quais são as preparações e os meios para consegui-lo? Um dos meios principais é o estudo dos símbolos. Tal Um dos meios principais é o estudo dos símbolos. Tal método era muito seguido na antiga escola iniciadora. Na método era muito seguido na antiga escola iniciadora. Na verdade, a cada discípulo era dado um símbolo para interpre verdade, a cada discípulo era dado um símbolo para interpre tar com^o auxílio único da meditação. Ele não podia abando tar com^o auxílio único da meditação. Ele não podia abando nar
nar a a meditação sobre ameditação sobre aquelquele se símímbolo enquabolo enquanto na nto na sua sua mentemente não surgisse o relampejar da intuição do seu verdadeiro signi não surgisse o relampejar da intuição do seu verdadeiro signi ficado esotérico.
ficado esotérico.
Hoje, tal método caiu um pouco em desuso, mas quem Hoje, tal método caiu um pouco em desuso, mas quem realmente quer desenvolver sua faculdade intuitiva não pode realmente quer desenvolver sua faculdade intuitiva não pode ignorá-lo.
ignorá-lo.
Conforme diz A. A. Bailey: “Os símbolos são as formas Conforme diz A. A. Bailey: “Os símbolos são as formas externas e visíveis da Realidade espiritual interior e, quando se externas e visíveis da Realidade espiritual interior e, quando se obtém a faculdade de descobrir facilmente a realidade que está obtém a faculdade de descobrir facilmente a realidade que está po
por r trás trás de de cada cada formforma, a, isso isso é, é, exexataatamementente, , o o inindicdicio io do do desdes per
pertar tar da inda intuituiçãção”o” .. {Op. cit.){Op. cit.)
Se levarmos em consideração (como já foi dito) que, na Se levarmos em consideração (como já foi dito) que, na realidade,
realidade, tudo é tudo é símbolo, aquele método poderia ser conti- símbolo, aquele método poderia ser conti-nuadamente aplicado, a qualquer momento do dia, em todos nuadamente aplicado, a qualquer momento do dia, em todos
os acontecim
os acontecimentos entos da nossda nossa vida vida.a.
Trata-se, afinal, de assumir uma atitude particular da Trata-se, afinal, de assumir uma atitude particular da consciência para com o mundo exterior e tudo quanto nele consciência para com o mundo exterior e tudo quanto nele acontece; uma
acontece; uma posição posição de “observaçde “observação ão desapegada”desapegada”, , de de esperaespera e de escuta, como diante de um mistério a resolver, de um e de escuta, como diante de um mistério a resolver, de um enigma a solucionar. É preciso não nos mostrarmos precipi enigma a solucionar. É preciso não nos mostrarmos precipi tados dando interpretações e opiniões com a nossa mente ló tados dando interpretações e opiniões com a nossa mente ló gica, não nos determos nas aparências e explicações mais evi gica, não nos determos nas aparências e explicações mais evi dentes, e sim procurar seguir em profundidade em busca das dentes, e sim procurar seguir em profundidade em busca das causas, daquilo que
causas, daquilo que está por trás.está por trás.
Essa atitude não é, talvez, a mesma do cientista e do Essa atitude não é, talvez, a mesma do cientista e do psicólogo,
psicólogo, cautelocautelosos sos no no dar dar opiniõopiniões, es, lenlentos tos na na ininterterprpretaetaçãção,o, e sensíveis a cada mínimo matiz, a cada pequeno fenômeno e sensíveis a cada mínimo matiz, a cada pequeno fenômeno que possa fornecer a chave para descobrir a origem e o que está que possa fornecer a chave para descobrir a origem e o que está sob o fundo daquilo que aparece na superfície?
sob o fundo daquilo que aparece na superfície?
E não parece estranha essa proximidade do psicólogo e E não parece estranha essa proximidade do psicólogo e do cientista, embora um investigue os fenômenos psíquicos e do cientista, embora um investigue os fenômenos psíquicos e outro os fenômenos físicos, porque ambos, se realmente são outro os fenômenos físicos, porque ambos, se realmente são pesquis
pesquisadores adores da da verdadverdade, e, fazem fazem uso uso da da intintuiçuiçãoão, , ememborbora a semsem o saberem.
o saberem.
A ciência, que é julgada pela maior parte das pessoas A ciência, que é julgada pela maior parte das pessoas como a mais concreta, a mais racional das manifestações da como a mais concreta, a mais racional das manifestações da mente humana, é, contudo, pelo menos. em cinqüenta por mente humana, é, contudo, pelo menos. em cinqüenta por
cento, baseada nas intuições, nas inspirações, nas hipóteses, en cento, baseada nas intuições, nas inspirações, nas hipóteses, en quanto as demonstrações lógicas vêm depois.
quanto as demonstrações lógicas vêm depois.
É preciso dizer, porém, que nem todos os cientistas são É preciso dizer, porém, que nem todos os cientistas são intuitivos, mas só os que têm a mente genial, já que o gênio é intuitivos, mas só os que têm a mente genial, já que o gênio é um produto do Espírito, é uma expressão da parte divina do um produto do Espírito, é uma expressão da parte divina do homem: o Eu.
homem: o Eu. Se
Se procurarmos cultivar eprocurarmos cultivar essssa a atitudatitude e do invesdo investigador sentigador sen sível, aberto
sível, aberto à intuição, iluminado, desejoso à intuição, iluminado, desejoso de de seguir seguir em em prproo fundidade sem se deter diante da aparência das coisas, conquis fundidade sem se deter diante da aparência das coisas, conquis taremos aquela faculdade que Patanjali chama “leitura espi taremos aquela faculdade que Patanjali chama “leitura espi ritu
ritual”al” , , e que é e que é a a capacidade de capacidade de “le“ler” através r” através das das formas, dosformas, dos acontecimentos e das coisas, a Realidade Espiritual e os signi acontecimentos e das coisas, a Realidade Espiritual e os signi ficados profundos.
ficados profundos.
Para quem está habituado a observar apenas a exterio Para quem está habituado a observar apenas a exterio ridade, a emitir opiniões, a formular conceitos, a se deixar ridade, a emitir opiniões, a formular conceitos, a se deixar levar pela exatidão e segurança da mente racional, essa ati levar pela exatidão e segurança da mente racional, essa ati tude poderá parecer repleta de perigos e de fáceis ilusões. Terá tude poderá parecer repleta de perigos e de fáceis ilusões. Terá receio de cair no ardil da imaginação e da poesia, ou, pior receio de cair no ardil da imaginação e da poesia, ou, pior ainda, da exaltação pseudomística dos fanáticos e dos que ainda, da exaltação pseudomística dos fanáticos e dos que fogem à realidade da vida...
fogem à realidade da vida...
Esses temores são infundados, pois será a própria vida, Esses temores são infundados, pois será a própria vida, com as suas provas, com as suas dolorosas experiências, com as com as suas provas, com as suas dolorosas experiências, com as suas dificuldades e com os seus problemas aparentemente inso suas dificuldades e com os seus problemas aparentemente inso lúveis, que o convencerá, por fim, de que a mente concreta é lúveis, que o convencerá, por fim, de que a mente concreta é insuficiente para nos dar a explicação do segredo da existência, insuficiente para nos dar a explicação do segredo da existência, e nos fará compreender que deve haver uma outra forma de e nos fará compreender que deve haver uma outra forma de saber, um outro modo de interpretar as coisas, que vai além da saber, um outro modo de interpretar as coisas, que vai além da razão, além da lógica, além do intelecto.
razão, além da lógica, além do intelecto.
À proporção que a aspiração de conhecer a verdade À proporção que a aspiração de conhecer a verdade aumenta, torna-se-á uma exigência sempre mais urgente, uma aumenta, torna-se-á uma exigência sempre mais urgente, uma necessidade de vida. Nossa mente sentirá uma transformação, necessidade de vida. Nossa mente sentirá uma transformação, uma orientação nova e, quase sem que o percebamos e de uma uma orientação nova e, quase sem que o percebamos e de uma forma espontânea, começará a manifestar-se o seu aspecto mais forma espontânea, começará a manifestar-se o seu aspecto mais alto: o intuitivo.
alto: o intuitivo.
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Então, gradativamente, todos os problemas serão resol Então, gradativamente, todos os problemas serão resol vidos, toda a aparente incoerência da vida parecerá clara, senti vidos, toda a aparente incoerência da vida parecerá clara, senti remos a maravilhosa unidade que existe por trás da multiplici remos a maravilhosa unidade que existe por trás da multiplici dade e todo o nosso ser ficará repleto de Alegria, de Luz e da dade e todo o nosso ser ficará repleto de Alegria, de Luz e da Sabedoria do Espírito.
II
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APARÊNCI
APARÊNCIA E REALIDAA E REALIDA DEDE
A
A natnatureureza za é é um um tetemm plpl o.o... .. e e o o hohommemem p
poor r ali ali passa passa atratravés avés de de floflo rereststas as dede sí
símmbobo lolos familiares.s familiares. Baudelaire. Baudelaire.
SSe tomarmos como ponto e tomarmos como ponto de de partidpartida para a para a nossa nossa procua procurara da verdade o pressuposto fundamental, seja mesmo hipotético, da verdade o pressuposto fundamental, seja mesmo hipotético, de que existe uma unidade essencial por trás da multiplicidade, de que existe uma unidade essencial por trás da multiplicidade, da diversidade que aparece nas manifestações de todos os da diversidade que aparece nas manifestações de todos os níveis, unidade que para ser válida deve, certamente, ser regu níveis, unidade que para ser válida deve, certamente, ser regu lada por um conjunto de leis justas e de perfeita harmonia, é lada por um conjunto de leis justas e de perfeita harmonia, é lógico chegarmos à conclusão de que aquilo que vemos, que lógico chegarmos à conclusão de que aquilo que vemos, que experimentamos no plano do relativo, e que pode parecer sem experimentamos no plano do relativo, e que pode parecer sem sentido, injusto, caótico, não seja a Realidade, mas uma apa sentido, injusto, caótico, não seja a Realidade, mas uma apa rência (de realidade), um reflexo, uma distorção, um fragmen rência (de realidade), um reflexo, uma distorção, um fragmen to de uma imensa e justa Realidade, que está além da nossa to de uma imensa e justa Realidade, que está além da nossa atual compreensão.
atual compreensão.
Desde que surgiu o primeiro pensamento especulativo, Desde que surgiu o primeiro pensamento especulativo, o homem se deu conta de que devia haver uma “Realidade o homem se deu conta de que devia haver uma “Realidade pr
profunofunda da das das coisas”coisas” , , com com a a qual, qual, porporémém, , lhe lhe era era difdifíciícil l enen trar em contato, e a multidão de investigadores, filósofos e trar em contato, e a multidão de investigadores, filósofos e estudiosos, convencida de que vivemos em um mundo de apa estudiosos, convencida de que vivemos em um mundo de apa rências ilusórias, sempre foi numerosíssima.
rências ilusórias, sempre foi numerosíssima.
Vivemos numa espécie de “cenário artificial”, afinnavam Vivemos numa espécie de “cenário artificial”, afinnavam eles, que esconde a verdadeira natureza das coisas, e a verdade eles, que esconde a verdadeira natureza das coisas, e a verdade
será sempre inalcançável para o homem, porque os meios de será sempre inalcançável para o homem, porque os meios de que ele dispõe, isto é, os sentidos e a mente, são limitados e que ele dispõe, isto é, os sentidos e a mente, são limitados e ilusórios.
ilusórios.
Todavia, outros investigadores, também numerosíssimos, Todavia, outros investigadores, também numerosíssimos, em todos os tempos, compreenderam que está no homem a em todos os tempos, compreenderam que está no homem a poss
possibilidadibilidade e de ende entender tender a a realidade, realidade, não não com com os os sentidos sentidos ouou com as indagações mentais, mas por meio da intuição e do com as indagações mentais, mas por meio da intuição e do desenvolvimento da consciência.
desenvolvimento da consciência.
Esta segunda posição é a mais exata, já que focaliza o Esta segunda posição é a mais exata, já que focaliza o problema
problema do do conhecimento conhecimento e e esclaesclarece rece que que o o obstáculo obstáculo nana percepção
percepção da da realidarealidade de dadas coiss coisas reside no as reside no fato fato de que usamosde que usamos meios limitados e incompletos, que
meios limitados e incompletos, que nuncanunca poderão poderão levalevar-nosr-nos à verdade, pois não podem, por si mesmos, ir além de um certo à verdade, pois não podem, por si mesmos, ir além de um certo limite de percepção.
limite de percepção.
A própria ciência hodierna está convicta de que a apa A própria ciência hodierna está convicta de que a apa rência é preponderante em nossa vida habitual, e de que os rência é preponderante em nossa vida habitual, e de que os sentidos não recebem a impressão exata da realidade das sentidos não recebem a impressão exata da realidade das coisas.
coisas.
Basta tomar como exemplo a impressão de solidez da Basta tomar como exemplo a impressão de solidez da matéria. Isso é uma ilusão, já que hoje é sabido que a idéia de matéria. Isso é uma ilusão, já que hoje é sabido que a idéia de compacidade dos corpos, considerados sólidos, é o resultado compacidade dos corpos, considerados sólidos, é o resultado do movimento incessante dos átomos que os compõem, do movimento incessante dos átomos que os compõem, quando, na realidade, há mais espaços vazios do que zonas quando, na realidade, há mais espaços vazios do que zonas compactas.
compactas.
Também no caso do som e da luz, sabemos muito bem Também no caso do som e da luz, sabemos muito bem que nossos ouvidos e nossos olhos só podem perceber um que nossos ouvidos e nossos olhos só podem perceber um número limitado de vibrações, e que existem sons e cores, que número limitado de vibrações, e que existem sons e cores, que jamais
jamais poderão poderão ser recebidos ser recebidos pelos pelos nossnossos os órgãoórgãos s de audição ede audição e de visão.
de visão.
Do ponto de vista físico, portanto, percebemos apenas Do ponto de vista físico, portanto, percebemos apenas uma verdad
uma verdade frae fragmentada e incompleta.gmentada e incompleta.
Assim, se analisarmos a outra forma de conhecimento Assim, se analisarmos a outra forma de conhecimento que possuímos, e que é a investigação mental, veremos que que possuímos, e que é a investigação mental, veremos que mesmo essa forma pode nos induzir ao erro, porque, geral mesmo essa forma pode nos induzir ao erro, porque, geral