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Biblioteca Digital do IPG: O enfoque dos materiais como facilitadores e suportes de aprendizagem na construção de saberes - a educação pré-escolar: algumas provas piagetianas

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(1)

Mestrado em Educação Pré-Escolar e

Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico

Relatório de Estágio da Prática

de Ensino Supervisionada

Diana Raquel Bastos Lopes

outubro | 2019

Escola Superior de

Educação, Comunicação

e Desporto

(2)

i

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

Mestrado em Educação Pré-Escolar

e

Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico

Relatório de Estágio da Prática de

Ensino Supervisionada

Diana Raquel Bastos Lopes

(3)
(4)

i

Dedicatória

Dedico este relatório aos meus pais e a minha irmã, que sempre me motivaram e que nunca deixaram de acreditar em mim.

(5)
(6)

iii

Agradecimentos

Ao finalizar esta etapa, tão marcante e deveras importante da minha vida, quero

agradecer:

- em primeira instância, a todos aqueles que estiveram comigo em todos os

momentos deste meu percurso;

- à minha orientadora, Professora Doutora Urbana Cordeiro, pela dedicação,

profissionalismo e pela compreensão que demonstrou ao longo deste relatório;

- à minha família, pelo apoio incondicional, por todos os esforços, carinho e

compreensão, que sempre demonstraram ao longo deste meu percurso académico;

- a todos os professores do Instituto Politécnico da Guarda, pela ajuda na minha

formação, quer a nível pessoal e profissional.

(7)
(8)

v

Resumo

O nosso relatório surge, no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada I e II, do

curso de Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º CEB, da ESECD, do IPG,

de acordo com o regulamento da Prática de Ensino Supervisionada, visando o

cumprimento do consignado, no Decreto-Lei n.º 43/2007, de 22 de fevereiro.

No que concerne ao nosso estudo, incidimos e aprofundamos o tema: O enfoque

dos materiais como facilitadores e suportes de aprendizagem na construção de saberes -

a educação pré-escolar: algumas provas piagetianas.

Salientamos, assim, que esta nossa opção foi consequente do interesse suscitado,

pela exequibilidade das nossas práticas pedagógicas, emergindo ao longo do processo de

ensino e aprendizagem e das várias experiências partilhadas e desenvolvidas.

Enfatizamos, ainda, que nesta perspetiva, sobressai a enorme pertinência e

atualidade do tema, uma vez que, extremamente valorizado, pois cada vez mais as

crianças são solicitadas, por uma grande panóplia de materiais que é necessário selecionar

criteriosamente, visando promover a exploração e manipulação de variados materiais,

adequados e conducentes a aprendizagens ativas, significativas.

Remetemos, assim, a uma análise exploratória e reflexão crítica, cujo objetivo

essencial e crucial, subjacente é promover o uso, a manipulação, a exploração e a

experimentação de diversos materiais, como suportes de aprendizagem, meios,

ferramentas, apoios e auxílios, facilitadores da construção/consolidação de

conhecimentos, ou seja, de aprendizagem, em crianças do pré-escolar, focando-nos

também na experimentação de algumas provas de Piaget.

Neste contexto, salientamos, que o nosso estudo decorreu no Jardim de Infância

da Sé, com crianças de idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos.

Incidimos na descrição e investigação-ação, concomitantes à observação direta

que ocorreu em contexto real, visando em primeira instância, fomentar a realização de

algumas atividades com materiais manipuláveis. Posteriormente, as crianças responderam

a várias questões efetuadas, pela educadora estagiária, aplicando algumas das provas de

Piaget.

Inferimos assim, que o uso sistemático e programado dos materiais, como suportes

de aprendizagem, contribui para uma melhor e mais profícua aquisição de saberes,

constituindo verdadeiras ferramentas fundamentais e imprescindíveis à observação,

concretização, manipulação, exploração e experimentação, sendo consequentemente

facilitadores da aprendizagem e conducentes a verdadeiras aprendizagens diversificadas,

(9)

vi

além de influenciarem e motivarem as aprendizagens, promovendo a autoestima e a

autonomia da criança.

Palavras-chave: Prática de Ensino Supervisionada; Pré-escolar; Provas Piagetianas;

(10)
(11)

viii

Abstract

Our report comes within the framework of curricular units Supervised Teaching

Practise (PES) I and II from the Master course in Pre-School Education and Primary

School Teaching, hosted by School of Education, Communication and Sports from

Polytechnic of Guarda. The supervised teaching practise was performed according to the

rules in place (Portuguese Decree-Law 43/2007 of February 22).

Our study is entitled Exploring materials as learning facilitators and platforms in

the development of knowledge in preschool education: some Piagetian evidence. The

approach consisted of an exploratory analysis and critic reflexion, focusing on the

experimentation of some Piaget’s theories. The main objective was to assess if the

manipulation of materials aids in the development/consolidation of knowledge in

preschool children. Of note, this thematic is based upon the believe that, through

manipulation of materials, the children have the opportunity to discover, understand and

consolidate concepts that appeal and potentiate the development of their senses and

capabilities, making them to explore, touch, feel, handle, perceive and move.

The study took place in “Jardim de Infância da Sé”, with children aged between 3

and 6 years old.

The investigation and real direct observation occurred in parallel after the

realization of several activities with flexible materials, where the children answered to

questions made by the trainee teacher. The aim was to assess how the use of these

materials influences and motivates learning, promoting autonomy.

The use of materials in school context will always be an added value for education,

since they help in discover and consolidation: the children will progressively understand

the knowledge, not by passive imitation or mechanic learning, but by significant learning,

sensing the know-how and information as their own when they realize that something is

actually true.

Finally, we can conclude that the systematic and programmed use of materials as

learning platforms contributes for a better and successful acquisition of knowledge in

preschool children. The materials seem to be fundamental tools, crucial for observation,

concretization, manipulation, exploration and experimentation, being facilitators of a

significant and active learning.

(12)

ix

Keywords: Supervised learning practise; Preschool, Piaget’s evidences; Materials;

(13)

x

Índice Geral

Agradecimentos ………... iii

Resumo ………. v

Abstract ………... vii

Índice de Figuras ……… xiii

Índice de Tabelas ………. xv

Índice de Gráficos ……….. xvi

Siglas e acrónimos ………. xvii

Introdução ………. 1

Capítulo I ………. 3

1. Enquadramento Institucional – Organização Institucional ……….. 4

2. Enquadramento Institucional – Administração Escolar ………..……… 6

2.1. Caracterização do meio envolvente: A cidade da Guarda ……… 6

3. Caracterização do Jardim de Infância da Sé ………..………. 8

3.1. Organização da equipa educativa ……… 13

3.2. Organização do tempo educativo/rotinas diárias ……… 13

3.3. Caracterização e organização do espaço educativo ………. 15

3.3.1. Descrição das diferentes áreas ……….……… 16

4. Caracterização psicopedagógica e socioeconómica do grupo de crianças da PES I …… 19

4.1. Caracterização psicopedagógica do grupo ……….…… 19

4.2. Caracterização socioeconómica do grupo ………...…… 22

5. Caracterização da Escola Básica Augusto Gil ………..…… 25

5.1. Caracterização e organização do ambiente educativo ……… 27

6. Caracterização psicopedagógica e socioeconómica da turma da PES II ………..… 29

6.1. Caraterização psicopedagógica da turma ……….……… 29

6.2. Caracterização socioeconómica da turma ………. 31

Capítulo II ………..…… 35

1. Contexto legal da PES ……….… 36

1.1.

A importância da PES na formação docente ……….. 36

1.2.

A exequibilidade da PES: a importância da observação e planificação ………. 37

2. Contexto institucional e funcional ……… 38

3. Experiências de ensino e aprendizagem ………..……… 38

3.1. Experiência de ensino e aprendizagem na Educação Pré-Escolar ………..……… 39

3.2. Perspetivas pedagógicas subjacentes à exequibilidade da PES I ………... 40

3.3. Exequibilidade da PES I ……….. 41

3.3.1. Área de Formação Pessoal e Social ……….……… 44

(14)

xi

3.3.2.1. Domínio da Educação Física ……… 45

3.3.2.2. Domínio Educação Artística ……… 46

3.3.2.3. Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita …….…… 49

3.3.2.4. Domínio da Matemática ………..……… 50

3.1.3. Área do Conhecimento do Mundo ……… 51

3.4. Reflexão final da PES I no Jardim de infância ……… 52

3.5. Experiência de ensino e aprendizagem no 1º CEB ……….. 52

3.5.1. Língua Portuguesa ……….. 54

3.5.2. Matemática ……… 56

3.5.3. Estudo do Meio ………..……… 57

3.5.4. Área das Expressões ……… 58

3.5.4.1. Área de Expressão e Educação Físico-Motora ………..… 58

3.5.4.1. Área de Expressão e Educação Musical ……….… 59

3.5.4.2. Expressão e Educação Dramática ……… 59

3.5.4.3. Expressão e Educação Plástica ……… 60

3.6. Reflexão sobre a PES II no 1º CEB ………...… 62

Capítulo III ……… 63

1. Enquadramento Teórico ……….……… 64

1.1. Perspetiva histórica: breve síntese da utilização dos materiais ……….… 66

1.2. O surgir dos materiais em contexto educativo ……… 66

1.3. A Escola Tradicional vs Escola Nova ……… 67

1.4. O surgir da Escola Nova e a utilização dos materiais ……… 69

1.5. Perspetivas pioneiras do uso de materiais em contexto de ensino ………. 69

1.6. O que significa manipular? ……… 72

1.7. Os materiais manipuláveis ……….…… 72

1.8. Os materiais como suportes de ensino no jardim de infância – Perspetiva Montessoriana ………...………. 74

1.9. A importância dos materiais e o desenvolvimento cognitivo de Piaget …………. 78

2. Abordagem da utilização dos materiais na exequibilidade da PES ……… 81

2.1. Descrição do estudo ………..………. 82

2.2. Objetivos do estudo ……… 82

2.3. Metodologia ………..… 83

2.4. A Amostra ……….………… 83

2.5. Instrumentos e recolha de dados ……… 84

2.6. Procedimentos ………...……… 84

3. Os materiais como suportes de aprendizagens durante a exequibilidade da PES I …… 85

3.1. As provas piagetianas realizadas ……… 90

(15)

xii

3.1.2. 2ª Prova de Piaget - Prova de Conservação de Comprimento ………. 92

3.1.3. 3ª Prova de Piaget - Prova de Classificação de Inclusão de Classes .... 96

3.1.4. 4ª Prova de Piaget - Prova de Conservação da Superfície …………... 99

4. Considerações finais ……….……… 103 Conclusão ……….…… 107 Referências Bibliográficas ………...……… 109 Webgrafia ……….…… 111 Legislação Consultada ……….………… 112 Apêndices ……….…… 113 Índice de Apêndices ……….……… 114

(16)

xiii

Índice de Figuras

Figura 1- Brasão da cidade da Guarda. ……… 6

Figura 2 - Estátua de D. Sancho I. ……… 7

Figura 3- Jardim de infância da Sé. ………..… 8

Figura 4 - Sala de acolhimento. ……….. 10

Figura 5 – Sala de reuniões. ……….……….. 10

Figura 6 - Espaço de cabides para os adultos. ………...….. 11

Figura 7 - Espaço de cabides para as crianças. ……….………. 11

Figura 8 – Hall de entrada. ………. 11

Figura 9 – Biblioteca. ………. 11

Figura 10 – Cozinha. ………..……… 11

Figura 11 – Refeitório. ………... 11

Figura 12 – Salão polivalente. ………..….. 11

Figura 13 - Sala de atividades. ……….……….. 12

Figura 14 - Zona de recreio. ……… 12

Figura 15 - Sala de atividade. ……….. 15

Figura 16 - Planta da sala de atividades. ……….……….. 15

Figura 17 - Área da Leitura/Planeamento. ………. 17

Figura 18- Área da Matemática (jogos de mesa). ……….. 17

Figura 19 - Área da Construção/ pista/ bancada de carpintaria. ……… 18

Figura 20 - Área da Escrita/artes visuais. ………..………. 18

Figura 21 - Área da Informática. ……… 19

Figura 22 - Área do Faz-de-conta (casinha). ………..……… 19

Figura 23 – Escola Básica do 1º Ciclo Augusto Gil do Ensino Básico. ……...……….. 25

Figura 24 – Polivalente. ………....………. 26

Figura 25 – Biblioteca Escolar. ………..…… 26

Figura 26 – Recreio. ……….……….. 26

Figura 27 – Planta da sala de aula. ……….. 27

Figura 28 – Legenda da planta da sala de aula. ……….. 28

Figura 29 – Áreas de Conteúdo comtempladas pelas OCEPE (OCEPE, 2016). ……… 44

Figura 30 e figura 31– Subdomínio das Artes Visuais. ……….………. 48

Figura 32 – Subdomínio do Jogo Dramático/Teatro. ………. 49

Figura 33 - Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita. ……… 49

Figura 34 - Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita. ………. 49

Figura 35 - Domínio da Matemática. …………..……… 50

Figura 36 - Área do Conhecimento do Mundo. ……….. 51

(17)

xiv

Figura 38 – Área do Estudo do Meio: À descoberta de materiais e objetos. ……….. 58

Figura 39 – Área da Expressão Plástica: Pintura e recorte. ……… 61

Figura 40 – Exemplo de uma sala montessoriana. ……….. 75

Figura 41 – Crianças jogarem o Halli Galli. ……….……….. 86

Figura 42 e figura 43 – Realização da experiência dissolve ou não dissolve?. ……….. 88

Figura 44 - Realização da Prova de Conservação de Massa. ………. 91

Figura 45 - Realização da Prova de Conservação de Massa. ……….. 91

Figura 46 e figura 47– Realização da Prova de Conservação de Comprimento. ……….. 93

Figura 48 - Teste de conservação de comprimento. ……….. 94

Figura 49 – Teste de conservação de comprimento. ……….. 95

Figura 50 – Teste de conservação de comprimento. ……….. 96

Figura 51 e figura 52 – Realização da Prova de Classificação de Inclusão de Classes. ……… 97

Figura 53 - Realização da Prova de Conservação da superfície. ………….……….. 100

Figura 54 – Realização da Prova de Conservação da superfície. ……….…………. 101

(18)

xv

Índice de tabelas

Tabela 1 - Horário de funcionamento da instituição 2016/2017 ………..……… 9

Tabela 2 - Calendário escolar 2016/2017. ……… 9

Tabela 3 - Rotinas diárias. ………...……… 14

Tabela 4 – Caracterização individual do grupo. …………..……… 22

Tabela 7 – Número de irmãos de cada criança. ………... 24

Tabela 8 – Caracterização sociocultural dos pais das crianças. ……….. 25

Tabela 9 – Caracterização individual dos alunos. ……… 30

Tabela 10 - Constituição da turma por idades. ……… 31

Tabela 11 – Caracterização do agregado familiar. ……….. 33

Tabela 12 - Respostas dadas pelas crianças do pré-escolar sobre a conservação de massa. ..… 92

Tabela 13 - Respostas dadas pelas crianças do pré-escolar sobre a conservação de comprimento…….. 94

Tabela 14 - Respostas dadas pelas crianças do pré-escolar sobre a conservação de comprimento. …… 95

Tabela 15 - Respostas dadas pelas crianças do pré-escolar sobre a conservação de comprimento. ….… 96 Tabela 16 - Respostas dadas pelas crianças do pré-escolar sobre a conservação inclusão de classes. .... 98

Tabela 17 - Respostas dadas pelas crianças do pré-escolar sobre a conservação inclusão de classes. .... 98

Tabela 18 - Respostas dadas pelas crianças do pré-escolar sobre a conservação da superfície. …….. 100

Tabela 19 - Respostas dadas pelas crianças do pré-escolar sobre a conservação da superfície. ………. 101

(19)

xvi

Índice de gráficos

Gráfico 1 - Constituição do grupo por género……… 23 Gráfico 2 - Constituição da turma por género. ……….. 32

(20)

xvii

Siglas e acrónimos

1º CEB - 1º Ciclo do Ensino Básico

ESECD – Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto IPG – Instituto Politécnico da Guarda

JI – Jardim de infância

NEE - Necessidades Educativas Especiais

O.C.E.P.E. - Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar PES – Prática de Ensino Supervisionada

PES I – Prática de Ensino Supervisionada Educação Pré-Escola

PES II – Prática de Ensino Supervisionada 1º Ciclo do Ensino Básico

(21)
(22)

1

Introdução

O nosso relatório foi elaborado, ao longo da exequibilidade da Prática de Ensino

Supervisionada (PES), no âmbito das unidades curriculares de Prática de Ensino

Supervisionada (PES I e PES II), que incluem o curso de Mestrado em Educação

Pré-Escolar e Ensino do 1º CEB, administrado pela Escola Superior de Educação,

Comunicação e Desporto (ESECD) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), segundo o

Decreto-Lei vigente, n.º 43/2007 de 22 de fevereiro.

Salientamos que constitui o culminar e o auge de um percurso extremamente

gratificante, tentando sempre fundamentar cientificamente, elucidar e clarificar a nossa

experiência pedagógica, no que concerne ao período de estágio, que ocorreu em dois

ciclos: o pré-escolar e o 1.º CEB.

Neste contexto, salientemos que a PES foi fundamental, pois proporcionou-nos

um primeiro contacto com a realidade profissional, enriquecendo-nos a nível pedagógico,

no que concerne à utilização de diversas metodologias, técnicas e estratégias aplicadas,

ao longo da sua exequibilidade, sempre no intuito de promover, fomentar e proporcionar

a otimização das Práticas, fomentando boas práticas.

No que concerne ao nosso estudo, incidimos e aprofundamos o tema:

- O enfoque dos materiais como facilitadores e suportes de aprendizagem na

construção de saberes - a educação pré-escolar: algumas provas piagetianas.

Salientamos que esta nossa opção foi consequente do interesse suscitado pela

exequibilidade da nossa prática pedagógica, que foi emergindo ao longo do processo de

ensino e aprendizagem e das várias experiências pedagógicas desenvolvidas e partilhadas.

Enfatizamos, ainda, que nesta perspetiva, sobressai a enorme pertinência e

atualidade do tema, uma vez que, cada vez mais as crianças são solicitadas, por uma

grande panóplia de materiais que é necessário selecionar criteriosamente, visando

promover a exploração e manipulação de variados materiais, conducentes a

aprendizagens ativas, significativas.

Neste contexto, verificamos paulatinamente, que através da manipulação de

materiais, a criança tem a oportunidade de descobrir, de entender e de consolidar

conceitos que apelem e potenciem o desenvolvimento dos seus vários sentidos e

capacidades. Consequentemente, a utilização de materiais em contexto educativo é de

extrema importância, promovendo a observação, a exploração, manipulação,

experimentação, concretização e ação, facilitando as aprendizagens e sendo conducentes

a aprendizagens significativas.

(23)

2

No que concerne à organização deste relatório, salientamos que obedece ao

exigido, pelo regulamento n.º 618/2016 de 29 de junho, artigo 11º, estando assim dividido

em três capítulos sequenciais, de forma a tornar a leitura mais acessível e precisa:

- o primeiro incide no enquadramento institucional, a nível da organização e

administração escolar, incluindo a caracterização do grupo/turma do Pré-escolar e do 1º

CEB;

- o segundo descreve crítica e reflexivamente todo o procedimento de PES I e II,

especialmente no que concerne aos vários domínios e às diferentes áreas curriculares,

incluindo os variados métodos, estratégias e práticas, além de uma rápida

contextualização legal da mesma;

- em relação ao terceiro capítulo, emerge uma proposta didática, fundamentada

cientificamente e incidindo na exequibilidade de diversas atividades experimentais,

aprofundando a temática O enfoque dos materiais como facilitadores e suportes de

aprendizagem na construção de saberes - a educação pré-escolar: algumas provas

piagetianas.

Surge ainda, uma breve reflexão pessoal e crítica de todo o processo de ensino e

aprendizagem, relativa à PES, a reflexão final, a conclusão, a bibliografia e os anexos.

(24)

3

Capítulo I

(25)

4

1. Enquadramento Institucional – Organização Institucional

Em primeira instância, debruçar-nos-emos sobre o enquadramento institucional, fazendo referência ao sistema educativo atual em Portugal, remetendo aos documentos vigentes e explicitando o que se entende por Sistema Educativo português.

Neste âmbito,a Lei nº49/2005 de 20 de agosto, na segunda alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo e primeira à Lei de Bases de Financiamento do Ensino Superior, refere que no seu Artigo 1º, ponto 2. que:

O Sistema educativo é o conjunto de meios pela qual se concretiza o direito à educação, que se exprime pela garantia de uma permanente acção formativa orientada para favorecer o desenvolvimento global da personalidade, o progresso social e a democratização da sociedade.

Neste contexto e no que concerne ao nosso Sistema Educativo, sabemos que tem como suporte a Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE), (Lei n.º 85/2009 de 27 de agosto, artigo 1.º), preconizando que existem dois tipos de educação:

- a educação pré-escolar, que incluicrianças dos 3 aos 6 anos de idade e a escolar que engloba os ensinos básicos e o secundário.

Segundo a Lei nº 49/2005 de 30 de agosto, artigo 1º, 2., O sistema educativo é o conjunto

de meios pelo qual se concretiza o direito à educação, que se exprime pela garantia de uma permanente acção formativa orientada para favorecer o desenvolvimento global da

personalidade, o progresso social e a democratização da sociedade.

Salientamos, assim, que a educação é a base de toda a formação do ser humano, surgindo como primeira etapa do percurso educacional, a Educação Pré-Escolar direcionada às crianças, entre os 3 e os 6 anos de idade e considerada, segundo a Lei Quadro da Educação Pré-Escolar, Lei nº5/97 de 10 de fevereiro, artigo 2º como,

a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida, sendo complementar da acção educativa da família, com a qual se deve estabelecer estreita cooperação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua pela inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário.

Enfatizamos, assim, que a Educação Pré-Escolar é, pois, um domínio de educação em regime opcional, tendo a família um papel fundamental e crucial no processo de educação, precedente à educação escolar, prolongando-se desde os três anos até à idade de ingresso no ensino básico.

Nesta sequência, a Educação Pré-Escolar visa a valorização de uma pedagogia organizada, através do educador, que deve encaminhar as crianças, tendo como objetivo, que elas próprias construam ativamente o seu processo de desenvolvimento e aprendizagem.

(26)

5 Constatamos no que concerne a esta primeira etapa da educação básica da criança que tem subjacente as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, incluindo as seguintes áreas de conteúdo:

✓ área de Formação Pessoal e Social; ✓ área de Expressão e Comunicação:

• domínio da Educação Física; • domínio da Educação Artística;

- subdomínio das Artes Visuais;

- subdomínio do Jogo Dramático/Teatro; - subdomínio da Música;

- subdomínio da Dança;

• domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita; • domínio da Matemática;

• área de Formação Pessoal e Social; ✓ área do Conhecimento do Mundo.

No que concerne ao Ensino Básico, sabemos que é de escolaridade obrigatória e que inclui três ciclos (1º, 2º e 3º ciclos), extensivos a nove anos de escolaridade.

Relativamente ao 1º Ciclo do Ensino Básico (1º CEB), este prolonga-se quatro anos de escolaridade, com idades compreendidas entre os seis e os dez anos.

No que concerne ao horário semanal dos alunos, de acordo com o Ministério da Educação, integra as diversas áreas curriculares:

❖ Educação para a Cidadania:

➢ áreas curriculares e disciplinares de frequência obrigatória: • Língua Portuguesa; • Matemática; • Estudo do Meio; • Expressões: - Artísticas; - Físico-Motoras; ➢ Formação Pessoal e Social:

➢ áreas curriculares não disciplinares: • Área de Projeto;

• Estudo Acompanhado; • Formação Cívica;

➢ área curricular disciplinar de frequência facultativa, (1 hora semanal): • Educação Moral e Religiosa.

(27)

6 No que se refere às nossas Práticas de Ensino Supervisionadas (PES), a sua exequibilidade ocorreu em duas instituições distintas, localizadas na cidade da Guarda.

Relativamente à PES I, decorreu no Jardim de Infância (JI) da Sé, no ano letivo de 2015/16, com um grupo de crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 6 anos, enquanto a PES II, decorreu na Escola Básica Augusto Gil, em 2016/17, com uma turma de 2.º ano (8-9 anos).

Posteriormente, surge uma breve caracterização do meio envolvente de ambas as instituições, assim como as suas respetivas caracterizações.

A posteriori, debruçamo-nos-emos sobre a caraterização socioeconómica e

psicopedagógica do grupo e da turma com que trabalhamos.

2. Enquadramento Institucional – Administração Escolar

2.1. Caracterização do meio envolvente: A cidade da Guarda

No que concerne à cidade da Guarda, (fig. 1), sabemos que é a mais alta de Portugal, com 1056m de altitude e 26 565 habitantes no seu perímetro urbano. É capital de distrito da região da Beira Alta, inserida no concelho homólogo, com 712,1 km² de área e 42 541 habitantes, de acordo com os censos de 2011.

O município encontra-se subdividido, desde a reorganização administrativa de 2012/13 em 43 freguesias, sendo limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por Almeida, a sudeste pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por Gouveia e a noroeste, por Celorico da Beira. No distrito, a população perfaz um total de 173 831 habitantes.

Fig. 1 - Brasão da cidade da Guarda

Fonte:https://portalnacional.com.pt/guarda/guarda/

Fazendo uma retrospectiva, pelo domínio do passado e remetendo à nossa História de Portugal, sabemos que em relação à sua fundação, a cidade da Guarda teve o seu primeiro Foral a 27 de novembro de 1199, concedido por D. Sancho I, o Povoador.

(28)

7 É importante salientar, que D. Sancho I foi o segundo rei de Portugal, filho de D. Afonso I, o Conquistador e de D. Mafalda de Saboia, tendo o cognome o Povoador, devido a ter mandado povoar as terras conquistadas. Foi rei de 1185, até ao final dos seus dias.

Emergiu a fundação da cidade, devido à necessidade de um centro administrativo de comércio e à organização e defesa da fronteira da Beira contra os reinos do centro da Península Ibérica, nomeadamente o Reino de Leão e Castela de Espanha, sendo a este propósito que se apelidou a cidade de Guarda.

Fig. 2 - Estátua de D. Sancho I Fonte: Própria.

Atualmente, a cidade é também conhecida, como a cidade dos cinco F`s, que advêm dos cinco epítetos por que é conhecida:

- Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa.

No entanto, a explicação mais conhecida para o significado dos cinco F’s remete a aspetos intrínsecos e que a caracterizam:

✓ Forte – consequente da dureza do granito, que define a sua inigualável paisagem e ao seu grandioso sistema defensivo, que outrora se ergueu e que ainda hoje se preserva; ✓ Farta - pelos seus vales férteis e cursos de água que garantem a sustentabilidade de

quem a habita e pela variada e riquíssima gastronomia, que não deixa ninguém indiferente a quem saboreia;

✓ Fria – devido ao clima de montanha que lhe concede a beleza e o brilho único da brancura da neve, que a transforma e a pinta de branco;

✓ Fiel - porque durante a crise de 1383-85, Álvaro Gil Cabral, Alcaide-Mor do Castelo da Guarda e trisavô de Pedro Álvares Cabral, recusou entregar as chaves da cidade ao Rei de Castel. Combateu, ainda, na batalha de Aljubarrota e teve assento nas Cortes de 1385, estando ao lado do Mestre de Avis (mais tarde, D. João I, o de Boa Memória, Rei de Portugal;

(29)

8 ✓ Formosa – pela sua beleza natural.

Caracterizada ainda, pela sua grande diversidade de monumentos, praças, ruas, vielas, solares, jardins, parques, paisagem e, acima de tudo, pelas suas Gentes.

Na atualidade, a cidade integra 43 freguesias, devido à reorganização territorial, uma destas urbana e as restantes rurais, destacando-se pela sua sui generis riqueza paisagística, histórica e patrimonial que a identifica.

A nível patrimonial, surge um vasto património cultural na cidade, onde se erguem, sobressaindo alguns monumentos arquitetónicos, encontrando-se a sua maioria no centro histórico, como:

- a Sé Catedral, a Igreja da Misericórdia, a Igreja de São Vicente, a Capela de São Pedro, a Capela do Mileu, o antigo Convento de São Francisco, a Torre dos Ferreiros, a Torre de Menagem (castelo), as Muralhas da cidade, a Judiaria e o Antigo Paço Episcopal.

No que concerne às atividades económicas, a Guarda possui uma gama diversificada referente essencialmente:

- ao comércio, à restauração, indústria têxtil, confeções, transformação de mármores, laticínios, construção civil e oficinas.

3. Caracterização do Jardim de Infância da Sé

Neste contexto e visando a exequibilidade e realização do estágio da PES I, é fundamental e crucial referenciar o espaço, onde esta se desenvolveu e a sua respetiva caraterização.

O JI da Sé (fig.3) localiza-se na cidade da Guarda, no bairro do Bonfim, na rua João de Deus e é um estabelecimento de Educação Pré-escolar, da rede pública do Ministério da Educação, pertencendo ao Agrupamento de Escolas Afonso Albuquerque da Guarda, o mais antigo da cidade.

O período em que decorreu esta Prática de Ensino Supervisionada foi entre o dia 23 de fevereiro de 2016, até ao dia 07 de junho de 2016.

Fig. 3 - Jardim de infância da Sé.

(30)

9 Sabemos que o edifício foi construído de raiz para os devidos efeitos de Jardim de Infância, tendo sido inauguradas as suas instalações, no dia 26 de novembro de 1992.

Salientamos que este Jardim de Infância, para além de acolher crianças de famílias que residem nas proximidades, também aceita outras que vivem nos arredores, mas cujas famílias trabalham na cidade.

No que concerne ao horário de funcionamento da instituição, 2016/17, as tabelas infra, que se seguem (tabela 1 e 2), traduzem o respetivo calendário escolar:

Tabela 1 - Horário de funcionamento da instituição 2016/17.

Atividades letivas 09h00- 12h00 e 14h00-16h00

AAAF: Acolhimento 08h00-09h00

Almoço 12h00- 14h00

Prolongamento 16h00- 18h30

Fonte: Própria.

Tabela 2 - Calendário escolar 2016/17.

Início do 1º período 15 de setembro de 2016

Fim do 1º período 16 de dezembro de 2016

Período de avaliação 19, 20 e 21 de dezembro de 2016

Início do 2º período 02 de janeiro de 2017

Final do 2º período 04 de abril de 2017

Período de avaliação 05, 06 e 07 de março de 2017

Início do 3º período 19 de abril de 2017

Final do 3º período 30 de junho de 2017

Período de avaliação 03, 04 e 05 de julho de 2017

Fonte: Própria.

No que concerne ao espaço físico do JI, este é constituído por quatro pisos, porém, durante o estágio, apenas decorriam atividades em duas, das três salas do jardim: no 3º e no 4º piso.

É de salientar que as divisões estavam devidamente equipadas, possuindo aquecimento central, devido às baixas temperaturas que se fazem sentir nos meses de inverno.

Pudemos também constatar que, o JI possui imensa luz natural, devido ao elevado número de janelas, o que possibilita um bom arejamento.

Relativamente às salas, estas são espaçosas, com uma boa iluminação e aquecimento, estando apetrechadas de diversos materiais pedagógicos/didáticos e espaços adequados a cada atividade. O mobiliário é adequado, integrando computadores, proporcionando um ambiente acolhedor e propício ao bom desenvolvimento do processo educativo, a que as O.C.E.P.E., (2016:26) dão primazia, destacando que:

(31)

10

a organização do espaço da sala é expressão das intenções do/a educador/a e da dinâmica do grupo, sendo indispensável que este/a se interrogue sobre a sua função, finalidades e utilização, de modo a planear e fundamentar as razões dessa organização.

Salientamos ainda, que no interior edifício, surgem quatro instalações sanitárias para crianças, uma na sala de acolhimento, uma em cada uma das salas de atividades e outra no refeitório.

Nesta sequência, relativamente a este espaço, remetemos à caracterização mais pormenorizada do mesmo, salientando, que o 1º piso possui:

• a sala de acolhimento (fig. 4) que recebe as crianças quando chegam ao Jardim pela manhã. Aqui, observamos os mais variados jogos de mesa, para que as crianças possam brincar, antes de dar início a mais um dia de atividades, sendo um espaço comum a ambas as salas, aí as crianças têm a oportunidade de conviver umas com as outras;

Fig. 4 - Sala de acolhimento. Fonte: Própria

.

• a sala de reuniões das educadoras (fig. 5) é um espaço destinado, como o próprio nome indica, à realização de reuniões das docentes e também onde se recebem os pais. Este local possui uma mesa, um espaço de cabides para adultos, um computador e uma impressora;

Fig. 5 – Sala de reuniões. Fonte: Própria.

• uma arrecadação, para guardarem materiais, roupas, produtos de limpeza e trabalhos antigos, entre outros, funcionando igualmente, como um espaço de cabides para os adultos (fig. 6) e crianças, onde guardam, de manhã, os casacos e a lancheira (fig. 7). Surge, ainda a casa de banho dos adultos;

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11

Fig. 6 - Espaço de cabides para os adultos. Fig. 7 - Espaço de cabides para as crianças Fonte: Própria. Fonte: Própria.

• um hall de entrada com cadeiras (fig. 8) e um placard de informações, surgindo a biblioteca, (fig. 9), um espaço onde podemos encontrar uma grande panóplia, desde os mais variados livros de contos infantis, aos mais diversificados jogos e materiais, como: cartolinas, tintas, fantoches, etc;

Fig. 8 – Hall de entrada. Fig. 9 – Biblioteca. Fonte: Própria Fonte: Própria.

• a cozinha (fig. 10), o refeitório (fig. 11) e o salão polivalente (fig. 12) destinado à prática de atividades socioeducativas, à realização das sessões de educação física, de teatro e de música e funcionando também, como recreio interior em dias de chuva, ou frio. Aí, as crianças podem assistir a eventos (ex.: festa de Natal), pois salientamos que possui uma iluminação natural, contendo várias janelas que permitem à criança ter contacto visual com o exterior.

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12

Fig. 10 – Cozinha. Fig. 11 – Refeitório. Fig. 12 – Salão polivalente.

Fonte: Própria. Fonte: Própria. Fonte: Própria.

No que concerne ao 3º piso, aí situa-se a sala de atividades onde realizei a exequibilidade da PES I (fig.13) e ainda, uma pequena arrecadação para guardar o material, sendo este o piso mais pequeno do Jardim de Infância.

Fig. 13 - Sala de atividades.

Fonte: Própria.

Finalmente, no 4º e último piso, podemos encontrar outra sala de atividades destinada a um outro grupo, com crianças de idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos.

Relativamente aos espaços exteriores, na zona de recreio (fig. 14), existem infraestruturas que potencializam uma variedade de atividades, com algumas estruturas e equipamentos de recreio fixas, encontrando-se vedado por um muro com grades, com o intuito de garantir a segurança das crianças, pois como preconizam as O.C.E.P.E. (2016:27),

o espaço exterior é igualmente um espaço educativo pelas suas potencialidades e pelas oportunidades educativas que pode oferecer, merecendo a mesma atenção do/a educador/a que o espaço interior. Se as atividades que se realizam habitualmente na sala também podem ter lugar no espaço exterior, este tem características e potencialidades que permitem um enriquecimento e diversificação de oportunidades educativas.

Fig. 14 - Zona de recreio.

Fonte: Própria.

(34)

13 os espaços de educação pré-escolar podem ser diversos, mas o tipo de equipamento, os materiais existentes e a sua organização condicionam o modo como esses espaços e materiais são utilizados enquanto recursos para o desenvolvimento das aprendizagens.

Enfatizamos, salientando que, o JI da Sé possui em todos os espaços do edifício, os materiais e equipamentos necessários, constituindo um ambiente rico em estimular e fundamentar a uma aprendizagem ativa e significativa, profícua e de qualidade.

3.1. Organização da equipa educativa

No que se refere à organização da equipa educativa e no decorrer do ano letivo de 2016/17, a docência esteve a cargo de duas Educadoras de Infância do quadro de Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, Celeste Maria Monteiro de Mendonça Cruz e Sousa, titular do grupo de cinco/seis anos – Grupo B7 e Maria Manuela de Sousa Trindade, educadora titular do grupo de três/quatro/cinco anos – Grupo A6.

Neste mesmo ano letivo, havia ainda o apoio de três educadoras, Maria José Simões Bernardo, presença assídua, Antónia Cruz, duas tardes por semana e a educadora de Educação Especial, Maria de Fátima Vitória, que comparecia duas manhãs, por semana.

Relativamente às duas assistentes operacionais existentes, no Jardim de Infância, estas apoiavam as duas salas de atividades, rodando entre as salas semanalmente, faziam ainda a limpeza e a manutenção dos espaços e equipamentos destinados à componente letiva da Educação Pré-Escolar.

No que se refere às atividades de animação e apoio à família, havia três Assistentes Técnicas do quadro de pessoal da Câmara Municipal da Guarda e uma auxiliar colocada através do Centro de Emprego, que asseguravam o acolhimento das crianças do Jardim de Infância, o serviço de almoço, o lanche da tarde, o prolongamento de horário, a limpeza e a manutenção dos respetivos espaços e equipamentos, bem como a realização de atividades lúdicas com as crianças, nos períodos de interrupção letiva.

3.2.

Organização do tempo educativo/rotinas diárias

No que concerne ao tempo educativo surgia em geral, com uma distribuição flexível, embora houvesse momentos que se repetiam com uma certa periodicidade, sobretudo os correspondentes às atividades coadjuvadas pelos professores disponibilizados, pela Junta de Freguesia da Guarda, como os referidos:

• à natação - 2ª Feira, no período da manhã das 11h00 às 12h00; • à música - 2ª Feira, durante a tarde das 14h00 às 15h00; • ao teatro - 4ª Feira, à tarde das 14h00 às 15h00;

(35)

14 • à educação física – 5ª Feira, no período da tarde das 14h00 às 15h00.

Quanto à rotina diária, é deveras importante, pois é um aspeto indispensável na organização do tempo, uma vez que se apresenta, como uma referência temporal. Neste sentido, as rotinas são, consequentemente, atividades que são realizadas automaticamente, todos os dias, de forma estável e normalizada.

Assim e reiterando as O.C.E.P.E. (1997:40), afirmamos que,

a sucessão de cada dia ou sessão, tem um determinado ritmo existindo, deste modo, uma rotina que é educativa porque é intencionalmente planeada pelo educador e porque é conhecida pelas crianças que sabem o que podem fazer nos vários momentos e prever a sua sucessão, tendo a liberdade de propor modificações. Nem todos os dias são iguais, as propostas do educador ou das crianças podem modificar o quotidiano habitual.

Todavia, esta rotina surge aberta a alterações propostas pelas crianças, ou pela educadora, ou por outros intervenientes na atividade letiva.

Neste sentido, a rotina serve assim como referência temporal permitindo às crianças compreenderem o antes, o presente e o depois, ajudando-as também a organizarem-se.

Na tabela 3, podemos observar o horário das rotinas diárias:

Tabela 3 - Rotinas diárias.

Hora Atividades

9h00 Jogos de mesa / distribuição de tarefas/Presenças e escolha do chefe

9h50 Arrumar/Higiene

10h10 Lanche

10h30 Reunião de Grupo/ Atividade orientada 11h45 Arrumar/ Higiene

12h00 Almoço/AAAF

14h00 Atividade Orientada /Atividade de escolha livre 15h45 Higiene

16h00 Lanche / AAAF

Fonte: Própria.

Referimos também que, os dias da semana estão sinalizados pela escrita no quadro e no calendário das presenças, por símbolos relacionados com as atividades semanais (música, teatro, ginástica, natação), ou pontuais (saídas para o exterior, visitas à Biblioteca Escolar, datas assinaladas, aniversários, etc.). Existe ainda um quadro/tabela, onde o “chefe” regista as atividades que se vão realizar durante no dia.

(36)

15

3.3.

Caracterização e organização do espaço educativo

No que concerne à sala de atividades (fig. 15), como mencionamos anteriormente, situa-se no 3º piso do jardim de infância, com uma dimensão suficientemente espaçosa para albergar todos os intervenientes, oferecendo ao grupo um ambiente educacional estimulante e estruturado, no que diz respeito às diferentes áreas.

Fig. 15 - Sala de atividades. Fonte: Própria.

É neste espaço, segundo Barbosa (2015), que surgem as interações, educador-criança, criança-educador e crianças-crianças, sendo um lugar onde podem utilizar os objetos e materiais disponíveis, explorando, criando e resolvendo problemas, podendo ainda as crianças deslocar-se livremente e falar sobre a atividade que estão a realizar e exibir as suas criações.

Em relação à organização da sala de atividades (fig.16), foram tidas em conta as necessidades e os interesses do grupo, procurando-se também refletisse a intencionalidade educativa de promover aprendizagens significativas, alegria e prazer de estar no JI.

Fig. 16 - Planta da sala de atividades. Fonte: Própria.

Nesta sequência, é de salientar que, a sala de atividades encontra-se

organizada em

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16 mencionar que, as áreas não são estanques, consequentemente, as mudanças foram sendo ajustadas com as crianças, mediante os interesses e os projetos que se foram desenvolvendo ao longo do ano letivo.

Deste modo, o grupo precisa de espaços bem diferenciados (áreas) e que sejam facilmente identificados, tanto pela sua função, como pelas atividades que aí se podem realizar, sendo necessário ter nesses mesmos espaços materiais estimulantes, desafiantes e potenciadores de múltiplas aprendizagens e possibilidades de ação, pois é a partir dos 3 anos que o jogo simbólico se torna um fator imprescindível na formação da personalidade e da sociabilidade da criança.

No que concerne à utilização destes espaços, Barbosa (2015) reitera que estes devem proporcionar à criança:

potenciar a capacidade de escolha;

a experimentação;

favorecer a sua autonomia;

incentivar a cooperação com os outros;

a capacidade de generalizar as aprendizagens.

Relativamente ao uso destes espaços, verificamos que o grupo utiliza todas as áreas para brincar, dando um maior destaque à área da expressão plástica, tendo a oportunidade de realizar trabalhos individuais e espontâneos.

3.3.1.

Descrição das diferentes áreas

Como mencionamos anteriormente, a sala de atividades encontra-se organizada em seis

diferentes áreas, sendo estas:

→ a área da Leitura/Planeamento – proporciona o desenvolvimento do grupo pelo

interesse pela leitura e pelo código escrito, utilizando diversas estratégias, como a de ouvir, ler, ver e contar histórias; as crianças têm a possibilidade de renovar os livros, CD’s e DVDs.

É aqui que ocorrem as conversas de grupo (fig. 17), com regras a serem cumpridas, onde se incentiva a que o grupo fale sobre as suas vivências.

Os registos das presenças, do estado do tempo, dos dias da semana, etc., também ocorrem neste espaço, no placard. Surge uma estante com livros de histórias e livros de consulta, revistas, jornais, folhetos; um computador; variados CD’s e DVDs; fantoches; um calendário e um quadro magnético.

(38)

17

Fig. 17 - Área da Leitura/Planeamento.

Fonte: Própria

→ a área da Matemática (jogos de mesa) – a diversidade de materiais disponíveis neste

espaço (fig.18), proporciona à criança o desenvolvimento do raciocínio lógico matemático; da construção numérica de forma progressiva e integrada e o descobrir noções topológicas.

Realiza-se a exploração dos distintos jogos, tendo a criança a oportunidade de escolher aquele que melhore se adapta à sua criatividade. Estes ajudam no desenvolvimento da motricidade fina, na alternância, no ritmo, no controlo motor progressivo e no desenvolvimento da linguagem. Os materiais disponíveis neste espaço são:

- os puzzles, o tangram, os blocos lógicos, os jogos de associação e de identificação, de orientação espacial, de contagens e de operações numéricas, os jogos com dados, etc.

Fig. 18 - Área da Matemática (jogos de mesa).

Fonte: Própria

→ a área da Construção/ pista/ bancada de carpintaria – tem como intuito

desenvolver as competências de manipulação das crianças; desenvolver a sua imaginação; a noção de lateralidade e de espaço e incentivar a cooperação, a resolução de conflitos e a resolução de problemas.

A função do jogo simbólico promove a integração social das crianças, permitindo que comuniquem, se expressem e interajam com o meio que as rodeia.

Nesta área (fig. 19), o grupo pode proceder à construção de jogos (entre pares, ou em pequeno grupo) e partilhar brinquedos e jogos.

(39)

18 Há diversos jogos de construção com peças de encaixe de diferentes tamanhos, formas e materiais; legos; carros de vários tamanhos; animais e figuras; um tapete; a bancada de carpintaria e ferramentas.

Fig. 19 - Área da

Construção/ pista/ bancada de carpintaria.

Fonte: Própria

→ a área da Escrita/Artes Visuais – aqui o grupo desenvolve conceções e

representações sobre o ato de escrever; descobre a funcionalidade da escrita (aspetos figurativos e aspetos conceptuais) e incentiva-se o desejo de aprender a ler e a escrever.

Efetuam-se os registos das atividades realizadas ao longo do dia e as fichas de trabalho. O desenho e a modelagem também fazem parte deste espaço (fig. 20), onde se proporciona o desenvolvimento das capacidades percetivas, de manipulação e de criação das crianças, através de atividades manipulativas e de experimentação de diferentes materiais e técnicas.

É importante também que se fomente a expressividade, a comunicabilidade e o sentido estético. O contacto com os diferentes tipos de materiais é feito através da plasticina, revistas, folhetos, jornais, vários tipos de papel, vários tipos de lápis e canetas, aguarelas, giz, etc., que estão disponíveis numa estante ao alcance do grupo. Surge, também um cavalete onde é possível cada criança expressar a sua criatividade.

Fig. 20 - Área da Escrita/artes visuais. Fonte: Própria

→ a área de Informática– pretende-se que nesta área (fig. 21), as crianças possam

(40)

19 através do software educativo. Como em todos os espaços, existem regras de utilização do computador que o grupo tem de cumprir, como a utilização do computador a pares.

Fig. 21 - Área da Informática.

Fonte: Própria

→ a área do Faz-de-Conta (casinha) – é nas brincadeiras do faz-de-conta, que se

proporcionam situações que permitam a apropriação do mundo real, a interação social e a resolução de problemas (fig. 22). O mobiliário e o material são próprios da casinha de bonecas, assim como as roupas, os acessórios e os fantoches.

Fig. 22 - Área do Faz-de-conta (casinha). Fonte: Própria.

4.

Caracterização psicopedagógica e socioeconómica do grupo de crianças da PES I

4.1. Caracterização psicopedagógica do grupo

Como já referido, em 2016/17, frequentaram o JI, crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos de idade, divididas por dois grupos (A e B).

Relativamente ao grupo com o qual trabalhei, o grupo B, incluía treze crianças matriculadas, mas apenas seis efetivamente, frequentavam o JI a tempo inteiro. As restantes

(41)

20 crianças não iniciaram a frequência do JI, por motivo de alteração da morada e/ou da situação profissional dos pais/encarregados de educação.

É importante assim, visando a caracterização do grupo, abordar os diferentes períodos do desenvolvimento infantil, preconizados por Jean Piaget (1977), pois é necessário conhecer as alterações que ocorrem nas fases do desenvolvimento da criança. Salientamos, que, estas fases são caracterizadas pela aquisição de novas aquisições, transformando as crianças em seres mais autónomas e capazes de aprender.

Tal como reitera Piaget (1977) são quatro os períodos no processo de desenvolvimento intelectual e cognitivo das crianças, sendo caracterizados, por aquilo que o indivíduo consegue

fazer melhor, no decorrer das diversas faixas etárias, ao longo do seu processo de

desenvolvimento.

Enumeramos de seguida estes quatro períodos, que são:

• 1º período: o sensoriomotor (do nascimento até aos 2 anos); • 2º período: o pré-operatório (dos 2 anos aos 7);

• 3º período: o das operações concretas (7 anos aos 11 anos); • 4º período: o das operações abstratas (12 anos aos 16 anos).

É de extrema importância referir que, as crianças deste grupo estão inseridas no 2º período, o pré-operatório, devido às suas idades (5-6 anos) e dentro desta fase, cada criança apresenta as suas próprias características.

Enfatizamos, segundo Ferreira (2013), que é neste período, que surge a função semiótica, que possibilita o surgir da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização, etc., é também o período da fantasia, do faz-de-conta, do jogo simbólico, onde a criança pode criar imagens mentais, na ausência do objeto ou da ação, possuindo a capacidade de formar imagens mentais, transformando o objeto numa satisfação de seu prazer, (por ex: uma caixa de fósforo em carrinho). É também nesta fase que ocorre egocentrismo, (tudo é “meu”).

Neste sentido, surge ainda um desejo de explicação dos fenómenos, é a idade dos porquês, pois a criança pergunta o tempo todo. Consegue já distinguir a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. O seu pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista.

No que concerne à linguagem, não mantém uma conversação longa, mas já é capaz de adaptar a sua resposta às palavras do colega.

Neste âmbito, em relação ao grupo, no geral as crianças são ativas, curiosas, perguntam e interessam-se por tudo, captam as coisas através da observação e da participação ativa. Expressam alguma dificuldade, é difícil manter o grupo sossegado, concentrado e quieto, porém, já adquiriram a noção das regras, contudo, nem sempre as cumprem.

(42)

21 No que concerne ao relacionamento entre pares, estes procuram um companheiro para brincar, à exceção das meninas que preferem o jogo individual. Ainda assim, necessitam da intervenção do adulto para gerir os conflitos.

Relativamente à relação com o adulto, procuram-no para ajudar, para conversar e para perguntar, porém, necessitam de adquirir mais autonomia, em relação à solicitação constante da intervenção do adulto, para aprenderem a estar em autogestão.

No que se refere ao nível da autonomia/independência, são crianças autónomas no desempenho das tarefas e na higiene pessoal, necessitam apenas de pequenas ajudas.

Salientamos também que, gostam de participar em jogos de movimento (correr, saltar, trepar) e executam com facilidade movimentos amplos, tendo ainda alguma dificuldade no equilíbrio estático.

No que concerne aos trabalhos manuais, realizam com interesse as atividades de expressão plástica, mas há crianças com dificuldades no manuseamento da tesoura e nem todas são cuidadosas com as suas produções.

Conseguem fazer representações simples tridimensionalmente, mas nem sempre concretizam as técnicas de forma correta, pois não seguem as regras. Os seus desenhos têm mais cor e mais pormenor, mas necessitam de aperfeiçoar o desenho da figura humana.

Constatamos que, no geral, conseguem memorizar canções, lengalengas e poesias com relativa facilidade e o jogo simbólico começa a ser mais estruturado, com a atribuição de papéis. Em relação à expressão oral, possuem um vocabulário adequado à idade e expressam-se de forma autónoma e correta, à exceção de duas crianças que ainda revelam dificuldades na articulação e dicção de algumas palavras.

Percebemos que são crianças que gostam de ouvir histórias e conseguem recontá-las, utilizando uma boa linguagem oral para descrever e evocar objetos, acontecimentos e situações distintas, expressar sentimentos, desejos, ideias e necessidades, conseguindo ainda fazer uma leitura de imagens mais complexas. Relativamente à utilização dos livros, o grupo manusei-os corretamente.

Quanto à abordagem à escrita, são capazes de identificar os nomes dos colegas e escrevem o seu nome em maiúsculas de imprensa, fazendo tentativas de cópia de letras e palavras, pois é deste modo, que começam a interiorizar o sentido da leitura e da escrita.

Em relação ao domínio da matemática, mencionamos que o grupo consegue formar conjuntos, ordenar e relacionar o número à quantidade até 10, possuem as noções topológicas básicas, identificam e reconhecem as figuras geométricas básicas e outras.

Globalmente, as crianças revelam um desenvolvimento equilibrado e normal para a sua faixa etária e apenas duas crianças, revelam dificuldade na articulação de algumas palavras, tendo uma delas intervenção precoce, até ao final do ano letivo 2015/16 e a outra revelado muita imaturidade a nível das atitudes, comportamentos e também no desempenho das tarefas, por motivos emocionais relacionados com a instabilidade familiar.

(43)

22 Pelo facto de o grupo ser maioritariamente constituído por rapazes (5) com idades, percursos educativos e experiências de vida diferentes, algumas das crianças apresentam dificuldades a nível de cumprimento de regras e de comportamento, sendo a área da Formação Pessoal e Social uma área de intervenção prioritária, para que as crianças atinjam como dinâmica de grupo o Saber Ser, Saber Estar e Saber Fazer.

De seguida, apresentamos a tabela 4 referente à caracterização sucinta e individual de cada criança do grupo:

Tabela 4 – Caracterização individual do grupo.

Caracterização individual do grupo.

No me CO M UNI CA T IV O INI B IDO ANSI O SO CAL M O AG RE SS IV O E SPO NT ÂNEO SO CIÁV E L E G O ÍST A CO L AB O R ADO R O B SE R V ADO R PAR T IC IP A T IV O AUTÓN O M O O RG ANIZ A DO CRIA T IV O A T E NT O RE SP E IT ADO R E XP RE SS IV O AL E G R E IM P U L S IV O RE SPO NS ÁVE L ASSÍ DUO P O NT UAL A.A. X X X X X X X X X X X X X X X X X X X D.A. X X X X X X X X X X D.C. X X X X X X X X X X X X D.N. X X X X X X X X X X X X X X X X X X X G.K. X X X X X X X X X X X X X R.D. X X X X X X X X X X X X Fonte: Própria.

4.2. Caracterização socioeconómica do grupo

Em relação à caracterização socioecónomica do grupo, é essencial para um bom desempenho escolar, que a criança esteja inserida em condições económico-sociais e culturais benéficas, competindo ao educador ter em consideração as crianças e o seu agregado familiar.

Quanto ao grupo e observando os dados apresentados na tabela 5, podemos inferir que, este é constituído por seis crianças, cinco rapazes e uma menina, que apresentam idades compreendidas entre os 5 e os 6 anos: três com cinco anos de idade (idade predominante), concluídos até dezembro de 2016 e três com seis anos concluídos até dezembro de 2016.

(44)

23

Tabela 5 - Constituição do grupo por idades.

Nome da criança Idade

A.A. 5 anos D.A. 6 anos D.C. 5 anos D.N. 5 anos G.K. 6 anos R.D. 6 anos Fonte: Própria.

Neste contexto, é importante referir que, verificando o gráfico 1, d

estas seis

crianças, cinco são meninos e uma é menina.

Gráfico 1 - Constituição do grupo por género.

Fonte: Própria.

Nesta sequência, constatamos que duas destas crianças frequentam este JI, pela primeira vez: uma, frequentou o JI da Santa Casa da Misericórdia, no ano letivo anterior, por ser considerada condicional na entrada na escola do 1º CEB, por fazer os seis anos a 27 de dezembro, tendo os encarregados de educação optado pela frequência de um JI, da rede pública do Ministério da Educação, antes do seu ingresso no 1º CEB; a outra, frequentou o JI da Lageosa (particular), no ano letivo anterior e os pais também optaram pela frequência de um JI da rede pública.

As restantes quatro crianças, já frequentavam este JI no ano letivo anterior.

No que diz respeito ao seu ambiente familiar destas crianças, duas crianças pertencem a famílias consideradas numerosas, com respetivamente mais dois e três irmãos, três crianças têm mais um irmão e uma criança é filho único, conforme se pode constatar na tabela 7.

0 2 4 6 8 Feminino Masculino

Género

Feminino Masculino

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24

Tabela 7 – Número de irmãos de cada criança.

Nome da criança Número de irmãos

A.A. 1 D.A. 3 D.C. 0 D.N. 2 G.K. 1 R.D. 1 Fonte: Própria.

Uma das crianças vive no Refúgio Ana Luísa, uma instituição da cidade da Guarda de acolhimento de crianças abandonadas ou maltratadas.

No que concerne às famílias das restantes crianças, pertencem a um nível socioeconómico médio, em que ambos os progenitores exercem uma atividade profissional.

Salientamos que todas as crianças residem na cidade da Guarda, à exceção de uma que vem de Cavadoude, que se localiza fora da cidade.

Observamos que há um investimento das famílias na educação e bem-estar da maioria destas crianças, o que se traduz na preocupação que revelam em aspetos relacionados com a higiene, a saúde e a alimentação, o seu envolvimento e participação nas atividades desenvolvidas pelo JI e pelo Agrupamento e também pelo facto de a maioria das crianças frequentar outras atividades que o JI dinamiza (a natação, os passeios/viagens de estudo) e que envolvem um pagamento adicional.

(…) as crianças vivem numa família que representa o modelo da interação mais precoce que estabelecem com o mundo, é natural que as crianças estejam profundamente motivadas para imitar os membros da família das suas crenças, atitudes e acções, (Magalhães, 2007:49).

Neste contexto, torna-se apropriado fazer um levantamento dos dados correspondentes às habilitações literárias dos pais das crianças. Consequentemente, analisando a tabela 8, podemos constatar que seis dos pais têm o ensino superior, cinco possuem habilitações literárias iguais, ou superiores ao 3º CEB e um tem o Ensino Secundário

(46)

25

Tabela 8 – Caracterização sociocultural dos pais das crianças. Nome da criança

Habilitações literárias dos pais Profissão

Mãe Pai Mãe Pai

A.A. Licenciatura Licenciatura Funcionária Pública Professor

D.A. 9º ano 6º ano Desempregada Construtor Civil

D.C. Licenciatura 9º ano Relações Públicas Técnico de Som

D.N. Licenciatura 9º ano Enfermeira Gerente de Restauração

G.K.* - - - -

R.D. Licenciatura Licenciatura Professora Funcionário Público

Fonte: Própria.

*Sem dados, mora no Refúgio Ana Lúcia.

Relativamente ao grau de ensino dos pais, percebemos que não é uma causa determinante no desenvolvimento das crianças, mas pode ser um fator que pode favorecer o sucesso escolar e o desenvolvimento intelectual das mesmas. A dedicação e a atenção que dos pais, em relação ao processo educativo das crianças é um fator preponderante no seu sucesso escolar.

5. Caracterização da Escola Básica Augusto Gil

Neste âmbito, e visando a exequibilidade e realização do estágio de PES II, é fundamental e crucial referenciar o espaço onde esta se desenvolveu e sua respetiva caracterização.

A Escola Básica Augusto Gil (fig. 23) situa-se na freguesia da Sé, sendo esta freguesia, a maior em área, uma vez que cresceu bastante nos últimos vinte anos, contudo, é a que ainda apresenta a menor densidade populacional. Esta freguesia da Sé é caracterizada pelo seu património que simboliza um passado de grande riqueza e o monumento que lhe dá o nome é a Sé Catedral que, segundo Rodrigues (1977), é o melhor símbolo desta cidade.

No que concerne a este estágio, salientamos que decorreu durante 13 semanas, de 23 de fevereiro a 07 junho de 2016.

Fig. 23 – Escola Básica do 1º Ciclo Augusto Gil do Ensino Básico.

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26 No que se refere à Escola Básica Augusto Gil, sabemos que fica situada no largo João de Deus e é uma das nove escolas do 1º ciclo que o Agrupamento de Escolas da Área Urbana possui. A sua localização é privilegiada, uma vez que se encontra próxima de vários centros de relevância nomeadamente: o Governo Civil, a Polícia de Segurança Pública, o Museu, a Câmara Municipal, o Jardim José de Lemos, o Teatro Municipal da Guarda, os Correios, as Igrejas e os monumentos.

Salientamos que, o edifício, onde funciona atualmente a escola, pertence ao Plano Indefinido e foi em tempos uma fábrica de seda e posteriormente, o liceu da Guarda, sendo denominada EB1 Augusto Gil em 1977, em homenagem ao poeta e autor da Balada da Neve.

Quanto ao espaço interior está estruturado por três pisos: Rés-do-chão, 1º e 2º andares. Nesta sequência, mencionamos que é uma escola com sete salas de aula, uma sala de apoio, um gabinete de fotocópias/assistentes operacionais, instalações sanitárias para rapazes e meninas, sala de professores/assistentes operacionais, duches, uma unidade de ensino estruturado, quatro arrecadações, um salão polivalente (fig. 24) e uma biblioteca escolar (fig. 25), que pertence à Rede de Bibliotecas Escolares.

Fig. 24 – Polivalente. Fig. 25 – Biblioteca Escolar.

Fonte: Própria. Fonte: Própria.

É uma escola preparada para receber alunos com necessidades educativas especiais, a nível cognitivo e motor, pois possui elevador e rampas, no entanto, neste ano letivo não frequentou nenhum aluno com dificuldades.

No que concerne ao espaço exterior, apresenta uma área ampla, delimitada por muros e grades, o seu terreno é, em algumas zonas, nivelado e noutros tem degraus. Possui ainda, um recreio (fig. 26) que, a nível de equipamento lúdico, tem uma tabela de basquetebol, uma caixa de areia e um jogo da macaca desenhado no chão.

Fig. 26 – Recreio.

Fonte: Própria.

Referências

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