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No decorrer PES, vivenciamos a exequibilidade e a realidade das práticas pedagógicas que nos serviram como incentivo a esta abordagem.

Percebemos, assim, que qualquer contexto educativo deve ser dinâmico e gerador de novas questões, sempre direcionado na busca de respostas pedagógicas enriquecedoras, diversificadas e eficazes, utilizando metodologias de investigação promotoras de uma crescente qualidade educativa dos nossos educandos. É nesta conjuntura, que surge esta parte deste relatório.

Emerge, assim, neste ponto, a descrição das Práticas desenvolvidas e exequíveis, iniciando com o elencar dos respetivos objetivos, referindo, de seguida, a metodologia e os instrumentos de recolha de dados, bem como o procedimento concernente à realização das diversas atividades, baseadas na manipulação e provas efetuadas.

82 2.1. Descrição do estudo

No que concerne ao tema escolhido durante o nosso percurso de estágio, O enfoque dos

materiais como facilitadores e suportes de aprendizagem na construção de saberes - a educação pré-escolar: algumas provas piagetianas, salientamos que visamos promover a manipulação, o

uso de materiais e consequente observação, exploração, experimentação, concretização e ação, facilitando as aprendizagens, conducentes a aprendizagens significativas.

Optamos por este tema e nele incidimos, pois corroboramos e enfatizamos que, através da manipulação de materiais, a criança tem a oportunidade de descobrir, de entender e de consolidar conceitos que apelem e potenciem o desenvolvimento dos seus vários sentidos e capacidades, pois a utilização de materiais em contexto educativo é de extrema importância,

Este trabalho tem como problemática essencial descrever, constatar, verificar e perceber que a manipulação de materiais, facilita as aprendizagens, o que é concomitante às provas de Piaget, visando demonstrar se influencia, a aquisição de saberes na educação pré-escolar.

Consequentemente, o estudo foi desenvolvido ao longo da PES, com a ajuda da educadora cooperante no JI da Sé, que motivou a escolha do tema, concretizando e tornando exequível as atividades, incidindo na exploração e manipulação de materiais manipuláveis.

Nesta sequência, as crianças responderam a questões efetuadas pela educadora estagiária, no sentido de se aferir de que modo a utilização de materiais é facilitadora e conducente a aprendizagens ativas e significativas, influenciando, motivando as aprendizagens e promovendo a autonomia da criança.

Assim, o objetivo principal e crucial, deste estudo, foi fomentar o uso da manipulação de materiais no pré-escolar, funcionando como suportes de aprendizagens ativas learnig by doing. Achamos este estudo bastante apropriado, pois além de um enorme interesse pela temática, é fundamental que se estimule a manipulação em contexto pedagógico.

2.2.

Objetivos do estudo

No que concerne à nossa investigação e em relação aos objetivos do nosso estudo, pretendemos especificar alguns essenciais, em relação à temática explorada:

• fomentar o uso de materiais manipuláveis;

• promover a ação, visando a manipulação, a concretização e a exploração; • incentivar à manipulação implícita nas aprendizagens ativas;

• ajudar a criança a ser sujeito e construtora da sua própria aprendizagem; • auxiliar a criança, consequentemente a aprender/fazendo (learning by doing); • desenvolver o poder de abstração, através da manipulação;

83 • entender a importância da manipulação de materiais na aquisição de saberes;

• aferir se a manipulação de materiais auxilia na construção/consolidação de conhecimentos em crianças do pré-escolar, durante algumas provas de Piaget.

2.3. Metodologia

No contexto do nosso estudo e visando a consecução e exequibilidade das nossas práticas pedagógicas, baseamo-nos e recorremos, sobretudo, numa metodologia descritiva, promovendo e incidindo em metodologias ativas, envolvendo as crianças que, como sabemos, devem estar no centro de todo o processo de ensino e aprendizagem, sendo, por isso, sujeitos ativos e construtoras dos seus próprios saberes.

Incitamos, assim, à manipulação, à ação, à experimentação, à participação, à construção e ao aprender/fazendo, através da observação, ação e concretização, através da utilização de materiais.

Sabemos que a escolha da metodologia, nem sempre é fácil, sendo crucial a metodologia certa para que se obtenham as respostas que se procuram, sendo através destaque se traça uma linha a seguir, visando chegar à resolução da questão problema. Existem, nos dias de hoje, inúmeras metodologias que podem ser empregues na área da investigação socioeducativa.

A investigação ação, concomitante à observação direta ocorreu em contexto real, após a realização de algumas atividades com materiais manipuláveis, as crianças responderam a questões efetuadas pela educadora estagiária, no sentido de se aferir de que modo a utilização desses materiais influencia e motiva as aprendizagens, promovendo a autonomia da criança.

2.4. A Amostra

No que concerne à exequibilidade do nosso estudo, foi essencial ter em conta o grupo de sujeitos em que incidiu a investigação a nível educativo.

Nesta sequência e perante a dificuldade das provas piagetianas e a análise da temática, a recolha dos dados referentes às diferentes atividades

Incidimos numa amostra de 8 crianças do Pré-Escolar e as experiências desenvolveram- se de forma adequada às faixas etárias dos intervenientes (3 aos 6 anos), de duas salas de atividades distintas do Jardim de Infância da Sé da Guarda:

• uma criança com 3 anos; • duas com 4 anos;

84 • duas com 5 anos e;

• três com 6 anos.

2.5. Instrumentos e recolha de dados

Ao longo da realização do nosso estágio de PES I, realizamos as mais variadas atividades que visaram a manipulação e experimentação de diferentes materiais, oferecendo à criança a descoberta sensorial.

No que concerne às diferentes provas de Piaget aplicadas, decorreram ao longo da PES I e foram analisadas, através de questionários (apêndice 14), realizados às crianças, incentivando- as, visando que conseguissem chegar sozinhas às suas próprias conclusões e soluções para os problemas em causa.

Assim, recorremos a certas técnicas de recolha de dados, nomeadamente, à investigação ação, concomitante à observação direta ocorrida em contexto real, após a realização de algumas atividades com materiais manipuláveis. As crianças responderam a questões efetuadas pela educadora estagiária, no sentido de se aferir de que modo a utilização desses materiais influencia e motiva as aprendizagens, promovendo a autonomia da criança.

A perspetiva da investigação, na sala de atividades assume a designação de investigação -ação, que consiste em colocar questões, procurar respostas válidas e objetivas de interpretar e utilizar os resultados.

No que se refere à observação direta, consiste na recolha das informações pelo próprio investigador, porém devido à informação recolhida diretamente ser mais objetiva, os sujeitos observados não intervêm na produção da informação e o instrumento de observação é construído a partir de indicadores pertinentes, em função dos comportamentos a observar. Foi essencial a observação direta, durante a recolha de dados, pois foi através do contacto com as crianças que aferimos os resultados obtidos.

2.6. Procedimentos

Durante o decorrer da nossa PES I, foi crucial o uso de materiais manipuláveis como suportes de aprendizagens. Em primeira instância, apresentamos o exemplo de duas atividades que decorreram ao longo do nosso estágio, com o auxílio da manipulação de materiais; de seguida explicamos as quatro das diversas provas piagetianas que aplicamos, especificamente: a prova de

Conservação de Massa; a prova de Conservação de Comprimento; a prova de Classificação de Inclusão de Classes e a prova de Conservação da Superfície.

Assim, durante a realização das provas piagetianas utilizámos como material manipulável:

85 • duas bolas de plasticina com cores diferentes (vermelho e cor de laranja);

• duas réguas de cartolina branca, com os respetivos “V’s”; • sete frutas de plástico (4 maçãs e 3 ameixas);

• duas “vaquinhas” de cartolina;

• quatro quadrados pequenos (verde claro) de cartolina (“erva”); • dois quadrados grandes (verde escuro) de cartolina (“campos).

É importante salientar, que todas as respostas dadas pelas crianças foram sendo registadas à medida que se concretizavam as provas, usando um guião pré-preenchido.

No que diz respeito ao procedimento das provas, solicitamos previamente, às educadoras das crianças (educadora Celeste e Manuela), a permissão para se aplicarem as provas piagetianas. Neste âmbito, previamente antes do início das provas, esclarecemos as crianças que ir- lhes-íamos pedir para realizarem alguns testes, solicitando que respondessem sempre às perguntas efetuadas. Queremos referir que todas as provas e procedimentos realizados, foram apresentados às crianças, numa linguagem apropriada à sua idade.

A posteriori, ao dar conhecimento do que pretendíamos, as crianças ficaram mais

relaxadas, o que permitiu que não enviesassem os resultados que obtivemos.

Enfatizamos ainda que, antes da realização de cada prova, as crianças tiveram a oportunidade de se familiarizar com os materiais, brincando livremente, visando que pudessem explorar, tocar, sentir, manipular, percecionar e movimentar os objetos.