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COMISSÃO DE SAÚDE ATA NÚMERO 102/XII/ 2.ª SL

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Academic year: 2022

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Aos 17 dias do mês de julho de 2013, pelas 15:00 horas, reuniu a Comissão de Saúde, na sala 3 do Palácio de S. Bento, na presença dos Senhores Deputados constantes da folha de presenças que faz parte integrante desta ata, com a seguinte Ordem do Dia:

15:00

1. Informações;

2. Apreciação e discussão da Ata n.º 101, relativa ao dia 10 de julho de 2013;

3. Discussão e votação das propostas de Plano de Atividades e Orçamento para a 3.ª Sessão Legislativa;

4. Discussão e votação do Relatório de Atividades da 2.ª Sessão Legislativa;

5. Discussão e votação do Texto Final relativo à Proposta de Lei n.º 111/XII (2.ª) -

«Regulamenta a Lei n.º 45/2003, de 22 de agosto, relativamente ao exercício profissional das atividades de aplicação de terapêuticas não convencionais»;

6. Discussão e votação do Relatório Final da Petição n.º 227/XII (2.ª) - «Por uma regulamentação da Proposta de Lei n.º 111/XII (2.ª) ao serviço dos Utentes e Profissionais»

- Relator: Deputado João Serpa Oliva;

7. Discussão e votação do Relatório Final da Petição n.º 245/XII (2.ª) - «Pretendem que o Centro de Saúde da Calheta na Ilha de S. Jorge nos Açores, se mantenha em funcionamento» - Relatora: Deputada Elsa Cordeiro;

8. Discussão e votação do Relatório Final da Petição n.º 272/XII (2.ª) - «Solicitam mais médicos para o Centro de Saúde de Rio Maior» - Relator: Deputado André Figueiredo;

9. Discussão do Projeto de Resolução n.º 800/XII (2.ª) PCP, «Reforço de Enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde»;

10. Outros assuntos.

16:30 - Audição da Associação Nacional de Esterilização (ANES), requerida pelo PCP, sobre a «reutilização de dispositivos médicos de uso único».

___________________

1. Informações

A Presidente informou que recebeu em audiência uma delegação da APIFARMA, composta pelos Drs. Heitor Costa, Almeida Lopes, Cristina Campos e Alberto Cruz, que vieram dar conta das suas preocupações relacionadas com a falta de equidade no acesso dos doentes aos medicamentos em Portugal, assim como das propostas da APIFARMA para a sua simplificação.

Recebeu igualmente em audiência a Direção da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses (AESOP), estando presentes a Presidente, Mercedes Bilbao, a Vice-

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Presidente, Manuel Valente, a secretária da Direção, Graça Miguel, e a vogal da Direção, Anabela Madaleno, para falar do reprocessamento dos Dispositivos Médicos de Uso Único (DMUU), que no entender da AESOP representa «um verdadeiro atentado à saúde dos doentes».

Estas entidades deixaram documentação, que será distribuída a todos.

2. Apreciação e discussão da Ata n.º 101, relativa ao dia 10 de julho de 2013

A ata n.º 101, relativa ao dia 10 de julho de 2013, foi aprovada por unanimidade, registando-se a ausência do PEV.

3. Discussão e votação das propostas de Plano de Atividades e Orçamento para a 3.ª Sessão Legislativa

O Vice- Presidente Couto dos Santos assumiu a presidência da reunião.

As propostas de Plano de Atividades e Orçamento para a 3.ª Sessão Legislativa foram aprovadas por unanimidade, registando-se a ausência do PEV.

4. Discussão e votação do Relatório de Atividades da 2.ª Sessão Legislativa

O Relatório de Atividades, relativo à 2.ª Sessão Legislativa, foi aprovado por unanimidade, registando-se a ausência do PEV, ficando a Presidente mandatada para aditar os dados relativos às atividades que ainda venham a ter lugar.

6. Discussão e votação do Relatório Final da Petição n.º 227/XII (2.ª) - «Por uma regulamentação da Proposta de Lei n.º 111/XII (2.ª) ao serviço dos Utentes e Profissionais» - Relator: Deputado João Serpa Oliva

O Deputado João Serpa Oliva apresentou o Relatório Final da Petição n.º 227/XII (2.ª) - «Por uma regulamentação da Proposta de Lei n.º 111/XII (2.ª) ao serviço dos Utentes e Profissionais». Citou o objeto da Petição, fez a sua análise e mencionou as diligências efetuadas. Entendeu ser oportuno que a discussão da Petição suceda no mesmo dia da apreciação e discussão da PPL 111 no Grupo de Trabalho e da votação em Comissão do Texto Final. Concluiu com o entendimento de que o Relatório Final deverá ser remetido à PAR, com conhecimento aos peticionários, para que se proceda ao seu agendamento em plenário, arquivando-se posteriormente a Petição.

Os Deputados Luísa Salgueiro e Luís Vales cumprimentaram o Relator pelo trabalho realizado e a Deputada Paula Santos, associando-se aos cumprimentos, sugeriu que o último parágrafo do

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ponto referente às diligências efetuadas pela Comissão, passe para o ponto relativo à opinião do Relator, não tendo havido oposição.

O Presidente em exercício colocou à votação o Relatório Final da Petição 227/XII (2.ª), que foi aprovado por unanimidade, registando-se a ausência do PEV.

7. Discussão e votação do Relatório Final da Petição n.º 245/XII (2.ª) - «Pretendem que o Centro de Saúde da Calheta na Ilha de S. Jorge nos Açores, se mantenha em funcionamento» - Relatora:

Deputada Elsa Cordeiro

A Deputada Graça Mota, por ausência da Relatora Elsa Cordeiro, fez a apresentação do Relatório Final da Petição n.º 245/XII (2.ª) - «Pretendem que o Centro de Saúde da Calheta na Ilha de S.

Jorge nos Açores, se mantenha em funcionamento». Enunciou o objeto, fez a análise da Petição e referiu as diligências efetuadas, designadamente o pedido de informação ao Governo Regional dos Açores, que respondeu não se prever o encerramento de quaisquer unidades de saúde na Região.

Concluiu referindo que o Relatório Final deve ser enviado à PAR, dando conhecimento aos peticionários, e deve ser arquivado em Comissão.

A Deputada Paula Santos propôs a eliminação do número 6 da Nota Prévia do Relatório, o que foi aceite por todos.

O Presidente em exercício colocou à votação o Relatório Final da Petição 245/XII (2.ª) que foi aprovado por unanimidade, registando-se a ausência do PEV.

8. Discussão e votação do Relatório Final da Petição n.º 272/XII (2.ª) - «Solicitam mais médicos para o Centro de Saúde de Rio Maior» - Relator: Deputado André Figueiredo

O Deputado André Figueiredo apresentou o Relatório Final da Petição n.º 272/XII (2.ª), que solicita mais médicos para o Centro de Saúde de Rio Maior. Mencionou o objeto, fez a análise da Petição e chamou a atenção para o facto de ter feito a audição dos peticionários, apesar de a Petição ser subscrita apenas por 10, o que foi muito útil para a elaboração do presente Relatório. Pediu informação ao Ministério da Saúde, que ainda não respondeu. Concluiu referindo que o Relatório Final deve ser remetido à PAR e aos peticionários e, posteriormente, arquivar-se a Petição.

A Deputada Helena Pinto cumprimentou o Relator pelo trabalho efetuado e por ter recebido os peticionários, embora não fosse obrigatório nos termos da lei. Sugeriu a introdução de um ponto referindo que os peticionários serão informados da resposta do Ministro.

O Deputado André Figueiredo disse nada ter a opor quanto à introdução desse ponto.

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O Presidente em exercício esclareceu que o Serviço de Apoio à Comissão dá conhecimento dessa informação ao Relator e poderão passar a dá-la aos peticionários, se for esse o entendimento dos Deputados.

O Relatório Final da Petição n.º 272/XII (2.ª) foi colocado à votação, sem o aditamento, e foi aprovado por unanimidade, registando-se a ausência do PEV.

9. Discussão do Projeto de Resolução n.º 800/XII (2.ª) PCP, «Reforço de Enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde»

A Deputada Paula Santos apresentou o Projeto de Resolução pelo «Reforço de Enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde», ao abrigo do disposto na alínea b) do artigo 156.º (Poderes dos Deputados) da Constituição da República Portuguesa e da alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º (Poderes dos Deputados) do Regimento da Assembleia da República (RAR), chamando a atenção para a falta de profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o que leva à rutura de muitos serviços públicos de saúde, propondo o PCP que sejam avaliadas as necessidades de profissionais no SNS, nomeadamente de enfermeiros, e que se promova a sua progressão na carreira. Em seu entender não é possível ter um SNS eficaz se este não estiver dotado do número de profissionais necessários, mas a situação de precariedade de muitos enfermeiros, assim como a discriminação salarial, leva a que muitos profissionais estejam a emigrar. O PCP recomenda ao Governo que faça um levantamento sério das necessidades de profissionais e que analise o conjunto de questões conducentes à resolução do problema, que são enunciadas no PJR. A terminar, cumprimentou os representantes dos enfermeiros presentes na reunião, sublinhando que é importante discutir na AR as reivindicações deste grupo profissional.

A Deputada Luísa Salgueiro afirmou que está de acordo com este PJR, até porque o seu objeto está em linha com aquele que o PS apresentou na semana passada, na 10.ª Comissão. Se, ao longo dos anos, o SNS tem sido considerado um dos melhores do mundo, muito se deve à qualidade dos seus profissionais, mas ultimamente tem-se assistido a um tratamento discriminatório dos enfermeiros em termos de remuneração e de progressão na carreira.

O Deputado Luís Vales disse que o PSD não se revê neste PJR. Referiu que o Ministério da Saúde tem procurado colmatar as necessidades de recursos humanos através de concursos, designadamente com a autorização da contratação de 750 enfermeiros. O Ministério tem tomado medidas para atenuar os problemas existentes e tem mostrado abertura para discutir o assunto.

A Deputada Teresa Caeiro discorda da adjetivação dos autores do PJR pelo que não pode acompanhar a Resolução. Recordou que houve uma reorientação na entrada de profissionais nos

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serviços públicos, no sentido de a restringir, pelo que se passou a recorrer aos contratos individuais de trabalho. Durante muito tempo houve falta de planeamento estratégico de recursos humanos, mas o Ministério da Saúde tem estado em conversações permanentes para elaborar planos estratégicos a três anos, para cada hospital.

A Deputada Helena Pinto acompanha o PJR do PCP. O assunto deve ser resolvido rapidamente porque está a afetar profissionais dos hospitais e dos centros de saúde, esperando que haja uma evolução positiva nas negociações entre o Governo e os enfermeiros, porque existem situações discriminatórias.

A Deputada Paula Santos sustentou que a contratação de 750 enfermeiros não resolve, nem de perto nem de longe, as carências do SNS e lamentou que o PSD e o CDS-PP não acompanhem as propostas constantes do Projeto de Resolução.

O Presidente em exercício disse que a informação sobre a discussão deste projeto de Resolução será enviada à PAR, para se proceder ao seu agendamento para votação plenária.

10. Outros assuntos

O Presidente em exercício deu conta das redações finais enviadas pela DAPLEN para a Comissão de Saúde fixar a redação. Não tendo havido oposição, foram fixadas as redações finais referentes aos PJRs n.º 717 «Centro de Reabilitação do Norte»; n.º 746 «Recomenda ao Governo a abertura urgente do Centro de Reabilitação do Norte, pronto desde o verão de 2012»; n.º 768 «Recomenda ao Governo a realização de uma inspeção global ao hospital de Braga» e n.º 796 «Abertura e definição do modelo de gestão do Centro de Reabilitação do Norte».

16:30 - Audição da Associação Nacional de Esterilização (ANES), requerida pelo PCP, sobre a

«reutilização de dispositivos médicos de uso único»

(a audição foi integralmente gravada)

O Presidente em exercício deu a palavra à Deputada Paula Santos para fazer a apresentação do requerimento que solicita a audição da Associação Nacional de Esterilização (ANES) sobre a

«reutilização de dispositivos médicos de uso único». Recentemente foi publicado o Despacho n.º 7021/2013, que estabelece as normas sobre a reutilização de dispositivos médicos de uso único, que levanta preocupações de segurança nos cuidados prestados aos utentes. Perguntou se existem interesses privados contrários aos interesses públicos, se existe experiência de outros países na parte do reprocessamento e quais as entidades que o realizam, quais os riscos e

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impactos concretos para a saúde do utente e se há evidência científica que justifique a decisão tomada.

Os Deputados Luísa Salgueiro, Graça Mota, Helena Pinto e João Serpa Oliva dispensaram as intervenções nesta fase, pois pretendem ouvir primeiro o que a Associação tem a dizer.

A Presidente da Associação Nacional de Esterilização (ANES), Amália Espada, que se fez acompanhar de Flora Maria Carvalho, Francisco José Rua, António José Amorim e Maria do Rosário Carvalho, fez uma apresentação em power point, tendo esclarecido que a ANES se dedica a defender as boas práticas na utilização dos dispositivos médicos. Informou que a Associação tomou posição sobre o conteúdo do Despacho n.º 7021/2013, tendo alertado para o perigo do reprocessamento dos dispositivos médicos invasivos tipo cirúrgico, que pode ser perigoso para os utentes, dado que são introduzidos no interior do corpo. Desconhece a existência de estudos que fundamentem o Despacho. Fez circular pelos Deputados, para conhecimento, vários tipos de dispositivos médicos do tipo cirúrgico de uso único e de uso múltiplo. Concluiu dizendo que «a fase sagrada» de reutilização de um dispositivo médico está na limpeza do dispositivo médico e não na esterilização dos instrumentos e que, em Portugal, apenas existem dois serviços de esterilização para proceder ao reprocessamento dos dispositivos de uso único.

Francisco José Rua complementou as respostas, explicando como é feito o reprocessamento na Alemanha, onde é permitido, e em França, onde é proibido.

A Presidente assumiu a condução dos trabalhos e deu início à 2.ª ronda, tendo pedido esclarecimentos os Deputados Luísa Salgueiro, Graça Mota, João Serpa Oliva e Paula Santos.

A Deputada Luísa Salgueiro agradeceu a apresentação e as informações, assinalando que a mostra de dispositivos médicos foi muito útil. Tendo em conta que os serviços ainda não estão habilitados a certificar a qualidade dos dispositivos reutilizáveis, gostaria de saber qual é a opinião do INFARMED sobre este assunto.

A Deputada Graça Mota declarou que, da análise do Despacho do Secretário de Estado, se pode depreender que existe uma grande preocupação com a manutenção da qualidade dos dispositivos de uso único, que são suficientemente analisados de modo a apresentarem as mesmas características de quando foram usados pela 1.ª vez. Portanto mantem-se a qualidade e a segurança.

O Deputado João Serpa Oliva considera que as regras de segurança são apertadas e como médico não se recorda de que alguma vez estivesse em causa a reutilização de um dispositivo que não fosse reutilizável.

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A Deputada Paula Santos pediu esclarecimentos adicionais, nomeadamente sobre se o Despacho pode entrar em vigor, dado que só existem dois serviços de esterilização e não dispomos de serviços vocacionados para o reprocessamento.

A Presidente da ANES respondeu às questões formuladas, insistindo que o reprocessamento dos dispositivos médicos de uso único não oferece garantia de qualidade e segurança, que a lavagem deve ser mecânica e não manual e que a ANES não foi chamada a pronunciar-se sobre o Despacho n.º 7021/2013. Francisco José Rua e Maria do Rosário Carvalho complementaram as respostas.

A Presidente agradeceu as informações e os esclarecimentos prestados, lembrando que os utentes de um modo geral confiam nos serviços, mas que devem ser cautelosos.

5. Discussão e votação do Texto Final relativo à Proposta de Lei n.º 111/XII (2.ª) - «Regulamenta a Lei n.º 45/2003, de 22 de agosto, relativamente ao exercício profissional das atividades de aplicação de terapêuticas não convencionais»

A Presidente deu a palavra ao Deputado João Serpa Oliva, na qualidade de Coordenador do Grupo de Trabalho das Terapêuticas não Convencionais, que manifestou a sua satisfação pela forma como decorreram os trabalhos, considerando que o texto foi melhorado com os contributos que foram dados por todos os Grupos Parlamentares, esperando que a legislação vá no sentido de regulamentar a atividade de um conjunto de profissionais que há muito a reclamam. Agradeceu o empenho dos Deputados do GT, assim como do Serviço de Apoio.

O Grupo de Trabalho, no qual foram apresentadas propostas de alteração pelo PSD, CDS-PP, PS e BE, analisou, discutiu e deu a indicação de voto relativamente à PPL n.º 111 e propostas de alteração (anexo I), tendo elaborado um projeto de Texto Final para a Comissão.

A proposta de Texto Final elaborada pelo GT, referente à Proposta de Lei n.º 111/XII (2.ª) -

«Regulamenta a Lei n.º 45/2003, de 22 de agosto, relativamente ao exercício profissional das atividades de aplicação de terapêuticas não convencionais», bem como as propostas de alteração apresentadas em Comissão pelo PSD, foram discutidas e votadas em conformidade com o que consta do «Relatório de Discussão e Votação na Especialidade», que se anexa (anexo II).

O Deputado João Serpa Oliva assinalou que, apesar das divergências dos vários Grupos Parlamentares, se conseguiu um consenso alargado na aprovação deste Texto Final. Foi um trabalho de muitas pessoas e espera que seja uma mais-valia para todos os profissionais e para todos os doentes. Agradeceu a colaboração de todos os assessores, destacando o trabalho notável da assessora Luísa Veiga Simão.

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A Deputada Luísa Salgueiro cumprimentou o Coordenador do GT, que soube gerir alguns conflitos de modo a corresponder às expetativas e acautelar os direitos dos profissionais e dos doentes.

Muitas áreas estão dependentes de portarias, pelo que ainda há muito a fazer, mas espera que todos estejam imbuídos do mesmo espirito e registou o largo consenso que se conseguiu na aprovação das normas. Agradeceu às pessoas que sempre estiveram disponíveis para este trabalho, agradeceu igualmente ao Serviço de Apoio à Comissão, nomeadamente à assessora Luisa Veiga Simão e assessorias dos GP e à Presidente.

A Deputada Helena Pinto saudou e cumprimentou o Deputado João Serpa Oliva, enquanto Coordenador do GT, pela forma democrática como orientou o trabalho, agradeceu aos restantes Deputados, às assessoras dos GP e especialmente à assessora Luísa Veiga Simão pela preparação de toda a documentação prévia e acompanhamento do processo. Recordou que não foi encontrada a melhor forma de regulamentar a Lei n.º 45/2003, de 22 de agosto, porque agora se torna necessário elaborar 10 portarias, e irão coexistir duas leis sobre a mesma matéria. Disse que o BE tudo fará para não que não se façam retrocessos e para se darem passos positivos.

A Deputada Paula Santos começou por saudar os profissionais presentes. Saudou todas as associações e pessoas individuais que deram os seus contributos e ativamente participaram no processo. Saudou o Coordenador do GT e saudou os serviços que se empenharam e estiveram disponíveis. Lamentou que esta lei não vá ao encontro da expetativa dos profissionais, que era a de ver regulamentada a Lei n.º 45/2003, de 22 de agosto.

A Deputada Ana Oliveira agradeceu todo o trabalho feito pelo Coordenador, registando que se encontrou uma lei equilibrada, que protege o utente e os profissionais. Agradeceu a todos o trabalho realizado.

A Presidente felicitou todos os Deputados pelo esforço desenvolvido, dizendo que todos estão de parabéns, estendendo as felicitações às colaboradoras da Comissão, que foram inexcedíveis, lembrando que a Comissão de Saúde também foi a primeira a colocar uma compilação de leis no site do Parlamento.

A reunião foi encerrada às 19:30 horas, dela se tendo lavrado a presente ata, a qual, depois de lida e aprovada, será devidamente assinada.

Palácio de São Bento, 17 julho 2013.

A PRESIDENTE

(MARIA ANTÓNIA DE ALMEIDA SANTOS)

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Folha de Presenças

Estiveram presentes nesta reunião os seguintes Senhores Deputados:

Conceição Bessa Ruão Couto dos Santos Cristóvão Simão Ribeiro Elsa Cordeiro

Graça Mota Laura Esperança Luís Vales Luísa Salgueiro

Maria Antónia de Almeida Santos Maria Manuela Tender

Miguel Santos

Nuno André Figueiredo Nuno Reis

Paula Santos Teresa Caeiro

Ana Oliveira Carla Cruz Helena Pinto João Prata João Serpa Oliva Manuel Isaac

Maria da Conceição Caldeira

Faltaram os seguintes Senhores Deputados:

Francisco de Assis Isabel Galriça Neto João Semedo José Luís Ferreira Manuel Pizarro

Estiveram ausentes em Trabalho Parlamentar os seguintes Senhores Deputados:

Elza Pais

Filipe Neto Brandão Ricardo Baptista Leite

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Texto da PPL n.º 111 e propostas de alteração apresentadas no GT

ANEXO I Intenções de voto

Regulamenta a Lei n.º 45/2003, de 22 de agosto, relativamente ao exercício profissional das atividades de aplicação de terapêuticas

não convencionais

Artigo 1.º Objeto

A presente lei regula o acesso às profissões no âmbito das

terapêuticas não convencionais, e o seu exercício, no sector público ou privado, com ou sem fins lucrativos.

… lucrativos, reconhecendo a autonomia técnica e deontológica do seu exercício profissional, tal como expresso na Lei n.º 45/2003, de 22 de agosto.(BE)

Artigo 1.º (PS) Objeto

A presente lei regulamenta a Lei nº 45/2003, de 22 de agosto, no que se refere ao acesso às profissões no âmbito das terapêuticas não convencionais e o seu exercício, no setor público, privado e social.

Artigo 2.º Âmbito de aplicação

São profissões, no âmbito das terapêuticas não convencionais:

a) Acupuntor;

b) Fitoterapeuta;

c) Homeopata;

d) Medicina Tradicional Chinesa; (PSD e CDS) e) Naturopata;

f) Osteopata;

g) Quiroprático.

Artigo 2.º (PS) Âmbito de aplicação

São reconhecidas como terapêuticas não convencionais as praticadas pela acupuntura, homeopatia, osteopatia, naturopatia, fitoterapia e quiropráxia.

Favor - PSD, PS e CDS;

Abstenção – PCP e BE Aprovado por maioria

Favor – PSD e CDS

Contra – PS e BE

Abstenção - PCP Aprovado por maioria

Favor – PS, PCP e BE

Contra – PSD e CDS Rejeitada

Proposta retirada

(Para discussão na reunião da Comissão)

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Artigo 3.º

Caracterização e conteúdo funcional

As profissões referidas no artigo anterior compreendem a realização das atividades constantes do anexo à presente lei, da qual faz parte integrante.

As profissões referidas no artigo anterior compreendem a

realização das atividades constantes de portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da saúde e do ensino superior (PSD e CDS)

Artigo 4.º Acesso à profissão

1. O acesso às profissões referidas no artigo 2.º depende da titularidade do grau de licenciado obtido na sequência de um ciclo de estudos que satisfaça os requisitos fixados, para cada uma, por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da saúde e do ensino superior.

1.O acesso às profissões referidas no artigo 2.º depende da titularidade do grau de licenciado em, pelo menos, uma das terapêuticas não convencionais, obtido no contexto de estudos compatíveis com o exercício autónomo e que satisfaçam os requisitos fixados, para cada uma, por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da saúde e do ensino

superior.(BE)

1 – O acesso à profissões das terapêuticas não convencionais depende da titularidade do grau de licenciado numa das áreas referidas no artigo 2º, tal como caraterizadas no artigo 3º, obtido na sequência de um ciclo de estudos compatível com os

requisitos fixados, para cada uma, por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da saúde e do ensino

superior.(PS)

2. Na fixação dos requisitos a que se refere o número anterior são considerados os termos de referência da Organização Mundial da Saúde para cada profissão, após a audição da

Favor – PS e BE

Contra – PSD, CDS e PCP Rejeitada

Favor – PSD, CDS e PCP Contra – PS e BE Aprovada por maioria

(prejudicado pela aprovação da proposta do PS)

Favor – PCP e BE Contra – PSD, PS e CDS Rejeitada

Favor – PSD, PS e CDS Abstenção – PCP e BE Aprovada por maioria

Aprovado por unanimidade com a alteração do PSD e CDS

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Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior e da Direção-Geral da Saúde, adiante designada por DGS. (PSD e CDS)

3. As escolas habilitadas para ministrar formação no âmbito do artigo 2.º e que pretendam ser reconhecidas como instituições de ensino superior, dispõem de um período transitório de adaptação de cinco anos. (BE)

Artigo 5.º Cédula profissional

1 - O exercício das profissões referidas no artigo 2.º só é permitido aos detentores de cédula profissional emitida pela Administração Central do Sistema de Saúde, I.P., adiante designada por ACSS.

2 - A emissão da cédula profissional está condicionada à titularidade de diploma adequado nos termos do artigo 4.º.

3 - As regras a aplicar ao requerimento e emissão da cédula profissional são aprovadas por portaria do membro do Governo responsável pela área da saúde.

4 - Pela emissão da cédula profissional é devido o pagamento de uma taxa de montante a fixar por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da saúde.

Artigo 6.º

Reserva do título profissional

O uso dos títulos profissionais correspondentes às profissões a que se refere o artigo 2.º só é facultado aos detentores da correspondente cédula profissional.

Artigo 7.º Registo profissional

1 - A ACSS organiza e mantém atualizado um registo dos profissionais abrangidos pela presente lei.

2 - O registo é público e divulgado através do sítio da Internet da ACSS.

(aditado – PSD e CDS)

(proposta retirada)

Favor – PSD, PS, CDS e PCP Abstenção – BE

Aprovada por maioria

Favor – PSD, PS, CDS e PCP Abstenção – BE

Aprovada por maioria

Favor – PSD, PS, CDS e PCP Abstenção – BE

Aprovada por maioria

(13)

Artigo 3.º

Autonomia técnica e deontológica

É reconhecida autonomia técnica e deontológica no exercício profissional da prática das terapêuticas não convencionais.

Artigo 8.º Informação

1 - Os profissionais das terapêuticas não convencionais devem manter um registo claro e detalhado das observações dos utilizadores, bem como dos atos praticados, de modo a que o mesmo possa servir de memória futura.

2 - Os profissionais das terapêuticas não convencionais devem prestar aos utilizadores informação correta e inteligível (PSD e CDS) acerca do prognóstico, tratamento e duração do mesmo, devendo o consentimento do utilizador ser expressado através de meio adequado em função das boas práticas vigentes na profissão (PSD e CDS) e duração do tratamento, sendo sempre exigido o consentimento informado escrito.

… escrito. (BE)

3 - Por forma a salvaguardar eventuais interações medicamentosas, o utilizador deverá informar por escrito o profissional das terapêuticas não convencionais de todos os medicamentos, convencionais ou naturais, que esteja a tomar.

(aditamento – PSD e CDS)

4 - Os profissionais das terapêuticas não convencionais não podem alegar falsamente que os atos que praticam são capazes de curar doenças, disfunções e malformações.

Proposta de eliminação deste número - BE

Artigo 8.º (PS) Deveres 1 – (….)

Aprovado por unanimidade

Favor – PSD, PS, CDS e BE Abstenção – PCP

Aprovado por maioria

Favor – PSD e CDS Contra – PS e BE Abstenção – PCP Aprovado por maioria

Favor – PS, PCP e BE Contra – PSD e CDS Rejeitada prop. BE

Favor – PSD e CDS Contra – PS e BE Abstenção – PCP Aprovado por maioria

Favor – PSD e CDS Contra – PS, PCP e BE Aprovado por maioria

Rejeitada com os votos a favor do PS, PCP e BE e os votos contra do PSD e CDS

(14)

2 – Os profissionais das terapêuticas não convencionais devem prestar aos utilizadores informação acerca do prognóstico e duração do tratamento, sendo sempre exigido o consentimento informado.

3 – Os profissionais das terapêuticas não convencionais ficam sujeitos a um código deontológico a aprovar por legislação especial pelo Ministério da Saúde, ouvidas as associações profissionais do setor.

Artigo 9.º Seguro profissional

1.Os profissionais das terapêuticas não convencionais estão obrigados a dispor de um seguro de responsabilidade civil no âmbito da sua atividade profissional, nos termos a regulamentar em diploma específico. (PSD e CDS) sendo o capital mínimo a segurar de € 250 000.

2. A regulamentação prevista no número anterior deve prever, nomeadamente, o capital mínimo a segurar, o âmbito territorial e temporal da garantia, as exclusões aplicáveis, a possibilidade de estabelecimento de franquias e as condições de exercício do direito de regresso. (PSD e CDS)

Artigo 10.º

Locais de prestação de terapêuticas não convencionais 1 - Nos termos do n.º 3 do artigo 11.º da Lei n.º 45/2003, de 22 de

agosto, aos locais de prestação de terapêuticas não convencionais aplica-se, com as devidas adaptações, (BE) o disposto no Decreto-Lei n.º 279/2009, de 6 de outubro, que estabelece o regime jurídico a que estão sujeitos a abertura, a modificação e o funcionamento das unidades privadas de serviços de saúde.

2 - Para efeitos do disposto no número anterior, os locais de prestação de terapêuticas não convencionais enquadram-se, salvo se outra for aplicável, na tipologia prevista para os consultórios médicos.

2.Para efeitos do disposto no número anterior, os locais de prestação de terapêuticas não convencionais estão sujeitos ao procedimento de licenciamento simplificado, devendo os

respetivos requisitos de funcionamento ser definidos por portaria do membro do Governo responsável pela área da saúde. (PSD e

Favor – PS, PCP e BE Contra – PSD e CDS Rejeitada

Favor – PSD, PS, CDS e PCP Abstenção – BE

Aprovado por maioria

Favor – PSD, PS, CDS e PCP Abstenção - BE

Aprovado por maioria

Aprovado por unanimidade com a alteração do BE

Favor – PSD e CDS Contra – PS e BE Abstenção – PCP

Aprovada por maioria a proposta PSD e CDS

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CDS)

3-Os locais de prestação de terapêuticas não convencionais estão obrigados a dispor de livro de reclamações.

3.Para efeitos do disposto nos números anteriores dispensa-se que a direção clínica dos locais de prestação de terapêuticas não convencionais seja exercida por um profissional de medicina. (aditamento - BE)

3- A direção clínica dos locais de prestação de terapêuticas não convencionais é assegurada por um profissional deste setor, devidamente credenciado.

(aditamento - PSD e CDS)

4- Nos locais de prestação de terapêuticas não convencionais é proibida a comercialização de produtos aos utilizadores.

(PS) Artigo 10.º

Locais de prestação de terapêuticas não convencionais

1 – (….)

2 – As clínicas ou consultórios de terapêuticas não convencionais são, por analogia com o regime previsto para os consultórios médicos, previsto no nº anterior, dirigidas por um profissional do setor responsável das terapêuticas não convencionais

devidamente credenciado.

3 – Eliminado 4 – Eliminado.

Artigo 11.º Fiscalização e controlo

1 - Compete à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, designadamente à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a fiscalização do cumprimento das disposições legais constantes da presente lei e respetiva regulamentação.

2 - No âmbito das respetivas atribuições, compete ainda às entidades a seguir elencadas fiscalizar o cumprimento do disposto na presente lei:

(3- eliminado por unanimidade)

(prejudicado pela aprovação da proposta do PSD e CDS)

Aprovado por unanimidade

Favor – PSD, CDS, PCP e BE Contra - PS

Aprovado por maioria

(Proposta PS retirada)

Votação de todo o artigo com exceção da alínea d) do n.º 2

Favor – PSD, PS, CDS e BE Abstenção – PCP

Aprovado por maioria

(16)

a) Às administrações regionais de saúde, no que se refere ao licenciamento das unidades privadas prestadoras de cuidados de saúde;

b) Às autoridades de saúde, no que se refere à defesa da saúde pública;

c) À ACSS, no que se refere ao exercício das profissões;

d) Ao INFARMED, I.P., no exercício de funções de regulação e supervisão dos sectores dos medicamentos de uso humano e de produtos de saúde, nomeadamente no que se refere aos medicamentos homeopáticos e medicamentos tradicionais à base de plantas, bem como relativamente aos dispositivos médicos (PSD e CDS); (retirada) bem como no que respeita aos dispositivos médicos utilizados; (PS)

e) À Entidade Reguladora da Saúde, no exercício da sua atividade reguladora, nomeadamente em matéria de cumprimento dos requisitos de atividade dos estabelecimentos e de monitorização das queixas e reclamações dos utentes;

f) À Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, relativamente à verificação do cumprimento das disposições legais e regulamentares e das orientações aplicáveis, bem como a qualidade dos serviços prestados, através da realização de ações de auditoria, inspeção e fiscalização.

3 - Os utilizadores das terapêuticas não convencionais podem sempre, para salvaguarda dos seus interesses, participar as ofensas resultantes do exercício de terapêuticas não convencionais aos organismos com competências de fiscalização.

Artigo 12.º Regime sancionatório

1 - É punível com coima de 10 a 37 unidades de conta processuais, no caso de pessoas singulares, e de 49 a 440 unidades de conta processuais, no caso de pessoas coletivas, a violação do disposto nos artigos 5.º, 6.º, 8.º, 9.º e no n.º 4 do artigo 10.º. (5.º, 6.º, 9.º, 10.º e no n.º 4 do artigo 11.º - PSD e CDS)

Aprovada por unanimidade a alínea d) do n.º 2 com a proposta de alteração do PS.

A proposta do PSD para a alínea d) foi retirada

Favor – PSD, PS, CDS e BE Abstenção – PCP

Aprovado por maioria, com os acertos de artigos decorrentes da renumeração

(17)

2 - A tentativa e a negligência são puníveis, sendo as coimas previstas nos números anteriores reduzidas a metade.

Artigo 13.º Sanções acessórias

1 - Conjuntamente com as coimas previstas no artigo anterior, podem ser aplicadas, em função da gravidade da contraordenação e da culpa do agente, as seguintes sanções acessórias:

a) A suspensão da cédula profissional por um período de 3 meses a 2 anos;

b) O cancelamento da cédula profissional;

c) A perda de objetos pertencentes ao profissional e que tenham sido utilizados na prática das infrações.

2 - A aplicação das sanções acessórias constantes das alíneas a) e b) do número anterior é comunicada à ACSS, para os devidos efeitos, e publicitada no registo a que se refere o n.º 2 do artigo 7.º.

Artigo 14.º

Instrução de processos e aplicação de sanções

1 - Compete à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde a instrução e decisão dos processos de contraordenação instaurados no âmbito da presente lei, devendo ser-lhe remetidos quaisquer autos de notícia quando levantados por outras entidades.

2 - No decurso da averiguação ou da instrução, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde pode solicitar às entidades policiais e a quaisquer outros serviços públicos ou autoridades toda a colaboração ou auxílio que julgue necessários para a realização das finalidades do processo.

Artigo 15.º Produto das coimas O produto das coimas reverte em:

a) 60% para o Estado;

b) 30% para a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde;

c) 10% para a entidade que levantou o auto.

Favor – PSD, PS, CDS e BE Abstenção – PCP

Aprovado por maioria

Favor – PSD, PS, CDS e BE Abstenção – PCP

Aprovado por maioria

Aprovado por unanimidade

Favor – PSD, PS, CDS e BE Abstenção – PCP

Aprovado por maioria

(18)

Artigo 16.º

Conselho Consultivo para as Terapêuticas não Convencionais (PSD e CDS) Nacional das Terapêuticas não Convencionais Como órgão não remunerado de apoio ao Ministro da Saúde para as questões relativas ao exercício, formação, regulamentação e controlo das profissões previstas na presente lei, é criado o Conselho

Consultivo para as Terapêuticas (PSD e CDS) Nacional das Terapêuticas não Convencionais, cujas competências e regras de funcionamento constam de portaria a aprovar pelo membro do Governo responsável pela área da saúde.

Artigo 17.º Composição

1 - O Conselho Consultivo para as (PSD e CDS) Nacional das Terapêuticas não Convencionais tem a seguinte composição:

a) Um representante da ACSS;

b) Um Dois (PSD e CDS) representantes da DGS;

c) Um representante do Ministério da tutela do ensino superior;

d) Um representante do Ministério da tutela do trabalho;

(PSD e CDS)

e) Representantes (um representante de cada profissão, indigitado …; - PSD e CDS) (retirada) de cada profissão, no máximo de dois, indigitados pelas associações profissionais mais representativas da profissão; (Representantes de cada profissão, no máximo de dois por cada terapêutica prevista no artigo 2.º, indigitados pelas associações profissionais; - BE) (retirada)

(e) dois representantes de cada profissão, indigitados pelas associações de profissionais mais representativas da profissão;

(PS)

Favor – PSD e CDS Contra - PS e BE Abstenção – PCP Aprovado por maioria

a)Aprovada por unanimidade

b)Favor – PSD e CDS Contra – PS e BE Abstenção – PCP Aprovado por maioria

c)Aprovada por unanimidade

d)Favor – PSD, PS, CDS e PCP Abstenção – BE

Aprovado por maioria

e)Aprovada por unanimidade a proposta PS

(19)

(nova alínea) - Dois representantes dos interesses dos consumidores (aditamento – PS)

f) Um representante da Ordem dos Médicos; (PSD e CDS)

g) Um representante da Ordem dos Farmacêuticos; (PSD e CDS)

h) Dois docentes indigitados por instituições de ensino oficialmente reconhecidas que ministrem os ciclos de estudos previstos no artigo 4.º.

2 - O representante previsto na alínea c) do número anterior é designado pelo ministro da tutela por um período de três anos, sendo os restantes representantes designados pelo membro do governo responsável pela área da saúde por igual período.

2. Os representantes previstos nas alíneas c) e d) do número anterior são designados pelos competentes ministros da tutela por um período de três anos, sendo os restantes representantes designados pelo membro do governo responsável pela área da saúde por igual período. (PSD e CDS)

3. O membro do Governo responsável pela área da saúde nomeia o presidente do Conselho Consultivo para as Terapêuticas não Convencionais de entre os representantes referidos no n.º 1. (PSD e CDS)

Artigo 18.º Disposição transitória

1 - Quem, à data da entrada em vigor da presente lei, se encontrar a exercer atividade em alguma das terapêuticas não convencionais reconhecidas pela Lei n.º 45/2003, de 22 de agosto, deve apresentar, na ACSS, no prazo de 90 dias 180 dias (BE) a contar

(Aditamento PS) Favor – PSD, PS e CDS Contra – PCP e BE Aprovado por maioria

f)Favor – PSD e CDS Contra – PS, PCP e BE Aprovado por maioria

g)Favor – PSD e CDS Contra – PS, PCP e BE Aprovado por maioria

h) Aprovada por unanimidade

Aprovada por unanimidade proposta PSD e CDS

Favor – PSD e CDS Contra – PS e BE Abstenção - PCP Aprovado por maioria

1(corpo)

Favor – PSD, PS, PCP e BE Contra – CDS

(20)

da data de entrada em vigor da regulamentação a que se referem os artigos 4.º e 5.º e o n.º 2 do presente artigo:

a) Documento emitido pela respetiva entidade patronal, do qual resulte a comprovação do exercício da atividade, ou declaração de exercício de atividade emitida pela Autoridade Tributária e Aduaneira, na qual conste a data de início da atividade;

(proposta de eliminação da alínea a) - BE)

b) Documento comprovativo de inscrição num regime de segurança social;

(proposta de eliminação da alínea b) - BE)

c) Descrição do respetivo percurso formativo e profissional, em formato de curriculum vitae europeu, (BE) acompanhada dos documentos comprovativos, nomeadamente:

i) Relativamente à terapêutica a praticar, identificação da instituição que ministrou a formação superior (PSD e CDS), (retirada) respetiva duração e a data em que a mesma foi concluída com êxito, bem como eventual estágio praticado, seu local de exercício, duração e identificação do responsável pelo estágio;

ii) Formações ou estágios complementares, com identificação das respetivas instituições, durações e datas;

iii) Funções exercidas no âmbito da terapêutica a praticar.

2 - A ACSS procede à apreciação curricular documentada referida no número anterior, nos termos que sejam fixados por portaria do membro do Governo responsável pela área da saúde, e profere uma das seguintes decisões:

a) Atribuição de uma cédula profissional;

Aprovado por maioria com alteração BE

a)Favor – PSD e CDS

Contra – PS, PCP e BE Aprovado por maioria

Prop. BE - Favor – PS, PCP e BE Contra – PSD e CDS

Rejeitada

b)Favor – PSD e CDS

Contra – PS, PCP e BE Aprovado por maioria

Prop. BE - Favor – PS, PCP e BE Contra – PSD e CDS

Rejeitada

c)Aprovado por unanimidade

i) ii) iii) - Aprovadas por unanimidade

(proposta do PSD e CDS retirada)

Votação do n.º 2, corpo e alíneas a) e c) Favor – PSD, PS, CDS e BE

Abstenção – PCP Aprovado por maioria

(21)

b) Atribuição de uma cédula profissional provisória, válida por um período determinado não superior em uma vez e meia duas vezes (PSD e CDS) ao período para formação complementar cuja conclusão com aproveitamento seja considerada necessária para a atribuição da cédula profissional;

c) Não atribuição da cédula profissional.

2 – A ACSS procede à apreciação curricular documentada referida nos números anteriores, nos termos que sejam fixados por portaria do membro do Governo responsável pela área da saúde e após audição do CNTNC, profere uma das seguintes decisões:

(PS)

a) (…) b) (…)

3 - Sempre que, por motivo fundamentado, a ACSS julgar insuficientes os documentos probatórios referidos neste artigo, pode solicitar o fornecimento pelos interessados de quaisquer outros meios de prova da situação profissional invocada e ou a intervenção dos serviços competentes do ministério da tutela do emprego.

4 - Nas situações previstas no número anterior, os interessados devem fornecer os elementos exigidos num prazo de 30 dias.

Proposta BE: 120 dias

Proposta PSD: 60 dias

Proposta PS: 30 dias

5 - Para a apreciação curricular a que se refere o n.º 2, a ACSS recorre a peritos, devidamente qualificados para no exercício da terapêutica não convencional em apreço.(BE)

5 – Para apreciação curricular a que se refere o nº 2, a ACSS recorre a peritos profissionais do setor das TNC. (PS)

6 - Pela atribuição da cédula profissional provisória é devido o pagamento de uma taxa de montante a fixar por portaria dos

Votação da alínea b) do n.º 2 Aprovada por unanimidade

(proposta retirada)

Votação do n.º 3

Favor – PSD, PS, CDS e BE Abstenção – PCP

Aprovado por maioria

Votação do n.º 4 - proposta PSD Favor – PSD e CDS

Contra – PS, PCP e BE

Aprovado por maioria a proposta do PSD

5)Aprovado por unanimidade

(Proposta PS retirada)

6)Aprovado por unanimidade

(22)

membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da saúde.

7 - A formação complementar deve ser realizada em instituições de ensino superior autorizadas a ministrar, nos termos da lei, os ciclos de estudos de licenciatura a que se refere o artigo 4.º.

7 – Para efeitos do disposto do nº 1 do artigo 4º, as instituições de formação/ensino não superior que à data da entrada em vigor da presente lei, se encontrem legalmente constituídas e a promover formação/ensino na área das terapêuticas não convencionais legalmente reconhecidas, disporão de um período não superior a 5 anos para efeitos de adaptação ao regime jurídico das

instituições de ensino superior, nos termos a regulamentar pelo Governo em legislação especial. (PS)

8 - O disposto no presente artigo não prejudica a aplicação do regime legal de reconhecimento de graus académicos estrangeiros e das regras de mobilidade previstas no regime jurídico dos graus e diplomas do ensino superior.

9 - Para a prossecução dos objetivos previstos no presente artigo, a ACSS pode recorrer ao apoio e colaboração de outras entidades, nomeadamente as previstas no artigo 11.º e, ainda, ao Instituto de Emprego e Formação Profissional, I.P., bem como a instituições internacionais que tenham acompanhado processos semelhantes (BE).

9 – Para prossecução dos objetivos previstos no presente artigo, a ACSS pode recorrer ao apoio e colaboração de outras

entidades, nomeadamente as previstas no artigo 11º. (PS)

10 - O disposto no n.º 4 do artigo 10.º entra em vigor 5 anos após a publicação da presente lei. (BE)

Proposta PSD e CDS – 10 - O disposto no n.º 4 do artigo 10.º entra em vigor 2 anos após a publicação da presente lei.

Artigo 19.º Direito subsidiário

7) Aprovada por unanimidade Proposta PS

8)Aprovado por unanimidade

9)Aprovado por unanimidade com alterações BE

(9)Proposta PS retirada)

Prop. BE - 10) Favor – PS, PCP e BE Contra – PSD e CDS Rejeitada

Prop. PSD e CDS - 10) Favor – PSD e CDS Contra – PS e BE Abstenção – PCP Aprovada por maioria

(23)

É subsidiariamente aplicável o regime geral dos ilícitos de mera ordenação social.

Artigo 20.º Regulamentação

A regulamentação prevista nos artigos 4.º, 5.º, 16.º e 18.º 4.º, 5.º, 17.º e 19.º (PSD e CDS) é aprovada no prazo de 180 dias após a

publicação da presente lei.

Artigo 21.º Entrada em vigor

A presente lei entra em vigor 30 dias após a sua publicação.

Aprovado por unanimidade

Aprovado por unanimidade, com acertos decorrentes da renumeração

Aprovado por unanimidade

17-7-2013 LVS

(24)

Anexo II COMISSÃO DE SAÚDE

RELATÓRIO DE DISCUSSÃO E VOTAÇÃO NA ESPECIALIDADE

Proposta de Lei n.º 111/XII (2.ª) – Regulamenta a Lei n.º 45/2003, de 22 de agosto, relativamente ao exercício profissional das atividades de aplicação de terapêuticas não convencionais

1. A Proposta de Lei n.º 111/XII (2.ª) baixou à Comissão Parlamentar de Saúde em 11 de janeiro de 2013, após aprovação na generalidade, tendo sido criado um Grupo de Trabalho para a sua discussão na especialidade a 23 de janeiro.

2. O Grupo de Trabalho levou a efeito as audições da Ordem dos Enfermeiros, de um conjunto muito alargado de entidades e personalidades ligadas às terapêuticas não convencionais e do Dr.

Ribeiro da Silva, da Direção Geral de Saúde e as audiências da Ordem dos Médicos, da Associação Portuguesa de Seguradores e da Federação Portuguesa de Osteopatas. Recebeu também inúmeros contributos escritos de diversas entidades e personalidades do setor.

3. Na reunião da Comissão de 17 de julho de 2013, em que estiveram presentes todos os Grupos Parlamentares, com exceção do PEV, foi discutida a proposta de Texto Final elaborada pelo Grupo de Trabalho (anexo I).

4. Durante a discussão o Deputado Nuno Reis apresentou propostas de alteração ao texto elaborado pelo Grupo de Trabalho, a saber:

- Artigo 2.º Nova redação:

«

A lei aplica-se a todos os profissionais que se dediquem ao exercício das seguintes terapêuticas não convencionais:

a) Acupuntura;

b) Fitoterapia;

(25)

c) Homeopatia;

d) Medicina Tradicional Chinesa;

e) Naturopatia;

f) Osteopatia;

g) Quiropráxia.»

- Artigo 13.º, n.º 1

Aditamento da referência ao n.º 3 do artigo 11.º, no n.º 1 do artigo 13.º - «….e nos n.º s 3 e 4 do artigo 11.º.»

- Artigo 18.º, n.º 1, alínea f)

A alínea f) passa a alínea i), renumerando-se em conformidade, com a seguinte redação:

«i) Dois representantes de entidades de defesa dos direitos do consumidor.»

- Artigo 19.º, n.º 2, alínea b)

Aditamento, no final do texto, de «…da cédula profissional, nos termos do artigo 6.º;»

- Artigo 19.º, n.º 3

Em vez de «referidos neste artigo», passa a «referidos no presente artigo».

- Artigo 19.º, n.º s 5 e 9

Eliminar o n.º 5 do artigo 19.º, renumerar em conformidade e alterar a redação do antigo n.º 9, agora 8, nos seguintes termos:

«8 - Para a prossecução dos objetivos previstos no presente artigo, a ACSS pode recorrer ao apoio e colaboração de outras entidades, nomeadamente as previstas no artigo 12.º, ao Instituto de Emprego e Formação Profissional, I.P., a peritos no exercício da terapêutica não convencional em apreço ou a instituições internacionais que tenham acompanhado processos semelhantes.»

Foi aceite por todos incorporar estas alterações no Texto Final que irá de seguida ser votado.

5. Seguiu-se a votação do Texto Final, com as alterações introduzidas, na qual esteve ausente o PEV e da qual resultou:

- Título e artigo 5.º- n.º 1 – aprovados por maioria, com os votos a favor do PSD, PS e CDS e a abstenção do PCP e BE;

(26)

- Artigo 1.º; artigo 9.º- n.ºs 2 e 3; artigo 17.º; artigo 18.º - corpo, alínea b) do n.º 1 e n.º 3;

artigo 19.º - n.º 9 - aprovados por maioria, com os votos a favor do PSD e CDS, os votos contra do PS e BE e a abstenção do PCP;

- Artigos 2.º, 3.º e 4.º; artigo 5.º - n.º 2; artigo 11.º - n.º 1 e n.º 3; artigo 12.º - alínea d) do n.º 2;

artigo 15.º; artigo 18.º - alíneas a), c), e) e h) do n.º 1 e n.º 2; artigo 19.º - corpo e alínea c) do n.º 1, alínea b) do n.º 2, n.ºs 5, 6, 7 e 8; artigos 20.º, 21.º e 22.º - aprovados por unanimidade;

- Artigos 6.º, 7.º e 8.º, artigo 10.º; artigo 18.º - alínea d) do n.º 1 - aprovados por maioria com os votos a favor do PSD, PS, CDS e PCP e a abstenção do BE;

- Artigo 9.º - n.º 1; artigo 11.º - n.º 2; todo o artigo 12.º com exceção da alínea d) do n.º 2;

artigos 13.º, 14.º, 16.º; artigo 19.º - corpo e alíneas a) e c) do n.º 2, n.º 3 - aprovados por maioria com os votos a favor do PSD, PS, CDS e BE e a abstenção do PCP;

- Artigo 9.º - n.º 4; artigo 18.º - alíneas f) e g) do n.º 1; artigo 19.º - alíneas a) e b) do n.º 1 – aprovados por maioria com os votos a favor do PSD e CDS e os votos contra do PS, PCP e BE;

- Artigo 11.º - n.º 4 – aprovado por maioria com os votos a favor do PSD, CDS, PCP e BE e a abstenção do PS;

- Artigo 18.º - alínea i) do n.º 1; artigo 19.º - n.º 4 – aprovados por maioria com os votos a favor do PSD, PS e CDS e os votos contra do PCP e BE.

6. Segue em anexo II o Texto Final.

Palácio de São Bento, em 17 de julho de 2013

A Presidente da Comissão

(Maria Antónia de Almeida Santos)

(27)

ANEXO I ao Relatório Proposta de Texto Final do Grupo de Trabalho

Regulamenta a Lei n.º 45/2003, de 22 de agosto, relativamente ao exercício profissional das atividades de aplicação de terapêuticas não convencionais

Artigo 1.º Objeto

A presente lei regula o acesso às profissões no âmbito das terapêuticas não convencionais, e o seu exercício, no sector público ou privado, com ou sem fins lucrativos.

Artigo 2.º Âmbito de aplicação

São profissões, no âmbito das terapêuticas não convencionais:

h) Acupuntor;

i) Fitoterapeuta;

j) Homeopata;

k) Medicina Tradicional Chinesa;

l) Naturopata;

m) Osteopata;

n) Quiroprático.

(28)

Artigo 3.º

Autonomia técnica e deontológica

É reconhecida autonomia técnica e deontológica no exercício profissional da prática das terapêuticas não convencionais.

Artigo 4.º

Caraterização e conteúdo funcional

As profissões referidas no artigo 2.º compreendem a realização das atividades constantes de portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da saúde e do ensino superior.

Artigo 5.º Acesso à profissão

1 - O acesso às profissões das terapêuticas não convencionais depende da titularidade do grau de licenciado numa das áreas referidas no artigo 2.º, obtido na sequência de um ciclo de estudos compatível com os requisitos fixados, para cada uma, por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da saúde e do ensino superior.

2 - Na fixação dos requisitos a que se refere o número anterior são considerados os termos de referência da Organização Mundial de Saúde para cada profissão, após a audição da Agência de Avaliação e Acreditação

do Ensino Superior e da

Direção-Geral da Saúde, adiante designada por DGS.

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