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SUBSÍDIO BÍBLICO E TEOLÓGICO EBD Revista de Adultos

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Academic year: 2022

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INSTITUTO PENTECOSTAL DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

“Integrando Vida e Serviço Através das Escrituras”

CNPJ n°. 15.154.731/0001-69 – Decreto nº 5.154/04

SUBSÍDIO BÍBLICO E TEOLÓGICO EBD – Revista de Adultos

Pesquisa e produção: Pr. Isaque C. Soeiro 1 Revisão orto-gramatical: Pr. Mário Saraiva 2

RESUMO

O presente texto serve de apoio aos Educadores da Escola Bíblica Dominical, especialmente aos que ministram a Revista de Adultos do 1º Trimestre de 2021, intitulado: “O Verdadeiro

Pentecostalismo: a atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo”, cujo

conteúdo foi desenvolvido pelo pastor-teólogo Esequias Soares.

Este breve subsídio da Lição 11, “Compromissados com a Evangelização”, trata sobre a tarefa da evangelização como a parte inicial do cumprimento da grande comissão. Assim, busca-se:

apresentar os fatores básicos na tarefa missionária e de evangelização, explicando e aplicando

suas principais verdades; e, refletir sobre o dever da participação de cada cristão na missão de Deus nesse mundo.

1. INTRODUÇÃO.

O Senhor Jesus Cristo comissionou e enviou a Igreja como agente proclamatória para tornar o Evangelho conhecido no mundo e formar verdadeiros discípulos – reunidos em igrejas autóctones, isso em todas as nações da terra. E, a evangelização é uma atividade comunicativa inicial no cumprimento da Grande Comissão.

A Igreja foi comissionada para proclamar o plano de salvação completo, perfeito, eficaz e infalível: a salvação em Cristo. A evangelização comunica o Evangelho pleno e vitorioso que redundará em plenitude de vida eterna. É o poder de Deus para a salvação.

Isso posto, o presente estudo elenca os principais fatores que devem ser considerados pela Igreja na tarefa da evangelização.

2. REVISITANDO A ORDEM MISSIONÁRIA: Fatores Diretivos Para a Evangelização/Missões.

1 Pr. Isaque C. Soeiro, pastor auxiliar na Igreja Evangélica Assembleia de Deus na cidade de Satubinha, MA. Graduado em Administração (UNITINS-TO), Bacharel em Teologia (FATEH-MA), Especialização em Gestão Educacional (UNISEB-COC), Especialização em Ciência das Religiões (ILUSES/FATEH-MA) e Mestrando em Ciência das Religiões (ILUSES/LUSÓFONA). Diretor do Instituto Pentecostal de Educação Cristã – IPEC. Membro do conselho de doutrina da CEADEMA. E-mail:

ic.soeiro.ic@gmail.com.

2 Pr. Mário Saraiva, pastor auxiliar na Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Buriticupu, MA. Graduado em Letras, com habilitação em Português, Inglês e suas respectivas literaturas (Universidade Estadual do Maranhão – UEMA); Especialista em Teologia (Universidade Estácio de Sá – UNESA); Pós-Graduando em Exegese Bíblica (Centro de Estudos Bet-Hakam); Mestrando em Ciências Teológicas (Universidade de Desenvolvimento Sustentável – UDS, Assunção, Paraguai). E-mail:

pr.mariosaraiva@gmail.com.

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2 A ordem missionária de evangelização advém da

grande comissão

dada pelo Senhor Jesus Cristo à sua Igreja, conforme Mateus 28.18-20, Marcos 16.15-18, Lucas 24.46-49, João 20.21-23 e Atos 1.8, cujo imperativo principal é “fazer discípulos”.

O quadro abaixo serve de referência quanto às principais verdades bíblicas que compõem a ordem de evangelização de todas as nações. O propósito é que essas informações sirvam para clarear e renovar a consciência acerca da principal missão da Igreja em relação ao mundo perdido.

FATOR BÍBLICO DESCRIÇÃO BÍBLICO-TEOLÓGICA IMPLICAÇÕES PRÁTICAS

Deus é o autor da obra missionária

Deus é o autor da missão (Missio Dei) e O assunto missões está relacionado ao Deus trino e uno, pois “a salvação se originou no coração e no plano de Deus, e foi realizada pelo braço do Todo-poderoso”3.

A missão é a ação redentora de Deus em favor do mundo perdido. Dessa forma:

1) A missão de Deus foi planejada na eternidade e manifestada historicamente em Jesus Cristo (Gl 4.4-7; 1 Pe 1.18-21).

2) A missão redentora está fundada no próprio caráter de Deus: seu poder, sua santidade, sua justiça, seu amor, sua bondade, sua graça, sua misericórdia, sua fidelidade (At 2.23; 4.27-28; Ef 1.3; 3.6-11;

2 Tm 1.8-10; 1 Pe 1.2,20; Ap 13.8).

3) A missão é realizada pelo que Deus dá à Igreja: a condição espiritual, o conteúdo, a capacitação e a direção.

A Igreja deve compreender que foi comissionada para cooperar na missão de Deus nesse mundo. A Igreja deve cooperar com os esforços missionários:

1) Partindo do fundamento eterno da redenção. O correto é a igreja partir de onde a missão começa: em Deus, conhecendo sua vontade nas Escrituras e buscando seu poder.

2) Mantendo sua motivação e força em Deus, o autor da salvação. A base originária e mantenedora dos esforços missionários da Igreja não está fundamentada em coisas terrenas e temporárias, mas nas eternas, perenes e perfeitas: o plano eterno de salvação. “É no próprio ser e caráter de Deus que a base mais profunda do esforço missionário deve ser encontrada”4.

FATOR BÍBLICO DESCRIÇÃO BÍBLICA-TEOLÓGICA IMPLICAÇÕES PRÁTICAS

Jesus Cristo é o centro da obra

missionária

O plano eterno de salvação é em essência cristocêntrico, isto é, centrado em Jesus Cristo, a segunda pessoa da Trindade.

Isso significa que:

1) Jesus Cristo é o centro da salvação.

Toda a obra da salvação ocorre “em” e

“por meio” de Cristo (Jo 1.12-14; 3.16; Rm 5.8; 2 Co 5.18-19; 1 Tm 1.15; 2.5-6; Hb 1.1- 3).

A proclamação evangelística da Igreja deve ser centrada em Jesus Cristo: Ele é a salvação e pela fé nele o homem é salvo e identificado com Ele em sua morte e em sua ressurreição para uma nova vida (Rm 1.16; 3.21-26; 5.1-2; 1 Co 1.23-24; 2 Co 5.18-20).

Na evangelização, deve ser pregado a Jesus Cristo como o único Salvador, mediador e redentor. Dessa forma, deve ser evitado obscurecer a límpida

3 PETERS, George W. Teologia bíblica de missões. Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 2000, p.79.

4 PETERS, ibidem, p.67.

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2) A salvação é efetivada no homem por

meio da relação vital em Jesus Cristo (1 Jo 5.11-12). A Bíblia deixa claro que “a salvação é Cristo; experimentar a salvação é experimentar Cristo. A salvação está centralizada na pessoa. É a identificação de Cristo. Não é a experiência de algo, mas ao invés disso, a experiência de Alguém.

[...] Cristo é nossa salvação e entrega-se a nós como nossa salvação”5.

mensagem de Cristo por fatores secundários como: as promessas de prosperidade física, profissional, familiar, psíquica e financeira; as disputas religiosas na evangelização; a salvação vinculada à filiação denominacional; a imposição arbitrária de regras de conduta antes da transformação interior etc.

FATOR BÍBLICO DESCRIÇÃO BÍBLICA-TEOLÓGICA IMPLICAÇÕES PRÁTICAS

O Espírito Santo é a força motriz da obra

missionária

O Senhor Jesus Cristo vinculou a realização da obra missionária à presença capacitadora do Espírito Santo, como consta em Lucas 24.48-49 e Atos 1.8. E, desse modo, a narrativa de Atos 2 mostra como a vinda do Espírito Santo sobre a Igreja incipiente no dia de Pentecostes colocou em movimento o trabalho poderoso de testemunho do Evangelho.

A vinda do Espírito Santo caracterizou a Igreja como missional:

1) O Espírito Santo enfatizou o caráter universal do testemunho do Evangelho.

Atos 2.1-12 mostra que o Espírito distribuiu a capacidade dos discípulos falarem das maravilhas de Deus através das “línguas” dos povos “de todas as nações debaixo do céu” (v.5). Assim, o Pentecostes assinalou que “a salvação é intencionalmente universal”6 (Mt 28.19- 20; Jo 1.29; 3.16; At 1.8). E, “no Pentecostes, o fenômeno expressou o poder e a misericórdia de Deus para povos de várias nações que representaram, ali em Jerusalém a totalidade do mundo conhecido da época”7.

2) O Espírito Santo é o poder que move o testemunho eficaz do Evangelho (At 2.14;

4.8; 4.29-31,33; 5.12-16; 10.44-48; 13.1-

A Igreja nunca deve esquecer ou negar a verdadeira fonte de poder: o Espírito Santo, o Espírito da verdade e de poder.

A Igreja, na realização da tarefa missionária, deve considerar que:

1) É necessário cultivar a dependência do Espírito Santo para ter o poder e a direção para o testemunho eficaz do Evangelho.

Segundo Peters, a descida do Espírito Santo no Pentecostes foi para uma habitação na Igreja de forma duradoura, dinâmica e existencial9. É o Espírito Santo quem equipa a Igreja com dons extraordinários para confirmar a verdade do Evangelho e dota seus servos para perseverar no meio dos grandes obstáculos, oposições e perseguições.

2) É preciso evitar a negligência para com a capacidade que vem do Espírito Santo.

Infelizmente, muitos cristãos negligenciam a relação íntima com o Espírito e, assim, ficam sem a força dinâmica e poderosa para o testemunho do Evangelho. Por isso, o poder que vem do Espírito Santo “deve continuar sendo a preocupação da igreja em todas as épocas, pois sem esse poder não pode haver o ministério completamente eficaz”10. Quando uma

5 PETERS, ibidem, p.79.

6 PETERS, ibidem, p.86.

7 SIQUEIRA, Gutierres Fernandes. Revestidos de Poder: uma introdução à teologia pentecostal. Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 2018, p.38.

9 Ibidem, p.364.

10 WILLIAMS, Rodman J. Teologia sistemática: uma perspectiva pentecostal. São Paulo, SP: Editora Vida, 2011, p.567.

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12; 1 Ts 1.5). Paul A. Pomervile observa o

caráter missional do Espírito Santo na Igreja: “No NT, o Espírito Santo mostra-se Espírito missionário por Sua natureza e Sua obra. O Espírito dado em Pentecostes foi missionário. Aqueles que o receberam transformaram-se em uma comunidade missionária por natureza. No Dia de Pentecostes, nasceu um povo missionário.

O Espírito Santo no NT se mostra como a dinâmica da vida e atividade missionária da igreja”8. É o Espírito Santo quem injeta poder e dinâmica na Igreja para a realização da obra de evangelização e testemunho do Evangelho.

igreja/cristão se encontra sem entusiasmo, sem dinâmica e sem poder para a evangelização e missões é “porque existe um problema que impede que a igreja siga a direção da sua natureza interna”11 – que vem pelo poder do Espírito Santo.

3) Nenhuma técnica ou modelo de crescimento de igrejas substitui aquilo que somente o Espírito Santo supre na Igreja e por meio dela.

FATOR BÍBLICO DESCRIÇÃO BÍBLICA-TEOLÓGICA IMPLICAÇÕES PRÁTICAS

A Igreja é o instrumento da obra

missionária

Deus decidiu incluir seu povo redimido na sua missão redentora. A Igreja, depois de redimida pela missão divina em Cristo, foi comissionada para realizar a atividade missionária entre todos os povos e nações, sob a autoridade do Senhor Jesus Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; Lc 24.46-48; Jo 20.21-23; At 1.8).

O dever da Igreja na grande comissão inclui as seguintes verdades:

1) A Igreja é um povo missionário por herança e por nascimento. A Igreja é o povo redimido em Cristo para proclamar

“as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9/ARA). A Igreja é o grupo de verdadeiros discípulos enviados para gerar novos discípulos.

2) A Igreja toda é comissionada para fazer discípulos. “Todas as atividades ordenadas na versão composta da Grande Comissão – ir, pregar, testemunhar, batizar e ensinar – pressupõem uma igreja. São atividades de indivíduos relacionados com a comunidade cristã. Todas estas atividades exigem a presença de uma comunidade

A Igreja, consciente da sua participação na missão de Deus nesse mundo, deve:

1) Os cristãos correm o perigo de terceirizar a evangelização/testemunho do Evangelho àqueles que foram separados e preparados para o trabalho de tempo integral na tarefa missionária.

A existência de organizações missionárias, de pessoas preparadas e enviadas para esta finalidade não anula o dever de todos os cristãos testemunharem do Evangelho.

Todo cristão pode testemunhar de Cristo na esfera da sua família, trabalho, comunidade e igreja local.

2) As igrejas locais precisam contribuir com a obra missionária em contexto transcultural. É preciso que as igrejas locais estejam empenhadas de forma intencional na promoção da pregação do Evangelho em contextos geográficos e culturais distantes, em outras partes do mundo. Parceria com organizações missionárias; preparo, envio e sustento de missionários para plantar igrejas autóctones em contexto transculturais;

contribuição financeira; campanha de oração intercessora em prol de

8 POMERVILE, Paul A. Missiologia: manual de estudo independente. Campinas, SP: FAETAD, 2008, p.111.

11 POMERVILE, ibidem, p.112.

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cristã como base de ministério e apoio do

alvo em mira”12.

3) A evangelização faz parte da estratégia inicial da Grande Comissão. O evangelismo é a atividade intencional de proclamar o Evangelho de Deus e é uma tática principal no cumprimento da comissão. Toda comunidade cristã, igreja local, é concebida no NT como uma comunidade equipada e comunicativa que leva a sua missão ao mundo.

organizações missionárias, missionários em campo, igrejas perseguidas etc.

3. CONCLUSÃO.

Essa é a missão de Deus no mundo, a Igreja é fruto dessa missão, tem um “DNA” missionário e os salvos devem refletir sobre sua própria participação nessa missão:

1) Como está sua relação com o Espírito Santo? Existe entusiasmo, dinâmica e poder para testemunhar do Evangelho?

2) Você tem consciência da emergência de compartilhar o Evangelho? Você sabe quais são os desafios, obstáculos e oposições configurados no mundo atual contra o Evangelho?

3) Você confia no poder do Evangelho e depende do Espírito Santo a tal ponto de pregar a verdade simples e límpida do Evangelho?

4) Como está sua participação na tarefa missionária local e em contextos transculturais? De que forma você contribui?

APOIO:

Comissão de Educação da CEADEMA Conduzindo a Educação Através do Reino

12 POMERVILE, ibidem, p.204.

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