EPISÓDIO 03: PORTUGUÊS E LITERATURA
QUESTÕES QUE VOCÊ DEVE SABER
Questão 02
SIMULADO DE LINGUAGENSMEU CARO AMIGO
Meu caro amigo, me perdoe, por favor Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador Mando notícias nessa fita
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll Uns dias chove, noutros dias bate o sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça E a gente vai tomando que também sem a cachaça Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo, eu não pretendo provocar Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar A lhe contar as novidades
[...]
É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro Ninguém segura esse rojão
[...]
Meu caro amigo, eu bem queria lhe escrever Mas o correio andou arisco
Se me permitem, vou tentar lhe remeter Notícias frescas nesse disco
[...]
A Marieta manda um beijo para os seus Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças A todo o pessoal
Adeus!
Fonte: https://www.letras.mus.br/chico-buarque/7584/
perceber que a canção acima:
a. brinca com o gênero textual carta, ironizando os correios ariscos, já que ninguém mais enviava cartas.
b. faz alusão a escrita de uma carta, mostrando uma escolha apenas estilística do autor, sem nenhum motivo aparente.
c. imita um diálogo entre duas pessoas, evidenciando a linguagem direta e simples, como se o amigo exilado escutasse.
d. usa de elementos do gênero carta deliberadamente, mostrando o esforço em se comunicar mesmo com a censura tão presente.
e. apresenta características da língua falada, escolhendo elementos como os cumprimentos “meu caro amigo” e “adeus!” para isso.
Resolução:
a. Você reconheceu corretamente o gênero carta, porém faltou perceber o motivo para a escolha dos elementos de uma carta, bem como a progressão temática do texto. O “correio arisco” faz alusão a censura que ainda ocorria na época.
b. Aqui também você soube reconhecer os elementos textuais do gênero carta. Ótimo! O que faltou foi ver que a escolha desse gênero não foi só estilística, mas principalmente porque escrever uma carta em forma de música foi a forma encontrada para se comunicar com o amigo exilado.
c. A linguagem direta e simples apresentada na canção, neste caso, não indica que seja um diálogo entre duas pessoas, mas sim uma carta – em forma de música – para alguém.
d. CORRETA. Você soube identificar os elementos de carta na música, bem como compreender o tema da canção: mandar notícias para o amigo exilado, mesmo cartas não sendo a melhor opção na época por causa da censura, através de uma música-carta.
e. Na verdade, os cumprimentos são elementos do gênero carta, que também lembram um pouco a língua falada por serem mais diretos. Porém, a carta não é um gênero majoritariamente marcado por traços de fala.
Alternativa correta: D
Dica do Me Salva!:
A questão é sobre gênero textual. Lembra deles? Conto, crônica, poema, receita de comida, diário, etc. Isso tudo é gênero textual. Aqui é muito importante saber as características de
cada gênero e ter em mente que nem sempre é óbvio. Nesta questão estamos falando de uma canção com traços do gênero carta!
Leia o texto abaixo:
[...] Só pra ilustrar, sou mãe há quase 14 anos e jamais me senti contemplada por uma campanha publicitária de Dia das Mães. Primeiro eu pensava que não era o perfil ordinário de mãe, me achava a diferentona. Depois percebi que existia toda uma gama de mulheres no meu perfil, sim, e em outros muitos, que eram mães há até mais tempo do que eu mas nunca tinham aparecido. Mães tatuadas. Mães criadoras. Mães escritoras, musicistas, cantoras. Mães executivas, mães faxineiras, mães dentistas, mães negras, índias. Segundo a publicidade, só existem mães brancas, né?
Estamos no glorioso ano de 2017 e, quando pensamos em mãe, ainda estamos condicionadas a pensar em um estereótipo que foi usado por tanto tempo que grudou nas nossas cabeças como um chiclete velho e não desgruda. [...]
Fonte: http://bit.ly/2v2Aa1V (adaptado)
Neste texto, a autora Clara Averbuck procura defender o ponto de vista de que nem todas as mães são iguais. Para isso, ela:
a. usa de recursos argumentativos como a ironia, ao falar que só existem mães brancas, para satirizar as mães consideradas no “padrão”.
b. faz uso de vários exemplos de diferentes tipos de mães para trazer concretude a sua argumentação e deixar o seu ponto de vista claro.
c. traz metáforas como “chiclete velho e não desgruda” para fazer referência à imagem da mãe diferentona que ela pensava ser a única.
d. utiliza o adjetivo “glorioso” para caracterizar o ano de 2017 com a intenção de indicar como estamos vivendo em tempos melhores.
e. mostra outros tipos de mães com o intuito de argumentar que elas ainda são minoria e, por isso, o padrão ainda importa muito.
Resolução:
a. Você soube perceber o recurso argumentativo da ironia, porém ela não está sendo usada para satirizar as mães consideradas no “padrão”, mas sim a publicidade que só retrata mães assim.
b. CORRETA: Ao listar tipos de mãe que quebram o estereótipo, ela não está apenas enumerando, a autora também está comprovando o que está defendendo: existem muitos tipos de mães no mundo.
c. Você reconheceu o recurso da metáfora, mas ela não está no texto para fazer referência à mãe diferentona, mas sim ao estereótipo do que é ser mãe que nunca é esquecido.
d. Na verdade, o adjetivo “glorioso” também é usado para fazer uma ironia. No contexto do que está escrito, essa palavra é usada para satirizar todos os problemas que não param de acontecer atualmente no mundo.
e. Mostrar outros tipos de mãe reforça o argumento de que o padrão é um estereótipo e não a maioria.
Alternativa correta: B
Dica do Me Salva!:
A questão é uma interpretação de texto, mas com foco nos recursos argumentativos. Os recursos argumentativos: tudo que é usado pelo autor(a) para construir a sua argumentação. Palavras, expressões, figuras de linguagem, construções de frases e períodos e tantas outras coisas.
ele disse:
“juro que te amo” ela cobrou à vista.
Romão, Luiza. Coquetel Motolove. Selo Doburro. São Paulo: 2015.
Sobre o texto de Luiza Romão, é possível afirmar que:
a. por se tratar de um texto muito breve, é difícil compreender o sentido completo do que a autora quis dizer.
b. o uso do discurso direto durante o poema é apenas uma escolha da autora e não influencia no sentido do texto.
c. palavras relacionadas a dinheiro, como “juro” e “à vista”, são usadas pela autora para falar sobre amor.
d. por fazer uso de discurso direto e indireto e apresentar jogos de palavras, a linguagem do texto é complexa.
e. o uso dos pronomes pessoais “ele” e “ela” traz a ideia completa sobre quem são as pessoas retratadas.
Resolução:
a. O tamanho de um texto não influencia na completude do seu sentido. Você consegue perceber pela leitura que se trata de 1) um poema sobre o amor, 2) ele prometeu amar e 3) ela quis todo o amor. Isso é já um sentido completo, pois você já compreende uma ação do início, meio e fim.
b. Você reconheceu o uso do discurso direto na segunda linha, ótimo! Porém, é sempre importante lembrar que qualquer estrutura usada pelo autor ou autora influencia diretamente no sentido que se quer dar ao texto.
c. CORRETA. O grande jogo de significados desse poema é justamente o uso da palavra “juro” – que remete à palavra “juros” – e da expressão “cobrar à vista” – que remete à “pagar à vista” – para mostrar como ele e ela tratam o amor.
d. Você está certo em perceber que a autora, neste pequeno texto, faz uso de diferentes estruturas. Contudo, a linguagem em si é muito simples, com palavras do dia a dia e expressões corriqueiras.
e. Pelo contrário! O uso do “ele” e do “ela”, na verdade, não dizem nada além de que é um “ele” e uma “ela”. Quem eles são detalhadamente não aparece, justamente para que qualquer ele se veja no “ele” do poema e qualquer ela se veja na “ela” do poema.
Alternativa correta: C
Dica do Me Salva!:
O foco da questão é entender e encontrar os recursos linguísticos e expressivos da língua que foram usados pela autora para construir o sentido desejado por ela. Esses recursos podem ser figuras de linguagem, podem ser jogos de palavras. Todo mundo que escreve um texto usa desses recursos. O importante é localizar isso no texto.
“Para as ciências da linguagem, não existe erro na língua. Se a língua é entendida como um sistema de sons e significados que se organizam sintaticamente para permitir a interação humana, toda e qualquer manifestação linguística cumpre essa função plenamente.”
Fonte: Bagno, Marcos. Nada na língua é por acaso. (Adaptado)
No texto acima, Marcos Bagno fala sobre a língua portuguesa e o seu uso. Sobre o assunto, é importante dizer:
a. ainda que as ciências da linguagem afirmem que não existe erro na língua, não é toda a interação linguística que funciona como língua.
b. a ciência afirma que não existe erro, porque o foco da língua é gerar a interação humana de diversas maneiras e em diversos usos sociais.
c. o erro citado no texto não existe se seguida as normas da língua, caso essas normas não sejam cumpridas ele ocorrerá de qualquer forma.
d. as ciências da linguagem estão completamente de acordo com aqueles que defendem o conservadorismo da língua portuguesa, ambos negando o erro. e. é equivocado afirmar que não existe erro na língua, já que a interação
humana só acontece quando a língua é usada de maneira perfeita.
Resolução:
a. Aqui você pode perceber no texto de Marcos Bagno que qualquer interação linguística funciona, já que a língua tem como função promover, através de um sistema de sons e significados, a interação humana. Se existe interação, comunicação, existe língua.
b. CORRETO. Quando dizemos que não existe erro na língua é porque assumimos a afirmação de que 1) existe uma variação linguística, portanto, não existe apenas uma forma da língua ser correta, 2) a língua acontece sempre que houver interação humana, ou seja, desde que exista comunicação e 3) existem diversos usos sociais para a língua, sendo impossível colocar na caixinha “certo” ou “errado”.
c. O problema nesta alternativa é considerar apenas as normas como correto quando se fala em língua. Se a língua é a interação humana através de sons e significados organizados sintaticamente, ela pode acontecer de muitas formas, já que somos muitos. Portanto, ter como certo apenas as normas não vale.
d. Aqueles que acreditam no conservadorismo da língua têm como crença principal que existe uma língua certa e uma errada, o que não é o caso quando falamos de variação linguística.
e. Aqui você pode entrar em várias questões existenciais, como, por exemplo, o que é perfeito? Mas vamos simplificar e apenas dizer que se a língua é interação humana, ela pode acontecer de várias formas e cada forma vai ser perfeita e correta no seu uso social.
Alternativa correta: B
Dica do Me Salva!:
A questão é sobre variação linguística. Ou seja, como a língua pode ser usada de várias formas conforme o contexto social em que se está inserido. Uma dica legal para essa questão é que caso você não lembre nada sobre variação, o texto em si explica bastante sobre o assunto. Por isso é sempre importante ler com atenção os textos das questões.
TEXTO I
A Morte Chega Cedo
A morte chega cedo, Pois breve é toda vida O instante é o arremedo De uma coisa perdida.
O amor foi começado, O ideal não acabou, E quem tenha alcançado Não sabe o que alcançou.
E tudo isto a morte Risca por não estar certo No caderno da sorte Que Deus deixou aberto.
Fonte: http://www.citador.pt/poemas/a-morte-chega-cedo-fernando-pessoa
TEXTO II
Morrer podia ser só um pouquinho
podia ser um passeio
viagem pela noite que acabasse no café
Morrer como uma aventura uma montanha
andar o deserto a pé depois voltar
Como dançar de olho fechado se perder em outro corpo
como uísque bom, um sono inteiro um prazer, um cheiro
Morrer podia até ser um castigo porta fechada com prazo de fim mas não esse buraco, esse abismo seu riso para sempre ausente sua música soando em mim
Rezende, Maria. Bendita Palavra. 2008. 7 Letras: Rio de Janeiro.
Os dois poemas acima são de períodos distintos: o primeiro, de Fernando Pessoa, é do ano de 1930, enquanto o segundo, de Maria Rezende, é de 2008. Ainda que a autora e o autor não sejam da mesma época, os textos:
a. têm como tema principal a morte, sendo que o Texto II demonstra uma visão mais positiva do que o Texto I.
b. retratam a morte através da visão poética de seus autores, ambos construindo uma imagem boa sobre o assunto.
c. são escritos com abordagens diferentes, mas os dois textos demonstram a perda causada pela morte.
d. parecem tratar do mesmo assunto, a morte, contudo o Texto I fala, na verdade, sobre perder um amor.
e. focam na morte e em suas consequências, apresentando indícios de que os dois poemas são feitos para alguém.
Resolução:
a. Você soube perceber que os dois poemas tratam sobre o mesmo tema, porém, ainda que o Texto II comece com um tom mais esperançoso, os dois textos retratam a perda da morte e as tristezas e ausências que ela causa. b. Você reconheceu a linguagem poética dos dois poemas, contudo nenhum
dos dois apresenta uma visão boa sobre a morte. O texto I fala sobre tudo que a morte risca, apaga (amor, ideais), enquanto o texto II fala sobre a ausência eterna de quem morreu.
c. CORRETA. Você reconheceu que a abordagem dos poemas são distintos: o texto I fala mais sobre como a vida é breve e como tudo pode se perder de repente com a morte. Já o texto II pinta um universo de possibilidades de como poderia ser a morte, para no final explicar a ausência e perda que na verdade ela é. Ou seja, dois caminhos diferentes para falar sobre as perdas que a morte causa.
d. O texto I fala do amor como algo que é riscado pela morte, ou seja, o assunto principal é a morte.
e. No primeiro poema não há indícios de que ele seja direcionado a alguém especial. Porém, no segundo os dois últimos versos usando a segunda pessoa do singular (seu/ sua) pode ser uma indicação de que a autora está falando diretamente com alguém.
Alternativa correta: C
Dica do Me Salva!:
A questão é sobre interpretação de texto. Neste caso, uma questão de comparação de dois textos sobre o mesmo assunto. Esse tipo de questão é super frequente no ENEM, e é só ler com bastante atenção. Marque as partes que você encontrar coisas parecidas nos dois textos. Nessa questão, o enunciado também dá informações importantes, então fique sempre de olho no enunciado da questão!
séria e asseada em exagero: a sua casa estava sempre úmida das consecutivas lavagens. Em lhe apanhando o mau humor punha-se logo a espanar, a varrer febrilmente, e, quando a raiva era grande, corria a buscar um balde de água e descarregava-o com fúria pelo chão da sala. A filha tinha quinze anos, a pele de um moreno quente, beiços sensuais, bonitos dentes, olhos luxuriosos de macaca. Toda ela estava a pedir homem, mas sustentava ainda a sua virgindade e não cedia, nem à mão de Deus Padre, aos rogos de João Romão, que a desejava apanhar a troco de pequenas concessões na medida e no peso das compras que Florinda fazia diariamente à venda.
Fonte: http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/cortico.pdf
Aluísio Azevedo é um dos representantes brasileiros do naturalismo, escola literária que, segundo o texto, apresentava
a. traços em que a raça, o meio e o momento influenciavam o comportamento das personagens.
b. elementos da animalização das personagens, influência da teoria da evolução de Darwin.
c. denúncia contra o celibato clerical, já que nem um padre é capaz de se proteger das investidas da menina.
d. personagens que são moradores de um cortiço do Rio de Janeiro, cujos habitantes eram instrumentos de denúncia social.
e. personagens que faziam parte da burguesia e, por isso, as histórias eram contadas para mostrar os seus costumes.
Resolução:
a. Você precisa interpretar o texto e associar à característica ideal do naturalismo. Segundo o texto, não há evidência das influências da raça, do meio e do momento na conduta das personagens – embora estas sejam características dessa escola literária.
b. CORRETA. Você percebeu bem que as personagens estavam sendo descritas como se fossem animais. O zoomorfismo é uma das características do romance naturalista.
c. Você não deveria associar a real característica do naturalismo – a denúncia contra o celibato clerical – no trecho mencionado. Ali temos o Padre como objeto de desejo da personagem.
d. Você não deveria associar o enredo do romance O Cortiço à característica do naturalismo. Aqui, Você deve interpretar adequadamente o que o enunciado está pedindo.
e. Você deve ter o conhecimento prévio de que as personagens burguesas eram empregadas nos romances românticos, não nos romances naturalistas.
Alternativa correta: B
Dica do Me Salva!:
A questão é sobre Literatura, mais especificamente Naturalismo. Aqui o texto serve como um apoio, ou seja, o texto propriamente dito já ajuda na resolução da questão. O enunciado também é muito importante!
Fonte: http://boasdegarfo.com.br/etc/curiosidades/2014/08/design-lata-sopa-campbells/
Em 1962, Warhol produziu 32 pinturas, cada uma representando um sabor da linha de sopas concentradas da Campbell’s (imagem acima). Analisando esta produção, chegamos à conclusão de que ela faz parte do movimento Pop Art. Qual a melhor alternativa que define o movimento Pop Art, representado nesta obra de Andy Warhol?
a. A crítica de forma irônica a vida cotidiana materialista e consumista. b. O consumo de um alimento pelo seu nutriente.
c. A fabricação em massa do produto.
d. A cor vibrante da embalagem, para induzir o consumo. e. O formato realista da obra.
Resolução
a. A função da arte que Você deve perceber ao conhecer o movimento Pop Art é que tal movimento tem como finalidade apresentar, de forma irônica, o consumismo na publicidade.
b. Você deve reconhecer que o consumo do alimento pelo seu nutriente não é a definição do movimento Pop Art.
c. Por meio de conhecimentos prévios e leitura do texto, Você deve reconhecer que a fabricação em massa de tal produto não relação com a essência do movimento Pop Art.
d. CORRETA: Você deve reconhecer que a finalidade da Pop Art é justamente fazer o público repensar sobre o consumismo.
e. Você deve reconhecer, e associar adequadamente que a finalidade do movimento Pop Art que não é somente dar realismo à obra apresentada.
Alternativa correta: D
Dica do Me Salva!:
A questão é sobre interpretação de texto, mas não texto escrito e sim uma obra de arte. As informações do enunciado também podem ajudar, já que saber que explica o contexto social da obra. Para responder é preciso interpretar cores, organização das imagens, o que são as imagens e tudo mais que ela represente.
