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COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação 1ª PROVA PARCIAL DE LITERATURA

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Academic year: 2021

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Texto

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1ª Prova Parcial/ Literatura/ Professor Diego/ 1º ano/ pag 1

2012

1ª PROVA PARCIAL DE LITERATURA

Aluno(a): Nº

Ano: 1º Turma: Data: 31/03/2012 Nota:

Professor(a): Diego Guedes Valor da Prova: 40 pontos

Orientações gerais: 1) Número de questões desta prova: 12

2) Valor das questões: Abertas (4): 6,0 pontos cada. Fechadas (8): 2,0 pontos cada. 3) Provas feitas a lápis ou com uso de corretivo não têm direito à revisão.

4) Aluno que usar de meio ilícito na realização desta prova terá nota zerada e conceituação comprometida.

5) Tópicos desta prova: Definições de literatura

O auto da barca do inferno, Gil Vicente.

Textos para as questões 1 e 2 Texto 1

Memória – Carlos Drummond de Andrade

Amar o perdido deixa confundido este coração. Nada pode o olvido contra o sem sentido apelo do Não.

As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão. Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão.

1ª Questão: Os dois textos acima apresentam o mesmo título: memória. Um deles é tratado como

literatura, o outro é uma definição, um verbete de enciclopédia. Os dois textos tem a mesma intenção? Por que chamamos apenas um deles de literatura? Apresente exemplos que confirmem o seu posicionamento.

________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________

2ª Questão

:

A partir dos textos 1 e 2, podemos afirmar que:

a) Apesar da estrutura diferenciada, os dois textos definem memória de uma maneira similar.

b) Enquanto o texto 2 pretende ser apenas informativo, Drummond apresenta a memória como aquilo que se volta para o que perdemos, para as “coisas findas”.

COLÉGIO XIX DE MARÇO

excelência em educação

Texto 2

Memória – Wikipedia

A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis, seja internamente, no cérebro, seja externamente, em dispositivos artificiais.

Olvido: esquecido.

(2)

1ª Prova Parcial/ Literatura/ Professor Diego/ 1º ano/ pag 2

c) As rimas e organizações em estrofes não modificam a maneira como lemos o texto 1, tornando-o muittornando-o parecidtornando-o ctornando-om tornando-o texttornando-o 2.

d) Os textos são formas diferentes de se dizer exatamente a mesma coisa.

e) Enquanto Drummond tenta se aproximar do gênero notícia de jornal no texto 1, a definição da Wikipédia apresenta-se de maneira poética.

Texto para as questões 3 e 4 Catar feijão – João Cabral de Melo Neto

Catar feijão se limita com escrever: joga-se os grãos na água do alguidar e as palavras na folha de papel; e depois, joga-se fora o que boiar. Certo, toda palavra boiará no papel, água congelada, por chumbo seu verbo: pois para catar esse feijão, soprar nele, e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

Ora, nesse catar feijão entra um risco: o de que entre os grãos pesados entre um grão qualquer, pedra ou indigesto, um grão imastigável, de quebrar dente. Certo não, quando ao catar palavras: a pedra dá à frase seu grão mais vivo: obstrui a leitura fluviante, flutual,

açula a atenção, isca-a como o risco.

3ª Questão: A partir do poema acima, responda:

a) João Cabral de Melo Neto compara o ato de “catar feijão” ao ofício do poeta. Como ele constrói essa comparação?

________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ b) A literatura é autorreflexiva: os textos literários também, muitas vezes, falam do próprio ato de se fazer literatura. Explique como podemos perceber isso no texto.

________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ c) qual a diferença essencial entre “catar feijão” e compor o poema? O que é ruim para o “feijão” mas é bom para o poema?

________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

4ª Questão: No penúltimo verso do poema João Cabral de Melo Neto diz que a pedra,dando “á

frase seu grão mais vivo”, impede que a leitura fluviante e flutual. O que o poeta pretende com essas duas formas adjetivas?

a) Confundir o leitor colocando palavras que não existem tem língua portuguesa, causando assim um estranhamento por não saber o que aquilo significa.

b) Fazer uma brincadeira trocando as sílabas “tu” por “vi” nas palavras flutuante e fluvial, dizendo assim que a pedra impede uma leitura “rasa”, como que levada pelas águas da chuva.

c) Criar um efeito sonoro pela repetição de duas palavras que começam com o encontro consonantal “fl” e tem o som do “t” na última sílaba.

d) Tirar a atenção do leitor para tornar a leitura mais difícil.

e) Colocar no texto palavras que não significam nada, mas acabam se encaixando no texto pela sonoridade, dando harmonia ao verso.

(3)

1ª Prova Parcial/ Literatura/ Professor Diego/ 1º ano/ pag 3

5ª Questão (ENEM 2011)

Onde está a honestidade? – Noel Rosa

Você tem palacete reluzente Tem joias e criados à vontade

Sem ter nenhuma herança ou parente Só anda de automóvel na cidade E o povo pergunta com maldade: Onde está a honestidade?

Onde está a honestidade?

O seu dinheiro nasce de repente E embora não se saiba se é verdade Você acha nas ruas diariamente Anéis, dinheiro e felicidade... Vassoura dos salões da sociedade Promove festivais de caridade

Em nome de qualquer defunto ausente...

Um vulto da história da música popular brasileira, reconhecido nacionalmente, é Noel Rosa. Ele nasceu em 1910 no Rio de Janeiro, portanto, se estivesse vivo estaria completando 100 anos. Mas faleceu aos 26 anos de idade, vítima de tuberculose, deixando um acervo de grande valor para o patrimônio cultural brasileiro. Muitas de suas letras representam a sociedade contemporânea, como se tivessem sido escritas no século XXI.

Um texto pertencente ao patrimônio literário brasileiro é atualizável, na medida em que se refere aos valores e situações de um povo. A atualidade da canção Onde está a honestidade? , de Noel Rosa, evidencia-se por meio

a) da ironia, ao se referir ao enriquecimento de origem duvidosa de alguns. b) da crítica aos ricos que possuem joias, mas não têm herança.

c) da maldade do povo a perguntar sobre a honestidade. d) do privilégio de alguns em clamar pela honestidade. e) da insistência em promover eventos beneficentes.

6ª Questão: A peça o auto da barca do inferno promove uma críticas acerca dos valores

portugueses no início do século XVI. Assinale a alternativa que estabelece um eixo de comparação plausível entre a canção de Noel Rosa e a peça de Gil Vicente.

a) Os dois textos tem exatamente a mesma estrutura, além de apresentarem uma linguagem semelhante.

b) Há, tanto no teatro vicentino, quanto na canção de Noel Rosa, uma crítica a organização da sociedade: no auto da barca Gil Vicente denúncia os abusos de poder, e na canção Noel Rosa indica os meio desonestos de se conseguir dinheiro.

c) A única semelhança entre os dois textos é terem sido escritos em língua portuguesa, e serem próprio para apresentações artísticas: a música para ser cantada, e a peça para ser encenada. d) Os dois textos são produzidos na mesma época, por isso tem algo de semelhante.

e) Noel Rosa criou uma espécie de releitura da peça de Gil Vicente, mas o fez a sua modo: compôs um samba.

7ª Questão: (UNICAMP - adaptada) Leia o diálogo abaixo, de Auto da Barca do Inferno:

DIABO

Cavaleiros, vós passais e não perguntais onde ir? CAVALEIRO

Vós, Satanás, presumis? Atentai com quem falais! OUTRO CAVALEIRO Vós que nos demandais? Siquer conhecê-nos bem. Morremos nas partes d’além, e não queirais saber mais.

(Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno, em Antologia do Teatro de Gil Vicente. Org. Cleonice Berardinelli, Rio de Janeiro: Nova Fronteira/ Brasília: INL, 1984, p.89.)

(4)

1ª Prova Parcial/ Literatura/ Professor Diego/ 1º ano/ pag.4

a) Por que o cavaleiro chama a atenção do Diabo?

________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ b) Como morreram os Cavaleiros, e como isso se relaciona ao fato de eles irem direto para o céu? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________

8ª Questão: Leia com atenção o fragmento do Auto da Barco do Inferno, de Gil Vicente: Parvo - - Hou, homens dos breviários,

Rapinastis coelhorum Et pernis perdigotorum E mijais nos campanários.

Não é correto afirmar sobre o texto:

a) As falas do Parvo, como esta, sempre são repletas de gracejos e de palavrões, com intenção satírica.

b) Nesta fala, o Parvo está denunciando a corrupção do Juiz e do Procurador. c) O latim que aparece na passagem é exemplo de imitação paródia dessa língua. d) Por meio de seu latim, o Parvo afasta-se de seu simplicidade, mostrando-se conhecedor de outra línguas.

e) Ao misturar um falso latim com palavrões, Gil Vicente demonstra a natureza popular de seu teatro e de seus canais de expressão.

9ª Questão: Com relação ao Auto da Barca do Inferno, por que é correto falar que Gil Vicente

promove uma crítica aos valores da sociedade portuguesa da época? Apresente exemplos de personagens que vão para o inferno e representam instituições importantes.

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10ª Questão: (FUVEST-SP) Caracteriza o teatro de Gil Vicente:

a) A revolta contra o cristianismo. b) A obra escrita em prosa.

c) A elaboração requintada dos quadros e cenários apresentados. d) A preocupação com o homem e com a religião.

e) A busca de conceitos universais.

Textos para as questões 11 e 12 Texto I

Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo E ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo

MartimCodax

Verrá: virá Levado: agitad0

(5)

1ª Prova Parcial/ Literatura/ Professor Diego/ 1º ano/ pag.5

Texto II

Me sinto com a cara no chão, mas a verdade precisa ser dita ao menos uma vez: aos 52 anos eu ignorava a admirável forma lírica da canção paralelística. O Cantar de amor foi fruto de meses de leitura dos cancioneiros. Li tanto e tão seguidamente

aquelas deliciosas cantigas, que fiquei com a cabeça cheia de “velidas” e ”mha senhor” e “nula ren”; sonhava com as ondas do mar de Vigo e com romarias a San Servando. O único jeito de me livrar da obsessão era fazer uma cantiga.

Manuel Bandeira

11ª Questão: Assinale a afirmativa correta sobre o texto I.

a) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico masculino manifesta a Deus seu sofrimento amoroso.

b) Nessa cantiga de amor, o eu lírico feminino dirige-se a Deus para lamentar a morte do ser amado.

c) Nessa cantiga de amigo, o eu-lírico masculino, manifesta às ondas do mar sua angústia por ter perdido amigo em trágico naufrágio.

d) Nessa cantiga de amor, o eu-lírico masculino dirige-se às ondas do mar para expressar sua solidão.

e) Nessa cantiga de amigo, o eu-lírico feminino dirige-se às ondas do mar para expressar sua ansiedade com relação à volta do amado.

12ª Questão: No texto II, o autor

a) manifesta sua resistência à obrigatoriedade de ler textos medievais durante o período de formação acadêmica.

b) utiliza a expressão “cabeça cheia” para depreciar as formas linguísticas do galaico- português, como “mha senhor” e “nula ren”.

c) relata circunstâncias que o levaram a compor um poema que recupera a tradição medieval.

d) emprega a palavra “cancioneiros” em substituição a “poetas”, uma vez que os textos medievais eram cantados.

e) usa a expressão “deliciosas cantigas” em sentido irônico, já que os modernistas consideraram medíocres os estilos do passado.

Referências

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