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einstein. 2015;13(1):163-4

APRENDENDO POR IMAGENS

1 Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Autor correspondente: Mauro Waiswol − Avenida Albert Einstein, 627/701, bloco A1, 1o andar, sala 106B – Morumbi − CEP: 05652-900 − São Paulo, SP, Brasil − Tel.: (11) 2151-9991 − E-mail: waiswol@terra.com.br Data de submissão: 23/5/2013 − Data de aceite: 27/12/2013

DOI: 10.1590/S1679-45082015AI2850

A membrana pupilar fibrovascular congênita(1-4) é uma

alteração ocular unilateral do segmento anterior (Figu-ra 1) e foi primei(Figu-ramente relatada por Cibis et al., em 1986.(5)

Em alguns casos, foram documentados miose pro-gressiva, embriotoxon posterior e anormalidades do ân-gulo da câmara anterior. A membrana pupilar pode não estar aderida ao cristalino ou também pode se apresen-tar associada a uma caapresen-tarata capsular anterior.(6)

A instilação de agentes midriáticos resulta, normal-mente, em dilatação pupilar pobre, devido a aderências entre a membrana pupilar e a íris, ou por sinéquias pos-teriores.(7)

Quando o reflexo vermelho já não é visível ou seve-ramente comprometido, a cirurgia deverá ser pronta-mente indicada, com o objetivo de restituir a visão e com bater a ambliopia.(8-10)

Esses olhos são geralmente tratados com membra-nectomia e pupiloplastia, com ou sem lensectomia.

Após o preenchimento da câmara anterior com vis-coelástico, a pupila foi mecanicamente distendida e, a seguir, a membrana fibrovascular foi excisada (não foi necessário realizar esfincterectomias). Nos pacientes que apresentam indicação cirúrgica apenas de mem-branectomia, devemos estar atentos para não provocar uma catarata traumática por toque indevido sobre a cápsula anterior do cristalino.

No pós-operatório, o olho esquerdo foi tratado com os colírios, acetato de prednisolona 1% e cloridrato de ciclopentolato 1%. A lente cristalianiana manteve-se clara, em ambos os olhos. Posteriormente, foram pres-critos óculos e terapia antissupresiva com oclusão, em tempo parcial do olho contralateral.

Habitualmente a membrana pupilar fibrovascular congênita é caracterizada em sua histologia,(7) por

apre-Figura 1. Membrana pupilar fibrovascular congênita

Membrana pupilar fibrovascular congênita

Congenital fibrovascular pupillary membrane

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einstein. 2015;13(1):163-4

164 Waiswol W, Ejzenbaum F, Wu DC, Kagohara E, Reggi JR

sentar tecido fibrovascular contendo vênulas e arterío-las, fibrócitos, colágeno extracelular e células alongadas imunorreativas, para musculatura lisa.

Membranas pupilares fibrovasculares congênitas po -dem recidivar se não forem completamente removidas. A miose progressiva, associada à recorrência dessas membranas, é, provavelmente, mediada pelos miofi-broblastos.

Concluindo, quando houver indicação, a cirurgia deve ser realizada o mais precocemente possível; caso contrário, haverá uma disfunção visual irreversível, por privação de estímulo, instalando-se a ambliopia.

REFERÊNCIAS

1. Jacobs M, Jaouni Z, Crompton J, Kriss A, Taylor D. Persistent pupillary membranes. J Pediatr Ophthalmol Strabismus. 1991;28(4):215-8.

2. Muen WJ, Roberts C, Sagoo MS, Reddy MA. Persistent fetal vasculature. Ophthalmology. 2012;119(9):1944-5.e1-2.

3. Norris JH, Backhouse OC. The congenital pinhole: a persistent pupillary membrane. Clin Exp Optom. 2010;93(2):100-1.

4. Tartarella MB, Takahagi RU, Braga AP, Fortes Filho JB. Persistent fetal vasculature: ocular features, management of cataract and outcomes. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(3):185-8.

5. Cibis GW, Waeltermann JM, Hurst E, Tripathi RC, Richardson W. Congenital pupillary-iris-lens membrane with goniodysgenesis (a new entity). Ophthalmology. 1986;93(6):847-52.

6. Müllner-Eidenböck A, Amon M, Moser E, Klebermass N. Persistent fetal vasculature and minimal fetal vascular remnants: a frequent cause of unilateral congenital cataracts. Ophthalmology. 2004;111(5):906-13.

7. Lambert SR, Buckley EG, Lenhart PD, Zhang Q, Grossniklaus HE. Congenital fibrovascular pupillary membranes: clinical and histopathologic findings. Ophthalmology. 2012;119(3):634-41.

8. Curi R, Herzog Neto G. Câmara AG. Ambliopia por persistência de membrane pupilar. Rev Bras Oftalmo. 1986;45(5):15-7.

9. Kesarwani S, Murthy R, Vemuganti GK. Surgical technique for removing congenital fibrovascular pupillary membrane, with clinicopathological correlation. J AAPOS. 2009;13(6):618-20.

Imagem

Figura 1. Membrana pupilar fibrovascular congênita

Referências

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