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Impresso por: MS Em: 10/07/ :17:41 EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

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(1)

EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA PRESIDENTE DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL

PAULO RENATO PAIM, brasileiro, casado, Senador da República,

portador da carteira de identidade nº 2587611, inscrito no CPF Nº 110.629.750-49, com

endereço funcional na Esplanada dos Ministérios, Praça dos Três Poderes, Senado Federal,

Anexo I, 22º Andar, Brasília, DF

LUIZ LINDBERGH FARIAS FILHO, brasileiro, casado, Senador da

República (PT/RJ), portador de cédula de identidade RG 13.449.272-7 - IFP/RJ, inscrito

no CPF 690.493.514-68, com endereço funcional na Esplanada dos Ministérios, Praça dos

Três Poderes, Senado Federal, Anexo II, Bloco A Ala Teotônio Vilela, Gabinete 11, CEP

70.165-900, Brasília, DF;

GLEISI HELENA HOFFMANN, brasileira, casada, Senadora da

República (PT/PR), portadora de cédula de identidade RG nº 3996866-5 SSP/PR, inscrita

no CPF sob nº 676.770.619-15, com endereço funcional na Esplanada dos Ministérios,

Praça dos Três Poderes, Senado Federal, Ala Teotônio Vilela, gabinete 04, CEP

70.165-900, Brasília/DF;

Impresso por

: 392.485.868-30 MS 34989

Em:

(2)

HUMBERTO SÉRGIO COSTA LIMA, brasileiro, solteiro, Senador da

República (PT/PE), portador da carteira de identidade RG nº 1167257, inscrito no

CPF/MF 152.884.554-49, com endereço funcional na Esplanada dos Ministérios, Praça

dos Três Poderes, Senado Federal, Anexo II, Bloco A, Ala Teotônio Vilela, Gabinete 25,

CEP 70.165-900, Brasília, DF;

PAULO ROBERTO GALVÃO DA ROCHA, brasileiro, em união

estável, Senador da República (PT/PA), portador da carteira de identidade RG nº 2313776,

inscrito no CPF nº 023.660.102-49, com endereço funcional na Esplanada dos Ministérios,

Praça dos Três Poderes, Senado Federal, Anexo II, Bloco A, Ala Teotônio Vilela Gabinete

08, CEP 70.165-900, Brasília/DF;

MARIA DE FÁTIMA BEZERRA, Senadora da República (PT/RN),

portadora de cédula de identidade RG n.º 285.404 SSP/RN, inscrita no CPF n.º

160.257.334.49, com endereço funcional na Esplanada dos Ministérios, Praça dos Três

Poderes, Senado Federal, Anexo II, Bloco A Ala Teotônio Vilela, Gabinete 03, CEP

70.165-900, Brasília, DF;

MARIA REGINA SOUSA, brasileira, solteira, Senadora da República,

portadora da carteira de identidade nº 113867, inscrita no CPF nº 053.54733-34, com

endereço funcional na Praça dos Três Poderes, Senado Federal Anexo II Bloco A Térreo

Ala Afonso Arinos Gabinete 06, CEP 70.165-900, Brasília/DF;

JORGE NEY VIANA MACEDO NEVES, brasileiro, casado, Senador

da República, portador da carteira de identidade nº 64331 SSP/AC, inscrito no CPF nº

969.804.868-53, com endereço funcional na Esplanada dos Ministérios, Praça dos Três

Poderes, Senado Federal, Anexo II, Bloco B, Ala Ruy Carneiro Gabinete 01, CEP

70.165-900, Brasília, DF

JOSÉ BARROSO PIMENTEL, brasileiro, viúvo, Senador da República

(PT/CE), portador da carteira de identidade RG nº 2007645124-5, inscrito no CPF/MF

Impresso por

: 392.485.868-30 MS 34989

Em:

(3)

065.325.353-20, com endereço funcional na Esplanada dos Ministérios, Praça dos Três

Poderes, Senado Federal, Anexo I, 23º andar, CEP 70.165-900, Brasília, DF,

vêm, por seus advogados abaixo subscritos, com base no art. 5º, LXX, a,

da CR/88, e no art. 21, da Lei n. 12.016, de 7 de Agosto de 2009, impetrar o presente:

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO COM PEDIDO DE LIMINAR

em face de ato coator perpetrado pelo Sr. PRESIDENTE DO

SENADO FEDERAL, EUNICIO LOPES DE OLIVEIRA, brasileiro, Senador da

República (PMDB/CE), portador da carteira de identidade RG nº 942773, inscrito no

CPF/MF 036.790.043-20, com endereço funcional na Presidência do Senado Federal,

localizada no Senado Federal, Praça dos Três Poderes, Brasília – DF, CEP 70.165-900,

materializado juridicamente no indeferimento de requerimento que pugna pelo

cumprimento do disposto no art. 114 do ADCT na tramitação do PLC 38/2017 – Reforma

Trabalhista.

I – CONTEXTO FÁTICO

1.

Em 28 de Abril de 2017 foi encaminhado ao Senado Federal o processo

do Projeto de Lei da Câmara dos Deputados, nº 38, de 2017, proposta conhecida

como Reforma Trabalhista.

2.

Em 02 de Maio a matéria foi lida no Plenário da Senado Federal, tendo

sido despachada para tramitação perante comissões da Casa.

3.

Após diversos embates políticos a proposta tramitou na Comissão de

Assuntos Econômicos, entre 04 de maio e 06 de Junho, quando o parecer foi

aprovado por 14 votos a 11; em seguida, na Comissão de Assuntos Sociais, de 06 a

20 de Junho, quando a matéria foi derrotado por 10 votos a 9; e, na Comissão de

Constituição, Justiça e Cidadania, entre 20 e 28 de Junho, quando o parecer foi

aprovado por maioria de votos dos membros da Comissão.

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: 392.485.868-30 MS 34989

Em:

(4)

4.

Em 04 de Julho de 2017 foi aprovado em Sessão Plenária requerimento

de urgência para tramitação da matéria, a fim de que sua votação possa ocorrer,

segundo anunciado pelo Presidente da Casa, ora autoridade coatora, até o próximo

dia 11 de Julho.

5.

No mesmo dia 04 de Julho, a autoridade coatora indeferiu questão de

ordem apresentada pelo Senador Lindbergh Farias que pleiteava o saneamento de

grave vício na tramitação da proposta legislativa que, não apresenta até o momento

da devida estimativa de seu impacto orçamentário e financeiro, conforme estipula o

disposto no art. 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

6.

Em flagrante ato ilegal, a autoridade coatora, na presente data negou

seguimento ao requerimento que pugna pelo cumprimento do disposto no art. 114

do ADCT, impedidno a suspensão da tramitação da proposta por até vinte dias, a

fim de que fosse apresentada análise da compatibilidade da proposta com o “Novo

Regime Fiscal”.

II - DO ATO COATOR

7.

Consiste o ato coator, praticado pelo Sr. Presidente do Senado Federal,

na negativa de seguimento a requerimento que pugna pelo cumprimento do disposto

no art. 114 do ADCT, conforme se demonstra em excerto das notas taquigráficas da

Sessão Plenária de 05 de julho de 2017:

O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – (...) Então, a Mesa indefere o requerimento de V. Exª.

V. Exª tem o direito, obviamente, de recorrer...

O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – É claro.

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: 392.485.868-30 MS 34989

Em:

(5)

O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – ...ao Supremo, no caso, como coloco a V. Exª.

III – DA AUTORIDADE COATORA

8.

De acordo com o disposto no Regimento Interno do Senado Federal,

compete ao Presidente do Senado fazer observar na sessão a Constituição, as leis e o

Regimento da Casa (Art. 48, VIII).

9.

Como se demonstrará a seguir, o Presidente do Senado Federal deixou

de cumprir com tais competências, violando flagrantemente dispositivo

constitucional que incide na garantia parlamentar ao devido processo legislativo, art.

114 do ADCT.

IV - DO CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA E DA

LEGITIMIDADE DOS IMPETRANTES

IV.1 - DA LEGITIMIDADE ATIVA

10.

O Supremo Tribunal Federal já consolidou entendimento a respeito da

legitimidade ativa ad causam de parlamentar em pleno exercício do mandato eletivo

impetrar mandado de segurança com a finalidade de impugnar atos que não se

compatibilizem com o processo legislativo constitucional.

11.

A título exemplificativo pode-se citar:

“O STF admite a legitimidade do parlamentar – e somente do parlamentar – para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo. Precedentes do STF: MS

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: 392.485.868-30 MS 34989

Em:

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20.257/DF, min. Moreira Alves (leading case) (RTJ 99/1031); MS 20.452/DF, min. Aldir Passarinho (RTJ 116/47); MS 21.642/DF, Min. Celso de Mello (RDA 191/200); MS 24.645/DF, min. Celso de Mello, DJ de 15-9-2003; MS 24.593/DF, min. Maurício Corrêa, DJ de 8-8-2003; MS 24.576/DF, min. Ellen Gracie, DJ de 12-9-2003; MS 24.356/DF, min. Carlos Velloso, DJ de 12-9-2003.

[MS 24.667 AgR, rel. min. Carlos Velloso, j. 4-12-2003, P, DJ de 23-4-2004.] = MS 32.033, rel. p/ o ac. min. Teori Zavascki, j. 20-6-2013, P, DJE de 18-2-2014”

“1. O parlamentar no pleno exercício do mandato eletivo ostenta legitimidade ativa ad causam para impetrar mandado de segurança com a finalidade de prevenir atos no processo de aprovação de leis e emendas constitucionais que não se compatibilizem com o processo legislativo constitucional. Precedentes do STF: MS nº 20.257, rel. Min. Moreira Alves, Tribunal Pleno, j. 08/10/1980, DJ de 27.02.1981; MS nº 21.642, rel. Min. Celso de Mello, RDA 191/200; MS nº 21.303, Min. Octavio Galloti; MS nº 24.356, rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, j. 13/02/2003, DJ 12.09.2003; e MS nº 24.642, rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, j. 18/02/2004, DJ 18.06.2004.”

12.

É certo, portanto que a via processual para impugnar o trâmite do

processo legislativo é o mandado de segurança, tendo-se em vista o direito líquido e

certo que toca a cada parlamentar de participar de um procedimento de elaboração

normativa marcado pela lisura e a observância das normas que o disciplinam.

13.

Neste particular lapidar a lição do decano desta Corte, Ministro Celso de

Mello, no julgamento do Mandado de Segurança nº 22.503:

Se o próprio Parlamento desrespeita o processo de formação das leis, negando a alguns de seus membros o direito essencial de discutir as proposições segundo uma ordem previamente estabelecida, não se faz, ele próprio, depositário fiel da grave missão institucional que lhe

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Em:

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foi confiada , pois uma lei ou emenda constitucional oriunda de processo viciado não pode qualificar-se, por imprestável e invalidade que é, como um ato estatal, digno do acatamento e da reverência da coletividade a que se destina.

V – DO DIREITO

14.

Em que pese as fortes críticas políticas apresentadas ao longo de sua

tramitação no Congresso Nacional foi promulgada, no dia 15 de Dezembro de 2016,

a Emenda Constitucional nº 95, que instituiu o Novo Regime Fiscal.

15.

Com o advento deste Novo Regime Fiscal, se tornou obrigatória a

análise da compatibilidade de proposição legislativa que aumente despesa ou renuncie

receita.

16.

O novo art. 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias

(ADCT) diz que:

Art. 113. A proposição legislativa que crie ou altere despesa obrigatória ou renúncia de receita deverá ser acompanhada da estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro.

17.

O dispositivo implicou em verdadeira “constitucionalização” de matéria

originada da Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Complementar nº 101/2000.

18.

Como é cediço, advém desta lei, em seus arts. 14 a 17, a disciplina de tal

matéria de forma clara e explícita.

19.

O art. 14 define o que é caracterizado como renúncia fiscal, disciplina a

forma como deve ser feita a estimativa de impacto e exige a sua compensação:

Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no

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exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:

(...)

20.

Nos termos da LRF, a compensação por uma renúncia de receita, mesmo

quando decorrente de redução da base de cálculo, deverá ser compensada por meio

de elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de

tributo ou contribuição. Em outras palavras, não é permitida a possível compensação

econômica decorrente de um eventual efeito positivo da matéria.

21.

Já o aumento de despesas ou assunção de obrigação está disciplinado nos

artigos 15 a 17 , e devem ser acompanhados da estimativa do impacto

orçamentário-financeiro.

Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17.

Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de:

I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;

II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.

§ 1o Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:

I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie,

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realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício;

II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições.

§ 2o A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada das premissas e metodologia de cálculo utilizadas. § 3o Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa considerada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.

§ 4o As normas do caput constituem condição prévia para: I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de obras;

II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do

art. 182 da Constituição.

Subseção I

Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado

Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios.

§ 1o Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o

caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do

art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.

§ 2o Para efeito do atendimento do § 1o, o ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1o do art. 4o, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser

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compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.

§ 3o Para efeito do § 2o, considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.

§ 4o A comprovação referida no § 2o, apresentada pelo proponente, conterá as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da despesa com as demais normas do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias. § 5o A despesa de que trata este artigo não será executada antes da implementação das medidas referidas no § 2o, as quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar.

§ 6o O disposto no § 1o não se aplica às despesas destinadas ao serviço da dívida nem ao reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição.

§ 7o Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado.

22.

A partir da promulgação da Emenda Constitucional nº 95, portanto,

conformou-se um regime jurídico vertical, que impõe, desde a Constituição, os

requisitos necessários para validade de novas leis que produzam impacto

orçamentário ou financeiro.

23.

A rigidez estabelecida pelo Novo Regime Fiscal impôs com clareza

regras de procedimento ao processo legislativo, como forma de assegurar o

cumprimento da hermética agenda deste instituto, como bem se extrai do art. 114 do

ADCT:

Art. 114. A tramitação de proposição elencada no caput do art. 59 da Constituição Federal, ressalvada a referida no seu inciso V, quando

acarretar aumento de despesa ou renúncia de receita, será suspensa

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por até vinte dias, a requerimento de um quinto dos membros da Casa, nos termos regimentais, para análise de sua compatibilidade com o Novo Regime Fiscal.

24.

Clarividente que o objetivo da “constitucionalização” da matéria foi o de

tornar inescapável a análise da compatibilidade de proposição legislativa que crie ou

altere despesa obrigatória ou renúncia de receita com o Novo Regime Fiscal. Não

fosse este o objetivo da emenda constitucional, suficiente já seria o regime jurídico

estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

25.

Contudo, a contrariu sensu do próprio esforço político empreendido pelo

Poder Executivo para aprovar a emenda constitucional, a base do governo e a

autoridade coatora já desrespeitaram a regra instituída.

26.

Isso porque o PLC nº 38, de 2017 – Reforma Trabalhista, em diversos

dispositivos, amplia despesa e reduz receita, não tendo sido acompanhada de estudo

de impacto orçamentário e financeiro, nem mesmo das premissas e metodologia de

cálculo utilizadas, muito menos de medidas para sua compensação.

27.

São exemplos de dispositivos que acarretam aumento de despesa ou

renúncia de receita:

Aumento de despesa obrigatória de caráter continuado:

28.

Gestante e lactante em local insalubre – art. 394-A, § 1º, da CLT (alterado

pelo art. 1º do PLC nº 38, de 2017): prevê a compensação do valor do adicional de

insalubridade pago à gestante ou à lactante pelo empregador em razão de seu

afastamento quando do recolhimento das contribuições previdenciárias. Isso

significa dizer que ficará a cargo do Erário a referida despesa.

Renúncia de receita por redução da base de cálculo:

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: 392.485.868-30 MS 34989

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29.

Fim da natureza salarial de diversas parcelas pagas ao empregado – art.

457, § 1º e § 2º, da CLT (alterado pelo art. 1º do PLC nº 38, de 2017): a exclusão de

diversas verbas remuneratórias já reconhecidas pela jurisprudência, portanto,

diminuindo a remuneração do empregado, a exemplo de prêmios, abonos, diárias

(revogação do art. 28, § 8º, Lei nº 8.212/1991), haverá renúncia de contribuição

previdenciária incidente sobre tais parcelas e de imposto de renda.

30.

Contrato de trabalho intermitente – art. 443, § 3º, da CLT (alterado pelo

art. 1º do PLC nº 38, de 2017): pela alteração do regime contínuo para a modalidade

intermitente, haverá redução da carga horária e consequentemente da remuneração,

o que implica renúncia de contribuição previdenciária e de imposto de renda sobre a

diferença salarial.

Renúncia de receita por redução de alíquota:

31.

Contribuição sindical optativa – arts. 545, 578, 579 e 582 da CLT

(alterado pelo art. 1º do PLC nº 38, de 2017): projeto trata de diversas contribuições

sindicais, as quais passarão a ser optativas. O resultado imediato será a brutal redução

da contribuição sindical obrigatória (arts. 579 e 582 da CLT). Sindicatos, Federações,

Confederações e Centrais Sindicais terão sua receita reduzida. Mas o impacto não se

limitará às organizações sindicais. É que a Lei nº 11.648/2008 estabelece que 10% da

contribuição paga pelos empregados e 20% das contribuições pagas pelos

empregadores são recolhidos à ‘Conta Especial Emprego e Salário’, mantida pelo

Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Os recursos dessa conta são destinados

ao Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, que, por sua vez, custeiam o programa

de seguro-desemprego e o abono salarial.

32.

Ora, com a redução da receita oriunda da contribuição sindical

obrigatória, haverá um impacto financeiro e orçamentário negativo imediato nos

recursos do FAT.

Impresso por

: 392.485.868-30 MS 34989

Em:

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33.

Os exemplos listados são corroborados por parecer exarado por Adolfo

Costa Araujo Rocha Furtado, Consultor Legislativo de Direito do Trabalho e

Processual do Trabalho, da Câmara dos Deputados, atendendo a consulta feita pela

Liderança da Minoria daquela Casa (doc anexo).

34.

Como bem delimitado no balisado parecer acostado aos autos, são

destacados os dispositivos suscetíveis de gerar alterações de receitas e despesas:

Em determinados casos, apontar-se-á que existe uma probabilidade de haver variações de receitas ou despesas, embora o impacto líquido não possa ser indicado com precisão.

(...)

Por fim, serão mencionados, na seção seguinte, apenas os dispositivos suscetíveis de gerar alterações de receitas e despesas.

35.

Em suma, o PLC nº 38, de 2017, cria despesa obrigatória de caráter

continuado e promove renúncia de receita. Entretanto, a proposição não está

acompanhada da estimativa de impacto orçamentário e financeiro, muito menos

demonstra sua compatibilidade com o novo regime fiscal instituído pela Emenda

Constitucional nº 95, de 2016, o que foi devidamente apontado por Senadores por

meio de questão de ordem, apresentada pelo Senador Lindbergh Farias, na Sessão

Plenária de 04 de Julho último, conforme se observa pelo trecho das notas

taquigráficas da Sessão:

“O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Em suma, Sr. Presidente,

seja como ampliação das despesas, seja como redução das receitas, o fato é que se cria despesa obrigatória de caráter continuado e promove a renúncia de receita. Entretanto, a proposição não está acompanhada de estimativa do seu impacto

orçamentário e financeiro, muito menos foram apresentadas a

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: 392.485.868-30 MS 34989

Em:

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compensação para o exercício vigente e a comprovação de que não irão comprometer as metas fiscais vigentes, já ameaçadas pela queda da arrecadação.

Diante disso, Sr. Presidente, peço a V. Exª:

1. Que a Mesa informe ao Plenário... que a Mesa informe ao Plenário onde está a estimativa do impacto orçamentário e financeiro do PLC nº 38, de 2017, conforme determinam o art. 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e os arts. 14 a 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

2. Peço que Vossa Excelência determine o cumprimento do art. 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para que a proposição legislativa esteja acompanhada da estimativa de impacto orçamentário e financeiro. E, nos

termos do art. 412, inciso XII, do Regimento Interno do Senado Federal, solicito que a estimativa seja apresentada com antecedência tal que possibilite a todos os Senadores e Senadoras o devido conhecimento.

Eu só chamo a atenção para isso, Sr. Presidente. Eu estou falando aqui da Emenda Constitucional nº 95. Foi essa emenda, que foi aprovada como a salvação do problema das finanças públicas do País, que coloca esse artigo no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. E no primeiro momento nós já nos esquecemos disso? Então, é essa a questão de ordem que eu faço a V. Exª.

O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE. Fazendo soar a campainha.) – Senador Lindbergh, com o devido respeito, a

questão de ordem levantada por V. Exª não diz respeito ao processo legislativo, mas, sim, ao controle da constitucionalidade da matéria, que é sujeita ao Supremo Tribunal Federal. No Senado, esse controle é das comissões técnicas que deram parecer favorável à matéria.

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: 392.485.868-30 MS 34989

Em:

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Por esse motivo, a discussão é intempestiva, razão pela qual, pedindo desculpas a V. Exª, não posso deferir a questão de ordem de V. Exª. (...)

O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – Foi indeferida a matéria.

(...)

O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – Senador

Lindbergh, V. Exª... Essa questão de ordem não é aqui no plenário, porque o Plenário não faz o controle de constitucionalidade. As comissões técnicas, são elas que fazem esse controle. Portanto, está indeferido e eu vou colocar em votação.1

36.

Não atendida a questão de ordem na sessão pretérita, no dia 05 de julho,

foi apresentado requerimento que pugnou pelo cumprimento do art. 114 do ADCT,

conforme se demonstra:

O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência

Democrática/PT - RJ) – Sr. Presidente, há um requerimento, aí na mesa, assinado por 19 Senadores. De que trata esse requerimento? Trata do art. 114 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Nós votamos aqui a Emenda à Constituição nº 95, do teto dos gastos. Na votação e nos debates, havia uma grande preocupação com pautas-bomba. Então, o que estava na Lei de Responsabilidade Fiscal foi para a Constituição.

Eu quero ler aqui o art. 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e o art. 114.

O art. 113 diz o seguinte:

11 Notas disponíveis em: http://www25.senado.leg.br/web/atividade/notas-taquigraficas/-/notas/s/23096

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: 392.485.868-30 MS 34989

Em:

(16)

Art. 113. A proposição legislativa que crie ou altere despesa obrigatória ou renúncia de receita deverá ser acompanhada da estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro.

Olhe o que diz, Senador Otto, o art. 114:

Art. 114. A tramitação de proposição elencada no caput do art. 59 da Constituição Federal [...], quando acarretar aumento de despesa ou renúncia de receita, será suspensa por [...] vinte dias, a requerimento de um quinto dos membros da Casa [eram necessários 16, nós temos 19], nos termos regimentais, para análise de sua compatibilidade com o Novo Regime Fiscal.

Então, o que tem aqui no art. 114, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, é que o processo de votação da reforma trabalhista tem que ser suspenso por vinte dias para haver a sua adaptação ao novo regime fiscal.

Não é possível que os senhores queiram desmoralizar a Emenda Constitucional nº 95, nesta primeira votação! Então, eu chamo a atenção, Senador Eunício, pois este é um tema que não deve ser nem deliberado pelo Senado. Se a gente for olhar a Constituição, está de forma muito clara aqui dito que será suspenso por vinte dias.

Eu quero muito a deliberação de V. Exª, porque eu estou convencido disso. Se V. Exª não deliberar a favor dessa suspensão, nós vamos imediatamente ao Supremo Tribunal Federal com mandado de segurança pronto. E tenho certeza de que ganharemos.

Então, é esse o questionamento que eu faço a V. Exª.

O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – Senador

Lindberg, V. Exª já tinha feito esse questionamento à Mesa ontem e a Mesa havia respondido a questão de ordem de V. Exª dizendo que esse assunto devia ter sido debatido e levantado nas comissões técnicas, porque nós não temos condições de fazer este debate aqui, no plenário.

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: 392.485.868-30 MS 34989

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(17)

Portanto, vou chamar...

O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência

Democrática/PT - RJ) – Mas, Sr. Presidente...

O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – Está

indeferida, desde ontem, a posição de V. Exª.

O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência

Democrática/PT - RJ) – É porque o de ontem eu fiz em cima do art. 113. Era uma questão de ordem. Hoje, eu apresentei um requerimento com dezenove assinaturas. O art. 114 é muito claro: será suspensa a tramitação, para ver o impacto orçamentário, para ver se se adapta ao novo regime fiscal.

V. Exª...Este caso – volto a dizer – não tem nem que vir para o plenário. V. Exª, neste caso, terá que suspender, por vinte dias, a votação da reforma trabalhista. Nós estamos desmoralizando a PEC dos gastos no primeiro instante. Estamos desmoralizando a Emenda Constitucional nº 95. Isso foi feito aqui para impedir pauta bomba. Todos os senhores votaram e agora vão desconsiderar? Foi um dos principais pontos da Emenda Constitucional nº 95, Senador Renan Calheiros.

(...)

O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência

Democrática/PT - RJ) – Eu preciso da decisão, porque já anuncio que, se a decisão for contrária, nós vamos recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Tenho certeza de que ganharemos esse mandado de segurança.

(...)

O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – Senador

Medeiros...

A Mesa lamenta e pede desculpas a V. Exª. Mas a Mesa...

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: 392.485.868-30 MS 34989

Em:

(18)

(...)

O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – (...)

Então, a Mesa indefere o requerimento de V. Exª. V. Exª tem o direito, obviamente, de recorrer...

O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência

Democrática/PT - RJ) – É claro.

O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – ...ao

Supremo, no caso, como coloco a V. Exª.2

37.

Resta claro que, a Constituição Federal, por meio da Emenda

Constitucional nº 95, de 2016, assegurou procedimento para garantir que propostas

que incidem na hipótese do art. 113 do ADCT tenham sua tramitação sobrestada até

que seja analisada a compatibilidade da proposta com o Novo Regime Fiscal, por

meio do art. 114 do ADCT, que diz:

“Art. 114. A tramitação de proposição elencada no caput do art. 59 da Constituição Federal, ressalvada a referida no seu inciso V, quando acarretar aumento de despesa ou renúncia de receita, será suspensa por até vinte dias, a requerimento de um quinto dos membros da Casa, nos termos regimentais, para análise de sua compatibilidade com o Novo Regime Fiscal.”

38.

A clareza do texto não deixa margem para que o requerimento dos

parlamentares seja rejeitado, uma vez que a realização da providência requerida tem

assento no novo texto constitucional.

39.

Diante do exposto, o presente writ se tornou a única medida capaz de

restaurar o devido processo legislativo constitucionalmente previsto.

2 Disponível em: http://www25.senado.leg.br/web/atividade/notas-taquigraficas/-/notas/s/23096

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: 392.485.868-30 MS 34989

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(19)

VI - DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR

40.

Estabelece o art. 7

o

, III, da Lei n. 12.016, de 7 de agosto de 2009, que ao

despachar a inicial o magistrado poderá determinar “que se suspenda o ato que deu

motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder

resultar a ineficácia da medida, caso seja efetivamente deferida (...)”.

41.

Estão atendidos os pressupostos para que, inaudita altera pars, seja

determinada a imedidata suspensão do ato coator, e, portanto, dos efeitos do

indeferimento do requerimento de suspensão da tramitação do PLC 38/2015.

42.

As diversas razões expostas revelam, indiscutivelmente, o fumus boni iuris,

face o flagrante atentado praticado contra a Constituição Federal, notadamente, ao

devido processo legislativo constitucional, ofendendo-se direito líquido e certo dos

impetrantes, inserido no art. 114 do Ato das Disposições Constitucionais

Transitórias.

43.

O periculum in mora é igualmente irretorquível, uma vez que o PLC 38, de

2017 está apto a ser votado pelo Plenário do Senado Federal, em desatendimento ao

disposto em regra expressa da Constituição Federal.

VII - DO PEDIDO FINAL

44.

Ex positis, em face das razões de fato e de direito acima expostas, pelo

presente mandamus se requer:

a. seja condedida, inaudita altera pars, com base no art. 7

o

, III,

da Lei n. 12.016/2009, a medida liminar, para que sejam

suspensos de imediato os efeitos da decisão da autoridade

coatora que negou seguimento a requerimento que pugna

pelo cumprimento do disposto no art. 114 do ADCT,

Impresso por

: 392.485.868-30 MS 34989

Em:

(20)

intimando-se a autoridade coatora para que se abstenha de

incluir em pauta de votação o PLC 38, de 2017 no Plenário

do Senado Federal, até que seja julgado o mérito da presente

ação;

b. O conhecimento e processamento da presente ação a fim

de que seja julgada procedente para que:

i. seja anulada a decisão da Autoridade Coatora que

negou seguimento a requerimento que pugna pelo

cumprimento do disposto no art. 114 do ADCT,

intimando-se a autoridade coatora para que adote as

providências no sentido de cumprir integralmente do

disposto nos arts. 113 e 114 do ADCT previamente à

inclusão do PLC 38, DE 2017 na pauta de discussão

e votação do Plenário do Senado Federal

c.

a notificação

da autoridade impetrada para prestar

informações no prazo de 10 (dez) dias, dando-se ciência

ainda ao órgão de representação da pessoa jurídica

interessada, para que, querendo, ingresse no feito, na

conformidade do disposto no art. 7

o

, II, da Lei n.

12.016/2009;

d. nos termos dispostos no art. 12, da Lei n. 12.016/2009, seja

determinada a oitiva do Ministério Público Federal.

45.

A presente causa não possui valor econômico mensurável, razão pela

qual a ela se atribui, para efeitos meramente fiscais, o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).

Termos em que,

Pede deferimento.

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: 392.485.868-30 MS 34989

Em:

10/07/2017 - 09:17:41

(21)

Brasília, 05 de Julho de 2017.

Gabriel de Carvalho Sampaio

OAB/SP 252.259

Impresso por

: 392.485.868-30 MS 34989

Em:

Referências

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