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1º MÉTODO: Prospecção da água pelas linhas de força

Conforme a teoria do Abade Mermet, um curso de água subterrâneo tem de cada lado de sua corrente um número de linhas de força igual à sua "cifra de série", linhas que representam o "campo de influência" próprio da água, isto é, o seu "campo radiestésico" onde se fazem sentir suas radiações.

Nota. Logo que o Pêndulo encontra a água "verdadeira" e não linhas de força, o operador sente que a massa do seu pêndulo se torna

pesada, e é como que atraída pela água ou suas emanações, isto é, suas ondas radiantes.

Nas linhas de força o operador não percebe resistência alguma. O pêndulo se movimenta dando apenas as cifras de série da água.

Numa prospecção, o operador encontrará uma primeira linha que lhe anunciará a presença relativamente próxima da água. Essa primeira linha é o que se chama a "grande paraleIa”, sobre a qual o pêndulo dá oscilações. Continuando a andar na mesma direção suposta, perpendicular à corrente, o radiestesista, se for dotado de sensibilidade suficiente, topará com uma segunda, uma terceira e uma quarta linha de força, que lhe darão indicação ainda mais positiva da presença próxima de água. Essa quarta linha é a paralela "mediana", porém o vedor não deve iludir-se e tomar uma ou outra dessas linhas de força como sendo a própria corrente, o veio d'água verdadeiro. Terá pois de continuar andando ainda, notando, na sua marcha para diante, três linhas mais, e quando chegar à sétima, ou melhor, logo depois da sétima, é que o seu instrumento dará as precisas indicações da água, e isto quando se achar exatamente acima, isto é, a prumo da beira da corrente de água, a uma profundidade que mais adiante trataremos de calcular.

As linhas de força que envolvem a corrente de água representam os limites dos "campos magnéticos" que também a envolvem.

Se continuarmos a nossa marcha para frente, após atravessar a corrente d'água, ao chegarmos na outra margem, sentiremos as mesmas influências precedentes, isto é, as sete linhas de força, porém em sentido inverso.

Numa prospecção é muito conveniente marcar todos os pontos em que o instrumento reage.

Na operação executada, como foi explicado acima, o operador notará o encontro de quatorze (14) linhas de força, sendo sete (7) de cada lado, além das quais não se percebe nenhuma influência.

Um principiante pode enganar-se e arrisca-se a tomar uma ou outra das linhas de força pela linha d'água. Deve, portanto, repetir várias vezes a operação até ter a certeza de que, realmente, não incidiu em nenhum erro.

Repisamos, ainda (para pessoas de sensibilidade regular), que o instrumento (o pêndulo) reagirá sobre as sete linhas. Mas há pessoas de extrema sensibilidade que se ressentem de reações muito mais numerosas. Um muito afamado radiestesista diz ter visto certas pessoas provarem até 28 harmônicas do fluxo principal. O Abade Mermet concorda com esse caso, dando como causa o tempo. Quando este está carregado de eletricidade ou prenunciando uma tempestade próxima, as sete linhas de força podem-se repetir duas, três, quatro ou mais vezes, o que poderá dar a idéia de que a água está muito longe. Esse fenômeno é devido à "vacilação". Em tais casos, convém cessar o trabalho e aguardar que as radiações se formem em coluna vertical, se o estudo é de uma corrente d'água, fenômeno que faz desaparecer todas as linhas enganadoras paralelas à corrente.

A "grande paralela" ou linha de força exterior é reconhecível por ter, de um lado, mais linhas de forças e do outro lado nada. É um terreno neutro no qual O pêndulo fica parado.

O pêndulo dá oscilações nas linhas de força, principalmente mais acentuadas, na grande "paralela" e na "mediana". Essas oscilações são paralelas à corrente.

Da "paralela mediana" em diante, o pêndulo dá "girações" de fraco desenvolvimento que vão se transformando em elipses. Estas desenrolam-se com mais força ao se aproximarem da água e ao chegarem a prumo da margem da corrente; as elipses transformam-se em perfeitas "oscilações" que perduram durante a travessia da corrente do veio d'água até chegar na outra margem; e, desta em

diante, repetem-se os mesmos movimentos do pêndulo que assinala o encontro das mesmas linhas, porém em sentido inverso.

Se aparecerem "imagens magnéticas", o operador valer-se-á, para a sua eliminação, dos métodos já descritos no parágrafo que trata da eliminação das imagens e das neutralizações.

Para demonstrar que as linhas de força rodeiam, envolvem e acompanham a corrente d'água subterrânea, corrente que pode ser a de um pequeno curso d'água, como também a de um grande rio, e que formam ao seu redor, com os "campos magnéticos", delimitados pelas mesmas linhas de força, como que um imenso cilindro no centro do qual corre a água, expomos graficamente na Fig. 29 as disposições que ocupam essas linhas; e mostramos o cilindro em corte constituído pelos sete campos magnéticos e as linhas de força (Fig. 30).

A comparação dessa tal formação pode ser dada por um cabo elétrico cuja alma metálica é envolta por sete isoladores e 5 superpostas de um tecido impregnado de borracha.

No caso da água, cada linha de força desprende radiações que se elevam até atingir o solo e continuam elevando-se até uma altura indeterminada. São elas assinaladas a um pouco mais de um metro do chão pelos instrumentos do vedor que manifestam a sua captação por "oscilações" (VII), desde a "grande paralela" até a "paralela mediana", e em seguida por girações que se transformam em "elipses", dando margem, depois, a "oscilações", ao chegar acima da água verdadeira, isto é, do veio.

Empregamos esta expressão porque sobre as linhas de força o pêndulo dá as cifras características da série da água, o que pode fazer com que os principiantes errem.

Essa é a teoria concebida pelo Abade Mermet.

Quanto às fontes manantes, ver a Fig. 30, para disposição das linhas de força ao redor do ponto emergente.

Para comprovar a existência real da água, emprega-se um pêndulo que consiste num frasquinho cheio d'água, suspenso por um fio. Quanto à qualidade, a comprovação poderá ser feita pelo mesmo processo, com água pura no frasquinho de ágúa potável, e em seguida mudando a água ou tendo outros frasquinhos com tipos de água mais ou menos adulterados.

Meios de reconhecimento do sentido das correntes