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ONDAS CALCÁRIAS

Como já foi dito no capo XVII, no estudo das terras, quanto ao que refere ao calcário, quer na sua ausência absoluta, ou só aparente, o ponto de vista de sua existência, como mineral e corpo simples, contudo, não é razão para negar a sua existência.

Em todas as partes, o calcário existe em combinado, mais ou menos, com outros corpos, tais como fósforo, potássio, carbono etc.

Portanto, seria inútil negar a sua ausência completa, embora, muitas vezes, haja deficiências.

Por conseguinte, devido à importância que oferece esse estudo, achamos conveniente tratá-lo neste capítulo especial.

Em muitas regiões, às vezes vastíssimas, se observa a falta de calcário, parecendo mesmo completamente ausente.

Todas as plantas têm necessidade absoluta dele, umas em quantidade quase infinitesimal, posto que outras, para o seu desenvolvimento, necessitam quantidades maiores, como demonstra a sua análise química.

E, às vezes, fato muito notável, essas últimas brotam e se desenvolvem espontaneamente, em solos que não parecem conter a mínima quantidade de cal.

A análise química de certos solos apenas denuncia traços desse mineral, embora indispensável à vida vegetal. Contudo, apesar dessa ausência aparente, as plantas têm a possibilidade de encontrá-lo e assimilá-lo em quantidades necessárias para a formação dos seus tecidos (XXII).

Por outro lado, observou-se em certas terras maior abundância de leguminosas que nelas se desenvolvem espontaneamente - conseqüência fortuita de uma queda de sementes - ou também, como acontece, quanto à cultura de diversas leguminosas em terras argilosas, aparentemente privadas do elemento calcário, e que crescem com muito viço, dando colheitas relativamente regulares.

Nessas terras, o calcário parece faltar completamente, dando-nos a idéia de que são eminentemente ácidas. A análise, às vezes, denuncia apenas vestígios desse elemento mineral tão indispensável à vida das plantas que, entretanto, vicejam nesses solos assaz vigorosamente. Como se explicaria a presença de cal em seus tecidos, se a terra que as nutre não possuísse tal elemento?

Não há dúvida de que, embora contra toda a aparência em contrário, o calcário existe, ainda que seja invisível à superfície do solo.

As jazidas desse mineral existem decerto, porém acham-se em profundidades diversas e indeterminadas, e, às vezes, muito grandes. Não obstante, quer mais superficiais, quer mais profundas; as camadas calcárias conforme os andares geológicos não deixam de irradiar suas ondas que se elevam até a terra arável, onde todas as plantas têm suas Iaízes que se servem do necessário para a formação dos seus tecidos e para sua vida.

O que sobra vai escapando-se na atmosfera.

Pois, todas as plantas, desde as leguminosas que maior quantidade assimilam; vão-se aproveitando do elemento indispensável que a Natureza pôs para sua nutrição, sob a forma de emanações ou das radiações.

Qualquer que seja a profundidade das jazidas calcárias, todas as plantas desfrutam das suas radiações em proporção das suas necessidades.

A assimilação desse elemento é um fato, mas quem pode dizer como se processa?

Admite-se que é por meio das células, micróbios e belos absorventes que as plantas recebem a sua nutrição. Pois, pelas mesmas vias, as radiações vêm trazer a sua cooperação.

Quem poderá negar que nos terrenos francamente calcários a absorção do cal pelas plantas não se realize por radiações?

Se é certo que as proteínas, os hidrocarburetos e matérias grwças, que a análise descobre nas constituição química das plantas e que constituem as principais matérias nutritivas dos vegetais, penetram nelas por um processo, que assegura à planta uma nutrição mais substancial que as radiações das mesmas matérias, não obstante, as radiações, podem ser ainda suficientes para dar às células dos tecidos fibrosos a resistência que requerem.

Não se pode negar que nos tecidos dos vegetais existem outros minerais, que a análise é ainda impotente, não descobriu, devido a sua quantidade quase imponderável.

Que processo seria esse que permite às plantas a assimilação das radiações do calcário e que transforma em matéria facilmente absorvível a forma fluida das mesmas?

Embora não acreditemos que se possa atribuir isso senão às radiações do calcário nas plantas, quando crescem em terras onde não existe esse mineral.

Em qualquer parte do globo, desde o período das formações mais antigas, desde o arqueano até as mais recentes, as de aluviões do quaternário, quase todas as camadas geológicas conhecidas existem em diversas profundidades; os grandes e profundos levantamentos que modificaram a superfície da crosta terrestre, subvertendo as camadas geológicas, transportaram, às vezes, à superfíçie da terra as mais antigas camadas. Pois bem, pode-se dizer que, em todas e quaisquer partes do globo, as formações progressivas e sucessivas das diferentes camadas, com tudo quanto encerram em metais e minérios, existem em diversas profundidades, e delas emanam

radiações que influenciam a existência e a vida, nos reinos vegetal e animal e mesmo nos mistérios e processos que contribuem para sua formação e desenvolvimento e que fomentam a atividade ou a perturbam, seja vegetal, animal ou humana.

O calcário existe, pois, sempre; não é isto uma simples hipótese. Pode-se afirmar que não precisa ser visível. Onde há vida, o calcário não pode faltar. Pouco importa a profundidade em que se acha, pois suas radiações vão, sem dificuldade, atingir e influenciar a vida de tudo quanto existe à superfície da terra, como elemento indispensável para sua formação constitutiva e a da sua vida. O mesmo diremos dos demais minerais que entram, seja na formação constitutiva seja como substância nutritiva de tudo quanto tem vida e que delas são tributáveis; e é somente pelas suas radiações que as plantas podem captá-Ias.

É fato notório que todas as plantas precisam de cal, e que os solos ou subsolos imediatos que aparentemente não possuem esse elemento não deixam de tê-Io; porém, às vezes, acha-se a uma grande profundidade, de onde envia suas radiações atingindo e afetando tudo quanto tem vida.

Sabe-se que, dentre as plantas, as leguminosas são, como foi dito acima, as que fixam o calcário em maior quantidade.

Nos solos "a-calcários", são as radiações do cal que, de suas profundas jazidas, lançam as suas Ondas através das demais camadas geológicas, até alcançar a terra agricola arável, onde assentam suas raÍzes e radicelas todas as plantas que as captam para sua existência.

Não pode ser, pois, por outra via, que elas recebem esse elemento. Tampouco, pode ser pura hipótese o modo de encarar tal processo. O exame desses terrenos pelos métodos radiestésicos deve denunciar a presença do calcário a certa profundidade que o radiestesista pode calcular.