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Área 4 Desenvolvimento Profissional

No documento Relatório Final de Estágio Profissional (páginas 67-70)

4. Realização da Prática Profissional

4.4. Área 4 Desenvolvimento Profissional

Nesta última área, o objetivo consiste em refletir acerca do exercício da minha atividade como docente, através de um apoio na experiência, na investigação e em outros recursos de desenvolvimento profissional. O processo de formação de um professor é algo que nunca se dará por finalizado, pois é necessário que este se adapte às novas circunstâncias que vão surgindo e atualize constantemente o seu conhecimento. Ao longo deste ano, foram várias as tarefas e as atividade que realizei com o intuito de desenvolver as minhas competências como profissional.

O PFI, elaborado logo no 1º período, foi uma tarefa que me permitiu definir e estruturar bem as metas que pretendia alcançar durante este ano. Foi um documento que me obrigou a ponderar e a refletir sobre todo o processo ensino-aprendizagem de maneira a que eu conseguisse expor as minhas dificuldades e receios, assim como as estratégias e recursos que poderia, eventualmente, recorrer para os superar. Todas as atividades que pensamos em desenvolver ao longo deste ano, também foram aqui colocadas e pensadas

54 para assim definirmos já uma estrutura base que nos permitisse orientar o resto do ano. Este foi, sem dúvida, um documento muito importante que me auxiliou durante este ano letivo que terminou com a realização deste RE. Agora, na reta final do meu percurso, posso refletir sobre toda a minha atividade desenvolvida como professor, verificando assim se o que tinha estabelecido no PFI foi conseguido ou não.

A Análise do Sistema Educativo, foi outra tarefa que nos ficou incumbida de realizar. No ano transato, na UC de Desenvolvimento Curricular, já tínhamos discutido sobre este tema, analisando quais as lacunas que o Programa Nacional analisava. Este ano, centrando-me mais no Ensino Secundário (pois lecionei o 11º ano), suscitou-me uma dúvida que, ao longo deste ano, discuti várias vezes com os meus colegas de estágio e professor orientador através de conversas informais. A verdade é que surgiam sempre argumentos quer de um ponto de vista quer do outro, não ficando assim completamente elucidado. A questão é a seguinte: Será que faz sentido os alunos do 11º e 12º ano, optarem por duas modalidades a partir do momento que a disciplina de Educação Física conta para a média?

A minha opinião é muito clara. Considero que isto fazia todo o sentido quando a disciplina não contava para a média dos alunos, de maneira que estes pudessem vivenciar modalidades novas ou aquelas que mais lhes agradassem. Contudo, a partir do momento que esta conta para a média final dos alunos, penso que esta escolha é um pouco injusta. Ora vejamos: Se numa turma há um aluno federado no futebol, outro no basquetebol e outro no voleibol, e se as modalidades escolhidas (através de votação) são basquetebol e voleibol, o futebolista, muito provavelmente, irá obter uma classificação mais baixa do que os outros dois colegas. É claro que estou a fazer uma comparação muito linear, sem contar com os restantes critérios de avaliação, contudo esta diferença de notas devido à escolha da modalidade pode acontecer. Caso o futebol fosse a modalidade escolhida, este aluno certamente que subiria a sua nota e, consequentemente, a média final. Na minha opinião, estas modalidades deveriam ser escolhidas e discriminadas no Programa

55 Nacional, podendo haver algumas adaptações por parte do Subdepartamento de Educação Física de acordo com as infraestruturas da escola.

Quando me deparei com o Programa que teria de lecionar este ano, verifiquei logo que uma das dificuldades que iria ter era ao nível das danças

sociais. O meu conhecimento sobre esta matéria era muito limitado pois

nunca tive formação nesta área e, verdade seja dita, a minha aptidão para a dança não é das melhores. No entanto, em vez de me desanimar e tentar “fugir” a esta modalidade, decidi, com muito gosto, abraçar este desafio. Inscrevi-me, juntamente com os meus colegas de estágio, numa escola de danças sociais (Sabor Latino) em Guimarães. Foi um excelente investimento da minha parte, pois vivi experiências espetaculares, conheci excelentes pessoas e desenvolvi competências que me permitiram abordar as danças na escola de forma segura e confiante. Frequentei estas aulas cerca de três meses.

Já no final do ano letivo, frequentei uma formação de Karaté com 25 horas de duração, na ESFH, destinada aos professores de Educação Física. Vi aqui uma oportunidade para desenvolver o meu conhecimento sobre esta modalidade através de um formador especializado na área, o Professor José Carlos. As aulas foram, essencialmente, práticas e muito dinâmicas. Foi-nos fornecido, também, material teórico com bastante informação sobre o Karaté. Sem dúvida que, neste momento, me sinto muito mais familiarizado e preparado para lecionar esta modalidade no futuro. Apesar de na FADEUP ter tido a oportunidade de obter uma excelente formação ao nível do Judo, é importante frisar que esta é bem distinta do Karaté.

A realização do meu Projeto de Estudo, que será apresentado neste relatório, foi uma tarefa muito rica e muito importante para o meu desenvolvimento profissional. Pesquisei bastante e esforcei-me para conseguir cumprir com os objetivos a que me tinha proposto. Não foi uma tarefa fácil pois não tenho muita experiência neste tipo de trabalhos. Uma das dificuldades que me surgiu e que, felizmente, consegui ultrapassar foi relativa ao tratamento dos dados. Com a implementação do Processo de Bolonha, não me foi possível ter

56 a UC de Estatística na faculdade, o que me dificultou um pouco esta tarefa. Relativamente aos modelos de ensino, nomeadamente o Ensino dos Jogos Para a Compreensão (TGFU) e o de Educação Desportiva (MED), pude consolidar conhecimentos e aplica-los na prática.

O RE, é a última tarefa a realizar neste ano de estágio. É o documento mais trabalhoso de elaborar mas, ao mesmo tempo, aquele que me dá mais prazer. Este no fundo constitui-se como um espaço onde posso refletir sobre toda a minha atividade desenvolvida ao longo deste ano.

Este ano de estágio foi aquele que me proporcionou mais experiências e me permitiu desenvolver mais a nível profissional. Digo isto, sem desvalorizar toda a formação que tive para trás, que certamente foi muito importante, mas porque este ano tive a oportunidade de contactar com a realidade do ensino. Considero que a minha disponibilidade para aprender e o saber ouvir também foram fatores decisivos para que pudesse evoluir enquanto professor de Educação Física. Com todas as conversas que tive no dia a dia com o professor cooperante e colegas de estágio, com as aulas dadas e respetivas reflexões, sem dúvida, que a pouco e pouco melhorei e, agora no final, sinto- me muito mais capaz e confiante para enfrentar qualquer desafio.

4.5. Projeto de estudo de um problema decorrente do processo de

No documento Relatório Final de Estágio Profissional (páginas 67-70)

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