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A anexação à Faculdade de Medicina e a federalização

3.6 E SCOLA DE E NFERMAGEM C ARLOS C HAGAS : REORIENTAÇÃO

3.6.3 A anexação à Faculdade de Medicina e a federalização

O relatório de irmã Villac não menciona nada sobre a anexação à Faculdade de Medicina, a federalização da Universidade de Minas Gerais e a possibilidade de a EECC vir a se tornar parte dela, porém o ano seguinte (1950) seria o ano em que a EECC passaria da esfera estadual à federal.

Sampaio (1991) mostra que de 1930 a 1945 foram criadas 95 escolas de ensino superior no Brasil, e que de 1945 a 1960 esse número quase triplica, chegando a 223 instituições de ensino superior. O desenvolvimento do sistema federal no que diz respeito às escolas criadas, a partir de 1945, se deveu, em grande medida, à federalização de algumas universidades estaduais criadas nas décadas de 1930 e início dos anos 1940, concomitantemente à difusão da ideia de que cada estado da federação tinha direito a pelo menos uma universidade federal (SAMPAIO, 1991). Foi o que aconteceu com a Universidade de Minas Gerais, fundada em 1927.

Para que a Faculdade de Medicina pudesse ser federalizada impunha-se a condição de haver uma escola de enfermagem anexa. Isso estava previsto na Lei 775, de agosto de 1949, mais especificamente no art. 20: “em cada Centro Universitário ou sede de Faculdade de Medicina, deverá haver escola de enfermagem, com os dois cursos de que trata o artigo 1º”. No caso, esses dois cursos eram o curso de enfermagem e o curso de auxiliar de enfermagem.

Os registros da reunião da Congregação da Faculdade de Medicina de março de 1948 mostram o interesse em criar um curso de enfermagem que fosse vinculado à faculdade. Nessa reunião o professor Oto Cirne falou sobre a existência da EECC e mostrou-se favorável a uma aproximação entre a Faculdade de Medicina e a escola. Uma comissão, composta pelos professores José Silva de Assis, Clóvis Salgado, Eduardo Borges da Costa, Oto Cirne e pelo diretor Alfredo Balena, foi constituída para avaliar o que deveria ser feito, criar uma nova escola de enfermagem ou anexar a EECC (ATA, 1948).

Em março de 1949, a Congregação da Faculdade de Medicina decidiu pela criação de nova escola de enfermagem:

1o- que seja criada a Escola de Enfermagem anexa à Faculdade de Medicina,

conforme resolução tomada pela Congregação em julho de 1948;

2o- que a essa escola se dê o nome de “Cícero Ferreira” em homenagem ao

fundador desta faculdade (ATA, 1949).

A Escola de Enfermagem Cícero Ferreira nunca existiu, e as atas da Faculdade de Medicina não mencionaram mais nada sobre sua criação. Como a EECC encontrava-se em situação crítica, com grandes dificuldades para se manter devido à falta de repasse de verbas do

estado mineiro, tornar-se anexa à Faculdade de Medicina e federalizar-se poderia tirá-la daquela situação de “abandono”. Era pelo menos uma tentativa. Além do mais, parecia não haver escapatória à anexação à Faculdade de Medicina, uma vez que isso havia se tornado uma condição para as faculdades de medicina na Lei 775/49.

As atas da Faculdade de Medicina voltam a mencionar a necessidade de a faculdade ter uma escola de enfermagem anexa apenas em fevereiro de 1950. Em reunião da Congregação, o professor Clóvis Salgado, ao falar sobre a federalização da Faculdade de Medicina, lembrou que era exigência a criação de uma escola de enfermagem. Segundo ele, “este trabalho poderá ser diminuído, pois o Secretário da Assistência e Saúde56 concorda com a encampação, pela Faculdade, da Escola Carlos Chagas” (ATA, 1950).

Assim, a escola foi anexada à Faculdade de Medicina em 4 de dezembro de 1950, pela Lei 1.254 (BRASIL, 1950), que concedeu a federalização à faculdade e, consequentemente, à EECC. Vasconcelos (2007) mostra que essa lei traz especificamente as incumbências da União para com essas instituições, fazendo com que professores (então catedráticos), empregados e servidores dessas instituições fossem aproveitados no serviço público federal e que ocorresse a incorporação ao patrimônio nacional de todos os bens móveis, imóveis e os direitos dos estabelecimentos federalizados pela lei.

A Escola de Enfermagem Carlos Chagas, primeira escola de enfermagem estadual do país, a seguir o modelo científico implantado pelas norte-americanas na EEAN, iniciou um novo tempo em sua trajetória na década de 1950. Dirigida por religiosas, anexa à Faculdade de Medicina e pertencente à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

56 Vale pontuar que nesse período o secretário da Assistência e Saúde era Baeta Vianna, professor da Faculdade

CONSIDERAÇÕES FINAIS

“A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.” Guimarães Rosa

O processo de construção da trajetória de uma instituição é similar à vida das pessoas. De uma forma geral, inicia-se com a idealização do ser que está por chegar e no caminho entre a infância, a juventude e a velhice há progressos, tropeços e momentos em que é preciso resistir, afinal desistir é abandonar o sonho. A história da Escola de Enfermagem Carlos Chagas, aqui trabalhada entre os anos 1933-1950, mostra essa sinuosidade: avanços, recuos e resistência.

Trazer a enfermagem moderna para Minas Gerais, em 1933, era interesse do estado e da enfermagem moderna, representada por Laís Netto dos Reys. Os criadores da EECC apostaram em um projeto idealizado de fazer em Minas o que havia sido feito 10 anos antes no Rio de Janeiro com o auxílio da Fundação Rockefeller. Assim como na “missão Parsons”, foi o contexto de saúde pública de Minas Gerais que fez com que Laís Netto dos Reys desse início à sua missão em Belo Horizonte. Mas a EECC não foi criada apenas para atender a saúde pública, era sua finalidade também colocar-se no campo hospitalar, reduto, até então, de religiosas e práticos.

Na busca por horizontes além das visitas domiciliares, das inspeções escolares e do discurso da higiene, a EECC vislumbrou a entrada da enfermeira diplomada nos hospitais belo- horizontinos. Mas isso se mostrou como um grande obstáculo para a escola, e esta precisou recuar, sem desistir. A instituição teve dificuldades para conseguir hospitais para seus estágios e as egressas leigas não conseguiram dominar esse campo no período estudado. As religiosas não cederam seu espaço para as enfermeiras leigas, ainda que Laís Netto e Waleska Paixão tivessem imprimido na escola um modo muito peculiar de cuidar: a enfermagem científica cristã.

E se o desejo estava em torno daquilo que era mais difícil de alcançar, a escola cedeu às irmãs e também ao governo estadual de Minas Gerais, que não se posicionou para auxiliá-la nas adversidades enfrentadas no ensino. Assim, as alunas foram estagiar em outros hospitais que não fossem dominados por religiosas.

Em 1946, a escola resistiu e posicionou-se diante do governo estadual ao negar o pedido de tornar-se uma instituição voltada para o atendimento exclusivo da saúde pública. A

enfermeira diplomada era uma profissional apta a atuar em todo e qualquer campo da saúde que a demandasse. Nessa perspectiva, as empresas abriram-se ao trabalho da enfermeira, apresentando-se como um novo campo para a enfermagem moderna.

A escola resistiu ao progressivo desinteresse do governo estadual mineiro. Em tempos difíceis, faltou verba para o sustento mínimo da EECC, como para os salários das enfermeiras instrutoras no fim da década de 1940. Assim, o ensino da arte de cuidar, que havia sido um campo interessante e foi a opção de algumas egressas da Escola Carlos Chagas, tornou-se pouco atrativo. Em 1948, com a saída de Waleska Paixão, conseguir uma nova diretora para a EECC foi tarefa árdua. O baixo salário do cargo não era atrativo. Após muitas tentativas, uma irmã de caridade assumiu a direção da escola.

A Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais precisava ter uma escola de enfermagem para federalizar-se e a EECC foi então anexada. Federalizar-se foi a opção que se fez possível na década de 1950. O enfraquecimento do apoio do estado de Minas Gerais e a implementação de políticas mais claras e específicas para a saúde deram o tom e o contorno aos fatos. Iniciou-se um novo tempo nessa escola, com diretoras irmãs, anexa à Faculdade de Medicina e pertencente à UFMG.

Por fim, cabe destacar que o trabalho com as fontes do CEMENF revelou um universo de incontáveis outras histórias sobre a EECC e a EEUFMG que precisam urgentemente ser escritas. Não há nenhum trabalho que aborde a história da EECC nos períodos de 1950 a 1968, no qual a escola foi comandada por religiosas e permaneceu anexada à Faculdade de Medicina, e de 1968 até os dias atuais, quando houve a desanexação e a tomada da direção novamente por enfermeiras.

O acervo documental do CEMENF constitui rico patrimônio da EEUFMG para a realização de novas pesquisas para entender o processo constante de construção de uma instituição cuja história se fez por caminhos variados. Afinal, o estudo da história institucional é reconhecido por representar um esforço que permite aprender e incorporar a experiência vivida de personagens fundamentais (Laís Netto dos Reys, Waleska Paixão) não como sujeitos passivos e individualizados, mas como pessoas que viveram situações e construíram relações sociais com necessidades, interesses e também antagonismos que podem permitir entender melhor o momento atual.

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