A Escola Estadual Professora Clotilde de Moura Lima

O grupo escolar Clotilde de Moura Lima funcionou, inicialmente, no prédio onde está localizada, atualmente, a Escola Estadual Adão Marcelo da Rocha, na Rua Candido Marcolino. No início, esse grupo foi criado com o nome de grupo escolar Nossa Senhora do Livramento. Depois, teve o nome alterado para Clotilde de Moura Lima. O prédio do grupo escolar Clotilde de Moura Lima foi inaugurado no final da década de 1970.

O IDEB da escola, em 2017, foi de 3,7, ultrapassando a meta projetada para o mesmo ano que foi de 3,6. O estabelecimento funciona nos turnos matutinos e vespertinos, oferecendo o ensino fundamental I. A escola recebe em torno de 80% de alunos da zona urbana da cidade. De acordo com o projeto político pedagógico, cuja última atualização é datada de julho de 2018, a Geografia é uma ciência de importância social para todo e qualquer cidadão. Além disso, estudar Geografia é conhecer o homem e seus vieses sobre o espaço que usa e constrói sob a natureza. Vale ressaltar que há uma seção destinada às habilidades e competências para cada ano do ensino fundamental (anos iniciais e finais).

A escola apresenta um total de 272 alunos matriculados em 2018, distribuídos em 05 turmas no turno matutino e 06 no vespertino para um total de 14 docentes, sendo 01 para a disciplina de Geografia e 04 para educação especial. Em termos de estrutura física, a escola conta com todas as salas climatizadas (salas de pequeno porte), com capacidade de até 25 alunos. As salas contam com quadros brancos e escuros (a giz). A instituição conta, ainda, com uma biblioteca destinada ao público infantil. Com relação aos materiais geográficos, têm, à disposição do professor, três globos terrestre, dez mapas temáticos (desde a nível nacional até a nível estadual) e um planetário recém recebido da Olimpíada Brasileira de Astronomia.

Figura 4 – Fachada da Escola Estadual Professora Clotilde de Moura Lima

Fonte: Viana (2018).

No Quadro 3, observa-se um quadro síntese da Escola Clotilde de Moura Lima, por meio do qual nota-se que, em relação ao IDEB, é a única instituição que tem cumprido com todos os aspectos necessários que contam para tal índice educacional. Além disso, vale ressaltar que a instituição acrescentou a modalidade “fundamental anos finais”, devido à crescente demanda de alunos que as demais instituições não tinham comportado o quantitativo. Todavia, as turmas dos anos finais têm funcionamento apenas no turno vespertino e compreendem do 6° ao 8° da modalidade citada.

A sala de aula é única e utilizada por ambos os professores, pois cada um ensina suas respectivas disciplinas em turnos diferentes (matutino e vespertino). Em termos estruturais, a instituição passou por uma reforma no ano de 2018 e suas salas foram revitalizadas e arejadas, por meio da implantação de ar condicionado. Diferentemente das demais escolas analisadas, nesta os alunos do 6º ano participaram e cooperaram com as aulas dos professores.

Quadro 3 – Síntese dos dados da Escola Estadual Clotilde de Moura Lima ESCOLA ESTADUAL CLOTILDE DE MOURA LIMA Nível de

Ensino IDEB

Total _{Turnos de}

Funcionamento

Docentes Discentes Docentes da Geografia

Fundamental anos iniciais e finais 3,7 (2017) 14 272 02 Matutino e Vespertino Fonte: Elaborado pelo o autor (2018).

O professor participante da pesquisa é o docente de Geografia Henrique Giuliano da Rocha Cocentino (graduado em Pedagogia e atualmente cursando licenciatura em Geografia). A observação ocorreu no mês de agosto de 2019, momento em que o professor Henrique estava aplicando uma atividade didática sobre a Terra e suas camadas. Para essa atividade, o professor utilizou um globo terrestre iluminado, posicionando-o no centro da sala (Figura 5). O posicionamento do recurso era fundamental para exploração do conteúdo e a participação dos alunos, na medida em que possibilitou uma interação entre o conteúdo e o material didático, pois esta aproximação construiu momentos de curiosidades e motivou os alunos a participarem e questionarem, levando-os, assim, a uma aprendizagem significativa.

Figura 5 – Professor Henrique aplicando o experimento sobre a terra

Fonte: Viana (2019).

Segundo o professor Henrique a escola dispõe de uma boa estrutura para desenvolver ações didáticas da Geografia. Além disso, conta com recursos, como globos, mapas, planetários e atlas geográficos. O docente acredita que esses recursos, aliados a um bom planejamento, são possíveis construir um “mundo de aprendizagem”, onde, o aluno aprende brincando, descobrindo e analisando.

Para o professor, ensinar Geografia requer se atualizar sempre, pois, segundo ele, “o

aluno que chega diariamente aqui na escola vem com uma carga informativa grande e, por vezes, nós, professores, temos que está antenados e sempre procurando ações didáticas que busquem trazer esse conhecimento prévio do educando”. Quando indagado sobre a Geografia

Escolar, elenca que é uma ciência que “ensina valores aos alunos, onde o meio ambiente, a

O professor ver a escola Clotilde como um local rico de aspectos que influenciam a aprendizagem dos discentes, ressaltando “a formação continuada” que os docentes da instituição fazem frequentemente, bem como a união em prol da educação taipuense. Para o docente, ser professor na atualidade é lhe dar com “leões” diariamente, pois, “temos alunos com

muito potencial, porém com pouca vontade de aprender”. Através da Geografia, de acordo com

ele, tenta-se mostrar o “caminho para o descobrimento do saber; aguçar a curiosidade e

despertar vocações”.

Em uma perspectiva geral, percebe-se que a Escola Estadual Professora Clotilde de Moura Lima é uma instituição que está em pleno desenvolvimento social e educacional, fato elucidado pelos índices (IDEB), bem como pela união do professorado em prol de uma escola participativa e cidadã, onde há cada vez mais investimentos em materiais didáticos, principalmente em mapas, maquetes, globos e atlas.