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1 A TRAJETÓRIA MODERNA DA PROTEÇÃO DAS ÁREAS NATURAIS

1.1 A PROTEÇÃO DA NATUREZA E A CRIAÇÃO DE NOVOS TERRITÓRIOS

O meio técnico foi marcado pela combinação contraditória da expansão e materialização dos objetos técnicos – cada vez mais sofisticados e responsáveis pela sujeição da natureza – com a criação dos primeiros instrumentos protetivos da natureza, tais como os parques nacionais e os tombamentos de bens naturais – que estão nas bases dos ideais preservacionistas e conservacionistas. Assim, o meio técnico é caracterizado pelo conflito entre o ideal de proteção da natureza e a sua exploração na qualidade de recurso que sustenta o desenvolvimento material das sociedades.

As mudanças de sensibilidade em relação à natureza não se deram de forma linear. Durante muito tempo, a natureza representou para o homem o local do inseguro; civilizados eram os locais em que a mata tinha dado lugar aos campos e pastagens. Desde o início do período moderno, Thomas (2010) encontrou documentos e episódios que exemplificam que sentimentos mais simpáticos em relação aos animais e às florestas foram sendo estabelecidos lentamente, e “à medida que as áreas de mata diminuíram, elas deixaram de atemorizar, para se tornarem valiosa fonte de deleite e inspiração”. Muitas áreas naturais começaram a ser protegidas com base em sua função utilitária para o homem. É o caso de florestas que forneciam lenha para a produção de energia, das matas ao redor das casas que as protegiam do vento, ou das matas que abrigavam os animais de caça (THOMAS, 2010).

A expansão da urbanização criou, contraditoriamente, um anseio pelo campo. O movimento romântico, protagonizado por pintores, escritores e naturalistas, difundiu a

valorização da beleza estética da natureza selvagem e contribuiu para fundar as bases do movimento preservacionista (THOMAS, 2010). Assim, ao mesmo tempo em que a revolução industrial foi se difundindo espacialmente, no final do século XIX a natureza começou a ser protegida com base em normas legais e instrumentos administrativos dos Estados, inicialmente nos Estados Unidos e em países europeus, a fim de conservar certos locais notáveis a salvo da modernização destruidora. A preocupação dos Estados em proteger a natureza, seja a natureza selvagem ou a presente nas paisagens antropizadas, inspirou a política cultural e ambiental voltada para a proteção da natureza, consolidada no século XX.

A formação territorial dos Estados Unidos se caracterizou pela violenta transformação do meio natural em meio técnico, e esse processo foi determinante para o delineamento das ações de proteção da natureza remanescente das intervenções colonizadoras. É nesse contexto em que foi criado o primeiro parque nacional, o Yellowstone, em 1872, entre os estados de Wyoming, Montana e Idaho.

O ato de criação do Yellowstone o define como um parque público criado para o benefício das pessoas. O documento proibiu a venda ou ocupação das terras e previu que a administração do Parque deveria criar regras para a preservação contra a exploração da madeira, dos depósitos minerais e dos atrativos naturais (ESTADOS UNIDOS, 1872). Importante ressaltarmos que a preocupação primeira da criação do Parque era servir à atividade turística para a população urbana, para a contemplação das paisagens formadas pelos gêiseres e cânions, e não priorizava a proteção da natureza como um fim em si mesmo.

Décadas depois, em 1916, o ato de criação do Serviço dos Parques Nacionais11, definiu que o objetivo dos parques nacionais, monumentos e reservas era “preservar a paisagem, os objetos naturais e históricos e a vida selvagem no seu interior e proporcionar a recreação, da mesma forma que deixá-los intactos para recreação das gerações futuras” (ESTADOS UNIDOS, 1916, tradução nossa).

Esse formato de área protegida serviu de referência para diversos países criarem seus primeiros parques nacionais, já no século XIX, como a Austrália (1880), o Canadá (1885), a Nova Zelândia (1894), a África do Sul e o México (1898) (DAVENPORT e RAO, 2002; MEDEIROS, 2006). No Brasil, tal modelo inspirou André Rebouças12, em 1876, sugerir ao governo imperial que fossem criados os parques nacionais da Ilha do Bananal (TO)

11 O Serviço dos Parques Nacionais (Park National Service - PNS) é responsável pela gestão de todos os bens de

interesse federal, seja naturais, históricos ou culturais, Parques Nacionais, Monumentos Históricos, campos de batalha, entre outros. O PNS centraliza a gestão dos 55 parques nacionais e tem poder hierárquico sobre a administração dos parques nacionais.

e o de Sete Quedas (PR), mas tal sugestão não foi levada a diante naquele momento (MEDEIROS, 2006).

Os parques têm por pressuposto a manutenção da natureza em seu estado primitivo, isto é, sem intervenção humana – exceto aquelas com o objetivo de proporcionar atividades recreativas. Essa concepção de área natural protegida foi responsável pela remoção dos povos tradicionais, sobretudo nos países tropicais que possuíam florestas bastante habitadas.

Larrrère e Larrère (1997) apontam que a natureza selvagem é uma representação da natureza tão distante do homem, que parece desabitada, quando na realidade a presença humana ocorre nas mais densas florestas e nos isolados desertos. Para Diegues (1996), essa concepção de áreas protegidas em que se retira o habitante tradicional para oferecer à população urbana locais de natureza para admiração e reverência, compõe o mito moderno da

natureza intocada. É um mito porque desconsidera o fato de a natureza ser resultado da

interação e da influência da ação humana sobre as paisagens e ecossistemas, ao longo de milhares de anos, e despreza o conhecimento e o manejo das populações tradicionais, que também foram responsáveis por produzir a natureza e sua biodiversidade.

A proteção de áreas naturais por instituições culturais resultou da expansão do campo patrimonial e do alargamento da noção de patrimônio histórico. Conforme apontam Choay (2006) e Heinich (2009)13, a noção de patrimônio histórico passou por expansão cronológica, topográfica, conceitual, de categoria e de público. A expansão cronológica decorreu da ampliação do limite temporal levado em consideração para a definição de patrimônio, isto é, passaram a ser reconhecidos como patrimônio aqueles bens produzidos em épocas cada vez mais recentes. A expansão topográfica ocorreu a partir do momento em que o valor dos monumentos se estendeu para além de suas qualidades próprias e passou a abarcar o seu ambiente e as paisagens do entorno, que até então não eram considerados parte do patrimônio. A expansão conceitual foi marcada pela passagem da unicidade para a tipicidade, isto é, da valorização pelo fato de ser representativo típico de um conjunto, de uma série ou de um contexto. A expansão da categoria permitiu que monumentos modestos pudessem ser reconhecidos como patrimônio por seu valor de testemunho da vida tradicional ou por sua singularidade. E, por fim, a expansão de público resultou de um turismo cultural não mais restrito aos eruditos e especialistas em monumentos históricos, mas também acessível às

13 Choay (2006) aborda a expansão tipológica, cronológica e de público. Já Heinich (2009) aborda a expansão

massas. Todas essas expansões reelaboraram o campo patrimonial e foram responsáveis por incluir a natureza no conjunto de bens que se quer salvaguardar e transmitir, em suma, foram responsáveis por incluir a natureza na lógica da conservação patrimonial.

A trajetória de proteção do patrimônio natural teve início em 1889, com a classificação do primeiro monumento natural francês: as Cataratas de Gimel, localizadas no departamento de Corrèze. Segundo Micoud (1995), a patrimonialização dos monumentos naturais na França, por meio dos mesmos instrumentos criados para a proteção do patrimônio histórico, objetivou fortalecer o movimento pela valorização da identidade nacional, por meio do reconhecimento da beleza e da diversidade geológica-geográfica francesa. De acordo com o autor, entendia-se que, assim como as estradas de ferro, os monumentos naturais pertenciam à nação e estavam também entre seus símbolos.

A proteção da natureza começou a ganhar autonomia do campo patrimonial ao longo do século XX, já que leis especificamente voltadas para a proteção dos monumentos e sítios naturais foram criadas, como: a lei de proteção dos sítios naturais e monumentos de caráter artístico, em 1906, considerada a primeira lei francesa de proteção dos sítios naturais; a lei de proteção dos monumentos naturais e artísticos, históricos, científicos, lendários ou pitorescos, em 1930; a lei de criação dos parques nacionais, em 196014; e, a lei de proteção da natureza, em 1976, que incluía a proteção dos espaços naturais, das paisagens e das espécies (FRANÇA, 2013).

Vale ressaltarmos que as primeiras referências à proteção da natureza presentes em tais instrumentos se deram sob a denominação “proteção aos sítios e monumentos naturais”, e não abordaram diretamente o termo “patrimônio natural” que, como apontou Palu (1996), foi utilizado formalmente pela primeira vez na França no decreto de criação dos parques naturais regionais, na década de 1960, em um contexto já bastante influenciado pelas discussões ecológicas e ambientais.

Atualmente, o termo patrimônio natural assume múltiplos sentidos e diz respeito a diversos elementos físicos e biológicos, como por exemplo, uma floresta, um bioma e seu patrimônio genético, uma formação geológica ou mesmo um jardim histórico. Em sentido amplo, o termo patrimônio natural pode fazer referência a diversas áreas naturais remanescentes, protegidas ou não. Nesse sentido amplo, Ab’Saber (1996) apontou que a floresta amazônica é o maior patrimônio natural do país, e Choay (2006) apontou que os Estados Unidos foram pioneiros a estruturar a proteção de seu patrimônio natural no século

XIX. Zanirato (2010, p. 128) entende por patrimônio natural os “ecossistemas, biomas, paisagens, conjunto de plantas, de animais e de recursos genéticos que perfazem uma herança comum recebida dos nossos ancestrais”.

Em sentido estrito, o patrimônio natural é formado por aquelas áreas, sítios ou monumentos naturais protegidos e/ou reconhecidos por instrumentos de uma instituição da esfera cultural, tal como a Unesco ou o Iphan. Por essa perspectiva, Scifoni (2006b, p. 14) aponta que o patrimônio natural é uma área protegida e, portanto, um “instrumento de proteção ambiental sui generis”, mas “gestado no âmbito das políticas culturais”.

Tomado nesse sentido estrito, o patrimônio natural constitui um subconjunto do patrimônio cultural, assim como o patrimônio histórico, o artístico, o arqueológico. A patrimonialização da natureza ocorre porque, qualquer objeto – mesmo uma floresta – “pode ser convertido em testemunho histórico sem que para isso tenha tido na origem, uma destinação memorial” (CHOAY, 2006, p.26).

Segundo Jeudy (2005, p. 21) “pode-se interpretar o fervor contemporâneo pelo culto do passado como um meio de conjurar essa ameaça que pesa permanentemente sobre o homem moderno: a possibilidade de perder o sentido de sua própria continuidade”15. A rememoração do passado é uma manifestação contrária à perda das identidades culturais causadas pelo processo de globalização, que tende a padronizar lugares e culturas (JEUDY, 2005). Assim, o patrimônio natural congrega o desejo em não se perder de vista o passado, ao mesmo tempo em que reflete uma preocupação atual em relação às ações da sociedade moderna sobre a natureza. Nesse sentido, Héritier e Guichar-Anguis (2008, p. 03, tradução nossa) pontuam que

O patrimônio [natural] sugere operações de seleção de objetos ou de sítios (seleção operada pelo tempo, determinando o que resistiu à destruição; ou pela seleção voluntária, administrativa destinada a concentrar atenção sobre um objeto ou um sítio em razão de seu caráter representativo) que serve para testemunhar, transmitir ou dizer alguma coisa para o presente – até mesmo sobre o presente. O patrimônio [natural] carrega assim em si dois significados: um relacionado com o que se passou, e outro impulsionado pelo que deve sobreviver... ou pelo que deve ser dito do passado.

Tanto o patrimônio natural quanto as UCs são um produto social. Isso não significa negar a natureza em si ou os processos que ocorrem independentemente da existência humana. Acima de tudo, significa reconhecer que quando a natureza é concebida

15 Choay (2006), Héritier e Guichard-Anguis (2008) e Heinich (2009) atribuem a expressão “culto ao

patrimônio” ao austríaco Aloïs Riegl e a sua obra “O culto moderno dos monumentos”, de 1903, traduzida para o francês em 1984.

como um patrimônio, há a atribuição de um valor, fato que constitui uma experiência social. Nesse sentido, Paes-Luchiari (2007, p.26) sintetiza que a proteção da natureza envolve “saberes, interesses e valores advindos da esfera política, econômica e sociocultural” e que variam ao longo dos períodos históricos e das formações socioespaciais. Com perspectiva semelhante, Meneses (2009, p. 32) afirma que as significações e valores não estão nos objetos em si, mas são atribuídos nas práticas sociais dos grupos, das comunidades, das sociedades, e têm a finalidade de compartilhar, “operar e fazer agir suas ideias, crenças, afetos, seus significados, expectativas, juízos, critérios, normas, etc, etc. – e, em suma, seus valores”.

A ideia de que é necessário proteger a natureza tem implicações diretas para a forma com que o espaço geográfico é pensado e organizado. A criação de áreas protegidas (seja a UC ou o patrimônio natural) se dá por meio do estabelecimento de novos recortes políticos e administrativos do espaço geográfico, por isso constituem territórios. Tais recortes também podem ser entendidos na qualidade de território usado (SANTOS, 2005), pois possuem funções específicas e uso disciplinado.

Haesbaert (2007) considera que o território pode ser definido tanto por meio de concepções generalistas, quanto de concepções restritas. As concepções mais restritas exaltam a abordagem política jurídica do território e evidenciam a correspondência do território com o espaço dos Estados nacionais modernos. Essas abordagens estão ancoradas nas teorias da Geografia Política Clássica e carregam uma concepção areal de território, o que não descarta a existência das relações de poder que permeiam os Estados e alcançam as questões sobre a soberania. Segundo essa abordagem, a superfície terrestre estaria recortada em territórios nacionais justapostos como um quebra-cabeças. O autor ressalta que, mesmo com o aprofundamento do processo de globalização, o Estado nacional continua sendo uma escala de análise territorial importante, mas não a única explicativa dos fenômenos e processos aos quais os Estados estão sujeitos. É necessário que outros atores e outras escalas – também responsáveis pela organização política, tais como a escala local e a internacional – sejam incorporados às análises, já que possuem papel crescente na configuração territorial.

As concepções generalistas são fruto da retomada e renovação do conceito de território, na segunda metade do século XX (HAESBAERT, 2007). Raffestin (1993, p. 152) concebe o território como o resultado das práticas espaciais, que podem ser executadas por diversos atores “do Estado, ao indivíduo, passando por todas as organizações pequenas ou grandes”. Para Raffestin (1993) território e espaço não se confundem: enquanto o espaço é entendido como o substrato físico, o território é construído a partir da apropriação e transformação histórica de tais espaços pelas sociedades. O mesmo autor argumenta que a

demarcação de territórios permite o exercício da função legal e de controle16. A função legal refere-se à aplicação de um conjunto de normas e leis que, primeiro, legitimam a existência de tais territórios e, segundo, regulamentam as atividades que deverão ser permitidas ou proibidas. A função legal é a base para a função de controle, que é responsável por colocar em prática a inspeção, restrição ou a proibição de circulação (de pessoas, mercadorias, informações) ou o uso de tais territórios.

Uma das grandes contribuições de Raffestin (1993) é a relação estabelecida entre o conceito de território com o de poder. Para o autor, o território é uma produção social e, como tal, o produto de uma relação de poder, já que “em toda relação circula o poder que não é nem possuído nem adquirido, mas simplesmente exercido” (RAFFESTIN, 1993, p. 07). Essa compreensão do território a partir de uma relação de poder inspirou Souza (2000 e 2009) a também desenvolver suas reflexões.

Souza (2000, 2009) entende que o território é um espaço definido e delimitado por uma relação de poder. O autor adverte que o poder não pode ser reduzido a algo ruim, mas que implica, sobretudo, “a capacidade de estabelecer normas e fazê-las cumprir, sob pena de sanções morais ou materiais” (SOUZA, 2009, p. 68). A dimensão política é aquela que primeiramente define o território, mas essa dimensão não exclui outras motivações, como as de cunho cultural ou econômico que também podem ser importantes para conquistar, defender ou justificar a criação de um território. Outro aspecto ressaltado por Souza (2000, 2009) é que os territórios são “antes relações sociais projetadas no espaço que espaços concretos”. Disso podemos apreender que, primeiro, por ser relações sociais projetadas no espaço, os territórios são espaços políticos, mas não necessariamente criados por organizações ou indivíduos de cunho político17. E, segundo, o território possui uma componente fundamental, a imaterial (relações sociais) e, outra secundária, mas indispensável, a material (substrato material). Dessa forma, Souza (2000, 2009) reconhece que territórios são espaços políticos, mas não necessariamente produzidos pelo Estado.

Nesta tese, buscamos apoio tanto nas concepções generalista, quanto nas concepções restritas de território e, assim como sugere Haesbaert (2007), propusemos o entrecruzamento dessas proposições teóricas. As áreas naturais protegidas são território usado, na medida em que possuem conteúdo social, funções definidas e uso disciplinado. O território usado, segundo Santos (2005) carrega a noção de mudança, processo inacabado.

16 Raffestin (1993), nesse caso, aborda a concepção de território nacional. O autor aponta que esses podem

exercer a função legal, fiscal, de controle, ideológica e militar.

Pode parecer contraditório usar a categoria território usado para nos referirmos às áreas protegidas, cujo objetivo primeiro é reduzir ou excluir a influência humana dos processos ecológicos e paisagens. Entretanto, tais áreas fazem parte de um contexto socioespacial mais amplo, em que exercem funções específicas e foram criadas no processo de ressignificação e valorização da natureza. Por mais que o objetivo dessas áreas protegidas restritivas à presença humana seja mantê-las à parte da exploração, alguns usos são permitidos, como o da pesquisa científica ou o do turismo de natureza. Além disso, o não-uso deliberado configura uma escolha, fruto de um planejamento e de uma intencionalidade que recaem sobre esses recortes espaciais. As áreas naturais protegidas, na qualidade de territórios usados pelo e para o turismo, será o tema abordado nos capítulos 3, 4 e 5.

Entendemos que as áreas naturais protegidas são territórios sobrepostos ao território nacional, estadual e municipal e formam, portanto, novos recortes territoriais com funções políticas e administrativas particulares. O Estado continua o maior responsável pela configuração de seu território nacional e pela criação de suas fronteiras internas, todavia, as organizações internacionais desempenham papel importante e crescente sobre os territórios nacionais. A configuração territorial dos países não pode ser mais explicada apenas pela escala nacional e pelas ações de seu governo. A criação de territórios para a proteção de remanescentes naturais resulta do poder de ação de instituições políticas, o que pode compreender tanto o Estado – em seus diversos níveis de governo – quanto as organizações internacionais, tais como a Unesco e a UICN. A internacionalização da proteção da natureza é o tema tratado na próxima seção.

1.2 A EMERGÊNCIA E A INTERNACIONALIZAÇÃO DA QUESTÃO AMBIENTAL