• Nenhum resultado encontrado

2.3 Desenho Universal (DU)

2.3.3 Acessibilidade Espacial e seus componentes

Acessibilidade é um processo de transformação do ambiente e de mudança da organização das atividades humanas que diminui o efeito de uma deficiência. Esse processo se desenvolve a partir do reconhecimento social de que deficiência é resultante do grau de maturidade de um povo para atender os direitos individuais de cidadania plena. Deficiência é resultante do desajuste entre as características físicas das pessoas e as condições onde elas atuam. Não é, portanto, algo associado de forma específica a um tipo de pessoa. Não é coisa de “deficientes”, a não ser que entendamos cada um de nós sermos deficientes em lidar com a busca do aprimoramento pessoal e de ambientes mais adequados às nossas necessidades. (GUIMARÃES, 2000, s/p.)

Atualmente, a prática de acessibilidade no Brasil “ainda usa a aproximação antiquada de providências especiais para cobrir as necessidades de uma população especial. Isso acontece porque há uma falta de procedimentos estruturados para se avaliar a qualidade do design inclusivo no ambiente construído” (GUIMARÃES, 1998, s/p.). O termo acessibilidade tornou-se sinônimo de design livre de barreiras e evoca imagens de cadeira de rodas e rampas (ARTHUR; PASSINI, 2002).

O termo acessibilidade, no campo de estudos da Arquitetura e Urbanismo, está relacionado ao contexto físico-espacial, ou seja, às relações do homem com o espaço físico (ARIAS, 2008). Um conceito mais amplo de acessibilidade do que apresentado na norma NBR 9050:2004 é o de acessibilidade espacial, ou seja, conceito “relacionado ao direito de todos os cidadãos de acesso e

34

participação necessários para o uso efetivo dos espaços, promovendo a inclusão e o exercício da cidadania para todas as pessoas sem discriminação” (DISCHINGER et al., 2006, s/p.). “A acessibilidade espacial diz respeito às condições dos ambientes, de forma a permitir o acesso, o deslocamento, a orientação e o uso dos equipamentos por qualquer indivíduo, sem necessitar o conhecimento prévio das características dos mesmos” (ARIAS, 2008, p. 34). “Significa bem mais do que chegar” ou acessar um ambiente, “um lugar acessível deve permitir, através da maneira como está construído e das características de seu mobiliário, que todos possam participar das atividades existentes e que utilizem os espaços e equipamentos com igualdade e independência na medida de suas possibilidades” (DISCHINGER et al., 2009, p. 22-23), sem precisar fazer perguntas. É possibilitar a percepção, alcance e entendimento do espaço a qualquer tipo de pessoa em suas diferentes condições de mobilidade e usabilidade, respeitando seu direito de ir e vir (DISCHINGER et al., 2009).

O conceito e a aplicação do Desenho Universal nos espaços edificados são hoje requisitos fundamentais para a vivência de um indivíduo em um ambiente, seja este na esfera pública ou privada. Melhorar a qualidade de locomoção deste indivíduo e com isso ampliar o potencial de inclusão social é dever e desafio para qualquer instituição. São diversas as barreiras que a população encontra para o pleno desenvolvimento de suas habilidades e indivíduos com algum tipo de deficiência sofrem (às vezes desnecessariamente) e apresentam desvantagens que poderiam ser supridas com melhorias do ambiente construído, seja em um espaço aberto (praças, ruas, calçadas) ou edificado (BERNARDI; KOWALTOWSKI, 2005, s/p.).

Existem diversos tipos de barreiras10, em relação a essa afirmação, Dischinger et al. (2009) indicam quatro aspectos que devem ser considerados para permitir a acessibilidade espacial: orientação espacial, deslocamento, uso e comunicação.

- Orientação Espacial

A acessibilidade plena ao ambiente construído pressupõe uma cumplicidade entre o usuário e o espaço construído. Esta interação pode ser potencializada através da compreensão da funcionalidade dos elementos arquitetônicos e da percepção gerada pelos estímulos ambientais. O meio ambiente exerce uma influência direta no indivíduo, esteja este vivendo em comunidade ou mesmo em um ambiente isolado. Ao mesmo tempo, o ambiente físico e social é fértil em possibilidades de transformações, instruindo o homem a ter uma convivência com constantes trocas de informações, ações e reações, e que vai originar o comportamento social, pois tanto o homem exerce suas influências sobre o meio, como este mesmo meio irá exercer fortes influências sobre ele (BERNARDI, 2007,

10Podem-se conceituar barreiras como “qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de

movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação”, classificadas em: barreiras urbanísticas, barreiras nas edificações, barreiras nos transportes, barreiras nas comunicações e informações (BRASIL, 2004, s/p.).

35 p. 76).

Para Dischinger et al. (2008, p. 44), a orientação é “[...] um processo cognitivo que envolve a habilidade ou a capacidade do indivíduo de situar-se mentalmente e/ou deslocar-se em um dado arranjo físico. Esse processo depende tanto das informações contidas no ambiente quanto da habilidade do indivíduo em perceber e tratar estas informações”. Bernardi (2007, p.101) completa que “esta orientação necessita de um exercício mental de representação do espaço, obtido através das informações ambientais percebidas pelo usuário”. São os chamados mapas cognitivos ou mapas mentais.

A partir dos cognitivistas dos anos 70, Steve Kaplan, Roger Downs e David Stea, o conceito de orientação espacial incorpora processos humanos de percepção, cognição e tomada de decisão, surgindo o termo wayfinding, cuja tradução literal para o português seria achando o caminho.

O conceito de orientação espacial é bem amplo, compreendendo duas diferentes abordagens intimamente relacionadas: a orientação espacial como fenômeno estático, de abstração (spatial orientation); e a orientação espacial como fenômeno dinâmico operacional, ligado ao movimento do indivíduo (wayfinding) (BINS ELY, 2004, s/p.).

Dentro desse contexto, o ambiente deve fornecer informações espaciais aos usuários, independentemente de suas habilidades ou limitações. Pode-se afirmar que orientação é perceber e compreender o espaço, por meio dos sentidos, para poder apropriar-se dele. Esse processo de reconhecimento do ambiente, escolha de trajetos e movimentação espacial é chamado de wayfinding, ou seja, processo de orientação espacial que objetiva articulação clara e agrupamento coerente em espaços interiores e exteriores.

Segundo Bernardi (2007, p. 101), a orientação espacial dada ao usuário com deficiência visual é um dos principais fatores que garantem a acessibilidade segura ao ambiente, e complementa que,

[...] esta orientação necessita de um exercício mental de representação do espaço, obtido através das informações ambientais percebidas pelo usuário. São os chamados mapas cognitivos ou mapas mentais. Já o deslocamento do indivíduo em um ambiente e local onde ele utiliza a orientação advinda do mapa mental é chamado movimento orientado, também conhecido como wayfinding.

Em 1984, o arquiteto e psicólogo (environmental psychologist) Romedi Passini, publicou o livro Wayfinding in Architecture (PASSINI, 1992) colocando o conceito de wayfinding como

36

processo dinâmico que objetiva a solução de problemas de mobilidade no ambiente e em 1992, juntamente com o designer autodidata canadense, Paul Arthur, publica Wayfinding, People, Signs and Architecture (ARTHUR; PASSINI, 2002), onde define a orientação espacial como o processo de criação de um mapa cognitivo adequado de uma configuração, juntamente com a capacidade de situar-se dentro dessas representações e informações ambientais percebidas. Um mapa cognitivo é uma construção mental de um ambiente que não pode ser observado através de uma única imagem. Tem que ser composto a partir de uma série de imagens individuais. Mapeamento cognitivo é, portanto, um processo de estruturação mental que integra um todo que foi percebido em partes (ARTHUR; PASSINI, 2002, p. 23, tradução nossa).

O termo Wayfinding foi introduzido para descrever o processo de chegar a um destino, seja em um ambiente familiar ou desconhecido. É mais bem definido como um problema espacial a ser solucionado, pois dificuldades nos processos de orientação em locais privados ou públicos podem expor as pessoas a frustrações e situações de stress desnecessárias (ARTHUR; PASSINI, 2002, p. 7, tradução nossa), e dentro deste conceito, wayfinding compreende três processos específicos, mas inter-relacionados. Segue abaixo a descrição desses processos (ARTHUR; PASSINI, 2002, p. 25, tradução nossa):

- O Processo 01 trata-se de Processamento da informação, processamento de informação entendida no seu sentido genérico de percepção do ambiente e cognição, a qual, por sua vez, juntamente com a decisão, é responsável pela base da transformação das informações ambientais em soluções de orientação e deslocamento dos usuários. Se a informação ambiental não puder ser processada ou percebida, o deslocamento dos usuários será impedido. Segundo Dischinger et al. (2008, p. 44) problemas perceptivos do indivíduo, como baixa visão e surdez, e fatores ambientais, como reflexão luminosa e poluição visual, podem causar dificuldades da percepção e recepção da informação desejada. Excessos de informações, mensagens conflitantes, stress, preocupações diárias, também podem prejudicar, dificultar ou impedir o processamento da informação.

O processamento da informação é entendido, de forma genérica, como composto tanto pela percepção do ambiente quanto pela cognição. Percepção do ambiente está relacionada com o processo de obtenção da informação através dos sentidos (diferentes canais sensoriais); cognição diz respeito à compreensão e à capacidade de manipular a informação. O tratamento da informação se dá através das atividades mentais. O mapa cognitivo faz parte desta percepção e cognição, sendo

37

fonte de informação para a tomada de decisão (CARLIN, 2004, p. 56).

- O Processo 02, tomada de decisão é o desenvolvimento de um plano de ação. A tomada de decisão diz respeito ao desenvolvimento de planos de ação para alcançar um determinado destino. “Uma vez estabelecido, o plano de ação torna-se relativamente fácil de lembrar, pois está normalmente organizado de maneira hierárquica” (DISCHINGER et al., 2008, p. 45). O grau de complexidade de um plano é determinado pelo número de decisões que requerem esforços mentais e riscos de erros.

- O Processo 03 trata-se de execução da decisão, transformação do plano de ação em comportamento adequado no espaço. “O conhecimento prévio de um usuário acerca do ambiente em que se encontra ou a presença de elementos de informação ambiental em pontos de tomada de decisão poderá facilitar o processo de execução da decisão” (DISCHINGER et al., 2008, p. 45).

Segundo Arthur e Passini (2002), para facilitar o estudo em edifícios complexos, as informações podem ser divididas em duas partes: cinco zonas principais e três sistemas de circulação. As zonas principais são: estacionamento ou garagem, entrada do edifício, lobby, communal facilities (cafeterias, sanitários, por exemplo) e componentes do edifício (salas, escritórios, por exemplo). Os Sistemas de circulação são: sistema de circulação vertical (elevador, escadas, rampas, plataformas, por exemplo), sistema de circulação horizontal (corredores, por exemplo) e o sistema de saída através do edifício (sinalização de emergência, saídas de emergência, alarmes, por exemplo).

O processo de orientação espacial está ligado às características individuais, experiências do usuário e as informações que os elementos e sistemas informativos ambientais oferecem. Estes facilitam ou dificultam o processo de orientação através da coerência das configurações e organização funcional do espaço. Estes elementos informativos ambientais, ou seja, informações arquitetônicas, informações do objeto e informações adicionais, variam de acordo com a escala do ambiente a ser analisado (BINS ELY et al., 2002).

Informação arquitetônica

A Informação Arquitetônica, ou Informação do Ambiente Construído, é a informação

percebida através das características físicas de um ambiente aberto, vazio ou edificado e seus elementos constituintes. A identificação e o processamento destas informações estão ligados às

38

características dos usuários e sua capacidade de percepção. Podem se apresentar através de elementos arquitetônicos (escadas, corredores, textura do piso, etc.), juntamente com o ambiente que conformam, ou pela própria configuração espacial, através de seu arranjo físico, zonas

funcionais e elementos referenciais (DISCHINGER et al., 2008).

A configuração espacial é decorrente do princípio de organização espacial de um ambiente, identificado a partir da forma do arranjo físico ou pelo sistema de circulação, podendo assim facilitar ou dificultar a estruturação de mapas mentais. Em relação ao princípio da organização espacial do arranjo físico, “o edifício adquire uma personalidade no seu sítio através de seu volume e de suas formas, e a orientação dos indivíduos é facilitada quando essas características espaciais externas refletem a organização interna” (CARLIN, 2004, p. 58).

As zonas funcionais são agrupamentos homogêneos de serviços, de instalações, ou de usuários que possuem características ou funções em comum, a disposição clara dessas áreas facilita a compreensão do espaço e reduz a necessidade de informações adicionais, através de placas e sinalizações (DISCHINGER et al., 2008).

Os elementos referenciais são marcos visuais, podendo atuar como referências, elementos que diferenciam um ambiente e seu espaço circundante.

Informação do objeto

A Informação do Objeto é o conhecimento da capacidade de um ambiente ou equipamento de possuir sua identidade, função ou uso facilmente identificado, sem a necessidade de utilização de informações adicionais. A informação transmitida pelo objeto ao usuário está diretamente ligada a um conhecimento prévio do objeto/ função (DISCHINGER, 2008, p. 47). Como exemplo pode ser citado à escada em um ambiente, que não necessita de informação adicional de sua natureza ou sua função, subir e descer.

Informação adicional

A informação adicional é uma modalidade de informação complementar da Informação Arquitetônica e Informação do objeto, pode ser de natureza gráfica (baseada na utilização de suportes gráficos como sinais, placas, mapas etc.), sonora (tratam da informação transmitida por meio de sinais sonoros, locuções, sons relacionados à atividade humana etc.), verbal (aquela que é

39

transmitida por funcionários e usuários de um local) ou tátil (transmitida através de elementos como mapas e maquetes tácteis que reproduzem em escala reduzida a configuração espacial de um ambiente ou indicam percursos e zoneamentos). Em espaços de alta complexidade, como centros comerciais planejados, a informação adicional é sempre necessária (DISCHINGER, 2008, p. 49; CARLIN, 2004, p. 60). São importantes a iluminação, a forma, as cores e a disposição dos espaços e equipamentos, assim como as informações gráficas ou desenhos – letreiros, mapas, imagens – que apoiam na compreensão dos espaços.

Portanto, a informação adicional é eficiente quando considera as decisões de orientação dos usuários e suas diferentes habilidades. Logo, para cada decisão, a informação adicional deve responder a duas questões: qual informação é necessária para tomar determinada decisão? Onde deve estar localizada? Considerando as diferentes habilidades dos usuários, diferentes tipos de informação adicional devem estar disponíveis, permitindo as pessoas com deficiência físico-motora, sensorial e cognitivas acessar seu conteúdo e localização (CARLIN, 2004, p. 60).

Desta maneira, a orientação espacial depende da interação dos seguintes elementos (BRANDÃO, 2011, p. 71): Esfera do indivíduo e suas referências pessoais, percepção diferenciada dos sistemas; Condições de percepção, base na experiência e bagagem cultural do indivíduo que possibilita a identificação, percepção e compreensão da informação e levando assim, a decisões; Conhecimento espacial; Ações determinadas pelo indivíduo; Forma de organização das informações espaciais; Forma de configuração dos elementos fixos e dinâmicos; Relações entre as pessoas no espaço, organizações diferenciadas pela cultura, normas e regras sociais.

A compreensão dos princípios básicos de projeto arquitetônico de wayfinding pode auxiliar os arquitetos e urbanistas a melhorar o desempenho do edifício, reduzir a necessidade de reformas e adaptações futuras, contribuir substancialmente para a satisfação do usuário e sua frequência de uso da edificação, além de fornecer soluções inclusivas (HUNTER, 2010).

Brasil, Europa e Estados Unidos vem apresentando um crescimento de teorias, princípios de design e metodologias destinadas a apoiar a concepção de melhores sistemas de orientação, em pesquisas realizadas por arquitetos urbanistas e principalmente por designers gráficos. Mas, necessita ser incorporados no processo projetual visando à formação de profissionais com posturas conscientes e responsáveis em relação ao projeto de componentes da construção. Incluindo planejamento e legibilidade espacial, articulação das formas, sistema de circulação e comunicação ambiental. Envolvendo pesquisa em cognição e psicologia ambiental para projetar espaços construídos e produtos que facilitem o movimento de pessoas no espaço urbano e nas edificações.

40

- Comunicação

As condições de comunicação referem-se às possibilidades de trocas de informações interpessoais em um ambiente ou troca de informações pela utilização de equipamentos de tecnologia assistiva (como terminais de computadores e telefones com mensagens de texto), permitindo a compreensão das atividades existentes, o acesso e o uso do ambiente. (BINS ELY; OLIVEIRA, 2005; DISHINGER et al., 2008; DISCHINGER et al., 2012). A possibilidade de troca de informações entre usuários pode ser realizada com ou sem auxílio de meios de comunicação alternativos, e a aquisição de informações gerais pode ser realizada através de suportes informativos. Os elementos arquitetônicos importantes para a comunicação entre os usuários são: “a acústica dos ambientes, pois excesso de ruído dificulta a comunicação; a presença de sinais, pictogramas complementando informações escritas; e os meios de tecnologia assistiva, como programas computacionais para surdos e cegos” (DISCHINGER et al., 2009, p. 25-26). É de extrema importância a avaliação das condições de comunicação para melhorar a independência e autonomia de pessoas com deficiência auditiva, problemas na fala ou deficiência cognitiva (com limitações na produção linguística) (DISCHINGER et al., 2012, p. 30). O termo acessibilidade, conceituado pela NBR 9050/2004, evidencia que este implica tanto a acessibilidade física quanto a comunicação do usuário (BINS ELY; OLIVEIRA, 2005, p. 3).

- Deslocamento

Possibilitam as condições de movimento nos percursos horizontais (corredores), verticais (escadas, rampas e elevadores), ambientes internos (saguões, lojas e sanitários) e ambientes externos (jardins, estacionamento e pátios), e a possibilidade do usuário deslocar-se de forma independente, confortável e segura em percursos livres de obstáculos, ou seja, um conceito de Rota

Acessível, que consiste em um percurso livre de qualquer obstáculo de um ponto a outro (BINS

ELY; OLIVEIRA, 2005; BERNARDI, 2007; DISCHINGER et al., 2009; DUARTE; COHEN, 2006). Quando houver desníveis devem ser instalados sistemas alternativos de deslocamento, como elevadores ou rampas. São importantes o tipo e a qualidade dos pisos, e a existência de área livre de obstáculos para o movimento (DISCHINGER et al., 2008).

Para a avaliação das condições de deslocamento, especial atenção deve ser dada às pessoas idosas, pois se cansam com mais facilidade e estão mais sujeitas a quedas. Também é fundamental a verificação da continuidade, as dimensões, os revestimentos e as

41

declividades dos percursos para pessoas com deficiências motoras, que necessitam utilizar muletas ou cadeira de rodas (DISCHINGER et al., 2012, p. 31).

- Uso

O uso dos espaços e equipamentos devem propiciar a participação e realização das atividades por todos os usuários, ou seja, os equipamentos devem ser acessíveis e manuseados com autonomia, conforto e segurança (DISHINGER et al., 2008; BINS ELY; OLIVEIRA, 2005). “São importantes todas as características físicas dos equipamentos e mobiliários, tais como forma, dimensões, relevo, textura e cores, assim como sua posição nos ambientes para permitir que sejam alcançados e utilizados por todos” (DISCHINGER et al., 2009, p. 25). Muitas vezes é necessária a inclusão de equipamentos ou dispositivos de tecnologia, tais como pisos táteis e sistemas de voz em computadores para pessoas com deficiência visual (DISCHINGER et al., 2012, p. 32).