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CAPÍTULO 5 O PAPEL DOS CONTRATOS NOS MERCADOS DE FRUTICULTURA DO

5.1 Alguns aspectos gerais dos polos Petrolina-Juazeiro e Açú-Mossoró

Os dois polos analisados nesta tese, apesar de terem sido estruturados sob condições de políticas similares, vide capítulo 1, ao longo da suas trajetória, foram se diferenciando estruturalmente. Enquanto o Polo Petrolina-Juazeiro e seus principais produtos (uva e manga) aproveitaram as obras hídricas para se consolidar com diversos lotes no perímetro irrigado numa área de grande extensão, o Polo Açú-Mossoró mantém o melão como o carro chefe da região, porém, neste último, os produtores se concentraram na borda do território de maneira mais dispersa e “abandonaram”23

as obras de infraestrutura realizadas nas décadas passadas.

Esta diferença na configuração das áreas dos Polos pode ser vista na estrutura fundiária sintetizada na tabela a seguir, na qual observa-se que, de maneira geral, os dois

23 Para maior detalhe sobre a migração da produção de melão dentro do Polo Açú-Mossoró, ver os trabalhos de

polos apresentam uma alta concentração fundiária de acordo com Coeficiente de Gini24, exibido na tabela 3, de 0,70 e 0,79 para os Polos Petrolina-Juazeiro e Açú-Mossoró, respectivamente. Assim, o Polo Açú-Mossoró apresenta um índice de Gini ainda maior que o do Polo Petrolina-Juazeiro, mesmo com um número bem menor de estabelecimentos. A partir dos dados do Censo Agropecuário de 2006, Hoffman & Ney (2010) demonstram que os estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco apresentaram Coeficientes de Gini em torno de 0,82, enquanto no estado da Bahia este índice ficou em aproximadamente 0,84. Deste modo, o Polo Petrolina-Juazeiro apresenta um Coeficiente de Gini bem inferior ao dos estados em que estão inseridos. Por sua vez, o Polo Açú-Mossoró aproxima-se mais da medida de Gini para o estado do Rio Grande do Norte.

Tabela 3 - Tamanho da Propriedade nos Polos Irrigados

*O número de estabelecimento dos dois Polos inseridos na tabela esta de acordo com os dados consolidados do Censo Agropecuário de 2006. Em relação ao Polo Petrolina-Juazeiro o valor refere-se ao somatório de estabelecimentos que produziam uva e/ou manga. Por sua vez, no Polo Açú-Mossoró o número de estabelecimentos refere-se aqueles que produziram melão.

Fonte: Pesquisa de Campo. Elaboração Própria.

A diferença no Coeficiente de Gini pode estar vinculada à quantidade de propriedades. O Polo Petrolina-Juazeiro possui uma quantidade superior de estabelecimentos em comparação com o Polo Açú-Mossoró. Deste modo, é importante analisar detalhadamente a composição dos tamanhos de propriedades dos dois Polos. Uma primeira diferença significativa é a amplitude entre a menor e a maior área, de maneira que no Polo Petrolina- Juazeiro a menor propriedade tem 1,5 hectares, e a maior apresenta uma área de 600 hectares. No Polo Açú-Mossoró, a distância entre os extremos é bem mais ampla, tendo a maior propriedade 22.000 hectares e a menor menos de 1 hectare. Observando os altos valores do

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O coeficiente de Gini é uma mediada utilizada para mensurar a desigualdade a partir da razão das áreas do diagrama da curva de Lorenz. Esta varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo de 1 for o número, maior é a desigualdade.

Medidas Polo Petrolina-Juazeiro Polo Açú-Mossoró

Número de Estabelecimentos* 3.376 44

Média 26,37 (ha) 2.690,37 (ha)

Mediana 8 (ha) 470 (ha)

Tamanho Mínimo 1,5 (ha) 0,5 (ha)

Tamanho Máximo 600 (ha) 22.000 (ha)

Desvio Padrão 73,00 6.217,22

Coeficiente de Variação 2,77 2,31

Assimetria 5,70 2,8

Curtose 3,83 9,25

desvio padrão e da curtose na distribuição do Polo Açú-Mossoró, percebe-se que estes valores extremos do Polo são outliers, pois, apesar do alto valor do desvio padrão (mais de 6 mil), ainda há valores expressivos localizados na cauda da distribuição devido ao valor alto da curtose, caracterizando, assim, um formato mais achatado da curva.

A tabela 3 ilustra bem a diferença estrutural do aspecto fundiário dos dois Polos. O de Açú-Mossoró caracteriza-se por apresentar poucos produtores, mas com diferença nas dimensões muito extremas. De um lado, há a presença de uma grande empresa, a Agrícola Famosa, que ocupa uma área de 22 mil hectares e com uma produção de 175 mil toneladas de melão por ano. Do outro lado, há o pequeno produtor, com uma área inferior a 1 hectare. Entre estes dois extremos, existe um grupo de produtores com área de cerca de 400 hectares. Por sua vez, o Polo Petrolina-Juazeiro apresenta uma enorme dispersão de pequenos proprietários com área em torno de 8 hectares, em oposição com alguns grandes produtores/empresas, as quais possuem áreas com extensão acima de 100 hectares.

Outro ponto que distingui significativamente os dois polos é o processo produtivo intrínseco às culturas principais adotadas pelos produtores de cada uma das regiões analisadas. Como indicado anteriormente, o polo Petrolina-Juazeiro caracteriza-se pela produção, principalmente, de culturas permanentes (uva e manga). Estas apresentam maior custo de oportunidade do investimento devido ao maior tempo necessário para o retorno do capital. A efetivação de uma área de produção de uva leva cerca de três anos para alcançar seu pico produtivo. Já na produção da manga, o tempo para atingir o período estável de produção é ainda maior, cerca de seis anos (ARAÚJO, 2004; ARAÚJO et al., 2005).

Diferentemente do polo Petrolina-Juazeiro, no de Açú-Mossoró a principal cultura, o melão, é temporária e apresenta um ciclo produtivo de 60 dias. Isso possibilita ao produtor ter maior flexibilidade nas oscilações de mercado. Portanto, a produção de manga e uva em Petrolina-Juazeiro associa maior risco ao investimento devido à presença de sunk

investiments25 na prática das culturas permanentes, pois estas têm uma menor margem de

manobra frente a alterações inesperadas nas condições de mercado. Aliado a isso, este tipo de cultura exige um maior período de “pay back” (retorno) do capital investido.

O gráfico a seguir exibe a quantidade de culturas produzidas pelos estabelecimentos nos dois polos. O painel “a” demonstra que mais de 50% dos produtores do Polo Petrolina-Juazeiro pratica apenas uma cultura, manga ou uva. No caso do Polo Açú-

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Sunk investiments refere-se a tipos de investimentos em ativos que são de difícil recuperação. No Polo

Petrolina-Juazeiro estes investimentos afundados existem devido ao fato de que o processo de implementação da área produtiva demorar um tempo considerável, inviabilizando o uso dos recursos investidos para outro fim.

Mossoró, este aspectos é ainda mais acentuado, quase todos os produtores (cerca de 90%) são especializados na cultura do melão, como demonstra o painel “b”. No entanto, é importante destacar que no Polo Petrolina-Juazeiro, apesar de haver uma grande maioria especializada em nos dois produtos mais comuns, pode-se considerar que uma parte significante (46%) diversificou a produção em suas propriedades. Esta diferença entre os polos pode estar vinculada aos aspectos expostos nos parágrafos anteriores. O melão, por ser uma cultura temporária, apresenta uma maior facilidade de remanejar e recuperar parte dos investimentos num período mais curto do que a uva e a manga. Por sua vez, os produtores do Polo Petrolina- Juazeiro, por terem cultivos permanentes, tentam minimizar as oscilações de mercado diversificando a produção dentro dos estabelecimentos.

Gráfico 45 – Histograma com o Percentual de Produtores por Quantidade de Cultura Praticada

O gráfico “a” ilustra a distribuição de quantidades de culturas produzidas nos Polo Petrolina-Juazeiro. O gráfico “b” mostra a quantidade de culturas produzidas no Polo Açú-Mossoró.

Fonte: Elaborado a partir dos dados da Pesquisa de Campo.

53.98 36.93 6.25 2.841 0 20 40 60 80 Po rce n ta g e m 0 1 2 3 4 5 Quantidade de Culturas 90.91 9.091 0 50 1 0 0 1 5 0 Po rce n ta g e m 0 1 2 3 4 Quantidade de Culturas a) b)

Por outro lado, a tendência à especialização produtiva pode estar vinculada a uma maior especificidade nos produtos a serem transacionados pelos agentes. As formas de organização da produção, como abordado no capítulo 2, são reflexos das estruturas de mercados, dos tipos de produtos transacionados e das características dos agentes envolvidos. Assim, a alta especificidade dos ativos, seja na produção ou na transação, requer maior coordenação e, por isso, tendem à maior especialização (SEXTON & LAVOIE, 2001).

A presença de maior especificidade dos ativos reconhecida nos mercados agrícolas é, em grande medida, consequência das alterações no SAM. Como discutido no capítulo anterior, alguns consumidores têm maior preço de reserva para produtos que englobam certas características peculiares. Logo, esses produtos passam a agregar certo valor a partir dessas características criadas ou percebida pelos agentes, o que é conhecido, na literatura, como quase-renda (SAES, 2007). Diante disso, selos e certificações que designam qualidade, origem e especificidade de determinado produto passaram a ter um papel relevante na inserção competitiva de tais produtos (BELIK, 2007; BELIK & CHAIM, 1999; MARINOZZI, 2000).

O objetivo das certificações é garantir características peculiares do produto, mesmo os aspectos intangíveis (modo de produção, colaboração social, práticas sustentáveis). Estas certificações tentam diminuir a assimetria de informação entre as partes. Para isso, essas devem estampar confiança e, portanto, normalmente são feitas por uma terceira parte que aponta se os aspectos assegurados pela certificação estão realmente sendo respeitados (DÖRR, 2009).

A tabela 4 exibe alguns aspectos dos produtos em análise nos dois Polos alvo desta tese, que, em certa medida, despertam algum grau de especificidade, podendo gerar quase-rendas. Assim, observa-se que existe um grau de especificidade considerável nos produtos transacionados nos dois Polos, porém se manifestam de maneiras distintas. No Polo Petrolina-Juazeiro existe um baixo índice de produtores com certificação, apenas 20,56%. Este fato sugere que os mercados com os quais a maioria dos produtores deste Polo transaciona não utilizam o mecanismo de certificação como instrumento para assegurar alguma peculiaridade importante. Consequentemente, isso indica que os consumidores finais não têm um grau de exigência elevado para aspectos intangíveis dos produtos, que só poderiam ser assegurados por certificações críveis. A falta de exigência de certificação implica, como consequência, numa baixa taxa de monitoramento no Polo Petrolina-Juazeiro, apenas 27,7%.

Tabela 4 – Especificidades dos Produtos Transacionados pelos Agentes do Polo Petrolina-Juazeiro e Açú-Mossoró

Aspectos Relevância Polo Petrolina-Juazeiro Polo Açú-Mossoró

% n % n

Possuí Premiação

Sempre 66,7% 120 8,3% 1

Nunca 31,7% 57 83,3% 10

Às Vezes 1,7% 3 8,3% 1

Existe Monitoramento Sim 27,2% 49 58,3% 7

Possuí Certificação Sim 20,6% 37 75% 9

Fonte: Elaborado a partir dos dados da Pesquisa de Campo.

Apesar de no Polo Petrolina-Juazeiro a maioria dos produtores transacionar com mercados que não exigem tantas garantias de especificidades intrínsecas ao produto, não se pode afirmar que esses produtos do Polo não possuem algum grau de especificidade. Analisando a tabela anterior, percebe-se que as especificidades têm sido reconhecidas no Polo Petrolina-Juazeiro através de premiações por qualidade da fruta, as quais são identificadas pelos compradores e, assim, passam a fazer uma espécie de rating, pagando um preço mais elevado pelas frutas que apresentam melhores características.

Por sua vez, o Polo Açú-Mossoró tem incorporado as especificidades dos seus produtos de maneira oposta ao de Petrolina-Juazeiro, de modo que as premiações têm pouca importância na coordenação dos acordos entre os agentes, apenas um pouco mais de 15% dos produtores em algum momento utilizam mecanismos de premiação nas suas transações. Todavia, as certificações, assim como o monitoramento, têm sido utilizadas de forma ampla na coordenação das transações no Polo. Como demonstra a tabela, a certificação está presente em 75% dos produtores e o monitoramento é realizado em quase 60%.

Portanto, podem ser percebidos mecanismos de incentivos diferentes nos dois polos em relação à valorização das especificidades envolvidas na produção e comercialização das frutas. No Polo Petrolina-Juazeiro o reconhecimento das especificidades se dá em termos de premiação, incentivando o produtor a produzir frutas com as características desejadas pelos mercados com quem transacionam. Já no Polo Açú-Mossoró, os incentivos são coordenados através de certificações e monitoramento que asseguram aspectos não tangíveis no momento de concretização da transação.

Tordjman (2004) ressalta que as características dos produtos têm uma relação íntima com os mercados nos quais se inserem e na maneiram como são transacionados. Deste modo, as diferentes formas de expressar as especificidades nas transações dos agentes dos

polos podem está vinculadas à valorização de requisitos diferentes nos produtos negociados. Assim, o gráfico a seguir ilustra quais características são exigidas pelos mercados compradores dos produtos de cada um dos Polos.

Gráfico 46 – Características dos Produtos Exigidas pelos Mercados que Transacionam com os Polos

Fonte: Elaborado a partir dos dados da Pesquisa de Campo.

O gráfico acima confirma a hipótese levantada no parágrafo anterior, de que, de fato, a forma de reconhecimento das especificidades está na designação dos aspectos importantes do produto que são definidos nos mercados em que os agentes estão inseridos. Sendo assim, o gráfico demonstra que no Polo Petrolina-Juazeiro os aspectos visuais e tangíveis, como cor e tamanho, são os quesitos mais valorizados nos mercados em que estão inseridos os agentes do Polo. Já em Açú-Mossoró, percebe-se que os mercados têm como principais aspectos requisitados sabor/brix e as certificações. Esses dois pontos são de difícil mensuração visual, sendo perceptíveis apenas após o consumo, no caso do sabor. No caso de algumas características contempladas pelas certificações, como a adoção de certas práticas agrícolas, nem mesmo após a ingestão é possível julgar precisamente a característica em questão. Os produtos que possuírem algumas informações, importantes para a realização da transação, que não forem conhecidas nem mesmo após o consumo são denominados bens de crença (BARZEL, 1982). Por isso, diante dessa assimetria de informação, utiliza-se mecanismo como monitoramento, certificações e selos para garantir a presença dos atributos desejáveis.

As certificações têm tido um papel importante na coordenação das transações entre os agentes do SAM, pois estas se transformaram num mecanismo de mitigação da assimetria de informação existente entre os agentes envolvidos. Neste sentido Akerlof (1970)

65.0% 84.4% 3.9% 88.9% 6.7% 8.3% 91.7% 16.7% 0.0% 0.0% 0.0% 66.7% 00% 20% 40% 60% 80% 100% Sabor (brix) Tamanho Peso Cor Textura Certificação

argumenta que o surgimento de determinadas instituições tem o objetivo de tentar mitigar os efeitos da incerteza sobre a qualidade dos produtos transacionados. De maneira que a partir da emissão de códigos aos consumidores, estes consigam interpretar os sinais e assim diminuir a assimetria de informação. Nos mercados agroalimentares, a criação destas instituições se deu a partir da criação de selos que atestam qualidades e características peculiares dos produtos. (DÖRR, 2009; VALCESCHINI & BERTHET, 2005).

Valceschini e Berthet (2005) afirmam que o ponto central da dinâmica do sistema agroalimentar, tanto na produção quanto no processamento dos alimentos, está na definição e informação da qualidade através de selos e certificações que atestam os atributos dos produtos. Para os autores, a emergência desta padronização no sistema agroalimentar vai além da mitigação da assimetria de informação, este seria apenas o primeiro fator, uma vez que a ideia de “controle da qualidade total” se alastrou pelos setores produtivos da economia. No setor agroalimentar, este fenômeno ganha maiores contornos conforme as formas de coordenação vertical entre os elos produtivos ficam mais comuns e, assim, necessitam de maior compatibilidade. Além do mais, a regulação da higiene, segurança do alimento e rastreabilidade permitem o surgimento de uma série de normas estatais em consonância com uma série de certificações privadas responsáveis pelas regras de padronização de certos elementos do sistema agroalimentar.

Como demonstram Belik et al. (2001), as certificações emergem a partir de duas vias, uma estatal e outra privada. A regulação estatal tem se concentrado na criação de agências reguladoras a partir de um debate mais complexo sobre a origem dos produtos alimentares (Orgânico versus Transgênico). Por outro lado, as certificações privadas se expandiram e passaram a ser implementadas por diversos entes. O EurepGap, por exemplo, foi um dos primeiros selos de forte aceitação, este foi originado a partir de um movimento dos varejistas europeus. Os selos privados, desde então, passaram a abordar uma variedade enorme de requisitos, tais como: condições do trabalhador, responsabilidade social, rastreabilidades entre outros aspectos. Empresas como Carrefour, Tesco e outras redes varejistas têm seus próprios selos e suas próprias regras de certificação.

Valceschini e Berthet (2005) afirmam também que as certificações criam especificidades nos produtos que permitem a diferenciação entre produtos semelhantes, e assim, possibilitam a segmentação de mercados. A criação de novos mercados tem possibilitado a inserção de alguns produtos com “marcas” locais, o que permite a inserção de produtores antes renegados às cadeias de comercialização convencionais. No entanto, estas especificidades também permitem que os agentes tenham poder de mercado, atribuindo maior

valor ao produto, dado esses que passam a ser reconhecidos como bens superiores pelos clientes, devido à confiança nestas certificações que os asseguram de informações importantes para o consumo, sendo este processo a origem das quase-rendas.

Nesta subseção, pode-se observar que existem traços estruturais que diferenciam os Polos de produção de frutas frescas do Nordeste abordados nesta tese. O Polo Petrolina- Juazeiro – que tem como principais culturas uva e mangas, as quais são culturas permanentes e, portanto têm maiores sunk costs – nas transações, normalmente, tem tido suas especificidades reconhecidas através de premiações e os mercados têm exigido aspectos visuais dos produtos. Por sua vez, o Polo Açú-Mossoró (como principal fruta o melão) tem sido transacionado e tem incorporado uma maior participação das certificações nas transações. Nas duas próximas subseções serão analisados os mercados nos quais os produtores estão inseridos e serão analisadas as diferenças entre os polos, de modo que se possa observar se estas trazem consequências para as formas de coordenação. Será destacado, ainda, o objetivo central desta tese, as formas de coordenação dos mercados, com foco nas formas contratuais.