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Alterações na animação

No documento Animação sobre doença celíaca (páginas 103-122)

5.1 AVALIAÇÃO QUALITATIVA

5.1.2 Alterações na animação

Para fechar essa versão da animação, foram aplicadas algumas das alterações sugeridas na avaliação qualitativa, com exceção das alterações envolvendo a sonoplastia (que será tratada no tópico seguinte) e das sugestões não relevantes para o objetivo do projeto.

A cena inicial da animação foi estendida logo no início, visando uma introdução mais suave, conforme feedbacks recebidos por professores de design, durante a banca de qualificação. Dessa forma, o conteúdo narrado espera alguns segundos para iniciar, e o espectador tem esse tempo para ajustar o volume, imagem, ou legenda em seu dispositivo, assim evitando perda de conteúdo. A animação inicia com a tela azul, limpa, então elementos do ambiente entram gradativamente em cena, e logo depois, a câmera desce atravessando um telhado, como se entrasse na casa da personagem (Figura 5.5).

Figura 5.5: Cena de entrada da animação. Fonte: Autoral (2018).

A cena que mostrava o mapa do Brasil foi substituída pelo globo mundo, pois os dados estatísticos utilizados como base são mundiais e não brasileiros. Foram adicionadas também duas novas cenas à animação. Uma, informando que já existem opções de alimentos similares sem glúten (Figura 5.6), e outra alertando que alguns medicamentos e cosméticos também podem conter glúten (Figura 5.7).

Figura 5.6: Nova cena adicionada a animação. Fonte: Autoral (2018).

Figura 5.7: Nova cena adicionada a animação. Fonte: Autoral (2018).

Diversas alterações foram aplicadas, visando diminuir o tempo de duração da animação. O tempo das cenas sobre os sintomas foi encurtado em 14 segundos, diminuindo o tempo das transições entre os personagens e agilizando os movimentos. A frase “o pão nosso de cada dia”, que fazia parte da introdução da animação, foi substituída, ficando mais curta e evitando associações com assuntos religiosos. Na cena que explica sobre o funcionamento do intestino, a listagem que era feita (vitaminas, minerais, etc) foi substituída apenas pela palavra “nutrientes”.

Nas cenas dos sintomas foram adicionados alguns detalhes. Por exemplo, uma plaquinha “WC” foi adicionada para enfatizar que o personagem estava correndo para o banheiro (Figura 5.8).

Figura 5.8: Detalhe adicionado a cena. Fonte: Autoral (2018).

Foi retirada a animação da sinusite, pois estava difícil de entender. Porém, outros sintomas foram adicionados, como constipação, alergia a soja, e dentes quebradiços. O termo “intolerância” (a carne, leite e ovo) foi substituído por “alergia”.

Essas alterações foram aplicadas, devido à indicação de uma profissional de saúde, especialista sobre o tema.

Foi aplicada uma correção técnica na cena que indica o exame para o diagnóstico. O exame necessário é a endoscopia digestiva alta, que é feita com acesso oral, diferente do exame de endoscopia digestiva baixa (colonoscopia), o qual havia sido ilustrado anteriormente (Figura 5.9).

Figura 3.9: Endoscopia digestiva baixa e alta respectivamente. Fonte: Autoral (2018).

Nessa mesma cena foi adicionada uma divisão na tela, mostrando uma pessoa ingerindo um pão (Figura 5.10), com a finalidade de reforçar visualmente que o paciente precisa necessariamente estar consumindo glúten para fazer o exame, caso contrário poderá ter um resultado falso negativo. Esse detalhe foi enfatizado, pois é uma informação relevante para o objetivo do projeto, uma vez que muitas pessoas cortam o glúten da dieta quando desconfiam da doença, e então, ficam sem o diagnóstico correto.

Figura 5.10: Reforço visual adicionado à cena. Fonte: Autoral (2018).

No final da animação, foi alterado o texto de finalização. Ele passou de “acesse o site da ACELPAR, a Associação dos Celíacos do Paraná”, para “busque a associação dos celíacos do seu estado”, pois como a animação será divulgada na internet, ela poderá ter um alcance além do estado do Paraná, assim indicará que existem várias associações de celíacos no Brasil, em diversos estados.

Para concluir as alterações, foram adicionados os logotipos da FENACELBRA e da ACELPAR, como apoiadores do projeto, já que várias pessoas da federação e da associação colaboraram com informações, revisões e avaliações, além da divulgação final do projeto. No tópico seguinte serão explicadas as alterações relativas à sonoplastia da animação.

Versão final do roteiro disponível no Apêndice D.

5.2 SONOPLASTIA

De acordo com Dias (2017 apud Pereira, 2017) “a sonoplastia apresenta-se como uma técnica de reconstituição artificial dos efeitos acústicos que acompanham a ação em peças de teatro, cinema, vídeo e televisão”. Este processo de comunicação abrange todos os tipos sonoros: música, ruído e fala, estabelecendo uma linguagem através de significados.

A sonoplastia desse projeto foi desenvolvida em quatro etapas: música, narração, efeitos sonoros e finalização.

5.2.1 Música

A primeira etapa consiste na escolha de uma música para o fundo da animação. Segundo Barbosa (2000, p.1) a música é o “elemento criado com o objetivo de conduzir emocionalmente a audiência”. A ideia inicial para o projeto, era escolher uma música animada, para passar um sentimento otimista em relação ao assunto, com ritmo bem marcado e bastante variações para deixar a animação mais fluida, dinâmica e interessante. Ao mesmo tempo, deveria ser uma música que não entrasse em conflito com o tema do vídeo, podendo soar pejorativa.

Diante dessas características, foram testadas várias músicas da biblioteca de áudios do Youtube, dentre elas, a música escolhida foi a Acid Jazz de Kevin MacLeod, que está sob uma licença de colaboração criativa. Essa música apresenta ritmos bem quebrados e variações constantes, que colaboram para a dinâmica da animação. Além disso, o jazz culturalmente já está relacionado aos alimentos, pois é muito comum encontrar esse estilo de música tocando em restaurantes, bares e cafeterias, etc. Portanto, ela está de acordo com o tema do vídeo.

5.2.2 Narração

Para a gravação da narração final, foi contatado um estúdio profissional. Porém, conforme o orçamento e o prazo de entrega do projeto, não foi possível fazer essa produção profissional. Então, a alternativa foi gravar em casa. Para isso, a autora contou com a ajuda de seu irmão, Leonardo Tows, que tem conhecimento em produção e gravação de áudio.

Para a escolha do narrador, a autora decidiu testar uma voz feminina (sua própria) e outra masculina, para isso convidou seu amigo Felipe Follador, para ajudar. Com uma amostra de cada, ela pediu para que algumas pessoas opinassem qual seria a mais adequada para a animação. A maioria concordou que a voz feminina se encaixaria melhor, por ser menos agressiva, combinando mais com o estilo das ilustrações.

A gravação foi feita em casa, utilizando um microfone MXL 990, uma interface de áudio Focusrite Scarlett 2i4 e o software Ableton. Para diminuir a reverberação da sala, resultando em um som mais nítido e limpo, foram estendidos cobertores sobre

as paredes, foram posicionadas almofadas nas quinas do quarto, e para evitar o ruído do computador, a CPU foi coberta com um edredom. Nas primeiras tentativas, notou- se que o som de algumas sílabas fortes como “bá” e “pá” estouravam. Para solucionar isso, de forma improvisada foi montado um pop filter, usando um bastidor de bordado e uma meia calça.

Antes da gravação foram pesquisadas algumas dicas para melhorar a dicção e pronunciar as palavras de forma clara e natural. São elas: gravar de pé, com boa postura, fazer pausas para tomar água, prestar atenção para o sotaque e tentar manter uma distância fixa do microfone, evitando assim grandes variações de amplitude. A gravação foi feita frase a frase, e essas foram repetidas diversas vezes até conseguir um resultado satisfatório.

Terminada a gravação, foi feita a mixagem do áudio, diminuindo algumas frequências para zerar completamente o ruído ambiente, com um plugin específico foram corrigidas as ondas relativas aos “s” no final das palavras, e foi aumentado um pouco o grave, para deixar a voz mais encorpada. Também foi aumentado um pouco do ganho geral da gravação, tendo como parâmetro uma música de estúdio renomado, assim não haveria problema do espectador precisar aumentar ou diminuir o volume do vídeo.

Então, a narração foi importada no After Effects e foi feito o posicionamento temporal das faixas de áudio, sincronizando o conteúdo das frases com as respectivas imagens. Em alguns casos, as palavras foram recortadas e ajustadas individualmente, garantindo a perfeita sincronia entre imagem e áudio, principalmente nas listagens de alimentos, sintomas e doenças relacionadas.

5.2.3 Efeitos sonoros

Para a aplicação dos efeitos sonoros nesse projeto, foi feita uma lista com palavras-chave dos sons a serem adicionados, como por exemplo, porta fechando, sirene de emergência, homem chorando, entre outros. A partir dessa lista foram baixados da internet diversos samples (amostras de áudio) gratuitos, de sites como o Freesound e a biblioteca de áudios do Youtube. Essas amostras foram selecionadas, organizadas e testadas, para posteriormente serem editadas e encaixadas definitivamente na animação.

Os efeitos sonoros têm o papel de ser um estímulo reforçador para as imagens da animação. Por exemplo, na cena que o personagem sai correndo para o banheiro, aparece uma plaquinha indicando que o banheiro fica para o lado direito, mas é um detalhe bem sutil e pode passar despercebido, para reforçar a ideia do banheiro foi adicionada também o som da batida da porta, que ajuda o espectador a entender o sentido da cena.

Os efeitos sonoros, para além do papel de simulação da realidade psico- acústica tal como a conhecemos, são frequentemente utilizados para a introdução de novas realidade e conceitos sonoros, sendo que neste momento, em que estão instituídas plataformas e edição não linear, as possibilidades criativas são maiores do que nunca (BARBOSA, 2000, p.6).

Os sons dos personagens foram gravados pela autora e seu irmão logo no final do processo de narração, aproveitando a acústica preparada para a sala. Porém, devido à falta de experiência, as gravações não ficaram naturais e deixaram a animação muito infantil, portanto, foram substituídas por amostras de sons gratuitas também. Além dos sons dos personagens, outros sons remetiam muito a desenho animado, então foram substituídos por amostras mais reais/naturais que trouxeram mais seriedade à animação.

5.2.4 Finalização

Para a edição dos áudios, segundo Barbosa (2000, p.4-5), os parâmetros que podem ser manipulados são: amplitude, tonalidade, timbre, espacialização, posicionamento temporal e duração.

Nessa etapa foi feito o ajuste de todos os sons adicionados, com objetivo de deixar os sons divididos em planos de amplitude. A narração foi deixada em primeiro plano com (0bd), seguida dos efeitos especiais (entre 0db e -25db) e por último a música (-15db). Alguns efeitos sonoros ficaram sobrando e foram apagados, outros foram diminuídos bastante, como é o caso dos sons de transição de cenas. Para alguns efeitos os samples foram esticados ou encurtados, alterando assim a tonalidade para mais grave ou mais agudo, como é o caso das vozes das personagens femininas, que foram editados.

Ao finalizar, notou-se ainda que a música de fundo não estava se adequando à algumas cenas, como por exemplo, quando o personagem tem uma parada cardíaca

no hospital. Nesses casos, foi aplicada uma transição suave da música para um efeito dramático e mórbido, que é relacionado facilmente a morte/doença. Essa variação entre música animada e o efeito dramático criaram o contraste que faltava no áudio da animação.

Com a finalização dos áudios, finaliza-se também essa versão da animação. A próxima etapa consiste nas avaliações quantitativas, para checar se o público-alvo aprova o resultado.

5.3 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

A avaliação quantitativa refere-se ao que pode ser quantificável por meio de números e informações. Com esta análise, é possível obter dados a respeito da experiência do público-alvo, e, caso necessário, realizar alterações de forma mais assertiva.

5.3.1 Pré-publicação da animação

Com a versão da animação finalizada, foi feita a publicação do vídeo no Youtube, em modo não listado. Foi aplicada uma legenda manual em português, permitindo que as pessoas entendam o vídeo mesmo sem áudio, aumentando assim a sua acessibilidade. Foi criado o título “Doença Celíaca - Cuidado! Você pode ter e não saber” e foi escrita uma descrição completa, explicando a finalidade do projeto, informando sobre a produção e listando todos os envolvidos. Para finalizar a publicação para a avaliação, já foram adicionadas as palavras-chaves (Figura 5.11), utilizadas para recomendar o vídeo na pesquisa do Youtube.

Figura 5.11: Palavras-chaves da animação no Youtube. Fonte: Autoral (2018).

5.3.2 Preparação da avaliação

Com isso, chega o momento de ver se o público-alvo aprova o resultado. Para isso, foi feita uma segunda pesquisa baseada na avaliação qualitativa, porém, dessa vez ela foi divulgada em massa, por meio de de grupos no Facebook relacionados à nutrição, alimentação, design, animação, doença celíaca, e outros (Figura 5.12).

Figura 5.12: Post de divulgação da avaliação quantitativa. Fonte: Autoral (2018).

Além de ser divulgada no Facebook, foi divulgada também no Instagram, através dos stories da autora (Figura 5.13) e para pessoas mais próximas através do WhatsApp, para ser repassado.

Figura 5.13: Story de divulgação da avaliação quantitativa. Fonte: Autoral (2018).

A avaliação foi divulgada na página da ACELPAR (Associação dos Celíacos do Paraná) e da FENACELBRA (Federação Nacional das Associações dos Celíacos do Brasil), nas quais a maior parte de participantes são celíacos, portanto já se esperava que grande parte dos participantes tivessem o contato prévio com a doença. Apesar do público-alvo da animação não ser as pessoas que já têm o diagnóstico da doença, a estratégia foi divulgar a avaliação também para essas pessoas, pois essas já têm o interesse no assunto, por sofrerem com a falta de informação. Assim, portanto, houveram mais compartilhamentos da avaliação, e por consequência, foi possível alcançar um maior número de participantes. Além disso, com a avaliação de pessoas já experientes no assunto, foi possível comprovar que a animação não tinha nenhuma informação técnica equivocada e também foi possível selecionar ideias para futuras produções.

A avaliação foi elaborada na plataforma do Google Forms, com registro anônimo das respostas, para que nenhum participante tivesse receio de avaliar mal a animação por questões pessoais. A linguagem utilizada foi bem casual para ser acessível para todos os públicos e combinar com o estilo da animação. Primeiramente, a avaliação disponibilizou a animação, então solicitou a idade do

participante e uma nota de 1 a 5 para as ilustrações, roteiro, narração e sonoplastia. Na sequência foram feitas 2 perguntas: a primeira foi “a animação deixou você pensativo sobre sua saúde?”, com as alternativas “sim”, “não”, “eu já tenho diagnóstico” e “outros”; e a segunda pergunta foi “você indicaria esse vídeo a alguém?”, com as alternativas de múltipla escolha “sim, compartilharia nas minhas redes sociais”, “sim, passaria o link para familiares, ou amigos próximos”, “sim, passaria o link para uma pessoa em específico”, “não” e “outros”. Para finalizar, foi disponibilizado um campo para o participante fazer um comentário opcional (Figuras 5.14 e 5.15). Formulário completo disponível no Apêndice I.

Figura 5.14: Parte do formulário de avaliação quantitativa. Fonte: Autoral (2018).

5.3.3 Análise dos resultados

A avaliação ficou disponível por 5 dias, mais de 750 pessoas assistiram a animação e 430 pessoas participaram da avaliação. A maior parte dos participantes tinha entre 21 e 30 anos, mas no geral a avaliação alcançou pessoas de 15 a 60 anos, conforme é possível observar na Figura 5.15. Muitas pessoas com mais de 35 anos se interessaram pela animação, isso indica que a animação, apesar da sua estética jovial, colorida e divertida, também chama a atenção de pessoas com mais idade.

Figura 5.15: Idade dos participantes da avaliação quantitativa. Fonte: Autoral (2018).

A nota média geral para a animação foi de 4,75 (considerando notas de 1 a 5). A Figura 5.16 mostra as médias das notas, divididas pelas categorias avaliadas. Nota-se que as maiores notas foram para as ilustrações e as menores para a narração - como já era esperado, já que os áudios foram produzidos em casa, e sem muita experiência ou estudo prévio. Isso significa que em um vídeo futuro, seria importante investir em uma produção profissional para os áudios, contratando um estúdio de gravação, fazendo parcerias com profissionais da área, ou até mesmo fazendo um curso para ganhar experiência. Mas no geral, as notas foram altas, o que indica que o público apreciou o vídeo.

Figura 5.16: Notas médias das avaliações quantitativas. Fonte: Autoral (2018).

Conforme a Figura 5.17, nota-se que quase metade dos avaliadores já são diagnosticados com doença celíaca, então esses provavelmente conhecem muito bem a doença. A grande participação de celíacos diagnosticados já era esperada, devido ao compartilhamento nos grupos relacionados à doença, porém, agregaram valor à pesquisa, devido aos comentários mais completos e com sugestões interessantes. Na categoria “outros”, a maior parte são pessoas que têm parentes com a doença, ou são profissionais da área. Portanto, metade dos avaliadores já entendem muito sobre o assunto, e provavelmente compartilhariam para que outras pessoas também conheçam a doença. Considerando a outra metade dos avaliadores, a maior parte informou ficar pensativo sobre sua saúde, o que demonstra que a animação cumpriu o seu papel de alertar sobre a gravidade da doença.

Figura 5.17: Gráfico indicando interesse dos avaliadores. Fonte: Autoral (2018).

A Figura 5.18 indica que quase todos os avaliadores compartilhariam a animação. Surpreendentemente, a maior parte optaria por compartilhar diretamente

nas redes sociais, ao contrário do que a autora imaginava, uma vez que a animação está com um tempo um pouco extenso para essa mídia. Em um próximo momento, a autora pretende desenvolver um teaser para a animação, resumindo ainda mais o assunto e chamando a atenção para os pontos mais importantes relacionados ao diagnóstico. Dessa forma, aumentaria o número de compartilhamentos nas redes sociais por pessoas sem o diagnóstico.

Figura 5.18: Gráfico indicando o modo de compartilhamento da animação. Fonte: Autoral (2018).

Várias pessoas comentaram no último campo do questionário, 78 deles foram elogios e feedbacks positivos sobre a animação. Os outros 71 foram críticas e sugestões de alteração (grande parte também acompanhados de comentários positivos sobre a animação). Então, esses comentários foram separados por categorias e analisados para anotar os principais problemas da animação (Apêndice J). A Figura 5.19 mostra o número de citações para cada conteúdo.

Figura 5.19: Críticas ou sugestões, agrupados por conteúdo. Fonte: Autoral (2018).

A maior parte dos comentários foi relativo a contaminação cruzada, que hoje é uma das maiores dificuldades dos celíacos. Vinte e uma pessoas comentaram que a animação devia abordar também uma explicação breve sobre a contaminação cruzada, que seria o cuidado na manipulação e armazenamento dos alimentos, compartilhamento de cozinha, utensílios domésticos, etc. Porém, o principal intuito da animação era ajudar as pessoas que não têm a doença a ficarem atentas aos seus sinais e incentivar para que elas busquem o diagnóstico. A contaminação cruzada é um tema bem específico para as pessoas que já tem o diagnóstico, além de ser um tema muito delicado e extenso, que renderia facilmente outra animação de 5 minutos (ou até mais).

Muito importante essa discussão e principalmente que ela chegue as pessoas que ainda não tem o devido conhecimento da doença, suas implicações e forma de tratamento. Como sugestão pensar em parcerias para maior divulgação do material em diversos meios, escolas, associações medicas, etc. E quem sabe continuação do projeto com uma série de vídeos explicativos para os diversos vieses que estão relacionados ao tratamento. Contaminação cruzada, etc. Parabéns! (ANÔNIMO, 2018).

Em segundo lugar, foram feitos dezessete comentários sobre a narração, envolvendo críticas sobre a entonação, sotaque, amplitude, dicção, qualidade da gravação, etc. Esse ponto já comentado anteriormente.

Em relação à locução, ela pareceu um pouco desanimada, sem muita entonação e variação (o que ficou especialmente estranho na hora de elencar os sintomas). Mas tirando isso, o vídeo ficou sensacional, muito explicativo e com ilustrações lindas! (ANÔNIMO, 2018).

Em terceiro, houveram nove comentários solicitando explicações mais detalhadas da parte técnica sobre o funcionamento da doença, etc. Porém o detalhamento do conteúdo não foi o objetivo estabelecido para essa animação, conforme explicado anteriormente.

No trabalho de doutorado da nutri Amanda Bagolin o conceito de doença celíaca é de uma doença imunomediada. Tem-se a genética para a doenças se não tiver o mediador que é o glúten, não se desenvolve a doença. Infertilidade pode ser masculina tb. Pois a desnutrição pode ocasionar espermatozoides defeituosos. Mas seu trabalho está muito bom. Com certeza muito esclarecedor para novos celíacos e faz pessoas com alguns sintomas refletirem sobre seu problema. Parabéns pelo trabalho! Obrigada por ajudar na divulgação da DC (ANÔNIMO, 2018).

Cinco pessoas acharam a animação muito lenta e extensa, para solucionar isso será produzido o teaser em outro momento, que funcionará como uma ponte do espectador nas redes sociais, ao vídeo mais completo.

Gostei do vídeo e achei completo nas informações iniciais sobre a doença. Entretanto, me questionei se irá atingir as pessoas que não possuem celíacos na família porque ė longo e o ritmo mais lento. Entretanto achei as

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