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Análise de vídeos sobre doença celíaca

No documento Animação sobre doença celíaca (páginas 43-47)

3.2 ANÁLISE DE SIMILARES

3.2.1 Análise de vídeos sobre doença celíaca

Essas análises tem o foco no conteúdo apresentado, e serviu como base para a criação do novo roteiro. Foi feita uma lista com os dados sobre a DC presentes nos vídeos analisados, tais como sintomas, doenças relacionadas, sequelas do tratamento tardio, entre outros (Apêndice A).

Doença Celíaca no Fantástico

Ano de publicação: 2009.

Duração: 7 minutos e 18 segundos. Visualizações: Mais de 73 mil.

O vídeo inicia explicando brevemente o que é glúten e exemplificando quais são alguns dos alimentos que contém glúten. Esse vídeo enfatiza casos de pessoas reais que já tiveram problema com o diagnóstico da DC, para exemplificar alguns sintomas da doença, mostrar a sua gravidade e relatar como foi difícil esse processo do diagnóstico. Além de mostrar esses casos, apresenta entrevistas com médicos e especialistas no assunto e por conta disso traz seriedade e confiabilidade ao seu conteúdo. Uma animação 3D ajuda a explicar como a doença funciona no organismo dos celíacos, porém essa animação é meio limitada (Figura 3.7).

Figura 3.7: Cena do vídeo sobre doença celíaca. Fonte: Fantástico - Globo (2009).

O vídeo tem um conteúdo técnico bem completo, informa dados estatísticos sobre a doença, como por exemplo “a doença celíaca afeta um em cada duzentos brasileiros”, “em nosso país um milhão de pessoas sofrem desse mal”. Explica que para ter a DC é preciso ter predisposição genética e estar consumindo glúten e que existem exames que ajudam a fazer o diagnóstico, como é o caso do exame de sangue e a endoscopia com biópsia de intestino.

A última parte do vídeo mostra como é a vida das pessoas já diagnosticadas, então apresenta algumas opções de farinhas que podem substituir a farinha de trigo, como é o caso do amido de milho, a fécula de batata e o creme de arroz. Informa da legislação que obriga os produtos industrializados a informarem na embalagem se contém ou não glúten, e, também, comentam sobre o preço dos alimentos sem glúten, que no geral são bem mais elevados. Para finalizar, informam que é possível comer bem, sem glúten e sem gastar muito dinheiro, fazendo receitas caseiras.

Doença Celíaca no Jornal Hoje

Ano de publicação: 2008.

Duração: 2 minutos e 22 segundos. Visualizações: Mais de 23 mil.

É uma matéria apresentada em um jornal na televisão, apresenta dados estatísticos logo no começo, para prender a atenção dos espectadores. Assim como no vídeo anterior utiliza um caso real da doença. Conta um pouco da história da DC ao passo que explica como a doença funciona. Utiliza uma ilustração estática do corpo humano, dando destaque ao intestino delgado enquanto explica alguns dos sintomas mais comuns em uma lista ao lado da imagem (Figura 3.8).

Figura 3.8: Ilustração sobre sintomas da doença celíaca. Fonte: Doença Celíaca no Jornal Hoje - Globo (2008).

Explica que a doença não tem cura, mas pode ser tratada retirando completamente o glúten da dieta. Assim como o primeiro vídeo, também fala sobre a legislação para os produtos industrializados, porém, chama atenção que dois produtos da mesma marca podem estar, um livre de glúten e o outro não, então os celíacos precisam ter muita atenção.

Não deixa a lista de sintomas muito completa, não informa da grande diversidade de sintomas, não mostra em nenhum momento como funciona a doença no organismo, e não fala dos exames para o diagnóstico. Portanto, esse vídeo não tem um conteúdo técnico muito completo, apesar de ser muito bem resumido nas demais partes.

Olho Clínico – Doença Celíaca

Duração: 14 minutos e 56 segundos. Visualizações: Mais de 4 mil.

Vídeo com produção bem simples, um conteúdo bem rico sobre a DC, porém, extenso e cansativo. Introduz o vídeo de maneira a despertar o interesse do espectador e já mostra um pouco sobre o problema, primeiro mostram alguns salgados e doces em uma padaria e então fazem a pergunta, “sabia que tem muita gente que não pode comer ou sequer encostar nesses alimentos? O programa de hoje vai falar sobre a doença celíaca”.

São apresentados alguns dados estatísticos, comentam sobre as informações que constam nas embalagens dos alimentos industrializados e passam a explicar o que é glúten. Fazem uma entrevista com um médico especialista em DC que explica o que é glúten, em que cereais ele está presente e já engata a explicação de como funciona a doença no organismo dos celíacos. Após a apresentação já fazem uma lista de sintomas bem completa por faixas etárias, em crianças, adolescentes e em adultos, reforçam esses sintomas entrevistando outro especialista em DC. Porém, não ilustram de nenhuma forma esses sintomas. Diferenciam sensibilidade ao glúten e doença celíaca e explicam, então, um pouco da história de como a doença foi descoberta.

Após isso entrevistam a nutricionista Mariane Rovedo, que, além de ser especialista em DC, também é celíaca. Ela relata as dificuldades que teve para fazer o diagnóstico da doença, as dificuldades que teve para enfrentar a doença no início e explica as mudanças que fez em sua rotina para se adaptar com a nova vida gluten- free. Comentam sobre o problema da contaminação cruzada, “que é quando o paciente não ingere o alimento, mas acaba indiretamente entrando em contato com ele”. Falam também sobre as doenças decorrentes da DC, pois essa faz com que as vilosidades do intestino diminuam, ou até desapareçam, diminuindo também a absorção dos nutrientes (Figura 3.9), podendo causar outros problemas sérios como anemias, obesidade, etc.

Figura 3.9: Ilustração do Intestino Delgado. Fonte: Olho Clínico (2015).

Para finalizar, explicam como funciona o tratamento da doença. Mostram que a indústria de alimentos especiais sem glúten está aumentando, exemplificam alguns alimentos que não contém glúten em sua forma natural, como é o caso de: ovos, carnes, laticínios, frutas e legumes, e dão dicas de como os celíacos podem comer fora de casa, sem correr riscos, inclusive em viagens. Apresentam a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (FENACELBRA) e a Associação de Celíacos do Paraná (ACELPAR), que podem ajudar com mais dicas às pessoas que descobriram a doença recentemente.

No documento Animação sobre doença celíaca (páginas 43-47)

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