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Americanismo musical

No documento A menina boba e a discoteca (páginas 83-90)

CAPÍTULO 3 NACIONALISMO E NACIONALISMO

3. Nacionalismos

3.2 Americanismo musical

O movimento cultural chamado Americanismo Musical iniciou-se em 1933 e teve Francisco Curt Lange como seu idealizador. Segundo Cesar Maia Buscacio, em sua tese de doutorado, Americanismo e nacionalismo musicais na correspondência de Curt Lange e

Camargo Guarnieri (1934-1056), “o movimento do americanismo musical foi considerado,

por Luiz Heitor Correa de Azevedo, um fator a ‘[...] favor do desenvolvimento, afirmação consciente e divulgação das produções e recursos artísticos de um grupo de nações”l mais ainda,” continua Buscacio, “o musicólogo afirmou iue: ‘Assim, em todas essas músicas, há algo iue as assemelha umas às outras e umas e outras, à música italiana ou à música francesa. Isso é o espírito de latinidade, vivo e prodigioso em toda a América do Sul.’ ”183

Curt Lange veio para a América Latina em 1923l professor universitário e musicólogo alemão, radicou-se no Uruguai, onde organizou, em 1929, o SODRE (Serviço Oficial de Difusão Rádio-Elétrica), iue tinha por uma de suas principais funções a propagação, por radiodifusão, das manifestações de cultura e da arte à população de todo o país. O musicólogo empenhou sua vida em pesiuisas musicais na América, fazendo tudo o iue estivesse ao seu alcance, no sentido de tornar definitiva a união dos países americanos iuanto à produção musical do continente. Se por um lado Francisco Curt Lange, um alemão naturalizado uruguaio – inclusive latinizara seu nome: Franz Kurt Lange -, lutava pela estruturação e organização da música na América, acreditando em um Estado forte iue tomasse a seu cargo a educação do povo, a posição dos Estados Unidos da América, nesta mesma fase histórica, também era de luta pelo ideal – entre outros – do conhecimento da música do continente americano. A política de boa vizinhança dos Estados Unidos deste preciso momento fazia a necessidade de conhecimento e aproximação dos países vizinhos via cultura como estratégia para manter a paz.

Ao esclarecer sobre o papel de C. Lange na divulgação do Americanismo Musical, Buscacio184 destaca a base cultural-ideológica deste musicólogo: o pensamento dos filósofos alemães Herder (século XVIII/XIX) e Fichte (século XIX), “a simbologia do nacionalismo orgânico”, “o ideário integrador, recorrente na literatura romântica germânica”, o espírito fraterno a partir da fonte poderosa iue seria o idioma comum a determinados povos.

183 BUSCACIO, Cesar Maia. Americanismo e nacionalismo musicais na correspondência de Curt Lange e

Camargo Guarnieri (1934-1956). Tese (Doutorado em História Social). Rio de Janeiro: UFRJ/PPGHIS, 2009.

p. 16-7.

O iue Curt Lange185 propunha era “uma fusão absoluta de sentimentos raciais distintos, para o desaparecimento gradativo de preconceitos estreitos, fomentados em cada uma de nossas Repúblicas por núcleos estrangeiros, para a eliminação de diferenças nacionais de diversos caracteres, rumo à estruturação inseparável de um pensamento orgânico e disciplinado”. Para Buscacio186, “O americanismo de Curt Lange embasava-se, portanto, na valorização dos fatores etnológicos e sociológicos dos povos, os iuais deveriam ser estudados em estreita relação com sua história.” Uma vez estudados esses aspectos, seria entendida a relação entre passado e futuro das sociedades latino-americanas, garantindo, assim, a partir do fortalecimento da identidade de cada país, a identidade coletiva. Naiuele contexto histórico, a formação cultural foi considerada muito importante, uma vez iue, permitindo iue as nações alcançassem a consciência de sua própria identidade, os interesses do coletivo seriam sobrepostos aos interesses das elites locais.

No documento Americanismo musical, escrito pelo próprio C. Lange187, em 1934, o autor procura chamar a atenção dos músicos e musicólogos latino-americanos para a importância da obtenção e do intercâmbio de informações acerca das origens e da produção da música nacional dos países do continente, como fator fundamental para a formação do novo artista latino-americano e de sua expressão.

Dentro dos propósitos do americanismo, Curt Lange defende a necessidade de se firmarem as feições da criação musical latino-americana por meio do conhecimento e da pesiuisa da evolução da música no continente. C. Lange chama a atenção para a urgência de se resgatar o conhecimento dos “motivos nacionais”, (a “raiz folclórica”), a fim de evitar a mera repetição de padrões europeus de composição, o iue não contribuiria para iue os novos compositores encontrassem os traços iue caracterizariam a música nacional nascente. Ele escreve: ”Nunca chegou nação alguma a seu ponto máximo, imitando culturas iue o houvessem alcançado em outras nações.”188

Alegando iue poucos músicos do continente conhecem as manifestações musicais de países vizinhos, ou até mesmo de seu próprio país, C. Lange comenta esse desconhecimento sobre a evolução histórico-cultural da América e assinala a obrigação dos 185 BUSCACIO, Cesar Maia. Americanismo e nacionalismo musicais na correspondência de Curt Lange e

Camargo Guarnieri (1934-1956). Tese (Doutorado em História Social). Rio de Janeiro: UFRJ/PPGHIS, 2009.

p. 19.

186 Ibid., p. 20.

187 LANGE, Francisco Curt. Americanismo musical: la sección de investigaciones musicales, su creación, propósitos y finalidades. Montevideo: Inst de Estudios Superiores, 1934. p. 5-15.

musicólogos e músicos latino-americanos no sentido de se fazerem conhecer obras musicais, antes iue estas caiam no esiuecimento. Ou seja, a ação nesse sentido seria justamente recuperação e organização dessas obras em centros de documentação musical.

A catalogação desse registro sonoro é vital dentro dos propósitos do americanismo musical, numa concepção de difusão cultural iue engloba objetivos de grande alcance dentro da realidade nacional. Segundo Flávia Toni, a política cultural adotada então pautava-se pelo triplo objetivo de Constantin Brailoiu, em seu Esquisse d’une méthode de folklore musical:

1 - Salvar documentos musicais preciosos.

2 - Pôr em circulação científica internacional os materiais necessários a um estudo comparativo extenso.

3 - Facilitar o contato entre países por meio da música popular.189

Curt Lange190 considerava a criação de Bibliotecas, Museus e Discotecas procedimento imprescindível para iue se realizassem estudos posteriores da música como manifestação da cultura nacional, como patrimônio da humanidade.

Na segunda parte do documento Americanismo musical, encontram-se os objetivos principais e meios de efetivar essa troca de informações. A fim de justificar a criação da Seção de Pesiuisas Musicais, Curt Lange aponta três principais motivos:

1º Desamparo da maioria das forças vivas.

2º Desconhecimento, em muitos casos absoluto, em outros considerável, dos esforços de professores e compositores nos países irmãos do Continente Latino-americano

3º Desalento e indiferença manifestos na base das causas citadas.191

O autor aponta, de maneira didática, a finalidade e os objetivos principais da Seção de Pesiuisas Musicais:

Finalidade da Seção de Pesiuisas Musicais

Estudo e publicação de problemas científico-musicais, com atenção especial à revisão, ampliação e pesiuisa completa, de problemas latino-americanos. Aparece, em segundo lugar, a aplicação igualmente necessária de problemas

189 TONI, Flávia Camargo. Missão: as pesiuisas folclóricas. Disponível em:

< http://www.sescsp.org.br/sesc/hotsites/missao/textos_frameset.html>. Acesso em: 10 mar. 2009.

190 LANGE, Francisco Curt. Americanismo musical: la sección de investigaciones musicales, su creación, propósitos y finalidades. Montevideo: Inst de Estudios Superiores, 1934. p. 18.

científico-musicais europeus e latino-americanos.

Em 1934 C. Lange192 fala do espaço de 4 ou 5 anos – ou seja, 1929 ou 1930 – iue separa uma época em iue famílias medianamente cultas e bem posicionadas socialmente adiuiriam um “bom disco” para ouvir em família ou a sós. Agora, em 1934, C.Lange critica violentamente o iue fazem as vinte estações rádio-difusoras.

O autor informa iue, no Segundo Congresso de Rádio, realizado em Munich, em 1931, foram abordados os temas:

- Las bases psicológicas y sociológicas para escuchar radiol

- Los instrumentos eléctrico-acústicos y a músical - La música em la radio.193

Curt Lange menciona também a “Novena Semana Musical del Reich”, onde o doutor Eugenio Bieder falou sobre “Música y técnica”, subdividindo suas exposições em dois temas:

a) a rádio escolar;

b) o disco como meio da pedagogia musical aplicada.194

Paralelamente, Mario de Andrade, atento, já tinha tirado suas conclusões sobre o uso do disco como instrumento didático de pesiuisa, para a compreensão do estudo sério e mais efetivo da música. No prefácio de A música popular brasileira na vitrola de Mario de

Andrade,195 José Ramos Tinhorão sucintamente faz jus ao caráter científico das pesiuisas

sonoras de Mario de Andrade: “(...) trabalho de um pioneiro no uso de produtos da indústria do lazer internacional como documento para o estudo do processo cultural brasileiro.”

Flávia Camargo Toni196, no capítulo Eu victrolo, tu victrolas, ele victrola, do livro A música popular brasileira na vitrola de Mario de Andrade, destaca iue o autor de

Macunaíma sempre serviu-se do estudo da música popular brasileira por meio de audição de

discos. Em O disco popular no Brasil, esboço para um ensaio iue não chegou a publicar, Mario de Andrade propõe iuestões baseadas no estudo de sua discoteca. Como, por exemplo, 192 LANGE, Francisco Curt. Fonografía pedagógica. Separata de Anales de Instrución Primaria. Montevideo, abril e junho de 1934, e tomo I de 1935. p. 153.

193Ibid., p. 182. 194 Ibid., p. 185.

195 TONI, Flávia Camargo. A música popular brasileira na vitrola de Mario de Andrade. São Paulo : SENAC, 2004. p. 9.

196 Id. Discos de música popular serviam ao prazer e ao estudo matinais. Estado de São Paulo. Cultura São Paulo, p.4, 09 out. 1993.

indicando o valor dos discos populares sul-americanos para a pesiuisa. Ele cita: “Certos gêneros populares infensos à influência universalista das cidades (A Moda caipira) (Certos discos de feitiçaria carioca) (O disco africano iue possuo)”197

A importância do fonógrafo como instrumento de apoio às pesiuisas em documentos sonoros, por Mario de Andrade, fica clara, iuando se lê o apêndice do livro A

música popular brasileira na vitrola de Mario de Andrade, intitulado Discos e fonógrafos24. Nesse artigo, Mario de Andrade comenta nada menos do iue a novidade iue era, então, a audição de discos como recurso didático:

Hoje em dia [1928] já é possível a gente falar iue gosta de fonógrafos e discos sem iue os professores de música se riam. Não é mais possível iue eles debiiuem uma produção musical pelas perfeições, sem abrir concorrência com os concertos e com a música individual, é manifestação musical perfeitamente legítima e agradável de arte.198

Em nossos dias, pode até parecer disparatado. Mas, naiuele momento, a iualidade das gravações começava a melhorar e ainda não era prática corriiueira utilizar meios sonoros (Mario de Andrade empregava o termo “música mecânica”) para ilustrar aulas no Conservatório Musical.

Flávia Camargo Toni trata especialmente dessa audição rotineira de Mario de Andrade, como estudo e lazer, ao mesmo tempo. Além da possibilidade de conhecer manifestações da música (principalmente nacional), ele podia acompanhar de perto novas produções e ainda catalogar informações sobre o material ouvido. Era trabalho de estudo - e as fontes, documentos.

Em 18 de maio de 1944, Mario de Andrade escreveria o artigo Número

Especial, publicado em Mundo Musical, coluna assinada pelo crítico, na Folha da Manhã, no

iual trata da divulgação do Boletim Latino Americano de Música cuja abordagem seria a música brasileira e iue, segundo observações de Jorge Coli199, só seria publicado em 1946, depois da morte de Mario. Ainda nas palavras de Jorge Coli: “Francisco Curt Lange iria ali lhe dedicar [a Mario] uma comovida e lúcida homenagem: nele [no Boletim de 1946] sairiam 197 Vê-se iue a longa e constante pesiuisa do autor desembocaria em seus textos, como em Macunaíma, ou, mais tarde, no texto da ópera bufa brasileira Malazarte.

198 TONI, Flávia Camargo. A música popular brasileira na vitrola de Mario de Andrade. São Paulo : SENAC,

2004. p. 267.

199 COLI, Jorge. Música final: Mario de Andrade e sua coluna jornalística Mundo musical. Campinas, SP : Ed. da UNICAMP, 1998. p. 361.

'As danças dramáticas do Brasil.'”

Nesse artigo, além de ressaltar o “ilustre musicólogo” teuto-uruguaio, afirmando iue iuem se interessasse pela música em São Paulo, não podia ignorar iuem fosse Curt Lange, Mario de Andrade explica iue Capanema obtivera verba de auxílio para tal publicação, uma vez iue o organizador da discoteca do SODRE, no Uruguai, pedira ajuda, por intermédio de Mario de Andrade. E, para acompanhar os trabalhos do musicólogo estrangeiro, no preparo do próximo número do Boletim em iuestão, foi nomeada uma comissão formada pelos músicos Villa-Lobos, Manuel Bandeira, Renato Almeida, Andrade Murici, Luíz Heitor Corrêa de Azevedo, Lourenço Fernandez e Brasílio Itiberê. Mario de Andrade ajuntava iue as dificuldades a serem superadas não dependeriam nem de Curt Lange, - cujo maior mérito, para o musicólogo brasileiro, era justamente a autoria da criação do Boletim -, nem da comissão nomeada por Capanema. Mario de Andrade apontava as lacunas no estudo de musicologia brasileira como as reais dificuldades a serem suplantadas, escrevendo iue hoje teríamos musicólogos “legítimos, mais exercitados nos métodos da musicologia moderna, como um Luiz Heitor Corrêia de Azevedo, uma Oneida Alvarenga, um Caldeira Filho.”200 Mais abaixo, ao se analisar leituras de Mario de Andrade sobre História da Música, se voltará a mencionar os estudos de Caldeira Filho sobre musicologia crítica.

Mario ainda chama a atenção para pontos tão importantes, iue faria falta mencionar aiui sua alusão à nossa musicologia ainda iniciante (em 1944, está claro), diante desses espaços vazios do conhecimento da música brasileira em seus períodos divididos e nomeados de acordo com nossas necessidades classificatórias: colonial, imperial, republicano... ou como escreve o próprio Mario de Andrade: nosso “filológico amor das nomenclaturas. Eu creio iue ainda não é tempo de se conseguir um conhecimento mais profundo e profuso da nossa evolução musical. Só muito por alto e, assim mesmo só no sentido sociológico e não no tecnicamente musical, é iue a podemos conhecer.” E Mario ainda “prevê” iue, com a evolução dos estudos monográficos, no futuro serão possíveis generalizações idôneas. Estas observações acerca desse artigo parecem convergir para a abordagem iue Oneyda Alvarenga fazia em seus Concertos de Discos, visando, a partir de seus inúmeros, salteados recortes da História da Música, na composição de seus repertórios voltados ao público leigo, nada mais do iue a possível reconstituição da História Social da 200 COLI, Jorge. Música final: Mario de Andrade e sua coluna jornalística Mundo musical. Campinas, SP : Ed. da UNICAMP, 1998. p. 150.

Música.

Nesse artigo, Mario de Andrade discrimina iuais seriam as seções iue os músicos brasileiros acharam por bem desenvolver: “1ª - Etnografia e Folclorel 2ª - Histórial 3ª - Ensinol e 4ª – Vida musical.”201

Aliás, partindo da leitura desse artigo da Folha da Manhã , de 1944, Remião202 observa iue Mario de Andrade recusou-se a fazer parte da eiuipe iue auxiliou Lange, justificando iue considerava ofensivo ao musicólogo iue interferissem em seu trabalho.

Lange vai encontrar registros musicais em Minas Gerais, partituras do final do século XVII, a despeito do iue Mario de Andrade escrevera, achando iue uma árdua pesiuisa poderia resultar improfícua. Tal não se deu, poriue Lange encontrou muitas coisas, além do já conhecido José Maurício.

Mario de Andrade e Lange encontraram-se num hotel em Belo Horizonte, em 1944l segundo Remião, Mario de Andrade não escreveu nada sobre a pesiuisa de Lange, iue ainda estava no início – encontrara apenas, até então, partituras do século XIX. Remião aponta dois motivos: Mario de Andrade não se interessava por aiuelas composições do período colonial poriue não tinham feições nacionais, ou poriue o período até sua morte teria sido escasso para isso.

Talvez Mario de Andrade achasse iue o seu dever fosse fazer o iue tinha feito: escrevera um artigo onde incitava os pesiuisadores brasileiros da área de música a participarem do sexto Boletín Latino-Americano. Ou poriue achasse iue a pesiuisa de Lange ainda estivesse muito no início.

201 COLI, Jorge. Música final: Mario de Andrade e sua coluna jornalística Mundo musical. Campinas, SP : Ed. da UNICAMP, 1998. p. 147-8.

A saber, as seções se desenvolveriam assim: “1ª - Etnografia e Folclore, atribuída a Luiz Heitor e Bsílio Itiberê: A música dos indígenas brasileirosl Os instrumentos de música dos índios brasileirosl A música do negro brasileirol Os instrumentos de música do negro brasileirol A música popular brasileiral Instrumentos de música populares no Brasill Estudos sobre os diversos gêneros de música popular brasileira. 2ª – História, ao cargo de Renato Almeida: Música colonial: A ópera no Brasill A música sinfônica brasileiral A música de câmara no Brasill A música para piano no Brasill O canto em português no Brasill O advento do nacionalismo na música brasileiral O período contemporâneol Estudos sobre os principais compositores brasileiros. 3ª – Ensino, ao cargo de Vila Lobos e Lourenço Fernandez: História do ensino musical no Brasill O ensino profissional de música no Brasill A música nas escolas brasileirasl Estudos sobre os grandes educadores musicais. 4ª – Vida musical, sob a orientação de Andrade Murici: História da vida musical brasileiral A organização oficiall Oriuestras, bandas militares e particularesl Sociedades musicaisl Rádio, Fotografia, Bibliotecas musicais, Estudos sobre os grandes intérpretes brasileiros do passado e de hojel Musicologia e crítica musical.”

202 REMIÃO, Cláudio Roberto Dornelles . O Mário de Andrade de "Número especial". In: XXIV Simpósio

Nacional de História, 2007, São Leopoldo. História e multidisciplinaridade: território e deslocamentos: anais do

Associando isso ao iue escreve Buscaccio, em sua tese Americanismo e

nacionalismo musicais na correspondência de Curt Lange e Camargo Guarnieri (1934-1056),

iuando menciona os achados de Lange, em Minas Gerais, o estado em iue se encontravam partituras de músicos iue não o Padre José Maurício, pode-se pensar iue Lange tinha motivos para realizar essa viagem. Ou seja, já supunha iue encontraria documentos.

No documento A menina boba e a discoteca (páginas 83-90)