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ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE CLUSTERS X DISTRITO INDUSTRIAL X REDES E

CAPITULO 2 REDES / NETWORK

3.8 ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE CLUSTERS X DISTRITO INDUSTRIAL X REDES E

Segundo Humpehery e Schmitz (1995, p.08) as diferenças entre cluster, distrito industrial e redes, no conceito de eficiência coletiva:

Cluster Distrito Industrial Redes

concentração setorial ou geográfica de empresas.

beneficiará as economias externas

o aparecimento de provedores que fornecem matérias primas e componentes, máquinas novas ou usadas;

o surgimento de um banco de de trabalhadores com habilidades setoriais. Atrai agentes que vendem nos mercados distantes e que favorecem o aparecimento de serviços especializados tecnológicos,financeiros, e assuntos de contabilidade

Termo utilizado na Itália,

É um cluster mais desenvolvido voltado para a especialização e divisão do trabalho entre as empresas.

Formas implícitas e explícitas de colaboração entre agentes econômicos locais dentros dos distritos, aumentando a produção local e às vezes a capacidade de inovação (RABELLOTI, 1995, p. 35);

Os clusters podem ter mais ou menos características do distrito.

Se os clusters podem existir sem exibir os aspectos da eficiência coletiva que é associado com o modelo do distrito industrial, assim, reciprocamente, a cooperação entre empresas, a aprendizagem mútua e a inovação coletiva podem existir mesmo quando um cluster formado por grandes empresas não fizeram.

Redes de PME´s tem caracter espacial e ainda podem conduzir a eficiência coletiva.

As economias externas tendem a ser pequena mas o ganho de ação em comum pode ser significativo.

Quadro 12: Diferenças entre clusters, distrito industrial e redes. Fonte: Adaptação de Humphery e Schmitz (1995, p.08).

Os autores Soto, Alonso e Dominguez (2001), apresentam a classificação de agrupamentos territoriais com relação aos aspectos geográficos, relações industriais e cooperação, como podemos obervar abaixo:

Agrupamentos Territoriais Âmbito Geográfico Tipos de Empresas Relações Industriais Cooperação SPS Cluster Amplo PME´s e grandes

Setoriais (verticais, horizontais e

tranversais)

Sim Filière Diverso PME´s e grandes Setores (verticais) Sim Cidade Industrial6 Reduzido PME´s e grandes Plurisetorial Não SPL Distrito Industrial Reduzido PME´s Setoriais

Não (marshalianos)

Sim (contemporâneo) Microcluster Reduzido PMe´s e grandes Setoriais (verticais,

horizontais) Sim Milieux7 Reduzido Pme´s Setoriais de Inovação Sim Quadro 13 Caracterização dos agrupamentos territoriais de empresas

Fonte: Soto, Alonso e Domingues (2001, p.135).

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É o lugar da interação urbana entre um conjunto de empresas industriais e o seu território interior de conjuntos urbanos, serviços e consumos. (BECATTINI; RULLANI apud SOTO; ALONSO; DOMINGUEZ, 2001, p.136).

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corresponde a idéia de um microcluster centrado nos setores inovativos, também denominados de sistemas de inovação, esteritamente relacionados com as políticas de parques tecnológicos. (SOTO; ALONSO; DOMINGUEZ, 2001, p.138).

O quadro a seguir, representa alguns critérios relevantes para analisar e estudar as diferentes abordagens: como competitividade: em que os diferentes modelos enfocam a questão de competitividade relacionada aos seus produtos finais; políticas setoriais: capacidade de interferir nas diretrizes governamentais; regionalização: verificar os diferentes níveis de dependência ou relação de uma região ou território, levando-se em conta a sua inviabilidade de estruturação; relação de poder: verificar em que grau as relações se encontram vinculadas ou não ao poder de braganha e persuasão; tecnologia: se os diferentes tipos apresentados levam em consideração esse aspecto como variável importante;

abrangência: verificar os relacionamento nos mais diferentes segmentos; estratégias: se

permitem uma análise e definição clara das estratégias; gargalos: verificar se permitem uma visão clara dos possíveis pontos de estrangulamentos, a fim de possibilitar as tomadas de decisões para equacionamentos de problemas; e palavras-chave (DIAS e PEDROZO, 2001).

TIPOS DE CADEIAS PRODUTIVAS ANALISADAS

CRITÉRIOS DE ANÁLISE

FILIÈRE CLUSTER SUPPLY CHAIN REDES

(Peq. e Médias Empresas)

COMPETITIVIDADE Parte dos produtos finais para

analisar a cadeia – grau médio

Parte da concentração espacial dos recursos e serviços para realizar a análise – grau alto

Enfoca especificamente os produtos finais e suas características – grau alto

Analisa a estruturação do processo com vistas aos produtos – grau alto

POLÍTICAS SETORIAIS

Pela visão abrangente da cadeia e das diversas relações facilita a definição de políticas gerais

Pela visão dos segmentos, inter- relações e condições de contorno facilita a definição de políticas gerais

Pela orientação focalizada ao segmento ou mercado analisado dificulta o estabelecimento de políticas gerais

Em vista da estruturação de um segmento específico permite proposição de políticas específicas

REGIONALIZAÇÃO Não aborda diretamente a questão

da regionalização

Enfoca diretamente o aspecto da regionalização

Não considera a questão territorial como ponto básico

Considera, em certo grau, a regionalização pelo porte das empresas analisadas RELAÇÕES DE

PODER

Pela análise abrangente permite identificar as relações de poder existentes na cadeia

Pela análise dos segmentos envolvidos permite identificar as relações de poder existentes

Evidencia diretamente as relações de poder que induzem as ações de racionalização do processo operacional

Não centra sua atenção nas relações de poder e seu tratamento, apesar de vê-las como equilibradas

TECNOLOGIA A análise da cadeia não está

focalizada especificamente na questão tecnológica

A questão tecnológica representa um dos pontos significativos da análise

A tecnologia é considerada passo fundamental na lógica de racionalização dos processos

A tecnologia não constitui o ponto básico da análise, apesar de integrá-la

ABRANGÊNCIA

Modelo bastante abrangente, permitindo diversas análises diferenciadas

Permite análise de diferentes características, mas limitadas regionalmente a certos segmentos da cadeia

Permite análise detalhada, em termos de competitividade, de uma cadeia ou segmento produtivo específico

Propicia análise de diversos aspectos da estrutura da cadeia com limites regional e de porte

ESTRATÉGIA Permite uma análise clara e

objetiva das estratégias adotadas

Possibilita a análise das estratégias específicas empregadas no segmento analisado

Permite verificar a estratégia buscada e os meios empregados na cadeia específica

Permite analisar a estratégia vinculada à cadeia e ao porte das empresas

GARGALOS Permite a identificação e análise

dos gargalos da cadeia

Não enfoca diretamente os gargalos existentes

Centra-se na identificação dos gargalos e sua eliminação

Permite a visualização dos gargalos e necessidades de estruturação

PALAVRAS-CHAVE Fluxo, análise Aglomeração, território Competição, racionalização Cooperação, organização,

complementaridade

Quadro 14: Quadro comparativo Fonte: Pedrozo e Hansen (2001, p. 11).