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Análise da compreensão da história por parte do público infantil Na sequência da realização da história para acompanhar o espaço expositivo é importante

parte II Projecto de Investigação

10. Centro de interpretação de Apicultura

10.4. Definição da mensagem a transmitir

10.4.2. Análise da compreensão da história por parte do público infantil Na sequência da realização da história para acompanhar o espaço expositivo é importante

entender até que ponto é que o público infantil a entende.

Para perceber se a sequência e os itens mais importantes são entendíveis é necessário efectivar um estudo de causa. Neste contexto o importante é cativar a atenção de uma amostra do público infantil, seguindo-se a leitura oral da história.

Portanto, deste público fazem parte os alunos de uma escola primária que compreendem desde o primeiro ano de escolaridade até aos alunos da quarta classe. Desta análise fizeram parte 32 crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 9 anos de idade.

Os pontos cruciais desta análise passam pela atenção demonstrada, interesse, pelo diálogo feito com as próprias crianças e por um desenho feito por cada uma com abordagem à história. Daqui surgem diversos aspectos positivos, porém com um negativo que passa pela extensão da história.

De notar que nestas idades, as crianças percebem diversos conceitos quando sequenciados seguindo a ordem de ideias que é apresentada.

Ao começar a ler a história, de imediato permaneceu um silêncio enternecedor verificando que realmente elas queriam saber mais e conhecer a história desta abelhinha. Isto deveu-se ao facto da sequência de informações ser envolvida no tipo de história do “Era uma vez...”, fazendo com que elas próprias idealizassem os seus próprios cenários. A história foi criada e pensada tendo em conta um espaço onde a informação já fora dividida e colocada em determinadas paredes. Como tal, a diferença que aqui existe com esta abordagem é que as crianças limitam-se a ouvir e a imaginar sem que para isto exista alguma pausa. O que não acontecerá no espaço, pois a sua movimentação obriga a que esta seja contada por partes.

Um dos pontos negativos foi a extensão da história, a certo ponto já estão cansadas. Percebeu-se isso pela progressiva agitação. Esta monotonia é quebrada quando se interage com um espaço, porque existem outros elementos comparativos, imagens e esquemas ilustrativos, que ajudaram a equilibrar a parte áudio, com as diversas pausas explicativas.

Esta conclusão surge porque a dado momento da história, quando se aborda a existência de inúmeras colmeias foi importante mostrar-lhes algumas imagens de colmeias e sua localização para que assim fizesse sentido o que ouviam. Nesta fase verifica-se que a pausa realizada intercalando a história com imagens, fez com que retomassem novamente a atenção pela narrativa. Culminando com sucesso a explanação da vida da abelha.

Para perceber até que ponto aquela informação chegou até elas, foram elaboradas algumas questões que posteriormente no diálogo com elas foram surgindo. São questões chave que foram respondidas com sucesso obtendo as informações presentes na história que fora narrada.

Estas questões são um resumo da informação essencial a ser transmitida. Contudo estas foram inseridas de forma subtil no diálogo com este público. A síntese começou com as seguintes questões:

Quem é a personagem principal da nossa história?; Com quem ela vive e onde vive?;

Quais as características das obreiras, dos zangões e da rainha?; Como é que se desenvolvem?;

Como é o seu corpo?;

Quais as tarefas que as obreiras fazem na sua vida?; Quais os produtos que se fabricam na industria do mel?;

Porque é que as abelhas são importantes? (fenómeno de polonização); Porque é que uma parte delas vai viajar?;

Para todas as questões foram obtidas respostas, todas elas correctas. Cumprindo com o pretendido, o entendimento da narrativa.

A forma como idealizaram todo o cenário desta história foi transmitido através de desenhos que realizaram logo após o diálogo. Obtidos os desenhos que os miúdos desenvolveram é necessário ter presente as diferenças de idades, pois condicionará a análise, quer pelo traço, quer pela forma de representar, não descuidando das experiências já obtidas e ideias já formadas que cada uma já poderia possuir. Alguns dos desenhos aparecem no anexo.

Os traços que nestas idades utilizam, são traços únicos e de contorno com um preenchimento colorido. Surgiram algumas surpresas. Alguns dos desenhos elaborados limitaram- se a uma mera representação da abelha tendo presente em todas elas as riscas com diversos segmentos. Contudo todos os desenhos estão perfeitamente enquadrados no ambiente destes seres. Os pontos de destaque nos diversos desenhos é as 3 castas, aparecem representadas com diferentes escalas e muitas delas com os respectivos nomes. Identificando a personagem principal com o nome Meltagus.

As paisagens que foram representadas são sempre em cores planas e coloridas. Sendo que todas as abelhas representadas têm um sorriso remetendo para a alegria e perfeição da infância.

Em todos os desenhos estão presentes os elementos principais do seu corpo, que vai desde a cabeça e suas antenas, o corpo com os segmentos terminando com um ferrão e as suas asas. As abelhas estão inseridas em ambientes como a natureza ou então nos seus próprios quadros de criação ou de mel. Os seus quadros são demonstrados pela cor amarelada que representa o mel. No caso da natureza são sempre dias soalheiros com flores vivas, cheias de cor e vigorosas.

Curiosamente alguns dos miúdos quiseram dar destaque a várias cenas específicas. Uma delas passa pela importância da mãe Rainha na colocação de ovos. Outro aspecto passa pela representação do apicultor no tratamento das suas colmeias ou na recolha dos seus produtos. Singularmente surge um dos desenhos que retracta um dos episódios da história em que a família dirige-se ao ramo da árvore, enquadrando a importância do apicultor e a forma de acasalamento, acabando por resumir de uma forma breve uma grande parte do conto.

Com todos estes argumentos esta sequência histórica permitiu o forte entendimento da vida e da importância destes seres.