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É muito importante a realização de atividades em grupo para o convívio, partilha, troca de informações. Em especial, esta atividade permeou junto com os alunos uma parceria muito grande, cumplicidade na troca de ideias e trabalho em equipe, uma vez que eles tinham que produzir de forma coletiva desenho do tema fungos para tentar compreender a questão inicial proposta: Como utilizar o fermento biológico na confecção de desenhos em tela?

Nessa direção, é importante que o papel do professor seja de orientador, mediador e assessor do processo, o que inclui manter o diálogo, lançar ou fazer surgir do grupo uma questão-problema e salientar aspectos que não tenham sido observados pelo grupo e que sejam importantes para o encaminhamento do problema.

De modo que as atividades propostas devem ser entendidas como situações em que o aluno aprende a conjecturar e a interagir com os colegas e com o professor, expondo seus pontos de vista, suas suposições, em especial nessa atividade em que os alunos foram convidados a fazer os registros do conhecimento percebido de uma forma mais lúdica, criativa e envolvente.

Com base nos conhecimentos prévios e científicos compreendidos ao longo da sequência, e na perspectiva da ideia de se construir de forma espontânea desenhos em tela com fermento biológico e outro elementos, os alunos desenharam as diversas representação que os fungos podem apresentar para eles em pequenos grupos.

As telas foram construídas com o uso de fermento biológico (leveduras) estudados e materiais reutilizáveis, tais como: caixa de papelão, palitos de fósforos, plásticos, embalagem do fermento, retalhos de tecido e de papéis diversos, copos de iogurte, barbantes etc.

Então, para a realização da atividade, as turmas foram divididas aleatoriamente em grupos que se organizaram na tentativa de tomada de decisões de qual desenho poderiam fazer para registrar conhecimento estudado.

A atividade aplicada destaca a participação dos alunos dentro de uma abordagem interativa/dialógica, estimulando, entre eles o trabalho em equipe, cooperação, organização, autonomia, participação, envolvimento, de forma a registrar a relação entre os saberes cotidianos e científicos nas telas por meios de desenhos, tendo a professora como articuladora na construção dos saberes.

Percebeu-se que muitos dos alunos apresentam certas habilidades interpessoais para o desenho, pintura, coordenação motora, que, antes, não haviam sido percebidas.

Também se verificou, ao se apresentar a tela de cada grupo para a turma, que os alunos já conseguiam usar a linguagem da ciência para explicar determinados conceitos. Ficou evidenciado de forma muito clara o diálogo entre os componentes dos grupos, principalmente em relação à negociação do que os alunos desenhariam. Diferentes pontos de vista foram explanados até que cada grupo chegou a um consenso, ao mesmo tempo em que foram se apropriando de uma linguagem própria da ciência na explicação dos fatos pensados.

Figura 11 - Atividade 8 “Confecções em tela com levedura”

Para os alunos, a atividade era prazerosa e tinha também um caráter lúdico, pois estava sendo evidenciado o prazer em realizar a atividade proporcionada por momentos de quebra da rotina da sala de aula.

Eles a realizaram a atividade aproveitando todos os materiais reutilizáveis de que dispunham, principalmente utilizando leveduras de fermento biológico, sendo desenvolvidas as telas, com muita criatividade, em todas as três turmas.

Para Freire (1987, p. 78), “[...] o diálogo é o encontro dos homens, mediatizados pelo mundo para pronunciá-lo, não se esgotando, portanto na relação eu-tu”. Ainda segundo o autor,

[…] o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar ideias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de ideias a serem consumidas pelo permutante (FREIRE,1987, p. 79).

8.9 ANÁLISE DA ATIVIDADE 9: EXPOSIÇÃO E SOCIALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES

Considerando o espaço escolar como um local propício para as diversas formas de expressões, nesta atividade foi proposta a confecção de murais como forma de expor todas as atividades realizadas durante a aplicação da sequência didática.

Percebe-se que o espaço da escola deve ser propício para a socialização das práticas coletivas, por isso, junto com os alunos, foram confeccionados murais de forma a valorizar e demonstrar as produções realizadas pelos estudantes durante todo o processo de construção de conhecimento.

Dividida em grupos e de forma organizada, cada turma, dentro do horário de aula, dispôs nos murais, da melhor forma possível, todas as atividades realizadas de acordo com a sequência de aula aplicada com o tema Fungos; também foram colocados sobre as mesas os resultados das atividades experimentais realizadas nas aulas sobre identificação dos fungos, ubiquidade dos micro-organismos e diferença do fermento biológico para o químico.

Nesse contexto, o mural surge para contribuir como canal de comunicação entre os alunos a escola e a comunidade; usando as atividades realizadas pelos próprios alunos, ele ficou atrativo, colorido e criativo.

Sendo assim, toda a confecção do mural foi feita em conjunto com eles, desde a margem lateral de cada um até a fixação dos trabalhos realizados, incluindo ainda a ideia sequencial para expor as atividades, o que proporcionou uma cumplicidade muito grande, com muita alegrias exposta no rosto de cada um, na medida em que foram expostas atividades produzidas, com propriedades, por eles e de intenso significado para cada um dos alunos. Para tal, Auler (2008, não está nas referências) defende que é preciso aprender participando.

Ao realizar a confecção dos murais, estes foram estruturados no sentido de mostrar e divulgar os diferentes saberes percebidos pelos alunos ao longo da sequência didática aplicada.

Então, no próprio mural da escola, foi deixado um espaço aberto para registro dos alunos, sobre o que acharam das atividades desenvolvidas ao longo de toda a pesquisa realizada.

Figura 12 - Atividade 9 “ Exposição e Socialização das Atividades Desenvolvidas- Registros das Impressões da SD ”

Ao expor todas as atividades realizadas, ficou demonstrado que os alunos buscaram uma compreensão maior do conhecimento de forma interessante, ativa, participativa, repleta de novidades e saberes diversos.

Delizoicov, Angotti e Pernambuco (2002, p. 122) consideram ponto importante para o ensino de ciências que o estudante seja sujeito de sua aprendizagem; como alguém que realiza a ação, e não que a sofre ou recebe. Assim,

[...] a aprendizagem é um processo interno que ocorre como resultado da ação de um sujeito. Só é possível ao professor mediar, criar condições, facilitar a ação do aluno de aprender, ao veicular um conhecimento como seu porta-voz [...] se a aprendizagem é resultado de ações de um sujeito, não é resultado de qualquer ação: ela se constrói em uma interação entre esse sujeito e o meio circundante.

Sendo assim, ao visualizar o mural, podem-se perceber diferentes olhares de produção, saberes e sensações. E ao ser proporcionada a relação de espaço e produção com a confecção do mural tanto alunos como professor puderam reconhecer e valorizar os conhecimentos ali produzidos.

Figura 13 - Atividade 9 “Exposição e Socialização das Atividades Desenvolvidas”

Fonte: Elaborado pela própria autora, 2013.

Na avaliação da produção final do mural, e ao ver os alunos confeccionando-o com tanto envolvimento, motivação e aprendizagem, é justo que reconheçamos que , em tal experiência, vivemos a disponibilidade, seriedade, o diálogo e os conhecimentos necessários para o bom resultado do trabalho. Isso porque,

[...] quando vivemos a autenticidade exigida pela prática de ensinar / aprender participamos de uma experiência total, diretiva, política, ideológica, pedagógica,estética e ética, em que a boniteza deve-se achar-se de mãos dadas com a decência e com a seriedade ( FREIRE, 1996, p. 26).

9 ANÁLISE GERAL DO CONTEXTO ESCOLAR INVESTIGADO E SUA RELAÇÃO COM OS RESULTADOS DA INTERVENÇÃO DIDÁTICA

Após a análise de todos os dados, percebemos a importância de fazer uma explanação geral acerca de todo o trabalho de pesquisa tentando estabelecer uma articulação entre os resultados do diagnóstico escolar com os resultados da intervenção realizada em sala de aula. siderando o contexto escolar analisado, percebe-se que a escola Emef Luiza Silvina Jardim Rebuzzi tem uma preocupação com a formação intelectual, social dos seus alunos. Nota-se que a maioria dos alunos é de baixa renda, mas que possuem aparelhos de TV e computadores, emcasa, com acesso à internet. Em relação às preferências relativas às áreas curriculares, destaca-se as disciplinas de Ciências, Matemática, Língua Portuguesa e Educação Física, pois grande parte dos alunos demonstrou gostar delas.

Quanto ao ambiente de estudo, nem todos possuem um lugar calmo para estudar, e a maioria disponibiliza menos de uma hora do seu tempo do dia para isso. Embora, muitos disponham de jornais e revistas, nem a metade pode contar com, pelo menos, um mínimo de 20 livros para pesquisar e ler em casa.

Verifica-se, portanto, que a Emef Luiza Silvina Jardim Rebuzzi é uma escola mista, ou seja, tem uma diversidade muito grande de alunos matriculados, que vai desde alguns poucos pais presentes no contexto escolar a extremos de pais que nunca participam de qualquer momento oferecido pela escola, situação que tende a acarretar muitas dificuldades no que diz respeito tanto à disciplina como em relação ao rendimento escolar. Diante de tais resultados, a Escola propõe incluir em sua rotina algumas situações de aprendizagem que venham a atender às necessidades dos educandos, como oficinas e projetos integradores de leitura e escrita em horários alternados do horário de aula.

Outra questão levantada, analisada e que precisa ser repensada pela escola é a falta de interesse dos alunos por algumas disciplinas, conforme consta no questionário. Se os alunos dão sinais de que não estão envolvidos com o ensino e de que não estão aprendendo, é preciso pensar maneiras diferentes de abordar os conteúdos, pensar em propostas alternativas. Certamente, a exposição oral dos

conteúdos ou as leituras de textos pelo professor não reúnem condições de desenvolver no indivíduo a capacidade de sentir, perceber, imaginar, guardar na memória, raciocinar e intuir.

Por isso, torna-se necessário sair das aulas expositivas para a construção do conhecimento em que o aluno é coautor da aprendizagem, e foi isso o que ocorreu quando se proporcionou aos alunos do 7º ano, na disciplina de Ciências, uma abordagem investigativa do conteúdo Fungos.

Todos os alunos consideraram que o estudo poderá contribuir na concretização dos seus sonhos, sendo estes os mais variados, ressaltando então a necessidade de a escola desenvolver práticas de ensino contextualizadas, diversificadas, com a finalidade de permear os diferentes saberes.

Ao analisar os relatos do questionário na etapa final da pesquisa aplicada, observou- se que os alunos acharam excelente a forma com que foi abordado o conteúdo, solicitando que outros conteúdos, disciplinas também adotassem a metodologia aplicada. É interessante colocar que muitos registraram no questionário que ficaram mais à vontade para expor suas ideias, aprenderam com alegria, sendo que as aulas foram mais divertidas, interessantes, participativas, criativas.

Quando questionados sobre qual a aula de que mais gostaram na sequência didática aplicada, destacaram-se a primeira - sobre o café da manhã “Ualá leveduras”, seguida pela aula experimental “Ubiquidade dos micro-organismos ” e a visita à panificadora São Camilo.

Também ficou evidenciado, por meio da análise das respostas dos alunos, que, ao se trabalhar o conteúdo Fungos com os três momentos pedagógicos, foi lhes proporcionado estabelecer relações entre os saberes que são abordados em sala de aula com os saberes que os educandos já trazem de sua prática social, estimulando- os a ter perspectivas na vida e assim a buscar caminhos para o seu crescimento pessoal.

Sendo assim, com a aplicação da sequência didática, possibilitou-se, segundo a análise feita, criar um ambiente nas turmas harmônico, alegre, algo que pelo menos em algumas aulas era muito raro ocorrer. Todos os alunos desenvolveram uma atitude responsável com a atividade realizada, tornando-se indivíduos estimulados a buscar o conhecimento com independência e motivação pelo que faziam e realizavam, pois todas as atividades propostas foram entregues e respondidas.

Este fato de intensa motivação e participação na realização das atividades pode ter sido o responsável em elevar a média de aproveitamento de atividades cumpridas e da nota da avaliação escrita aplicada durante a sequência. Percebeu-se que o rendimento escolar dos alunos no trimestre foi muito maior em relação ao trimestre anterior, considerando que, em ambos os trimestres, a pontuação máxima era de trinta pontos, distribuídos em avaliações escritas, relatórios, participações, sendo o mínimo de aproveitamento a ser considerado de dezoito pontos, o equivalente a sessenta por cento do total.

Sendo assim, após análise dos dados, percebeu-se que no segundo trimestre em que foi aplicada a sequência didática com diferentes estratégias de avaliação, os alunos obtiveram maior rendimento escolar em relação ao primeiro.

Na turma analisada do 7º A, que apresentou no primeiro trimestre oito alunos com rendimento inferior à média, observou-se que no segundo trimestre ficaram apenas dois alunos. Em relação a turma do 7º B, esta apresentou no primeiro trimestre doze alunos com rendimento inferior a média, ao passo que no segundo trimestre de acordo com a análise dos registros dos diários foram verificados apenas quatro alunos abaixo da média, tendo observado também que estes apresentaram um número maior de cumprimento das tarefas.

Já em relação à turma do 7º ano C, que era vista pelos professores como de grande potencial, segundo a análise de perfil da turma, havia no primeiro trimestre, seis alunos abaixo da média, observando-se no segundo trimestre, nenhum aluno.

Percebe-se que, no segundo trimestre, houve maior envolvimento e participação dos alunos em relação ao primeiro; contudo, há de ser considerado que podem ser

vários os fatores que possibilitaram maior rendimento escolar, como a forma com que o conteúdo do Reino Fungos foi abordado e as atividades diversificadas, planejadas, estruturadas realizadas.

É preciso que se ofereçam atividades que oportunizem ao educando a exploração, manipulação de materiais, visitas; enfim, é necessário que se trabalhe o lúdico em sua essencialidade em todas as disciplinas, que se busquem todos os recursos de que o professor dispõe, como laboratório de informática, laboratório de ciências, jogos didáticos, etc., a fim de que a escola se torne um espaço vivo, produtor de um conhecimento que aponte para a transformação. Deve-se reconhecer que existe uma dependência entre estratégias eficientes e a capacidade que elas possuem de potencializar a motivação de grande parte dos alunos (LABURÚ 2006).

Há também de se ressaltar que a sequência didática aplicada promoveu uma curiosidade maior e envolvente dos alunos pelas coisas que os cercam, de modo que eles passaram a perceber por meio de perguntas e indagações que a Ciência, com todos os seus recursos, pode ser empregada em benefício da humanidade, mas pode, também, de acordo com os interesses econômicos, políticos, sociais envolvidos, trazer-lhes danos irreparáveis.

Assim, Krasilchik considera que as perguntas em classe são de extremas importância isso porque,

[...] a reação de alunos e professores ao uso de perguntas em classe é uma área de pesquisa de ponta para os que pretendem mudar a escola e o ensino de Ciências em que a função da interação social e da exposição a diferentes ideias é elemento essencial (KRASILCHICK, 2000, p. 4).

Sendo assim, ainda na análise das três turmas, percebeu-se que foram potencializados o conhecimento e a aprendizagem no ensino de Ciências, considerando que os alunos estavam muito solícitos a aprender em virtude do dinamismo das aulas, desenvolvendo uma investigação científica que proporcionou diferentes saberes, interação social e uma maior amplitude dos conhecimentos em diversos aspectos.

Ao ler os registros nos questionários propostos, vimos que além de promover a socialização pelas atividades em grupo, os alunos colocaram que estavam muito mais motivados a indagar, discutir os problemas expostos, sendo valorizado o processo de construção do conhecimento em todos os aspectos, pois, de acordo com os alunos, foi diferente ter, em todas as aulas da sequência aplicada, atividades diferenciadas.

Também ao analisarmos as aulas, percebemos que os alunos se sentiram mais dispostos e interessados a discutir os conteúdos propostos quando lhes foram proporcionadas atividades investigativas por experimentação, ocorrendo uma mesma similaridade de participação de discussão tanto por parte do professor como dos alunos.

Assim, nos resultados da análise das tabelas, como observados nas aulas (4, 5 e 6), verificou-se que quando foi proposta uma atividade por meio da experimentação, essa atividade permitiu maior participação dos alunos em explicar, dialogar, formular ideias, estabelecer conexões entre os saberes cotidianos e científicos; em relação à intervenção do professor, percebeu-se que, nas aulas de experimentação, a abordagem de novos conceitos a serem discutidos se tornou mais flexíveis a serem expostos e compreendidos.

Ao se utilizarem os três momentos pedagógicos (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2011), em que foi proposta a sequência didática sobre o tema reino Fungos, percebeu-se que os alunos tiveram maior oportunidade de fazer associações concretas entre os conhecimentos prévios, que foram mediados pelo professor, para uma transposição para o conhecimento científico. Sendo que, nas aulas em que houve o momento de organização do conhecimento onde foi dada oportunidade utilizando-se práticas de experimentação investigativa, ficou mais evidenciada essa associação de diferentes saberes.

Desta forma, observamos que quando abordamos situações concretas com os estudantes, a aprendizagem e o interesse dos alunos demonstraram-nos mais motivados, participativos e atuantes.

Na maior parte das atividades propostas, pode-se considerar que os objetivos foram atingidos, pois proporcionaram aos alunos aprendizagens no âmbito conceitual, atitudinal e procedimental. Algumas poucas limitações foram encontradas, principalmente no que se refere à diversidade de interesses dos alunos, já que se envolveram nas atividades propostas. Se comparada a abordagens tradicionalmente feitas com predomínio de aulas expositivas, podemos considerar que a sequência aplicada alcançou um resultado de aprendizagem muito mais satisfatório do que o esperado.

Em relação à participação e ao engajamento dos alunos durante o desenvolvimento da SD, ressaltamos a contribuição da dialogicidade (Freire, 1987), que instigou os alunos a abordarem outras questões mais amplas vinculadas ao tema Fungos, e não apenas como seres micro-organismos. Esse fato foi evidenciado nas discussões na visita à panificadora São Camilo (aula 7), quando puderam ter uma noção maior da importância da Ciência e Tecnologia e suas utilizações, promovendo discussões entre os alunos, revelando ser de grande relevância e significado para eles essa temática.

Os significados devem ser produzidos no momento da aprendizagem, o que reflete uma educação voltada para a cidadania, como aponta Cachapuz (1999), mas também para 'entender o presente e poder agir eficaz e conscientemente sobre ele' (AUTH, 2002, p.75).

Portanto, entendemos que os objetivos propostos com a aplicação da sequência didática foram alcançados graças a um conjunto de aulas estruturadas, organizadas, envolvendo atividades investigativas, promovendo o diálogo e, principalmente, favorecendo o ensino-aprendizagem da Ciência, em um contexto de interação de Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente.

A motivação dos alunos foi tão evidente que evidenciaram e refletiram isso em casa, onde muitos pais registraram em uma folha o quanto seus filhos estavam contentes com as aulas da professora de ciências e como estavam aprendendo de forma integrante, interessante.

Há de se ressaltar que foi enviada para os pais uma autoavaliação da SD desenvolvida nas turmas de 7ª anos, e muitos dos relatos dos pais reforçam que a SD aplicada realmente proporcionou uma grande oportunidade de conhecimentos diversos para os alunos e demonstrou a alegria dos alunos em participar da atividade. Abaixo, a transcrição de alguns depoimentos dos pais:

Quadro 8 - Recorte das falas da avaliação dos pais sobre a SD aplicada

Pai 1: “Achei o trabalho dos fungos muito interessante pelo que minha filha falou, contou das aulas diferentes no laboratório, em grupos, sobre os fungos prejudiciais e dos benefícios. Falou sobre os fungos que ajudam a fabricar os champignons, as doenças, os fungos na cerveja, nos alimentos como nos queijos, pães e nos