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Análise do instrumental de avaliação dos alunos

5.2 Análise da apropriação das capacidades de linguagem através da aplicação de uma

5.2.9 Análise do instrumental de avaliação dos alunos

Retomamos aqui o instrumental apresentado na metodologia do presente estudo. Tal instrumental foi respondido pelos alunos no último encontro do projeto de leitura. O instrumental apresentava três questões subjetivas acerca das impressões dos alunos sobre as aulas de nivelamento, cinco questões objetivas de autoavaliação e três questões objetivas de avaliação da professora.

Na oportunidade, houve uma solenidade com entrega de um kit escolar (contendo um livro, um caderno, duas canetas, um lápis e uma borracha) para cada aluno participante. A intenção foi incentivar ainda mais a leitura. Os livros ofertados eram voltados para o público infanto-juvenil.

Vejamos o instrumental já exposto na metodologia do presente trabalho

Quadro 32 – Avaliação e autoavaliação AVALIAÇÃO DAS AULAS DE NIVELAMENTO

1.O que você achou das aulas de nivelamento. Aborde os pontos positivos e negativos. Diga o que você gostou e não gostou.

2.Você acha que as aulas de leitura com o gênero fábula contribuíram para melhorar o seu rendimento em língua portuguesa? Justifique.

3. Qual a importância da leitura para você? Por que você acha que o gênero fábula foi escolhido para as aulas de nivelamento?

Escreva sim, não ou parcialmente. AUTOAVALIAÇÃO

1. Eu fui dedicado? 2. Eu fui assíduo?

3. Eu participei das aulas?

4. Eu me interessei pelas leituras propostas? 5. Eu realizei as atividades solicitadas? AVALIAÇÃO DA PROFESSORA

1. A professora mostrou interesse pela aprendizagem dos alunos? 2. A professora realizou atividades dinâmicas nas aulas?

À pergunta um, todos os alunos responderam que gostaram das aulas de nivelamento. Apenas um aluno (A2) mencionou que ficava muito cansada por causa do horário da aula. Os demais alunos focalizaram nos pontos positivos das aulas.

Escolhemos as respostas de alguns alunos para as três primeiras perguntas:

Figura 2 – Resposta de A3 para a questão 1

Figura 3 – Resposta de A4 para a questão 1

Mantivemos as respostas dos alunos sem reescrita, mesmo fugindo à norma padrão da língua, para não comprometer a originalidade das mensagens. Podemos perceber que os alunos se sentiram confortáveis ao falar das aulas de nivelamento.

Figura 4 – Resposta de A5 para a questão 2

Figura 5 – Resposta de A8 para a questão 2

Percebemos que A5 escreveu sobre as características do gênero fábula e acabou se confundindo, em vez de escrever narrador observador, o aluno escreveu personagem observador. Contudo, ele conseguiu responder com certa coerência a questão acerca do gênero estudado, embora não tenha respondido se as atividades com o gênero contribuíram ou não para a melhora do seu rendimento.

A8 respondeu que mudou depois que começou a frequentar as aulas de nivelamento e que antes não sabia de nada. Embora a aluna não tenha mencionado o gênero fábula em sua resposta, ela conseguiu expressar que as aulas do projeto contribuíram para melhorar seu rendimento em língua portuguesa.

A seguir, as respostas para a questão 3:

Figura 7 – Resposta de A7 para a questão 3

Percebemos que A6 escreveu sobre a importância da leitura de maneira redundante “sem a leitura não saberíamos ler”. Porém, a resposta não pode ser considerada uma resposta inadequada. Sobre a fábula, a aluna mencionou que a moral a fazia refletir.

A7, apesar de não ter mencionado sobre o gênero fábula, respondeu de modo muito pertinente acerca da importância da leitura: “a leitura é muito importante para a gente entender as coisas”.

Com relação às perguntas de autoavaliação, os alunos deveriam responder sim, não ou parcialmente às seguintes perguntas:

Quadro 33 – Perguntas de Autoavaliação

No que diz respeito à dedicação, nove alunos responderam sim à pergunta, um aluno respondeu parcialmente. Com relação à assiduidade, quatro alunos responderam que eram parcialmente assíduos, os demais (seis) responderam sim à pergunta sobre assiduidade.

A terceira pergunta de autoavaliação abordou a participação, oito alunos responderam que eram participativos, um aluno respondeu que era parcialmente participativo e uma aluna respondeu que não era participativa (A6), a aluna que era fanha.

As duas últimas perguntas (4 e 5) foram, respectivamente, sobre o interesse pelas atividades propostas e a realização das atividades solicitadas. 100% dos alunos responderam sim a ambas perguntas.

AUTOAVALIAÇÃO 1. Eu fui dedicado? 2. Eu fui assíduo?

3. Eu participei das aulas?

4. Eu me interessei pelas leituras propostas? 5. Eu realizei as atividades solicitadas?

Na última parte do questionário de avaliação, houve uma avaliação da professora feita pelos alunos com três perguntas:

Quadro 34 – Perguntas de avaliação da professora

Todos os alunos responderam sim a todas as perguntas, com exceção de um aluno que respondeu parcialmente à pergunta dois, que se referia à dinamicidade das atividades nas aulas propostas.

Constatamos que, através de um trabalho em que o professor atue como mediador das dinâmicas de leitura, e em nosso caso específico da leitura literária do gênero fábula, é possível desenvolver não só habilidades que convergem para o aprimoramento das capacidades leitoras dos alunos, como também para o interesse, a criação do hábito e o gosto pela leitura, concebida aqui como resultado da articulação de duas concepções de leitura, a depender dos objetivos do professor, a concepção interativa e a sociopsicolinguística (BRAGGIO, 1992).

Na concepção interativa, temos a interação leitor x autor, mediada pelo texto. Na concepção psicolinguística, temos a situação de comunicação em que o professor media o processo de construção dos sentidos do texto no contexto da interação face a face. Nesse sentido, para que os objetivos de leitura sejam alcançados, a aula de leitura deve ser planejada pelo professor.

No próximo capítulo, em nossas considerações finais, retomaremos o trabalho de alguns estudiosos quanto ao ensino e à aprendizagem de leitura, bem como nossos objetivos e sugestões para futuras pesquisas. Delinearemos também algumas considerações a respeito da validade dessa pesquisa e das possibilidades de aprofundamento esboçados por ela.

AVALIAÇÃO DA PROFESSORA

1. A professora mostrou interesse pela aprendizagem dos alunos? 2. A professora realizou atividades dinâmicas nas aulas?

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho de leitura com textos literários do gênero fábula, desenvolvido numa turma de nivelamento em língua portuguesa do 7º ano do Ensino Fundamental, por meio de uma sequência de atividades pedagógicas com vistas para uma aula interativa e comunicativa de leitura, possibilitou, dentre outras metas, mobilizar as capacidades de linguagem dos alunos. Para tanto, desenvolvemos atividades voltadas para o estudo dos mecanismos de textualização, mais especificamente, da coesão verbal, mobilizando assim, as capacidades de ação e as linguístico-discursivas.

Para Cosson (2012), quando lemos, fazemos uma ligação do nosso mundo com o mundo do outro. O sentido do texto só se completa quando esse trânsito se efetiva, quando se faz a passagem de sentidos entre um e outro. A leitura de textos literários, então, representa uma modalidade privilegiada de leitura que pode colaborar sobremaneira na compreensão das práticas de linguagem que respaldam os posicionamentos críticos construídos através da interação entre os agentes sociais, e, provavelmente por isso, ela contribui para a ampliação das capacidades de linguagem do aprendiz.

Ao constatarmos a realidade das aulas de nivelamento, que eram vistas como um castigo ou punição por alunos e professores, levantamos questionamentos que suscitaram nossa pesquisa: Qual o papel do professor na dinâmica da leitura em sala de aula? De que maneira as categorias de análise de textos do ISD colaboram no desenvolvimento de capacidades de linguagem em língua portuguesa por alunos do 7º ano subsidiadas pelo gênero fábula?

Assim, o objetivo principal da nossa pesquisa foi contribuir com o propósito do letramento literário e do desenvolvimento das capacidades de linguagem apoiadas nas categorias de análise textual do quadro teórico do ISD.

Nosso trabalho se fundamentou na concepção sociopsicolinguística de leitura descrita por Braggio (1992) e no quadro teórico do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) proposto por Bronckart (1999), para a identificação das categorias de análise textual proposta pelo ISD. Nos valemos também das contribuições de Leurquin (2014) quanto ao desenvolvimento de práticas comunicativas de leitura no âmbito da sala de aula.

Para tanto, estivemos em consonância com o DCRC, cuja proposta sinaliza para um ensino através de projetos. O projeto de leitura Vamos Confabular? foi uma sequência de atividades pedagógicas inspirada na SD de Dolz, Noverraz e Schenewly (2004) que trata de um trabalho sistemático não somente com a apreensão dos gêneros escritos ou orais, mas também na articulação da compreensão leitora, além das proveitosas contribuições da metodologia da

pesquisa-ação descrita por Thiollent (2011) que permeou todas as etapas de realização deste trabalho.

Nosso corpus foi composto pelas atividades de leitura dos estudantes que participaram das etapas da sequência de atividades pedagógicas – 10 alunos ao total –, foi contado como avaliação também a assiduidade e o comprometimento dos alunos. Dessa forma, analisamos os resultados médios percentuais de todas as atividades de interpretação, comparando as fases iniciais e finais desenvolvidas sem a intervenção do professor, a fim de perceber a evolução dos indivíduos participantes da pesquisa, principalmente em relação à apropriação de estratégias de leitura reflexiva, por meio das categorias de análise do ISD.

Os resultados obtidos mostraram uma evolução bastante significativa no que se refere ao aprendizado do contexto de produção. Com relação aos elementos da coesão verbal, trabalhados no texto, houve uma evolução de 72% de acerto entre a atividade inicial e a atividade final. Sabemos que elementos como os de coesão verbal fazem o aluno compreender melhor as ações de um texto.

Faz-se necessário assumir que a questão que tratava da aspectualidade na atividade de Leitura final, ou seja, da diferença entre o pretérito perfeito e o pretérito imperfeito, presentes no texto, exigia do aluno um conhecimento maior com relação aos sentidos dos usos dos tempos verbais na narração. A complexidade do assunto necessitava de um tempo mais longo para ser explorado. Contudo, os alunos conseguiram compreender e distinguir as vozes do narrador e personagens e os tempos verbais referentes a tais vozes.

Consideramos que a sequência de atividades pedagógicas utilizada em nossa pesquisa foi eficaz quanto à mobilização das capacidades de linguagem dos estudantes analisados, principalmente no que concerne ao estudo dos mecanismos da coesão verbal. Todavia, percebemos que alguns pontos precisam ser intensificados e ajustados, com vistas à necessidade de se trabalhar o texto em suas mais diversas facetas.

Outros trabalhos necessitam de ser realizados, podendo, inclusive, ter esse como base, pois ele traz à tona o texto literário, a importância dos saberes linguísticos na compreensão dele; e também a importância de a aula de leitura ser planejada e articulada ao dispositivo de um projeto, organizado em uma sequência de atividades pedagógicas.

É válido ressaltar os diversos pontos dessa pesquisa que merecem destaque: a evolução dos rendimentos em língua portuguesa dos alunos participantes, o estreitamento da relação professor-aluno através das aulas de leitura planejadas à luz de uma teoria que vê a consciência como conhecimento dos outros antes de ser conhecimento de si ou que o

conhecimento de si não é mais que um caso particular do conhecimento social (BRONCKART, 1999), e o interesse maior pela leitura dos alunos participantes.

Vale ressaltar que a escola pública no Brasil ainda está longe de formar leitores críticos capazes de interagirem com os textos que leem e de se posicionarem sobre o que é lido, evidenciando, assim, a necessidade de pesquisas interventivas que contribuam com a formação docente e ao mesmo tempo com o desenvolvimento da competência leitora dos alunos.

Por fim, a realização das etapas dessa pesquisa permitiu à professora pesquisadora a constante reflexão sobre seu agir professoral (CICUREL, 2011), elaborando e reelaborando etapas de seu trabalho com o intuito de aprimorar as estratégias de desenvolvimento de capacidades de linguagem dos alunos e colaborar para a consciência do seu uso enquanto elemento eficaz na efetivação das práticas sociais dos estudantes num contexto formativo.

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APÊNDICE A

EMTI ALDEMIR MARTINS – NIVELAMENTO – 7º ANO LÍNGUA PORTUGUESA – DATA: ________________ PROJETO VAMOS CONFABULAR?

NOME:__________________________________________ Nº_______________ ETAPA 1 – ATIVIDADE INICIAL (DIAGNÓSTICA)

Leia o texto que segue e responda às questões solicitadas.

A cigarra e a formiga

Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou: - Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! O verão é para gente se divertir!

- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno.

Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer. Um belo dia, passou de novo perto da

formiguinha carregando outra pesada folha. A cigarra então aconselhou:

- Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar!

A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga. Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa.

A rainha das formigas falou então para a cigarra:

- Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio. A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou:

- Hum!! O inverno ainda está longe, querida!

Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no