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Aplicá-lo sobre a zona de pele afectada, durante um tempo que depende de cada

No documento Plantas Que Curam (páginas 75-79)

Plantas para utilizar em banhos de assento

2. Aplicá-lo sobre a zona de pele afectada, durante um tempo que depende de cada

planta (de 5 a 10 minutos geralmente). 3. Se a ga/.e ou flanela se secar, voltar a im-

pregná-la. É melhor renovar as com-

pressas frequentemente e aplicá-las vá- rias vezes ao dia, em vez de manter a mesma durante muito tempo.

Algumas plantas podem tingir a pele quando se aplicam em compressas, espe- cialmente as que contém taninos (amieiro, carvalho, nogueira). Uma fricção com sumo de limão pode ajudar a restabelecer a cor normal da pele.

Indicações das compressas

As compressas usam-se como cicatrizan- tes e anti-séplicas em feridas e úlceras da pele (agrimónia, alcaçuz, amieiro, avelei- ra, carvalho, cavalinha, cebola, chagas, cou- ve, hera, maravilha, nogueira), para a be- leza da pele (hamamélia, morangueiro, ro- seira, tília), para os olhos (camomila, fi- dalguinhos), ou como analgésicas e cal- mantes (lúpulo, visco-branco).

F o m e n t a ç õ e s

As fomentações aplicam-se como as compressas, mas com 0 líquido à tempe- ratura máxima que a pele possa suportar. Colocam-se mais dois panos, além daque-

L o ç õ e s e f r i c ç õ e s

As loções e as fricções fazem-se com uma infusão, decocção, maceração ou sumo, que se estende com uma ligeira massagem sobre a pele. As fricções aplicam-se da mes- ma maneira, geralmente com óleos essen- ciais (ver pág. 96), e com uma massagem mais enérgica.

Podem-se aplicar com a mão ou com um pano suave impregnado no líquido.

Indicações das loções e fricções

As loções têm as seguintes aplicações: • Afecções da pele em geral (por exem-

plo com amor-perfeito, arandos, equi- nácea, folhas de oliveira, maravilhas, sa- namunda, saponária, tomilho, tussila- gem ou urtiga).

• Prurido, ou seja, comichão na pele (bor- ragem, erva-moura, verónica).

• Beleza: eliminação da celulite, embele- zamento da pele ou emagrecimento (equinácea, gilbarbeira, morangueiro, roseira).

• Reumatismo (alfazema, loureiro). • Afugentar os mosquitos (absinto).

B a n h o s d e v a p o r c o m plantas

Os banhos de vapor com plantas apli- cam-se sobre a cabeça, o tórax ou até sobre o corpo todo.

A SAÚDE P E L A S P L A N T A S M E D I C I N A I S

1 " P a r t e : G e n e r a l i d a d e s

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Técnica dos banhos de vapor com plantas Estes banhos de vapor ía/em-se da se- guinte maneira:

1. Colocar uma panela de água a ferver com as plantas OU essências a utilizar, em cima de um banco. A panela deve estar tapada. Km vez de plantas, podem-se juntar à água 2 ou 3 gotas de um óleo es-

sencial.

2. O doente senta-se numa cadeira c cobre- -se com uma toalha grande ou um lençol, de forma que não se escape o va- por.

3. Destapar a panela progressivamente para deixar sair o vapor.

4. A aplicação dura de 10 a 15 minutos, até que deixe de sair vapor.

5. Convém terminar com uma fricção de água fria ou álcool sobre a zona que es- teve exposta ao vapor.

Indicações dos banhos de vapor com plantas

Os banhos de vapor com plantas são de grande utilidade para combater as afec- ções respiratórias: sinusite, faringite, larin- gite, traqueíte, catarros bronquiais e bron- quite. Também são indicados no caso de otite. Facilitam a eliminação do muco, ger- mes e restos celulares depositados nas mu- cosas respiratórias, com o que se acelera o seu processo de regeneração e cura.

Gargarejos

Os gargarejos são uma forma fácil e sim- ples de aplicar as plantas medicinais sobre o interior da garganta.

Técnica dos gargarejos

Os gargarejos fazem-se da seguinte ma- neira:

1. Tomar, sem engolir, um sorvo de tisana (geralmente infusão) morna. Não se de- vem usar líquidos muito quentes nem muito concentrados.

2. Inclinar a cabeça para trás.

3. Tentar pronunciar a letra 'a' de forma prolongada, durante meio ou um mi- nuto.

4. Deitar fora o líquido da boca: Nunca se deve engolir, pois se supõe que esteja contaminado com as substâncias resi- duais.

5. Repete-se todo o processo durante 5 a 10 minutos.

Indicações dos gargarejos

Os gargarejos actuam sobre a mucosa que reveste o fundo da boca, a faringe (gargan- ta) e as amígdalas (anginas). Limpam a imi- cosidade, os germes e os restos de células mortas e de toxinas que se depositam nessa zona em caso de irritação, de inflamação ou de infecção. Têm efeito emoliente (suavi- zante), anti-séptico e adstringente (secam, desinílamam e cicatrizam).

As plantas que mais se usam para os gar-

Os gargarejos e bochechos feitos com flores e cascas de romãs são m u i t o úteis em caso de faringite, gengivite |inflamação das gengivas) e parodontose (afrouxamento e queda dos dentes).

Cap. 3: FORMAS DE PREPARAÇÃO E EMPREGO

As lavagens ocufares devem fazer-se deixando escorrer o líquido a partir da f o n t e para o nariz, pois é este o trajecto seguido normalmente pelas lágrimas.

garejos são: abrunheiro-bravo, alecrim, amieiro, historia, casca e folhas de casta- nheiro, cebola, cinco-em-rama, drias, epi- lóbio, gatunha, hidraste, moranguciro, nogueira, ratãnia, roniã/.eiía, sabugueiro, sanamunda, tanchagem, tormentila e ver- bena.

B o c h e c h o s

Os bochechos consistem em mover um sorvo de líquido (geralmente infusão ou decocção) em todos os sentidos, dentro da boca. São muito úteis em caso de esto- matite, gengivite, piorreia e outras afec- ções da boca e dos dentes. Fa/cm-sc com as mesmas plantas que os gargarejos.

Colírios

Os colírios são líquidos utilizados para tratar as afecções dos olhos ou das pálpe- bras.

Devem ser pouco concentrados, não irritantes, e aplicados a uma temperatura morna. Recomenda-se fa/.ê-los com in- fusões preparadas com água previamente fervida, ou com decocções, para conseguir uma maior esterilidade. São muito utiliza- dos os colírios de agripalma, camomila, eufrásia, lidalguinhos ou folhas de videi- ra.

L a v a g e n s o c u l a r e s

Ás lavagens oculares (aos olhos) fazem- -se empapando uma compressa na de- cocção de uma planta, e deixando escor- rer suavemente o líquido do lado da fon- te para o do nariz (de fora para dentro).

A semelhança do que acontece com os colírios, é preferível fazer as lavagens ocu- lares com infusões para as quais se tenha fervido previamente a água, ou com de- cocções, para que o líquido que entra em contacto com o olho esteja estéril. Omco minutos de fervura é suficiente para con- seguir uma esterilidade adequada

Clisteres

Os clisteres, ou enemas, consistem na in- trodução de um líquido no intestino gros- so através do ânus, por meio de um briga- dor com um tubo de borracha. O líquido a introduzir pode ser uma infusão ou de- cocção pouco concentrada, á temperatura do corpo (37°C).

Precauções na aplicação cie clisteres Quando se aplica um distei-, devem to- mar-se algumas precauções:

1. Colocar O paciente sobre o sevi lado di- reito, com as pernas encolhidas. 2. Introduzir a ponta do irrigado! com a

ajuda de azeite ou vaselina.

A SAÚDE P E L A S P L A N T A S M E D I C I N A I S 1 " P a r t e : G e n e r a l i d a d e s

Os cJisteres com infusões ou decocçoes de plantas medicinais conjugam a acção de limpeza da água com os efeitos medicinais das plantas.

3. Evitar que o líquido entre a unia pressão excessiva, não elevando o reci- piente que o contém a mais de um me- tro acima do nível do doente.

4. É suficiente um volume de 300-500 ml de líquido. Nas crianças bastam 100-200 ml. 5. O paciente tem de reter o líquido du-

rante 5-10 minutos.

6. Não aplicar mais de três dis teres num dia. Deverá evitar-se aplicá-los depois das refeições.

7. Em muitos casos, é necessária a pres- crição e supervisão de um médico.

Objectivos dos disteres

Com os enemas, pretende-se:

• Esvaziar o recto e o intestino grosso em caso de prisão de ventre, especialmente quando seja devida a uma afecção febril ou infecciosa (por exemplo com folhas de oliveira, malva ou sene-da-índia). • Desinflamar o ânus e o recto em caso de

fissuras, hemorróidas e inflamações anais (com carvalho, tanchagem ou za- ragatoa).

• Desinflamar o intestino grosso em caso de colite ou diarreia (erigerâo, malva),

espasmos digestivos (assa-íétida) ou diarreias dos lactentes (salgueirinha). • Eliminar os parasitas intestinais (alho,

quãssia, tanaceto).

Irrigações vaginais

Uma irrigação vaginal consiste na intro- dução de infusões ou decocçoes pouco concentradas, e à temperatura do corpo (37°C), na vagina, por intermédio de uma cânula ou brigador especial.

As plantas mais utilizadas para estas irri- gações são: historia, cinco-em-rama, malva, pé-de-leão, pimpinela-oficinal, ratânia, romázeira, roseira, salgueirinha, salva e sal- guei ro-branco.

Aplicam-se em caso de vaginite e leucor- reia (corrimento excessivo). No caso de gravidez deve-se evitar todo o tipo de irri- gações vaginais.

Quando se faz uma irrigação vaginal é necessário aplicar pouca pressão, para evi- tar que o líquido suba para o útero, cuja ca- vidade está normalmente fechada pelo colo uterino. E recomendável que as irri- gações vaginais se apliquem sob vigilância médica.

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