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Plantas que devem usar-se frescas

No documento Plantas Que Curam (páginas 52-55)

Em algumas plantas acontece que, logo após terem sido colhidas, se de- sencadeiam reacções químicas estati- zadas por enzimas, que nalguns ca- sos desactivam os seus princípios ac- tivos, e noutros os transformam em substâncias tóxicas, como acontece, por exemplo, com os agriões. Por isso tém de usar-se sempre frescas.

São as seguintes: Planta Agrião Aliaria Cinoglossa Cipreste Cocleária Hera Pilosela Pág. 270 560 703 255 356 712 504 Rabanete e Rábano 393 Saião-curto Tormentila Trevo-cervino Verbena 727 519 388 174 Partes utilizadas Folhas, caules Toda a planta Folhas Frutos, madeira Toda a planta Folhas Toda a planta Raiz Folhas Rizoma Folhas, raiz Toda a planta

Se encontrar uma planta no campo, e não souber de que espécie se trata, não fne toquei Primeiro identifique a planta, depois colha-a sem destruir nem devastar.

C a p . 2 : C O L H E I T A E C O N S E R V A Ç Ã O

* Conforme a duração do ciclo biológico, as plantas

herbáceas podem ser:

• Anuais: São plantas que nascem, crescem, frutificam

e morrem no prazo de um ano. Em geral, as plantas que se reproduzem por sementes são anuais.

• Bienais: São plantas que precisam de dois anos para completar o seu ciclo biológico. No primeiro ano nascem e crescem, e no segundo frutificam e morrem. São plan- tas bienais: aipo, alcaravia, bardana, buglossa, cenoura, dedaleira, onagra e verbasco.

• Vivazes: São plantas que vivem vários anos, flores-

cendo em cada um deles. No entanto, as suas partes aé- reas (caules, folhas, etc.) morrem todos os anos, sobre- vivendo unicamente, de ano para ano, os rizomas ou as raízes. Quer dizer, os órgãos aéreos das plantas viva- zes são anuais, enquanto que as suas raízes vivem vá- rios anos.

As plantas lenhosas (arbustos e árvores) costumam vi- ver desde vários até centenas ou mesmo milhares de anos.

4. Identificar bem as plantas

Diante de qualquer planta, se tiver dúvi- das, aproxime-se calmamente da espécie em questão. Observe-ihe os pormenores. Aspire-lhc o aroma. Consulte OS desenhos e fotografias do seu livro. Se persistirem as dúvidas e não conseguir identificar com certeza a espécie, abstenha-se de usá-la. Os erros podem pagar-sc muito caros.

5. Colher sem destruir

Não arranque a planta, sempre que isso seja possível, 'lenha em conta que existem espécies protegidas (como a genciana ou a arnica), e que nos parques nacionais é proibido colher plantas.

m

• As orlas e sítios próximos dos campos de cultura: Se estes tiverem sido pulve- rizados com pesticidas e herbicidas, é praticamente certo que as plantas em volta também terão sido atingidas por salpicos dessas substâncias químicas. • Os lugares próximos de chaminés ou va-

zadouros de indústrias poluentes (mer- cúrio, cádmio, e t c ) .

2. Colher apenas as plantas saudáveis e limpas

Devem-se colher apenas as plantas sau- dáveis e limpas. Rejeite portanto aquelas que apresentem sinais de terem sido ata- cadas por insectos ou parasitas, ou roídas por caracóis. Cuidado com as que possam ter excrementos de animais!

3. Procurar que as plantas estejam enxutas

As plantas colhidas em dias húmidos ou chuvosos criam facilmente bolor, e são por- tanto mais difíceis de conservar. Há por- tanto que colhê-las quando se encontrem bem enxutas.

6. Não misturar espécies diferentes Não é correcto juntar num mesmo cesto ou saco espécies diferentes. K preferível utilizar um recipiente para cada espécie, de forma que as plantas se possam identi- ficar com mais clareza.

P a r t e s q u e s e c o l h e m

Dado que nem todas as partes de uma planta têm sempre interesse do ponto de vista médico, é necessário ler em conta uma série de indicações, segundo a parte da planta que vamos apanhai".

Flores

As flores colhem-se antes que a corola se encontre completamente aberta, que é quando as pétalas contêm mais substâncias activas. Durante o seu transporte, há que evitar o calor e os sacos de plástico.

Folhas

As lolhas colhem-se no começo da flo- ração, mas antes que as flores se tenham desenvolvido, por ser esta a altura em que contêm uma maior quantidade de sucos. Não se devem cortar todas, porque assim a planta morreria. Deiíam-se fora as folhas manchadas (pode ser sinal de uma in-

A SAÚDE PELAS P L A N T A S M E D I C I N A I S

1 " P a r l e : G e n e r a l i d a d e s

fecção por vírus). Não se devem a m o n t o a r nem enrugar, mas devem armazenai-se es- tendidas n u m lugar p l a n o .

Caules

O m o m e n t o ideal para c o l h e r os caules é depois de lerem b r o t a d o as folhas, mas antes de terem saído as flores.

Sumidades

As sumidades. Isto c, as e x t r e m i d a d e s flo- ridas das plantas, r o l h e m - s e e m p r e g a n d o uma tesoura a p r o p r i a d a , n ã o as p a r t i n d o com a mão. a fim de n ã o lesar ou o f e n d e r os caules. Deve-se cortar o caule n u m pon- to onde ainda seja t e n r o e n ã o mais abai- xo, onde se Icnhiilca e e n d u r e c e . C o s t u m a ser suficiente um c o m p r i m e n t o de 20 a 30 cm.

Casca da planta

C o m o r e g r a g e r a l , colhe-se a casca no p r i n c í p i o d a P r i m a v e r a , s e m p r e a n t e s d a floração, q u e é q u a n d o circula mais seiva pelos caules e ramos, e t a m b é m q u a n d o se separa mais facilmente d o t r o n c o .

Raízes e rizomas

As raízes e rizomas colhem-se no O u t o - n o , depois de Lerem c a í d o todas as folhas, ou na Primavera, q u a n d o c o m e ç a m a b r o - tar. Nas plantas bienais, o m o m e n t o ideal é o O u t o n o do p r i m e i r o a n o . Nas plantas vivazes, é c o n v e n i e n t e esperar pelo segun- d o o u terceiro a n o d e vida.

Antes de p r o c e d e r à sua conservação, as raízes e os rizomas têm de ser b e m lavados, com o Ihn de e l i m i n a r a terra e OS insectos q u e possam ter a d e r e n t e s . Não c o n v é m es- fregá-los com u m a escova, para não elimi-

A conservação das plantas medicinais requer três processos: secagem, envasilhamento e armazenamento.

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C a p . 2: C O L H E I T A E C O N S E R V A Ç Ã O

Uma secagem correcta é a chave para uma boa conservação das plantas medicinais.

nar as camadas de células superficiais, que podem conter princípios activos, como acontece com a raiz da valeriana.

Conservação

Como normalmente as plantas medici- nais não irão ser utilizadas imediatamente após a sua colheita, é necessário saber quais são os melhores métodos tle conser- var-lhes as propriedades curativas.

A conservação das plantas medicinais re- quer três processos: secagem, envasilha- mento e armazenamento.

1. S e c a g e m

A secagem consiste em eliminar pro- gressivamente a humidade. Uma planta húmida é fácil presa de bactérias e fungos, que a atacam, alterando-lhe os princípios activos. Além disso, estas bactérias e fun- gos podem produzir substâncias tóxicas. As bactérias precisam de mais de 40% de humidade para se poderem reproduzir; e os fungos, de 15% a 20%. Uma planta bem seca não costuma ter mais de 10% de hu- midade, o que impede a reprodução des- ses microrganismos.

Conselhos práticos para secar correctamente as plantas

• Tempo necessário: Com tempo quente, as flores secam cm 4 a 8 dias, e as folhas em 3 a 6 dias. Com tempo frio, podem demorar mais alguns dias.

• A secagem nunca deve ser feita ao sol, porque se perderiam muitos dos prin- cípios activos das plantas, especialmen- te as essências. Tem de fazer-se sempre à sombra, em locais bem arejados e

isentos de pó.

• Os produtos vegetais colhidos esten- dem-se sobre um papel ou cartão no solo, ou então em cima de prateleiras.

Amorperleito

Plantas que devem

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