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Aprender, intelecto Filosofias

No documento O QUE O CÉU E OS HOMENS ME ENSINARAM (páginas 60-62)

Ideia Concreta

Ideia abstrata

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O nervosismo, a inquietação, o começar muito e terminar pouco.

A procura constante de novas melhorias, a facilidade para aprender. Há a necessidade de ser canalizado para um alvo. Há o perigo da dispersão das maiores inteligências em constantes buscas. O planeta regente é Mercúrio, o metal que tudo assimila e se dispersa e se perde em mil pedacinhos. Daí o símbolo do tubo, para não se dispersar demais é necessário criar o tubo, canalizar. Espaço para movimento é preciso, mas procure somente ficar entre dois e criar um alvo, um método, uma finalidade a alcançar e aí está a força de Sagitário. Quem possui essa facilidade de movimento e de aprender pelo concreto, no que assimila no viver do dia a dia, precisa pensar no abstrato e fixar o que deseja alcançar.

Se eu vou no sentido contrário, Sagitário, com a tendência a fixar ideias, leis, dogmas e doutrinas, não poderei evoluir se não aprender, observar e aceitar as constantes mudanças da vida. Daí chamarmos Sagitário de “Sinfonia Inacabada”. Sagitário tem sempre um ideal, um alvo, que ele almeja para sua evolução. Fixa ideias, tem afirmativas fixadas antes de ter aprendido e experimentado a vida. O fariseu diz: meu Deus, eu te agradeço por ter a única lei justa! Seguindo forma do dogma fixado pelos pensamentos abstratos em doutrinação, os parágrafos, precisará ainda passar por mudanças, perdas do ideal que não alcançou por criar sempre novas ideias, para no fim compreender que o que ele procurou lá longe, à distância infinita, está aqui, perto, dentro dele, tornando-se então o filósofo. O pensamento fixado numa religião ou num dogma precisa da vivência pelos movimentos da vida para encontrar sua própria filosofia e tornar-se filósofo.

Gêmeos é o advogado que defende os dois lados mostrando as circunstâncias e devendo ficar dentro da lei. Sagitário é o juiz, que precisa mudar o parágrafo conforme as circunstâncias para não se tornar injusto.

Para explicar Gêmeos-Sagitário e Sagitário-Gêmeos eu faço este desenho:

Gêmeos são as raízes agarradeiras que de toda parte surgem. Sagitário é um galho plantado para a árvore crescer para o alto. Se o galho não assimila, aprende e suga, não poderá crescer para o alto e se as raízes não transformarem o que sugaram em seiva própria, canalizando para o alto, apodrecerão.

Os hindus chamam a nona divisão de Elefante, o animal sagrado, que não esquece a ofensa feita e que caminha em direção única, em fila, seguindo uma lei.

A terceira e a nona casa do Horóscopo são Gêmeos–Sagitário e se irradiam como Sagitário–Gêmeos, o amarelo, no triângulo das três cores. O espírito, nono campo, irradiado no homem na sua inteligência e terceiro campo, são o amarelo. A terceira casa, Gêmeos, mostra como a pessoa se forma pelos movimentos da vida, convivências, vizinhos, irmãos, parentes, o ensino primário e secundário, as pequenas viagens, seu falar, comunicar, enxergar, aprender e também ensinar pelo que tem assistido nas mudanças da vida que a rodeia e pelo observar concretamente. A nona casa, Sagitário, é o que se busca no abstrato, transcendental e transatlântico, é também chamada a casa

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das religiões, o que pensa na procura de seu religar, de sua ligação

ao que está longe do que vê. Casa das academias, as longas viagens, a cultura, que levam seus pensamentos às religiões e filosofias.

Se alguém duvidasse que Leonardo da Vinci tenha pintado todo seu conhecimento de Astrologia no afresco da Última Ceia, diante do terceiro e nono apóstolo, essa pessoa perderia sua dúvida. O terceiro apóstolo, contando da esquerda para a direita de Cristo, é Mateus, com a cabeça para a esquerda e os braços para a direita. Na polaridade de Gêmeos–Sagitário, Mateus simboliza Gêmeos, o repórter, que relata sua convivência pela palavra escrita, qualidades que surgem da terceira divisão zodiacal. O nono apóstolo no quadro é São Pedro, Sagitário, que foi o que estabeleceu o dogma da religião cristã. As cabeças de ambos, Mateus e Pedro, estão absolutamente certas em suas características. A juventude de Gêmeos, que aprende ainda, e a velhice de Sagitário, que sabe pelos pensamentos e suas experiências e chega a fixar a filosofia para religar o que está embaixo com o que está acima. O que está embaixo, no centauro, o animal, Leonardo simboliza pela faca junto às coxas. Em Mateus–Gêmeos, que corre pela força de seu pulmão; em Pedro–Sagitário, que anda pela força de suas coxas. O corpo de Pedro apoiado em outro ser humano significa a parte superior do centauro e o dedo de sua mão aponta Cristo. Animal humano em busca do Divino.

Mateus Pedro

A Lei do Movimento A Lei da Evolução

Não é de admirar que Leonardo levou doze anos para o estudo aprofundado do que nos religou a conhecimentos antiquíssimos.

Compreende-se por que nunca tenha terminado a cabeça de Cristo, apesar de suas tentativas. Não achando modelo que pudesse expressar Cristo, esboçou seu próprio rosto na pureza da juventude, quando ainda não era marcado pelas tentações e virtudes, vivências e experiências, pintou o seu Cristo interno. Naquele tempo isso foi uma heresia. Hoje, quando dizemos que somos filhos de Deus, compreendemos que essa ousadia, naquele tempo considerada um sacrilégio, é a sua consciência da Consciência Cósmica.

No documento O QUE O CÉU E OS HOMENS ME ENSINARAM (páginas 60-62)

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