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Arvores de fruto sao ainda documentadas num quintal tapado,cercado e murado,da calçada da Relação,(117) bem como na Rua da Reboleira,na ca-

sa do médico António Ferreira.Por seu lado,as freiras de S.Bento dotaram

a sua cerca de uma horta e pomar.(ll8)Provavelmente todos os Mosteiros da

Cidade programaram aproveitamentos semelhantes. E lá para os lados de

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Hiragaia nao faltavam limoeiros,laranjeiras,videiras e outras árvores frutíferas.(119)

Na Rua do S0uto,na zona dos aloques,medravam loureiros(120).Mas

também as árvores de grande porte se disseminaram na cidaderpinheiros erguiam-se no Codeçal,nas imediações de Santa Clara (I2l) e ainda fora

da Porta de ^arros(l22),Garvalhos abundavam dentro e fora de muros,espe-

cialmente nas vizinhanças dos Ferradores,além da Cordoaria.(l23)Casta-

nheiros apareciam nas proximidades da Fonte das virtudes(124) e fora da

Porta do Olival.(125)

Estas noticias recolhidas um pouco ao acaso na documentação (que normalmente nao é muito generosa neste tipo de informações)cimentam a im- pressão de ruralidade e a ligação ao campo que a Cidade manteve durante séculos.

Conclusão

Alterações profundas marcaram positivamente a cidade do porto du-

rante o período compreendido neste estudo.Antes de mais,reorganizou-se to- do o^espaço através da divisão paroquial segundo um traçado que ainda ho- je naofoi de todo ultrapassado.

Depois,deram-se importantes passos para a sua definição urbanística: se a zona da Porta do Olival havia sido militarizada (e de certo modo a- bandonada)nos inícios da ocupação castelhana,a construção no local do edi- fício da Relação restituiu ao sitio a dignidade de outrora.E se o im6vel filipino nao resistiu muito tempo,as suas diversas reconstruções manti- veram-se na zona então escolhida.

Se ê verdade que em termos de arruamentos o perímetro urbano não conheceu novos traçados,veremos que os acessos à cidade foram melhora- dos significativamente.Por outro lado,a Arquitectura encontrou terreno propício:Beneditinos,Gracianos,Carmelitas Descalços.Lóios,,Jesuítas e ou- tros levantaram ou beneficiaram substancialmente as suas Casas.

E a plantação da Alameda do ^lival,na Cordoaria,aproveitando a abun- dância de água que se fizera chegar à cidade desâe Paranhos,parece-nos um benefício notável em termos objectivos e de grande alcance pelo que significou de novidade e de arejamento mental.

Notas

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(1) - Sobre o Termo de Lisboa ver RODRIGUES, Maria Teresa Campos, As-

pectos da Administração Municipal de Lisboa no século XV, Lis- boa, s/d, pp. 19-26 (sep. da "Revista Municipal", nõs 101 a 109. E sobre o alfoz de Coimbra, OLIVEIRA, António ;-e,A vida económi- ca e social de Coimbra de 1537 a 164-0, I vol., 1& Parte,Coimbra 1971, pp. 19-31.

(2) - Corpus Codicum Latinorum et Portugalensium ..., I vol., Porto, 1893, pp. 20-23.

Sobre a formação do Termo do Porto, ver SOARES, Torquato Brocha- do de Sousa, Subsídios para o Estudo da organização Municipal da cidade do Porto durante a Idade Media, Barcelos, 1935, pp.140-14-3, e 0 Porto Medieval in Nova Monografia do Porto organizada por BASTOS, Carlos, Porto, 193^, pg.72;"Vereaçoens" Anos de 1390-1395 com comentários e notas de BASTO, A. de Magalhães, 2^ ed., Porto, s/d, nota VI, pp. 333-336; AZEVEDO, Padra Agostinho, A Terra da Haia (Subsídios para a sua i--onograf ia, Porto, 1939, pg»54; JORGE, Ricardo, Origens & Desenvolvimento da População do Porto.Notas históricas & Estatísticas, Porto, I897, pp. 52-53 e Demographia~e Hygiene da Cidade do Porto, I, Clima, População, Mortalidade,Por- to,1899, pg. 107; História da Cidade do Porto dirigida por PESES, Damião e CRUZ, António, Vol. I, Porto, 19ô2,pg. 97 e ss.

Sobre Melres,poderá ver-se OLIVEIRA,Camilo de,0 Concelho de Gondo- mar(Apontamentos monográficos),1 vol,3a ed.,Porto,1983,p. 89 (3) - Corpus Codicum..., o.c.,pg. 120.

(4) - Corpus Codicum..., Livro lg das Chapas, Porto, 1938, pp. 6-7. 0 Julgado de Penafiel de Sousa foi, de novo, subtraído ao Termo do Porto para ser doado a João Rodrigues Pereira na condição de este vender ao rei as terras de Baltar e Paços. Mas, como foi impossível ao fidalgo libertar tais terras por anteriormente as ter vendido ao Condestável, o monarca anulou esse contrato em 29 de Setembro de 1394 e reintegrou- a jurisdição do Julgado no Termo do Porto. (Corpus Codicum ..., I,pgi- 534.

(5) - Corpus Codicum ..., I,pp. 122-123.

(6) - JORGE, Ricardo, Demografia e Hygiene ..., pg.63, nota 1 e Corpus Codicum ..., I, pg.99.

(y)- As fontes que utilizaremos para esta reconstituição sao fundamental- mente as seguintes:

Livros de Vereações da Câmara do Porto conservados no seu Arquivo Histórico nos quais se escreveram os termos da tomada de posse dos funcionários administrativos e judiciais dos Julgados e suas fre- guesias. Ainda do Arquivo Histórico Municipal do Porto ver o Livro do Lançamento dos Serviços de Sua Magestade 1624.(Infelizmente apenas se conservaram os lançamentos do Julgado de Refojos)Ver ainda os

Livros das Companhias de °rdenanças;Livros de Décimas;Livro 2S do Re- gisto Geral;Inquiriçoes de Afonso III,publicadas no Corpus Codicum . vol. I;ANTT,Livro do numero que se fez das cidades e vylas e loguares dantre doyro e minho e moradores délie e termo (Gaveta 15.ms 24,nQl?^

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Foi-nos util para este trabalho a obra de SANTOS,Cândido Augusto

Dias dos,0 Censual da Mitra do Porto.6ubsidios para o estudo da

Diocese nas vésperas do Concilio de 'ï'rento ,Pprto ,1975

(8) - Julgado e Concelho n ao sendo palavras rigorosamente sinónimas,apa-

recem indistintamente nos Livros de Vereações a designar a mesma realidade institucional.

(9) - Os Livros de Vereações situam a freguesia de S.Miguel da Palmeira

ora no Julgado da Maia ora no de Bouças.Dada a sua situação geo-

gráfica parece-nos que se deverá enquadrar no Julgado de Bouças sem deixar dé pertencer à Terra da Maia.Acrescentemos que a povoação de Sendim ê considerada como freguesia no LV 28,fl. 42v.

(10) - Os Livros de Vereações quase invariavelmente colocam Lordelo no Julgado de Refojos mas o Livro de Lançamento do Serviços de Sua Majestade (162*0 não a refere no elenco das freguesias onde se lançou a finta.S as Inquirições situam-na no Julgado de Aguiar de Sousa. A explicação para o facto, creio estar contida na obser- vação de COSTA, Américo, no Diccionario Chorografico de Portugal Continental e Insular, vol. VII, Lisboa, 19^-0, pg. ?lk segundo a qual onde hoje ê Lordelo houve em tempos duas freguesias separa- das pelo Rio Ferreira: Lordelo na margem esquerda,do Julgado de Aguiar de Sousa e Castanheira, na margem direita, do Julgado de Refojos.

(11)- AHMP,LV 30,fl. 71v situa a freguesia de Cristelo no Julgado de Pe- nafiel.0 mesmo acontece com as freguesias de Sobreira(LV30,f1.115v.) e Parada Todeia. Melres,embora considerada Concelho,é integrada nes-

te repetidamente nos Livros de VereaçSes.

(12)- As freguesias de Irivo,Lagares e Urro são por vezes colocadas no

Julgado de Aguiar de Sousa.Ver respectivamente AKMP,I,V 28,fl. 100,

LV_30, fl. 109 e LV 27,fl.2k2.E relativamente a Marecos o Escrivão começou por inscrevê-la no Concelho de Penafiel e depois rasurou para escrever Aguiar de Sousa...(LV 30,fl.l98v.)

(13)- SANTOS,Cândido Augusto Dias dos,0 Censual...,p.l35

(1*0- AZEVEDO,Padre Agostinho,o.c.,p. 56.0 autor transcreve informações do Pároco de S.Mamede de Coronado na sua Memória Paroquial de'1758. Nao cremos que a figura considerada nas Ordenações Filipinas.L, iQ, tit. 65,§ 7,em que se prevê que a jurisdição dos Juízes Ordinários dos lugares que passam de 200 vizinhos possa ir até 1$000 reis em bens móveis sem apelo nem agravo - se aplique aos Ouvidores aqui considerados.

(15)- Ord. Filip..L. 10,tit. 65,§ 73. Neste aspecto não diferia muito do Juiz das Vintenas.

(16)- Cremos não ser alheia a esta dasignação o facto de tais lugares estarem sob alçada de ^idalgos: Conde de Penaguião e Balio de Leça, respectivamente.Os Livros-de Vereações apresentam normalmente no Anîrp;LVd?8:fÎ:.a8n9°v!9J:iÇa0 d°S J u l ^ — *° W . V e r . p o r exemplo,

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(17) - Na tese complementar contamos descrever o mecanismo destas elei- ções.

(18) - 0 contexto e a análise dos diversos termos de tomada de posse des- tes funcionários leva-nos a pensar que as 3 expressões não sendo sinónimas guardam o mesmo conteúdo.

(19) - AHMP, LO do Lançamento....

(20) - SILVA, F. Ribeiro da, Pirataria e Corso sobre o Porto, Porto,1979 (Sep. de"Revista de História", Porto, 1979), p.19.

(21) - AHMP, L. 20 de Sentenças, fis. 366-367. (22) - AHMP, L. 30 de Sentenças, fl. 220. (23) - AHMP, Idem, fis I5O-I52.

(24) - AHMP, L. 20 de Sentenças, f1.197-203. (25) - AHMP, Idem, fis. 366-368.

(26) - AHMP, L. 30 de Sentenças, fis. 198-205. (27) - AHMP, idem, fis. 175-l8l.

(28) - AHMP, idem, fis. 23^ -239.

(28A)- N O mapa anexo não assinalámos os Coutos de Vairão, Vilela e Loriz porquanto não encontramos qualquer documento que nos fizesse acre- ditar que mantinham a sua vigência.No entanto, João de Barros na

s u a Geographia d'entre Douro e Minho e Trás-os-MontesT(Porto.

1919, p. 79) escrita em 15^+9 menciona os dois primeiros.

(29) - Na BPMF encontra-se um manuscrito (ng 121) que conserva algumas Actas de eleições dos Juízes,Porteiros e Almotacés do Couto de Sar- to Tirso e do de S. João da Foz, ambos pertencentes à- Ordem de S. Bento.

(30) - AHMP, L. 3Q de Sentenças, fis. ^38-^39.

(3D - DOMÎNGUEZ ORTIZ, Antonio,El Antiguo Regimen: Los Reyes Católicos y

los Austrias, 5s ed., Madrid,197^, p. 20h.

(32) - Orden. Filip.. L. 1Q, tit. 60, § 6.

(33) - Corpus Codicum ..., L. 10 das Chapas, p. 32. (3^) - AHMP, L. 30 de Sentenças, fl. 322v.

(35) - AHMP, LV 38, fl. 48.

(36) - AHMP, L. 20 de Sentenças, fl. loi. Ver ainda LV H , fl. 112 onde se informa sobre uma correição feita pelos Vereadores.

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(37) - AHMP, ihidem. (38) - AHMP, LV 4l, fl. 20 (39) - AHMP, ibidem. (40) - AHMP, L. 3Q de Sentenças, 304-311. (41) - AHMP, LV 29, fl. 93

(42) - AZEVEDO, Pe. Agostinho, o.c. , p. 199.

(43) - AGS, SP, Portugal, L. 1522, fl. 15v. (Carta de 23.2.1629)

(44) - AHMP, L. 3Q de Sentenças, fis. 94-104, 277 e 348-350.0 assunto não deve ter ficado definitivamente resolvido, pois a memória feita pelo Pároco <âe Roriz para o Dicionário Geográfico declara que o Juiz do Couto era pedâneo, posto pelos Padres da Companhia de Je- sus de Braga.Ver CARDOSO, Pe. Luís, Descrição do Concelho de Santo Tirso contida no Dicionário Geográfico de Portugal, Porto, 1955, p. 112.

(45) - AHMP, L. 50 de Sentenças, fis. l46-l49v.

(46) - Ord. Filip., L. 3Q, tit. 5,§ 9 :"E mandamos, que era todo o caso,

que pertencer á Amotaceria, seja o réo citado e demandado perante o Almotacê de seu foro, onde o caso acontecer sem embargo de qual- quer privilegio de foro, que o autor, ou réo tenha..."(Citamos pe- la edição de I85O).

Segundo o Procurador dos Feitos da Coroa,aos dois lavradores cul- pados deviam ser aplicadas as penas das Ordenações, nos termos do § 14, tit. 1 do L. 2Q das mesmas Ordenações :"E mandamos, que aauel- le, que citar e demandar qualquer pessoa perante a Justiça Eclesi- ástica no caso, em que a jurisdição a Nôs pertença, pague trinta cruzados..."

(47) - AHMP, L. 50 de Sentenças, fis. 434-439.Os dois lavradores e o Mei- rinho,por ter desistido da execução da pena,foram igualmente con- denados.

(48) - Denunciaram a ri Manuel Fernandes, piloto, de 34 anos e Gonçalo A- fonso, calafate.AHMP L.1Q de Sentenças, fl. 121.

(49) - Orden. Manuel., L. 1Q, tit. XLIV, § 43 e tit. XLIX, § 19.Estes fo- ram os artigos invocados pelos Vereadores.

(50) - AHMP, L. 1Q de Sentenças, fis. 118-129.

(51) - A documentação relativa a estas longas demandas encontra-se no AHMP, L. 30. de Sentenças, fis. 159-248 e L. 5Q, fis. 220-229 e 400-405. (52) - No Couto o vinho era vendido a 9 reis o quartilho, quando na cida- de o melhor não passava dos 6 reis.(AHMP, LV 37, fl. 165 v.)0uem ganhava era naturalmente o Balio.

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( 53) - Os Livros de Vereações apresentam as tomadas de posse destes fun- cionários somente a partir de 1634. Não aparecem antes porque não possuímos Livros de Vereações para o espaço compreendido entre 1629 e 1633 inclusive. Sabemos que em 28 de Maio de 1629, Juiz, Vereadores e Procurador da Cidade tomaram posse da Honra de Rebor- dões e ordenaram a suspensão imediada do Juiz que lá exercia fun- ções e se elegesse outro para o substituir. A eleição porém s6 se realizou em Novembro de I63O e curiosamente o Juiz suspenso foi reeleito por unanimidade pelo povo presente que exigiu o respeito pelo seu privilégio antigo de terem na dita Honra Juiz Ordinário , o que efectivamente conseguiram embora fosse a Câmara a confirmá-lo. Ver AHMP, L. Sentenças n°- 3. fl. 105-10?

(54) - FREIRE,A.Braamcamp,Povoação de Entre Doiro e Mjnho no XVI Século

in "Archivo Histórico Portuguez",vol. III,Lisboa, 1905,p.259

(55) - Corpus Codicum...,Livro 1Q das Chapas,p. I69 (carta de Filipe II

à Câmara do ^orto de 24.2.1582)

(56) - A morte de D.Francisco de Sá e Meneses verificou-se,pois,nos fins

de I582 e não em fíetembro de 1584 ou 17 de Março de I585 como

sugere FELGUEIRAStGuilherme,Monografia de Matosinhos,Lisboa,1958,

p. ^23

(57) - AHMP, L. 4c de Préprias, fl. 54 v.

(58) - SALES, Padre Ernesto, Cortes de Lisboa em 31 de Janeiro de 1583, para .juramento do Principe D. Filippe, filho del-rei D. Filippe I de Portugal, in"Revista de História", nõ 45, vol. 122, Lisboa,1923, pg.37.

(59) - AGS, SP, L. nQl456, fis.74-75.

(60) - Relativamente a I583 não possuímos sobre o assunto qualquer registo. (61) - C C , L. 1Q das Chapas, pg. l40.

(62) - AHMP,LV 40,fl. 323

(63) - Corpus Modicum,L. 10. das Ch a p a s $ p. 139.Refira-se,todavia,que o nu-

ramento de 1527 se refere a Azurara como "vylla e povoaçom".FREIRE A.Braamcamp,o^c.,p.259

(64) - AHMP,L. Ig de Sentenças.fis.1^1-1 V? e L. 52,fis. 126-131.Segundo

a versão da Câmara do Porto, a feira começara a realizar-se por

volta de 1480 e fora seu iniciador um carniceiro que construíra s

sua casa junto da Ermida.Logo nos princípios aí se cometera um homicídio cujos autos e inquirições foram da responsabilidade dos duizes,tabeliães e Alcaide do Porto.Só depois ê que começaram a ser povoados os casais ao redor,os quais sempre obedeceram às autoridades da cidade.

(65) - SANTOS,Cândido A.Dias dos,Censual....p.64 (66) - AHMP,LV 48.fl. 237

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(67) - AHMP, Arrematações de ggndas L, n°- 1,(1596) fis. k2-k2 v. Mediante a entrega de 40.000 reis anuais ao almoxarife obtinham isenção de sisa em vários produtos, nomeadamente na compre e venda de bois. Idem, fis. 20-20v.Sobre o Ouro como parte integrante do Termo Velho ver AHMP, L.Sentenças nQ 5, fl. 121.

(6&) - Ainda nos finais do século XVII se conservavam os muros da antiquís- sima cerca do morro da Pena Ventosa que rodeavam a primitiva cidade episcopal oa quais Manuel Pereira de NOVAES descreveu na sua obra Anacrisis historial, vol. II, Porto, 1913, pg. 8. Ao espaço cir- cunscrito por essa velha muralha chamava-se Castelo.(BASTO, A. de Magalhães, História da Santa Casa da Misericórdia do Porto, I Vol., Porto, 1934, pg. 138-139. As portas ou arcos do muro da Pena Ventosa

(Arco de~Santana, Arco de S. Sebastião, Porta de Vandoma, Porta das Verdades) conservaram-se até ao século XIX.

(69) - Ver entre outros NOVAES,Manuel Pereira de,0uc.,pp.15-17.PASSOS, Carlos de,As muralhas do Porto,Coimbra,1921, OLIVEIRA,J,M Perei-

ra de,0 Espaço urbano do ^orto.Condições Naturais e Desenvolvimen-

_to,Coimbra,1973,PP. 225-228

(70) - PASSOS,Carlos de, o.c.,p. 14,Segundo este autor,Novaes refere 2 postigos que nunca terão existido:o do Pescado e o da Canastraria. (71) - NOVAES,Manuel Pereira de,( o.c.,p.l8) considera exagerado o n&me-

- ro de 30 Torres que ^oao de Barros na sua Geographia de Entre Dou- ro e Minho ,p, 29 atribui ao ^orto.

(72) - Refira-se que esta afirmação ê repetidamente retomada ao longo das folhas da infindável demanda entre a Cidade e o Conde de Penaguião. - Afirma-se aí que ,de facto,houve em tempos um castelo na cidade,

o qual^foi demolido por D.João 1,0 burgo fora então repartido por 14 estâncias,Ver Corpus Codicum.. . , vol.III (Livro da Contenda...)

Porto,1915,p. 311 ~ (73) - PASSOS,Carlos de,o.ç. ,p. 14. 0 baluarte foi edificado em I589 e

nao em I58O como erradamente pensava este autor.Ver AHMP,L, do Cofre das Fortificações,fis.16-95

(74) - SILVA,F. Ribeiro da,A criação das Paróquias de S.Nicolau e de Nossa Senhora da Vitória. (I583).Aspectos sócio-económicos ;e religiosos da época.Porto,1984.p.8

(75) - DURAND,Georges,Etats et Institutions (XVI-XVIII siècles).Paris. 1969,p.51 ~

( 76) - Redigiu a Escritura o tabelião de notas Rui de Couros.Ela f°i Pu _

blicada por LEAL,Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho,Portu- gal Antigo e Moderno,vol. V,Lisboa,1875,pp. 42-44

(77) - Arquivo Distrital do ^orto,Cabido,1624,fl. 2v. 0 documento foi

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nómica e social da Cidade do Porto nas vésperas de Alcáçer­Ouibir,

Porto, 1967, pp. 22­28. Achamos oportuno publicá­lo de novo na passa­

gem do hQ Centenário da divisão paroquial, corrigindo gralhas da

primeira publicação. Ver A criação das Paróquias ... o.c. pp.4l­i+7.

(78) ­ COSTA, Padre Agostinho Rebelo da, Descrição Topográfica e Hist6rica

da Cidade do Porto, 2a ed. , Porto, 19^5, pg.7^.

(79) ­ D. Rodrigo da CUNHA não refere qualquer data para a extinção da Pa­

róquia e Manuel Pereira de NOVAES, o.c. pg. 86, também não assevera

que em 1592 foi suprimida a mesma.

(3Q) ­ ADP, Registo Paroquial, Vitória,L. misto n° 1, fl.l87.

(31) ­ ADP, R.P., S. Nicolau, L. misto nQ 1, fl. 132.

C',2} ­ ADP, R.P., Sê, L.Baptismos nQ 4, fl. k6v.

(33) ­ ADP, R.P., Vitória, L. misto nQ 1, fl. 75.

(8^f) ­ ADP, R^P. , Sê,L. Baptismos nQ 5, fl. 85.

(85) ­ ADP, R.P., Vitória, L. misto nQ 1, fl.ll8.

(86) ­ ADP, R.P., Vitória, L. misto nQ 1, fis. 117v. e 122.

(87) ­ ADP, R.P., S. Nicolau, L. misto nQ 2, fl. 52v.

(88) ­ ADP, R.P., Vitória, L. misto nQ l,fl. 122.

(89) ­ AKMP, L.V. nQ 38, l607, fis.68 ­68v.

(90) ­ ADP, Cabido, 162^, fl. 1.

(91) ­ Tal se observa nos números fornecidos por D. Rodrigo da Cunha em

I623 e nas cifras entregues pelo Bispo do Porto em Roma em 1688.

Ver respectivamente CUNHA, D. Rodrigo da, Catálogo e História

dos Bispos do Porto, Porte, 1623, pg. 372,e AZEVEDO, Carlos de,

A Cidade do Porto nos Relatórios das Visitas "ad limina" do Arqui­

vo do Vaticano in ^'Revista de Historia", vol. II, Porto, 1979,

pg. 189. A proporção conserva­se nas estatísticas conhecidas para

o século XVIII.

(92­) ­ NOVAES, Manuel Pereira de, o.c. , pg.35.

(93) ­ Idem, pp. 26­27.

(9^■') ­ AHMP, L.7Q dos Bens do Concelho ,l6l6, fls.27­27v.

(95) ­ Sobre a Sinagoga da Vitória ver BASTO, A. de Magalhães, História

da Santa Casa ;.. o.c. pg. 1^2 e LAGOA, Querubino, A Synagoga do

Porto , Porto, 1899.

(96 ) ­ Sobre esta Praça ver NOVAES, o.c. pg. 30 e ainda AHMP, Tombo Velho,

1, fl. ^52.

Embora se nos afigure muito difícil enumerar todas as ruas e ruelas

de cada Paróquia,vamos deixar aqui registadas todas quantas encontra­

mos na documentação,procurando situá­las no seu conjunto geográfico

na intenção de proporcionar elementos para a elaboração da planta da

cidade que uma conjugação pluridisciplinar de esforços há­de tornar

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Assim â freguesia da Sê pertenciam:

Rua de Cimo de Vila; Rua ChS das Eiras; Rossio da Porta de Carros; Rua dos Canos; Rua das Flores; Rua da Ponte de S. Domingos; Rua da Biquinha; Rua das Cangostas até â Travessa do Salvador; Rua áo3 Mercadores até ao cruzamento da Rua Nova; Rua de S. Brás (que dava para o Hospital de Santa Clara - AHMP, LV 27, fl. 151); Rua da Bai- nharia; Rua Escura; Rua da Cruz do Souto; Rua do Souto; Rua Ponte No- va; Rua dos Pelâmes; Calçada da Relação; Rua e Viela dos Gatos(re- ferida em NOVAES, o.c. , p. 35 e AHMP, Obras Públicas, Arrematações, L. 3, fis. 301-301v.); Rua do Castelo (aparece este topónimo nos Livros de Baptismo da Sé dos fins do século XVI); Rua de S. Sebasti- ão ou da Sapataria Velha (A. de Magalhães BASTO entende que os dois nomes designam a mesma rua-- o.c.,p. 1^1); Rua da Pena Ventosa; Rua das Aidas; Travessa das Aidas.(por cima do Colégio - AHMP, LVjf6, fl. 9^v.); Rua do Pé das Aidas; Rua de Santa Ana (referida em NOVAES, o.c., p.32); Rua do Eirado (contígua à Rua de Santa Ana - ADP, Cabido, 50^, fis. 'f5~V?) ; Rua do Redemoinho ou dos Cónegos (por detrás da Sé - ADP, Cabido, 50'+, fl. 23 onde se refere que es- ta rua tinha ligação para a Travessa de Santa Clara, A. de Magalhães BASTO pensa que os dois topónimos designam a mesma rua); Pua das Ten- das (ligada ã anterior - ADP, Cabido, 497, fl. 324); Rua de Palhais; Kua do Codeçal ; Rua do Penedo ( AHMP, LV 34, fl. 126vé,onde ê refe- rida como "Rua grande e principal da cidade"); Travessa de Santa Cla- ra.

A de S. Nicolau pertenciam as seguintes:

Rua Nova, Rua de S. Nicolau; Rua da Reboleira (que Magalhães BASTO identifica com a da Tanoaria); Rua da Fonte Dourina; Praça da Ribei- ra; Rua do Buraco (ADP, Cabido, 493, fl. 362); Rua do Colégio Ve- lho; Rua das Cangostas,do Hospital do Salvador para baixo; Rua da Alfândega; Terreiro; Rua dos Mercadores, a partir do cruzamento da Rua Nova até à Praça da Ribeira; Rua da Lada; Rua do Barredo;Rua da Mancebia; Rua dos Canastreií^os (referida em NOVAES, o.c. , p.32 e em vários assentos dos Livros de Registo Paroquial); Rua da Almeja;Rua do Vale de Pegas; Rua da Baiúca; Rua dos Cobertos da Ribeira ou dos Barbeiros (AHMP, Tombo Velho, II, fl. 520); Rua dos Cobertos da Lada; Rua sobre o Muro da Reboleira; Rua sobre o Muro da Fonte Dourina; Rua sobre o Muro da Ribeira; Rua sobre o Muro da Lad^..

As ruas de S. João de Belmonte eram:

Rua da Olivesaria; Rua dos Banhos; Rua da Porta Nova(Magalhães BASTO entende que as Ruas dos Banhos e da Porta Nova são a mesma.Mas o do- cumento da criação das novas paróquias distingue-as claramente)-Rua da Minhota(ficava próxima da Igreja de S. João - AIÍMP.LV 27. fl.lSl); Viela de Caicafrades (situada junto â Rua dos Banhos,'nor detrás das' casas desta - AHMP, Tombo Velho, II,fl. 801 e ADP, Cabido, 504,fl.39); Rua da Rosa; Rua da~*erraria Nova; Calçada do Forno Velho; Rua de Besteiros; Rua de Belmonte; Rua das Virtudes; Rua da Boavista (AHMP,