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Embora todas as escolas da rede municipal de ensino de Panambi – RS contem com um responsável pelo seu Laboratório de Informática, o qual está encarregado de auxiliar professores e estudantes na realização de atividades didático-pedagógicas nesse espaço de aprendizagem, o modo como cada escola organiza a inclusão dos recursos tecnológicos no processo de ensino-aprendizagem difere de uma para outra, seja em questões relacionadas à organização de horários de uso do laboratório, seja quanto ao atendimento aos estudantes, ao planejamento das atividades a serem realizadas e ao desenvolvimento de recursos educacionais digitais. Cabe ressaltar que nem todas as escolas apresentam professores autores de objetos de aprendizagem.

Escola E1

Inicialmente, o responsável pelo Laboratório de Informática da escola E1 declara que a

Smec de Panambi – RS vem, há algum tempo, investindo na inclusão das TICs nas escolas da rede municipal de ensino: “[...] primeiro investiu na inclusão, né, na inclusão digital. Equipou os laboratórios... tudo... Agora, a gente já tá no segundo patamar, que é não adianta incluir, né... se não saber usar” (R1, 2008).

Nessa escola, foi a partir de 2008 que, gradativamente, os professores das séries iniciais passaram a acompanhar as suas turmas em atividades no Laboratório de Informática; antes, era o responsável por esse espaço de aprendizagem na escola quem atendia os estudantes. Segundo o entrevistado, a razão pela qual nem sempre os professores das séries iniciais acompanhavam suas turmas no laboratório era a organização dos seus horários na escola. Ao contrário, nas séries finais os professores das disciplinas sempre acompanharam suas turmas em atividades no laboratório. No entanto, de modo geral, os professores da escola E1 ainda não atuam de forma autônoma naquele espaço de aprendizagem. Em seu

depoimento, o responsável pelo Laboratório de Informática da escola E1 retrata esta situação:

“É que, na verdade, a gente faz muito mais do que é a nossa função. Porque a nossa função é, na verdade, um apoio pro professor, e hoje a gente tá sendo o professor” (R1, 2008). O

entrevistado ainda expõe que a maioria dos professores da escola E1 vai ao laboratório sem

saber como articular os recursos lá disponíveis com a sua prática pedagógica, o que justifica, em sua opinião, a necessidade de promover a formação tecnológica desses sujeitos.

Ocorre muito ainda de o responsável pelo Laboratório de Informática da escola E1 ter

de procurar os professores para saber qual o conteúdo educacional que estão abordando em sala de aula, qual é o planejamento do dia, qual é o planejamento para a próxima semana, para, então, organizar as atividades a serem realizadas naquele espaço de aprendizagem. Na visão do entrevistado, o qual ingressou na função pelo concurso de “monitor de Laboratório de Informática”, “o professor perde com isso e o aluno também, né” (R1, 2008). Tais fatos

ocorrem porque “tudo isso é uma cultura, né... da utilização do Laboratório de Informática” (R1, 2008), pela qual os professores da escola E1 entendem que os estudantes deveriam ter

aula de informática com o responsável. Embora na escola E1 as atividades no laboratório

sejam, geralmente, planejadas pelo responsável, a coordenação destas atividades é feita em conjunto com o professor.

O responsável pelo Laboratório de Informática da escola E1 também declara que não

adianta o professor levar os seus estudantes a esse espaço de aprendizagem se não planejou atividades que de fato promovam a aprendizagem e o desenvolvimento deles. As crianças não se satisfazem mais com qualquer coisa, como ligar/desligar os computadores e digitar textos, por exemplo. Para o entrevistado, o melhor, então, é que o professor “[...] não venha, não utilize, deixa pra quem realmente está fazendo um trabalho bom, quem tem projetos, né” (R1,

2008).

Na escola E1, todos os estudantes são atendidos no laboratório, porém nem todos os

responsável pelo Laboratório de Informática da escola E1, professores de todas as áreas do

conhecimento utilizam o espaço de aprendizagem, porém alguns poucos16 de disciplinas das séries finais não incluem as TICs nas suas atividades com os estudantes. Resistentes ao uso dos recursos tecnológicos, esses docentes são aqueles com mais tempo de atuação, que estão mais próximos de se aposentar. Inclusive, o entrevistado destacou que estes professores costumam ceder o seu tempo de uso do Laboratório de Informática para outros colegas. Tal fato se deveria a razões culturais, pois o processo de formação desses professores prezou pelo conteúdo a ser vencido em sala de aula, e é essa a sua principal preocupação.

Nesta escola há desenvolvimento de objetos de aprendizagem por parte do responsável pelo Laboratório de Informática, o qual está mais voltado para as séries iniciais, especificamente para a alfabetização. Para realizar esse desenvolvimento de material didático em mídia digital, o responsável participa das reuniões pedagógicas da escola com o objetivo de inteirar-se das atividades e projetos desenvolvidos pelos professores e pela escola como um todo e, assim, poder apoiá-los quanto ao uso das TICs. Na escola E1 não há professores com

autoria em objetos de aprendizagem.

Percebe-se que o responsável pelo Laboratório de Informática da escola E1, que nunca

atuou em outra escola da rede municipal, identifica-se com a escola, na qual já atua há três anos; mantém laços afetivos com esta e, por isso, fala de suas atividades com entusiasmo, sempre no sentido de que os obstáculos hoje existentes quanto à utilização daquele espaço de aprendizagem podem ser superados, como, por exemplo, mais professores envolvidos em projetos pedagógicos que articulem as TICs. “A minha comunidade é aqui... E eu acredito que o ser humano como um todo se doa mais quando ele tá num lugar que ele se sente bem” (R1,

2008).

Escola E2

Segundo o responsável pelo Laboratório de Informática da escola E2, todos os

professores, de todas as turmas e de todos os componentes curriculares/disciplinas, das séries iniciais e finais, utilizam o espaço de aprendizagem. Os professores das séries iniciais têm horário fixo pela tarde, porém com a turma dividida, ou seja, como não há lugar para todos os

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O responsável pelo Laboratório de Informática da escola E1 não quis informar ao certo o número de professores por receio de que pudessem ser identificados.

estudantes no laboratório, em razão de sua estrutura física deficiente, o professor divide a turma, enviando parte deles para aquele espaço de aprendizagem e ficando com os demais em sala de aula. Em determinado momento faz-se a troca, voltando para a sala de aula os estudantes que estavam no Laboratório de Informática e indo para lá aqueles que estavam em sala de aula. Nesse caso, as atividades naquele espaço de aprendizagem são, geralmente, planejadas e coordenadas pelo responsável. As séries finais vão ao laboratório pela manhã, conforme o agendamento do professor de cada disciplina, o qual marca horário para ir com os estudantes porque tem uma atividade para realizar com eles. Como na escola E2 as turmas de

séries finais têm menor número de estudantes, estas não são divididas para irem ao laboratório, tal como ocorre com as turmas de séries iniciais. Também nesse caso, é o professor quem planeja e coordena as atividades nesse espaço de aprendizagem.

O responsável pelo Laboratório de Informática da escola E2, quando fica com a

responsabilidade de planejar as atividades que serão realizadas naquele espaço de aprendizagem pelas turmas de séries iniciais, busca relacioná-las com o conteúdo educacional que está sendo abordado pelo professor em sala de aula ou com as programações realizadas na escola (Páscoa, Semana da Pátria, Dia da Criança, Natal, entre outras). O entrevistado enfatizou que, como as turmas de séries iniciais são divididas para frequentar o laboratório, em razão do número insuficiente de computadores, é difícil desenvolver atividades longas, uma vez que o tempo de aula também fica reduzido, ou seja, o tempo que seria para toda a turma, também é dividido em dois momentos. Quando ocorre de um professor de turma de séries iniciais planejar as atividades que serão realizadas no laboratório, ele costuma ir lá para observar o andamento destas, mas quem atende os estudantes é o responsável por esse espaço de aprendizagem.

Na escola E2, o desenvolvimento de objetos de aprendizagem é realizado somente pelo

responsável pelo Laboratório de Informática e está mais voltado para as séries iniciais, com ênfase no componente curricular Língua Portuguesa. Assim, a escola não apresenta professores com autoria em objetos de aprendizagem.

Para realizar o desenvolvimento de materiais didáticos em mídia digital, o responsável pelo Laboratório de Informática da escola E2, com frequência, utiliza o livro didático como

fonte de consulta. No entanto, na sua percepção, o qual realizou o concurso de “monitor de Laboratório de Informática”, os objetos de aprendizagem que desenvolve não deixam de ser

softwares educacionais, que já estão prontos e com os quais estudantes apenas praticam as

atividades propostas. Entende que, mais interessante do que os estudantes praticarem, é que participem do processo de desenvolvimento dos objetos de aprendizagem, pois, assim, estarão

estimulando outras habilidades, ou seja, ao desenvolver um recurso educacional digital que proponha a realização de uma cruzadinha com a tabuada, por exemplo, eles desenvolverão a escrita, a matemática e se incluindo digitalmente.

O entrevistado assim enfatiza a participação dos estudantes no processo de desenvolvimento de objetos de aprendizagem: “Eu acho bem mais interessante o aluno desenvolver do que eu desenvolver para ele, né. Querendo ou não... não tá mudando nada do

software... do software que vem pronto” (R2, 2008). Também acredita que, quando os

estudantes participam do processo de desenvolvimento de um objeto de aprendizagem, sentem-se mais realizados: “[...] eles gostam de aprender coisas pra mostrar em casa” (R2,

2008). Ainda segundo o entrevistado, que está há três anos na escola e nunca atou em outra, a maior preocupação desta é que de fato os estudantes aprendam a utilizar o computador, pois muitos deles não têm acesso fora dela.

Escola E3

Na escola E3 todos os professores, de todas as disciplinas e de todas as turmas de

educação infantil, séries iniciais e finais fazem uso do Laboratório de Informática. A organização dos horários de utilização desse espaço de aprendizagem apresenta-se da seguinte forma: as turmas de educação infantil e as de séries iniciais têm horários fixos, a educação infantil à tarde e as séries iniciais, pela manhã. As turmas de séries finais vão ao laboratório conforme agendamento pelo professor de cada disciplina.

O responsável pelo Laboratório de Informática da escola E3 relata que geralmente as

atividades realizadas nesse espaço de aprendizagem são planejadas e coordenadas por ele, que está há quatro meses na escola e esteve por um ano e meio atuando na escola E11. Destaca que

o correto seria o professor assumir essas funções e ele ajudá-lo em questões mais técnicas de organização dessas atividades e funcionamento dos computadores. Também, segundo o entrevistado, o professor deixa de ser atuante no laboratório por não gostar, ou por não se sentir à vontade com os recursos nele disponíveis, ou por medo/receio de executar algum comando incorretamente e perder o que os estudantes estão realizando, ou, enfim pelo fato de não conhecer os recursos/possibilidades disponíveis naquele espaço de aprendizagem.

Para o responsável pelo Laboratório de Informática da escola E3, que é autor de objetos

digitais diferentes. Na sua percepção, os objetos de aprendizagem são desenvolvidos a partir de uma necessidade de conhecimento dos estudantes, são mais objetivos em relação ao que estes precisam, ao passo que o software educacional já vem pronto para as escolas e não há como mudá-lo. Ainda enfatiza que uma das vantagens de se desenvolver objetos de aprendizagem é justamente a possibilidade de fazer alterações neles conforme a necessidade da turma, ou seja, é possível aperfeiçoá-los, o que não acontece com o software educacional. Contudo, o entrevistado também destaca que um objeto de aprendizagem não pode ser qualquer coisa, pois deve haver uma preocupação na escolha das imagens e das palavras que irão compô-lo, conforme o nível de desenvolvimento real dos estudantes que irão utilizá-lo. Por fim, ressalta que esse recurso educacional digital pode ser desenvolvido em conjunto com o professor e, assim, representar uma sequência do conteúdo educacional que é abordado em sala de aula.

Percebe-se que a preocupação com o nível de desenvolvimento real dos estudantes refere-se aos conhecimentos já consolidados por estes, àquilo que já realizam sem o suporte de outro. (VIGOTSKI, 2007, p. 96). No entanto, ao desenvolver objetos de aprendizagem não se pode ficar limitado apenas ao desenvolvimento real dos estudantes, mas refletir também sobre o seu nível de desenvolvimento potencial, ou seja, sobre o que serão capazes de fazer sob a orientação ou em colaboração com outros que já dominam o assunto. (VIGOTSKI, 2007, p. 97).

O desenvolvimento de material didático em mídia digital na forma de objetos de aprendizagem é realizado na escola E3 somente pelo responsável pelo Laboratório de

Informática. Este desenvolvimento ocorre para todas as turmas de educação infantil, séries iniciais e finais, porém com destaque para os componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática. Quando desenvolve um objeto de aprendizagem, o entrevistado, primeiramente, avalia os objetivos que o recurso se propõe a alcançar e o nível de desenvolvimento real dos estudantes a quem se destina. Também há uma preocupação quanto à seleção das imagens e palavras. Verifica-se que o referido responsável, o qual ingressou na função pelo concurso de “monitor de Laboratório de Informática”, reconhece a importância dos níveis de desenvolvimento no processo de ensino-aprendizagem em razão da sua formação na área de educação.

Na escola E3 não há professores autores de objetos de aprendizagem. Geralmente, o

professor apresenta a sua necessidade para o responsável pelo Laboratório de Informática, o qual planeja e programa o recurso educacional digital. Segundo o entrevistado, “normalmente é isto o que acontece, porque a gente não inventa do nada uma atividade. [Porém,] já

aconteceu de algumas atividades serem elaboradas, produzidas com base em livros didáticos, sem que um professor solicitasse” (R3, 2008).

Escola E4

A escola E4 tem o mesmo responsável pelo Laboratório de Informática há seis anos,

que, inicialmente, ingressou na função por meio de contrato, o qual vigorou por um ano. Em seguida, realizou o primeiro concurso que ocorreu no município, de “técnico em Laboratório de Informática”, optando por se manter na escola. Também por meio de contrato, antes de atuar na escola E4, o entrevistado ficou encarregado pelo laboratório da escola E1 por seis

meses. Além dos computadores disponíveis no Laboratório de Informática, a escola E4 conta

com mais duas salas de recursos, cada uma com dois computadores. Uma dessas salas é de uso exclusivo de estudantes com deficiência visual.

Todos os professores de turmas regulares (estudantes em processo de alfabetização) e de turmas não seriadas (estudantes que não se alfabetizaram) utilizam o Laboratório de Informática da escola E4 conforme agendamento prévio com o responsável. Essas turmas

possuem um número reduzido de estudantes e são os professores que planejam e coordenam as atividades para aquele espaço de aprendizagem. Na escola E4 há ainda os estudantes do

apoio, que são aqueles regulares em outras escolas da rede municipal, no entanto estes não frequentam o laboratório da referida escola.

Ao se referir ao desenvolvimento e uso de material didático em mídia digital na forma de objetos de aprendizagem, o responsável pelo Laboratório de Informática da escola E4

destacou que esses recursos são a melhor alternativa quando é preciso atender uma necessidade de conhecimento específica dos estudantes, pois são desenvolvidos, adaptados e reformulados na própria escola. Já o software educacional é um recurso que vem pronto e não pode ser alterado, embora isso não impossibilita o seu uso. Nota-se que o entrevistado aponta uma das vantagens do processo de autoria em objetos de aprendizagem: a possibilidade de se alterar ou adaptar o recurso educacional digital desenvolvido conforme os interesses e necessidades de conhecimento dos estudantes que dele farão uso. (TAROUCO et al., 2004, p. 7).

Na escola E4, de acordo com o responsável pelo Laboratório de Informática, o

parte dos professores prefere utilizar os softwares educacionais disponíveis nos computadores e, como consequência, também não há professores autores de objetos de aprendizagem.

Escola E5

O responsável pelo Laboratório de Informática da escola E5 ingressou na função pelo

concurso de “técnico em Laboratório de Informática” e está na escola há quatro anos; antes atuara por um ano na escola E1. Declara que no início de suas atividades sentia-se frustrado,

pois, se, por um lado, tinha formação tecnológica para atuar naquele espaço de aprendizagem, por outro, faltava-lhe conhecimento sobre questões pedagógicas que o auxiliassem a orientar professores e estudantes.

Todos os estudantes da escola E5, das turmas de educação infantil, séries iniciais e

finais, vão ao laboratório conforme agendamento pelo professor. As turmas de educação infantil e as de séries iniciais o fazem com mais frequência, contudo nem sempre o professor tem uma atividade específica a ser realizada com esses estudantes, os quais podem então utilizar os softwares educacionais disponíveis nos computadores conforme o interesse de cada um. Já as turmas de séries finais não vão com muita frequência ao laboratório, no entanto, quando o fazem, é porque o professor planejou uma atividade para ser realizada com os estudantes, a qual está relacionada com o conteúdo educacional abordado em sala de aula.

Na escola E5 há estudantes com necessidades especiais incluídos. Assim, para

proporcionar-lhes o acesso às TICs, a escola dispõe de alguns recursos, tais como uma impressora braile e o software DosVox17 instalados em um computador do laboratório para atender um estudante da 4ª série, e dois computadores em sala de aula, um para um estudante da 3ª série e outro para um da 8ª série18.

O responsável pelo Laboratório de Informática da escola E5 relata que todos os

professores, de todos os componentes curriculares/disciplinas, utilizam-se do espaço de aprendizagem, porém destaca quatro como aqueles que sempre o solicitam para realizar o desenvolvimento de material didático em mídia digital na forma de objetos de aprendizagem, conforme a necessidade de conhecimento dos seus estudantes e de acordo com o seu

17 O sistema operacional DosVox permite que sujeitos com deficiência visual utilizem o computador de modo independente. Esse sistema realiza a comunicação com o deficiente visual por meio de síntese de voz em português, sendo a síntese de textos pode ser configurada para outros idiomas.

planejamento. Estes professores são: um de 1ª/2ª séries19, o qual atua também nas séries finais – Artes, um de 1ª/2ª e 4ª séries, dois de séries finais – um Matemática e outro Ciências. O entrevistado ressalta que tais professores não desenvolvem objetos de aprendizagem no que se refere à programação, mas participam e acompanham o processo de desenvolvimento desses recursos educacionais digitais, ou seja, colaboram na seleção do conteúdo educacional, na definição das atividades a serem propostas, na escolha dos textos, áudios, imagens, animações, vídeos e links que o objeto de aprendizagem deve apresentar, além de observar se esse recurso está atendendo à necessidade de conhecimento dos estudantes. Nesse contexto, expõe: “Nós temos o conhecimento técnico para construir, para elaborar... A gente tem as ideias [...] só que nós não temos a parte do conteúdo que ele quer trabalhar, então é bem complicado... tem que ter uma parceria, sem parceria com o professor não tem como dar certo” (R5, 2008).

De acordo com o responsável pelo Laboratório de Informática da escola E5, os

professores desta escola que contribuem com sugestões para o desenvolvimento de material didático em mídia digital na forma de objetos de aprendizagem são poucos. Ele justifica apontando que as TICs chegaram às escolas num momento em que os professores ainda não estavam preparados para utilizá-las em suas atividades, pois de fato, no seu processo de formação não esteve incluído o debate sobre as possibilidades educacionais desses recursos,