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As guerras do mundo

No documento Gestação da Terra (Robson Pinheiro) - PDF (páginas 135-139)

"A guerra desaparecerá um dia da face da Terra? — Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Então todos os povos serão irmãos." Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, item 743

DESDE QUE O HOMEM terrestre aprendeu a agredir, ele tem violentado as consciências alheias e a si próprio, espalhando a guerra e a dor em sua morada planetária. Es- quecidas de sua destinação eterna e de sua divina progenitu- ra, as almas terrestres têm-se sintonizado com inteligências sombrias dos planos inferiores.

Muitas guerras e conflitos levados a efeito no solo do vosso planeta têm sido planejados e efetivados sob a influ- ência de almas delituosas que aproveitam as paixões huma- nas para destruir qualquer vestígio de civilização e de pro- gresso. Não deveis vos esquecer de que atrás de todas as guerras e destruições há interesses do plano das sombras em jogo.

Nenhum espírito que reencarna na Terra é programado pelo Alto para ser elemento de destruição ou para ser mé- dium das trevas, que sirva de instrumento para a atuação de entidades desequilibradas. O objetivo da reencarnação é sempre elevado; é proporcionar aos seres oportunidade de evoluir. Todos os espíritos reencarnam para aprender a ser felizes. A reencarnação é lei geral, e espírito nenhum poderá se furtar ao divino processo de evolução, adiando-o indefini- damente. Uma vez no plano físico, muitas almas que trazem o psiquismo comprometido com o passado delituoso sintoni- zam-se com as inteligências do mal. Desse intercâmbio do- entio nascem as obsessões, bem como os conluios tenebro- sos. Assim nascem os déspotas, os generais sanguinários e os governos do totalitarismo, que ameaçam os povos com seus desregramentos e desequilíbrios.

Da violência interna nasce também a guerra.

Quando a humanidade viu-se na direção do progresso ci- entífico e tecnológico, após a revolução industrial, certas inteligências do mundo oculto procuraram deter a marcha da evolução do pensamento humano.

Galileu Galilei conseguiu desenvolver estudos relativos à posição dos astros e da Terra de maneira particular, abrindo campo para a investigação científica do futuro. Isaac New- ton123 trouxe revelações importantíssimas para a ciência, inaugurando nova fase no progresso da humanidade, embora os cientistas dos anos futuros privilegiassem o aspecto me- canicista da visão newtoniana de mundo, que passou a do- minar o modo de pensar e de fazer ciência daquele momento em diante. Tal visão seria reestruturada a partir de novas descobertas científicas e paradigmas novos, que seriam enri- quecidos pela Doutrina Espírita e desbravados pela própria ciência acadêmica, culminando com a visão quântica da física moderna, que deu um passo importante, mas não o último, na área do conhecimento.

Napoleão Bonaparte, quando de sua vitória sobre o Egito, firmou tratados de paz com os turcos para salvar as vidas dos soldados. Entretanto, retribuiu esses acordos com a violên- cia, passando a ser interpretado pela vossa história como um admirável estadista, esquecendo-se os historiadores de citar, nas páginas de vossos livros, a agressividade e a belicosida- de do brilhante gênio, que foi motivo de muitos tormentos

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Isaac Newton. Físico, matemático e astrônomo inglês, Isaac Newton (1642- 1727) foi também grande alquimista. A história da ciência, entretanto, tradicional- mente prefere omitir esse traço de sua personalidade e tentou, ao longo dos anos, apresentá-lo e a suas idéias de maneira estritamente materialista e mecanicista. Marcelo Gleiser (1997) argumenta que isso se deve à necessidade histórica que os cientistas tiveram — notadamente a partir do Iluminismo e durante o séc. XIX — de conferir seriedade e credibilidade à ciência, despindo-a assim de qualquer traço considerado místico e buscando legitimação ao método racional/experimental de conhecimento. Porém, conforme o físico brasileiro, um estudo mais amplo da personalidade newtoniana faz com que se perceba integralmente a riqueza de seu legado e se compreenda melhor sua motivação febril pelas pesquisas. Segundo Gleiser, moviam-no razões profundamente místicas, e o exercício da ciência consis- tia, para ele, em meio de elevação e entendimento das questões centrais da vida humana.

humanos. Sintonizou-se com inteligências sombrias dos planos adjacentes à crosta planetária e sucumbiu pela paixão. Trazendo inicialmente uma missão do Plano Superior, po- demos dizer que foi um médium que falhou em muitas de suas iniciativas, mas que, mesmo assim, pôde realizar algo de proveitoso para os povos de então. Graças à sua interven- ção é que pôde ser limitado o poder do sumo pontífice de Roma, quando Berthier, sob seu comando, invadiu o palácio do papa e levou-o cativo. A humanidade respirou mais alivi- ada.

As guerras que espalharam as sementes da destruição culminaram com a Guerra Franco-Prussiana, que deixou um rastro de dor para os povos que lhes sofreram as conseqüên- cias. Tais eventos tenebrosos foram patrocinados por espíri- tos que se aproveitaram das fraquezas humanas e se utiliza- ram de soldados, capitães, governadores e reis, para serem seus médiuns desequilibrados. Eram, muitas vezes, apenas marionetes nas mãos de delinqüentes desencarnados, que, aproveitando os desmandos e desequilíbrios da guerra, utili- zavam-nos como instrumentos da desordem.

Os fogos dessas guerras mal tinham se apagado, e as lembranças tenebrosas ainda estavam vívidas nos corações das gerações sofridas, quando surgiram as idéias e os planos que culminaram na Primeira Guerra Mundial. Era a primeira experiência das inteligências das trevas, do império draconi- ano, intentando a destruição das obras da civilização de uma forma mais intensa e determinada. Graças, porém, aos pre- postos do Cristo que atuavam em favor de seus irmãos de humanidade, foram diminuídos os dias de provação, e as bênçãos de Jesus intervieram em favor dos habitantes da Terra. Maria de Nazaré, a mãe amantíssima do Mestre, inter- feriu diretamente para se estabelecerem, no plano físico, a paz e a harmonia. Findou-se o primeiro momento de dores coletivas sob a interferência do Alto, e, mais uma vez, os destinos do homem terrícola foram redirecionados pelo Pla- no Superior.

Nos planos astrais ou nas regiões espirituais próximas à morada dos mortais, os efeitos da guerra não são menos desastrosos do que na Crosta. Os elementos químicos, radio- ativos e mentais liberados com os desequilíbrios dos homens e com as guerras afetam profundamente as comunidades de desencarnados que vibram em faixas próximas ao plano físico. O ectoplasma liberado por milhares de seres que de- sencarnam nos campos de guerra, nas cidades assoladas e em todas as latitudes da Terra, vítimas da carnificina huma- na, formam denso material que se agrega à aura do vosso planeta e oferece dificuldade para a atuação das inteligências desencarnadas. Além disso, constitui em alimento mental e ectoplásmico para aquelas almas desajustadas que ainda permanecem ligadas às imperfeições humanas, e acreditam necessitar dos fluidos mórbidos para satisfazerem-se.

A guerra, sob todos os aspectos, é algo indesejável, em- bora os espíritos responsáveis pela evolução do vosso plane- ta aproveitem-na para engendrar o progresso. Entretanto, esse progresso poderia ser levado a efeito por outros cami- nhos e outros métodos. Trabalhai, pois, para eliminar de vosso meio os horrores da guerra e da destruição, que tanto mal trazem à vossa humanidade.

24. Hitler e a Segunda Guerra Mundial

No documento Gestação da Terra (Robson Pinheiro) - PDF (páginas 135-139)