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As necessidades formativas nas perspectivas dos professores de uma Universidade Comunitária

Training needs for teaching higher education

3.2 As necessidades formativas nas perspectivas dos professores de uma Universidade Comunitária

A formação docente é contínua e interdisciplinar independentemente da área que o professor atua, pois, está correlaciona e entrelaça os vários saberes da docência, como os saberes da experiência, os saberes do conhecimento e os saberes pedagógicos. Dessa forma o professor que não teve formação pedagógica, humanística e didática presente nas suas formações iniciais, possam construir a sua identidade docente. Segundo Pimenta e Anastasiou (2014, p. 88) “A docência na universidade configura-se como um processo contínuo de construção da identidade e tem por base os saberes da experiencia [...]”.

Esta análise parte das necessidades formativas consideradas importantes para os professores de uma Universidade Comunitária. E a partir das falas dos professores surgem as seguintes categorias, que serão discutidas logo abaixo: as formações devem promover maior incentivo para o docente continuar sua trajetória; as formações devem possibilitar trocas de experiências; a formação do docente é constante e necessita que estes sociabilizem suas práticas; o docente deve participar das formações em serviço para se manter atualizado e contar com novas metodologias, independente da disciplina que ministra; e todo o docente deve ter formação pedagógica, didática e humanística.

Um total de 11% dos docentes afirmou que todos devem participar das formações em serviço para se manter atualizado e contar com novas metodologias de ensino, conhecer as práticas que estão sendo utilizadas por seus colegas e também de docentes de outras instituições, trazendo esses conhecimentos e estratégias inovadoras para a universidade em que atua, a fim de melhorar a qualidade do ensino universitário. Destaca-se ainda a fala do professor 5:

eu tenho que conhecer a realidade do mercado, tenho que conhecer mercado interno, mercado externo, quais são as práticas que estão sendo utilizadas, o que que evoluiu no ensino dessas práticas, isso aí a gente faz através de cursos, de congressos, de simpósios,(...) aquilo que vai te dar um insight e tu pode trazer aquilo e trazer para os teus alunos (PROFESSOR 5)

A docência está interligada com a pesquisa, o docente deve participar das formações e estar sempre se atualizando para trazer novas metodologias e inovações para a sala de aula, destacamos a fala do professor 16: “[...] necessário para formação, então, o conhecimento da área e se inserir nesse conhecimento da área, achar uma forma de estar se atualizando nesse conhecimento.

A formação em serviço parte de atividades que buscam o desenvolvimento profissional dos docentes, em grupos de professores ou de forma isolada, após a conclusão da graduação e a iniciação em sala de aula, no decorrer de sua prática. O docente deve participar principalmente das formações em serviço, que a própria universidade oferece, pois está mostra o compromisso da instituição com seus acadêmicos e com sua equipe de profissionais docentes. Além disso, mostra também o comprometimento que o docente tem pela sua prática, afinal, o professor que

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busca novas metodologias e conhecimentos, está enamorado por sua prática e busca aperfeiçoá- la.

Além disso, todo docente precisa ter conhecimento sobre a prática exercida na instituição

que pertence e nas demais existentes na sua região e no país, por isso a importância de participar de formações docentes, cursos de qualificação, eventos nacionais e regionais da educação, para que possa acompanhar, inovar e se manter um nível de qualidade de ensino.

Vale destacar que essa Universidade Comunitária em questão, realmente prioriza em seus projetos institucionais, a formação continuada da sua equipe docente, afinal, todos os professores afirmam que participam de formações em serviço e que foi importante para sua identidade docente, pois, até então só tiveram contato com a docência a partir de estágios no mestrado. De acordo com Pimenta e Anastasiou (2014, p. 135) “investir na docência universitária e na defesa desse espaço como o local de formação dos professores em geral configura um movimento de valorização da educação de qualidade para todos”.

Entretanto, um total de 5% dos professores da universidade investigada, afirma que existe uma certa falta de comprometimento dos docentes com sua prática, afinal, o docente que não participa dessas e outras formações, está desvalorizando sua própria profissão, que forma e qualifica cidadãos, e por isso, este profissional necessita estar em constante busca e pesquisa do conhecimento. Portanto, destacamos a fala do professor 2, que diz assim:

[...] para dar um exemplo, nós tivemos aqui uma... dentro da pedagogia universitária, eu acho, teve uma formação sobre o uso de um software [...] para análise de texto. [...] Eu acho que não tinha cinco professores no universo de duzentos. Então, eu acho que nós temos um problema aí, eu acho que a gente. Isso não é importante. Eu acho que é muito importante. E essas coisas, pode parecer: ah, mas eu estou cheio de coisa. Se isso não é importante no nosso fazer para quem quer fazer pesquisa, então eu não sei o que que é importante (PROFESSOR 2).

Outros 11% dos docentes investigados afirmam que a formação docente é constante e necessita que estes sociabilizem suas práticas com seus colegas. O docente universitário possui como formação a graduação em sua área específica e também mestrado, doutorado ou especialização, para exercer a docência de acordo com a legislação vigente. Entretanto, a formação inicial é apenas a primeira etapa da trajetória docente do seu desenvolvimento profissional:

O avançar no processo de desenvolvimento profissional mediante a preparação pedagógica não se dará em separado de processos de desenvolvimento pessoal e institucional: este é o desafio a ser hoje enfrentado. Uma possível saída é a pesquisa da pratica da sala de aula pelo professor universitário. Essa saída tem relação direta com o aprofundamento dos processos de construção contínua da identidade do docente do Ensino Superior por meio de processos de profissionalização inicial ou continuada (PIMENTA; ANASTASIOU, p. 267, 2014).

Sendo assim, a profissão docente exige contínua pesquisa e busca pelo conhecimento, afinal, esse profissional se encontra em constante construção da sua identidade docente.

Necessidades formativas para a docência no ensino superior

O professor precisa desenvolver em sala de aula a reflexão sobre sua prática e participar de formações continuadas, que lhe trarão meios de enfrentar as diversas situações dentro da sala de aula.

O professor, por sua vez, deve ser um intelectual que tem que desenvolver seus saberes (de experiência, de campo específicos e pedagógicos) e sua criatividade para fazer frente às situações únicas, ambíguas, incertas, conflituosas nas aulas, meio ecológico complexo [..] (PIMENTA; ANASTASIOU, p. 185, 2014).

As formações continuadas implicam no desenvolvimento profissional e pessoal do professor, e parte da conexão entre saberes e conhecimentos da docência. Possibilitando o aperfeiçoamento de suas capacidades e permitindo o desenvolvimento de novas tarefas. Destaca-se a fala do professor 4:

Capacitação (...) interdisciplinar (...) quando você tem um grupo onde são pessoas de áreas totalmente diferentes e até por área e por vivência e por formação, então a coisa eu acho que flui (...) as coisas, elas não estão isoladas, tem uma conexão entre o conhecimento (PROFESSOR 4)

Essas formações podem ser feitas individualmente ou em grupo, entretanto, o coletivo pode trazer uma gama de contribuições significativas para os envolvidos. De acordo com García (2013, p. 22) “a formação de professores representa um encontro entre pessoas adultas, uma interação entre formador e formando, com uma intenção de mudança, desenvolvida num contexto organizado e institucional mais o menos delimitado”.

As formações são pensadas para os docentes, porém, sempre levando em consideração os seus discentes e as suas necessidades. Portanto, as formações devem ser incentivadoras, interativas, contínuas e que utilizem de estratégias inovadoras e uma variedade de formatos de aprendizagem, promovendo a criatividade e a busca pela inovação dos docentes participantes. Segundo Houssaye (1995, p. 28, apud PIMENTA; ANASTASIOU, 2014, p. 259) “a especificidade da formação pedagógica, tanto inicial quanto contínua, não é refletir sobre o que se vai fazer, nem sobre o que se deve fazer, mas sobre o que se faz”.

O professor ensina e aprende simultaneamente, o mesmo acontece em formações onde os indivíduos que estão ali compartilhando seus conhecimentos e experiências com os outros docentes, também estão aprendendo algo novo. Portanto, as formações propiciam experiências ricas de aprendizado, se bem estruturadas e com docentes dispostos a sociabilizarem suas práticas e tornando-as objeto contínuo de reflexões.

A universidade, ela tem um campo riquíssimo de possibilidades, de socializar experiências, nós temos professores com diferentes experiências na universidade, talvez do próprio processo formativo na universidade, possa se abrir espaços para essa socialização de quem já faz uma prática e realiza um trabalho diferenciado, porque muitas vezes se traz alguém de longe, de longe para dizer algo que talvez alguns professores da universidade continuem invisíveis por falta de espaço de socialização das suas práticas que são práticas inovadoras, práticas humanizadoras, práticas comprometidas com os diferentes atores sociais que estão no entorno da universidade,

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que a universidade tem um compromisso social, então como você avaliar isso, porque a formação do professor do Ensino Superior, ela tem que ser constante (PROFESSOR 13)

São muitas as áreas de conhecimento dentro de uma instituição universitária e muitos docentes com experiência, que desenvolvem aspectos inovadores em sua prática. Por isso, é uma alternativa é promover espaço para que os docentes da instituição possam compartilhar e socializar suas experiências e práticas inovadoras com seus colegas de trabalho, valorizando dessa forma as práticas e profissionais da instituição.

A instituição onde estes docentes atuam pode ser ou não um ambiente motivador, influenciando sua carreira profissional. Os professores se sentem valorizados em poder compartilhar seus conhecimentos. A formação se torna uma responsabilidade para estes professores, porque participam da elaboração e do desenvolvimento dessa formação, se sentem parte do contexto e participam ainda da avaliação, do que precisa ser aperfeiçoado. No caso dos professores, os elementos do ambiente que influenciam no seu desenvolvimento são principalmente os alunos, juntamente com os seus colegas, assim como sua própria concepção e motivação para aprender (GARCÍA, p. 58, 2013).

Sendo assim, toda formação proposta por determinada instituição deve levar em consideração as necessidades atuais e futuras tanto da organização, como de seus profissionais docentes, para que eles se sintam motivados a participar e as necessidades sejam sanadas. Neste sentido, o conceito “preocupação” tem um papel importante na medida em que defende que é preciso ter em conta as necessidades e exigências específicas dos professores que se implicam em processos de mudança (GARCÍA, p. 61, 2013).

Outros 5% dos professores investigados afirmam que as formações devem possibilitar trocas de experiências. Para que uma formação tenha sentido e êxito em sua realização, é necessário que a troca de experiências esteja presente, para que o docente tenha subsídios em sua prática, para que seja mais eficaz e tenha acesso a outras possibilidades e metodologias para aplicar em sala de aula, não baseando seu ensino na repetição e no vencimento de conteúdo, mas numa prática reflexiva sobre as novas metodologias. Destaca-se a fala do professor 3:

E formações que tragam, permitam trocas de experiências (...) como aqui já teve algumas, que eu tirei até alguns exemplos muito interessantes que eu apliquei em sala de aula, replicando coisas que eu ouvi outras pessoas fazerem e que não tinham me ocorrido, e que deram certo. Não vou fazer sempre tudo igual ou sempre, a gente vai testando, né? (PROFESSOR 3)

Outros 5% dos docentes investigados afirmam que as formações devem promover maior incentivo para o docente continuar sua trajetória. Infelizmente, existe uma desvalorização nacional do trabalho docente, que preocupa esse profissional e o afasta da docência comprometida e inovadora. Por isso, muitas vezes encontramos docentes enfermos psicologicamente e que baseiam seu ensino numa transmissão repetitiva (PIMENTA e ANASTASIOU, 2014; GARCÍA,

Necessidades formativas para a docência no ensino superior

2013).

Professores com uma longa trajetória docente, geralmente se deixam levar pelas dificuldades, acabam desanimados e consequentemente desistem de realizar muitas atividades planejadas para o semestre letivo.

Constrói-se, também, pelo significado que cada professor, enquanto ator e autor, confere à atividade docente no seu cotidiano, com base em seus valores, em seu modo de situar-se no mundo, em sua história de vida, em suas representações, em seus saberes, em suas angústias e anseios, no sentido que tem em sua vida o ser professor (PIMENTA; ANASTASIOU, p.77, 2014).

Portanto, as formações realizadas externamente ou em serviço devem promover maior incentivo para o docente continuar buscando qualidade no seu ensino, para resgatar o entusiasmo apesar de todas as problemáticas cotidianas, enfim, para que o docente continue motivado a inovar em sala de aula. Além disso, a motivação que transforma é aquela que parte de forma voluntária e interna dos docentes.

Então, a gente tem que ter formações de dois tipos, eu acho, aquelas formações para te dar, tipo, um incentivo, que apesar das adversidades, que apesar do que está acontecendo... para resgatar aquele sentimento do professor. Eu acho que tem que ter formação desse tipo. Vir alguém de fora, trazer alguma coisa, trazer uma motivação (PROFESSOR 3)

Pimenta e Anastasiou (2014) apresentam o termo “desenvolvimento profissional” como aquele que engloba todo processo de construção da identidade docente, abrangendo a formação inicial e continuada, com a aquisição de conhecimentos amplos que pertencem a quatro grandes conjuntos: 1) conteúdo das diversas áreas do saber e do ensino, ou seja, das ciências humanas e naturais, da cultura e das artes; 2) conteúdos didático-pedagógicos, diretamente relacionados ao campo da prática profissional; 3)conteúdos relacionados a saberes pedagógicos mais amplos do campo teórico da prática educacional; 4) conteúdos ligados à explicitação de sentido da existência humana individual, com sensibilidade pessoal e social (PIMENTA; ANASTASIOU, p. 166, 2014).

Sendo assim, a última categoria a ser abordada, se trata de que todo docente, independente da disciplina que ministra, deve ter formação pedagógica, didática e humanística. Em torno de 61% dos professores afirmam que essas três formações são importantes e, portanto, são necessidades formativas para o docente do Ensino Superior, devendo ser abordadas tanto na formação inicial, quanto na continuada e em serviço. Destaca-se a fala dos professores 10 e 12: [...] valorizar as vezes, leituras, e formação de professores, é buscar própria... pedagogias e didáticas, então está muito, ficar muito restrito a sua área técnica, a um conhecimento técnico, que ele é sim, né, completamente importante, mas deixar de lado ou não dar relevância, e importância, a esse olhar pedagógico e didático da formação (PROFESSOR 10)

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precisa ter conhecimentos do pedagógico, do ser humano. Esses conhecimentos da questão humanística, precisa estar na formação dele, porque ele vai ter todo esse outro ser para tratar, não só o específico da tua área, mas tu precisa ampliar esses conhecimentos e articular com a parte da formação humanística. Conhecimentos antropológicos, sociológicos, nesse sentido (PROFESSOR 12)

Atualmente, percebe-se certo despreparo para a concretização do ensino-aprendizagem por parte de muitos docentes, mesmo os professores mais experientes. Os docentes investigados nesta pesquisa, na área da licenciatura, possuem formação pedagógica, didática e humanística inclusa na formação inicial e já os demais docentes, apenas reconhecem a sua importância e alegam participar das formações oferecidas pela universidade, entrelaçando assim esses saberes, mas não tendo a formação na íntegra e portanto, a construção da identidade docente fica comprometida, destaca-se a fala do professor 11: “Ah, eu acho que ele precisa realmente de identificar enquanto professor, não, por exemplo, como um profissional enfermeiro, só um enfermeiro, ou só um médico veterinário, ele tem que se identificar como professor [...]”.

Pimenta e Anastasiou (2014, p. 174) declaram que há uma certa valorização dos conhecimentos específicos nas formações iniciais e continuadas, em detrimento dos conteúdos da área pedagógica. Mas vale destacar aqui a opinião controversa do professor 18, que apresenta como necessidade formativa os conhecimentos didáticos:

Eu acredito que é bem na didática, é bem a forma como a gente conduz o conteúdo, o como a gente trabalha esse conteúdo. (...) Porque a didática é o principal, é o que falta. (...) Eu sempre estou procurando artifícios mais possíveis para mim, mas eu acredito que seja uma coisa que seja uma fragilidade meio que assim (PROFESSOR 18) Segundo Pimenta e Anastasiou (2014, p. 70) “Uma quarta tendência parte do pressuposto de que os futuros professores desenvolverão novas e necessárias maneiras de ensinar à medida que vivenciarem novas maneiras de aprender”. A formação pedagógica é a base para a constituição da profissionalização docente, sendo assim, aqueles docentes investigados que não pertencem a cursos de licenciatura, devem buscar formação pedagógica para praticar um olhar sensível ao aluno, para ser mediador, construindo o conhecimento junto com o aluno e proporcionar situações de aprendizagem, metodologias e estratégias inovadoras, realizar avaliações construtivas e não classificatórias etc.

[...], você constrói junto com o aluno, não é só questão assim de mudar de... de colocar... de sair de um retroprojetor para um multimídia de última geração, não é só isso, mas é a proposta diferente mesmo, é ouvir o aluno, é construir junto com ele, é ouvir o de que forma que ele entendeu, é saber... é sair da aula sabendo de que forma que o teu aluno entendeu (PROFESSOR 8).

[...], mas essa questão de como estar na sala de aula, o transferir o conteúdo, a gente vê que fala muito em metodologia, mas ainda vejo o aluno reclamando dessa sobrecarga de transferência de conteúdo (PROFESSOR 7).

[...], o que eu observo assim, é que muitos professores não realizam o planejamento para ministrar as aulas, então vou aplicar a metodologia ativa, mas eu nem sei para

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que objetivo é aquela metodologia, vou fazer porque é bonito. Então, não alcançou o objetivo (PROFESSOR 15).

[...], e a gente tem que estar publicando, tem que estar buscando, tem que estar instigado a novos desafios de maneira continua (PROFESSOR 17).

Segundo Pimenta e Anastasiou (2014, p. 82) “[...] há um reconhecimento de que, para saber ensinar, não bastam a experiência e os conhecimentos específicos, mas se fazem necessários os saberes pedagógicos e didáticos”. A formação Didática parte da atualização dos professores, para que apliquem metodologias ativas, façam bom uso da avaliação, construam o conhecimento e um ensino que não se prenda aos conhecimentos específicos.

[...], estar atualizado, estar aberto ao uso de novas técnicas, os métodos ativos que a gente tanto fala hoje, eu acho que isso é superimportante. Então, eu acho que toda formação que vem, seja uma... novos métodos para uso em sala de aula, tu vai usar, sei lá, jogos, tu vai usar estudo de caso, tu vai... tudo que ir assim para qualificar, a atividade docente de sala de aula, eu acho que é importante, isso é necessário para a gente estar constantemente se atualizando. (...) A formação, ela é técnica, ela e muito técnica. E, então, assim, às vezes, coisas bem práticas: como fazer uma boa avaliação (PROFESSOR 2).

[..], acho que professor precisa buscar o conteúdo e as novas pesquisas, as inovações, e ele precisa buscar também metodologias e pedagogias novas, porque muda (PROFESSOR 14).

[..], mas também precisa desse suporte pedagógico, porque senão, às vezes, a gente se perde, eu vejo, assim, por exemplo, vocês que são da pedagogia, até a maneira de vocês fazer uma reunião, ela é muito diferente, porque vocês são mais detalhistas, e a reunião, ela flui, e os outros cursos que são da área da saúde, eles são bem mais objetivos, mas é pela própria formação, tem que ser objetivo pra assistência, tem que ser objetivo para isso, e a gente acaba sendo objetivo em muitas coisas, para tudo, e encurtando as coisas. E a formação pedagógica, ela busca isso, então, para as áreas aonde não se tem essa reflexão, claro que a pedagogia também é importante, mas ela é muito importante para essas áreas específicas que eu vejo. E eu me insiro nas áreas específicas também (PROFESSOR 16).

O conhecimento se dá não apenas pela razão, mas pelo diálogo dela com o sensível e o emocional (PIMENTA; ANASTASIOU, p. 221, 2014). E os docentes procuram na didática, uma técnica ou estratégia que eles possam usar em qualquer turma de estudantes, sem levar em consideração a realidade dos alunos, a sua bagagem cultural e suas questões subjetivas. Toda turma de alunos é única, e são formadas por sujeitos que possuam dificuldades para algumas questões e facilidades para outras, portanto, é necessário que o docente utilize de metodologias