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Para assegurar uma provisão mais justa de sistemas de infra-estrutura e serviços básicos, os Governos, nas esferas

No documento AgendaHabitat (páginas 78-80)

21institucionais, financeiros, tecnológicos e humanos para

B. Moradia adequada para todos 1 Introdução

86. Para assegurar uma provisão mais justa de sistemas de infra-estrutura e serviços básicos, os Governos, nas esferas

apropriadas e incluindo as autoridades locais, devem:

(a) Trabalhar com todas as partes interessadas na oferta de (e) Fornecimento de serviços sociais, sobretudo a grupos e

comunidades carentes.

As Prefeituras usualmente dispõem de serviços sociais em sua estrutura administrativa para o atendimento da população mais necessitada. Na condução da política habitacional, em algumas situações, é recomendável que esse atendimento seja realizado junto da própria comunidade, nos seguintes casos; (1) desenvolvimento de programas habitacionais pelos próprios beneficiados; (2) urbanização e regularização de assentamentos informais; (3) ocupação de conjuntos habitacionais.

(f) Acesso a serviços comunitários, incluindo locais para práticas religiosas.

(g) Acesso a fontes de energia sustentáveis.

O fornecimento de energia não é uma responsabilidade do Poder Público Local, mas o Município pode colaborar para o uso sustentável de energia adotando padrões e normas técnicas adequados que visem à eficiência energética das edificações e dos serviços públicos e privados. Ver Capítulo IV, Seção C, item 6.

(h) Tecnologias ecologicamente corretas e planejamento, fornecimento e manutenção de infra-estrutura, incluindo estradas, ruas, praças e áreas livres.

Muitas vezes as soluções mais simples, ou criativas, proporcionam melhores benefícios para a comunidade e para a Municipalidade do que as soluções convencionais. Por exemplo: (1) deve-se priorizar projetos de urbanização de fácil conservação, que mantenham a permeabilidade do solo, facilitem o escoamento das águas pluviais e dispensem sistemas complexos de drenagem, nas vias públicas, parques e espaços públicos; (2) deve-se respeitar a topografia dos espaços planejados, evitando movimentos de terra que desestabilizem a dinâmica geomorfológica local.

Prefeituras no levantamento das necessidades habitacionais e de serviços das comunidades, assim como na avaliação sistemática dos serviços oferecidos. Ver parágrafo 193.

(e) Facilitar a mobilização de capital de todas as partes interessadas, especialmente do setor privado, para ampliar o investimento.

Através da concessão de incentivos fiscais e de operações urbanas interligadas – nos termos regulados pelo Estatuto da Cidade –, os Municípios devem procurar firmar parcerias com o setor privado com a finalidade de aumentar os investimentos nos projetos de renovação e melhorias urbanas, que contribuam também para ampliar a oferta de moradias adequadas para todos.

(f) Estabelecer mecanismos de apoio a fim de permitir que pessoas carentes e desfavorecidas tenham acesso à infra-estrutura e serviços básicos.

O acesso à infra-estrutura e aos serviços básicos deve ser garantido mediante avanços em sua regulamentação, garantindo flexibilidade nas formas de gestão pelos Municípios e através de linhas de financiamento que priorizem os agentes mais adequados aos objetivos de universalização do atendimento e de qualidade ambiental na prestação de serviços.

(g) Eliminar obstáculos jurídicos, incluindo os relacionados à segurança da propriedade e crédito, que negam às mulheres igualdade de acesso a serviços básicos.

Não existem na legislação brasileira obstáculos ao acesso das mulheres ao crédito e à posse ou propriedade imobiliária. No entanto, podem existir dificuldades de natureza socioeconômica que restringem o exercício desses direitos, cabendo, nesse caso, também aos Municípios encontrar soluções para a superação dos problemas. Ver parágrafo 46.

terras cultiváveis e na alocação de espaço adequado para serviços básicos, bem como de áreas livres e de lazer no desenvolvimento de novos projetos e na modernização daqueles já existentes.

Os projetos habitacionais e de urbanização de assentamentos devem respeitar a legislação municipal no que diz respeito à reserva de áreas para edificação de equipamentos públicos e para instalação de parques e jardins. Serviços básicos de infra- estrutura devem ser implantados em conformidade com as diretrizes municipais e em parceria. A ampliação e melhoria das áreas livres urbanas amenizam as condições ambientais locais.

(b) Mobilizar as comunidades locais, em particular as mulheres, crianças e pessoas portadoras de deficiência, na tomada de decisões e na definição de prioridades em relação ao fornecimento de serviços.

(c) Mobilizar, estimular e apoiar, conforme necessário, particularmente mulheres, crianças e pessoas portadoras de deficiência na definição de normas para serviços comunitários e na execução e manutenção desses serviços.

Nos projetos habitacionais de interesse social, os Governos Locais devem mobilizar todos os grupos da comunidade – homens, mulheres, crianças, idosos e deficientes – para o estabelecimento de critérios de utilização das instalações comunitárias, a fim de serem respeitados os diversos interesses e ao mesmo tempo facilitar a manutenção e conservação dos equipamentos coletivos.

(d) Apoiar os esforços de grupos acadêmicos e profissionais na avaliação das necessidades de infra- estrutura e serviços no nível da comunidade.

Convênios dos Governos Locais com universidades, instituições de pesquisa e associações profissionais podem auxiliar as

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ecologicamente corretas para a infra-estrutura e fornecimento de serviços a custos reduzidos.

Os Municípios podem colaborar para o fomento de tecnologias adequadas, de baixo custo e ecologicamente racionais e sustentáveis, desenvolvidas com o apoio de outras esferas de Governo, à medida que privilegiem a sua utilização na execução das obras públicas de infra-estrutura, executadas diretamente ou pelo setor privado mediante concorrência pública.

(d) Estimular parcerias com o setor privado e com organizações sem fins lucrativos para a gestão e o fornecimento de serviços; quando necessário, aprimorar a capacidade de regulamentação do setor público; e praticar políticas de preços que garantam a viabilidade econômica e o uso eficaz de serviços, assim como a igualdade de acesso a esses serviços por todos os grupos sociais.

O fortalecimento da capacidade de planejamento, regulação, controle e fiscalização das autoridades locais é uma condição necessária à prestação de serviços públicos seja pelo setor privado seja por organizações comunitárias ou entidades sem finalidade de lucro. A política de preços, refletida nas tarifas, deve considerar a eficiência e a sustentabilidade econômica da operação dos serviços, bem como assegurar a igualdade de condições no acesso aos serviços para todos os usuários.

(e) Quando for pertinente e viável, estabelecer parcerias com grupos comunitários para a criação, execução e manutenção de infra-estrutura e serviços.

Compete aos Governos apoiar as iniciativas de comunidades locais organizadas em associações ou cooperativas que busquem soluções concretas para seus problemas ambientais e de infra-estrutura. Já existem algumas experiências pontuais de atuação conjunta da população com centros de pesquisa e

(h) Promover o diálogo entre todas as partes interessadas para facilitar o fornecimento de infra-estrutura e serviços básicos.

Em um contexto de gestão democrática das cidades, os órgãos públicos devem adotar mecanismos e instrumentos que favoreçam o diálogo e a efetiva participação de todas as partes interessadas na prestação dos serviços públicos, fortalecendo a fiscalização e o controle social.

87. Para assegurar a eficácia da infra-estrutura, o

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