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Descentralização e fortalecimento das autoridades locais e suas associações/redes

No documento AgendaHabitat (páginas 160-162)

21institucionais, financeiros, tecnológicos e humanos para

D. Capacitação e desenvolvimento institucional 1 Introdução

2. Descentralização e fortalecimento das autoridades locais e suas associações/redes

Ações

180. Para garantir a descentralização e o fortalecimento

eficazes das autoridades locais e suas associações/redes, os Governos, nos níveis apropriados, devem:

(a) Examinar e adotar, quando necessário, políticas e marcos jurídicos de outros Estados que estão implementando a descentralização de maneira eficaz. (b) Examinar e revisar, quando necessário, a legislação com

o objetivo de ampliar a autonomia local e a participação desenvolvimento sustentável dos assentamentos humanos

que se reforçam mutuamente. Os assentamentos humanos economicamente vigorosos, socialmente dinâmicos e ecologicamente corretos, em condições de urbanização contínua e rápida, dependerão cada vez mais dos recursos de todos os níveis de Governo para refletir as prioridades das comunidades, estimular e orientar o desenvolvimento local e formar parcerias entre os setores privado, público, voluntário e comunitário. Isso só será possível por meio da descentralização efetiva das responsabilidades, gerenciamento de políticas, autoridade na tomada de decisões e recursos suficientes, incluindo a competência arrecadadora, para as autoridades locais, mais representativas dos setores interessados, assim como pela cooperação internacional e parcerias, iniciando um processo estratégico e participativo de gestão urbana baseado em uma visão comum que ao mesmo tempo garante e protege os direitos humanos. Esse processo de descentralização e o processo de gestão urbana exigirão um grande esforço das instituições, sobretudo nos países em desenvolvimento e nos países com economias em transição. A capacitação, portanto, deve ser direcionada para o apoio à descentralização e ao processo participativo de gestão urbana.

178. Uma estratégia favorável, a capacitação e o

desenvolvimento institucional devem estar orientados para dar poder de decisão a todas as partes interessadas, particularmente as autoridades locais, o setor privado, as cooperativas, os sindicatos, as organizações não governamentais e organizações comunitárias, permitindo que elas desempenhem um papel eficaz no planejamento e gestão de moradias e assentamentos humanos. Esforços adequados no desenvolvimento de recursos humanos e lideranças, reforma institucional, desenvolvimento organizacional e de gerenciamento, além de uma capacitação contínua são necessários em todos os níveis. Esses objetivos podem ser alcançados por meio de associações e redes nacionais e internacionais de autoridades locais e por outras instituições 160

horizontal entre o Governo e as autoridades locais no fornecimento de serviços, controle de despesas, mobilização de recursos, formação de parcerias e desenvolvimento de empresas locais, entre outras coisas, por meio de programas de associação técnica e intercâmbio de experiências.

Os processos institucionais, dirigidos à implementação de programas e projetos habitacionais e de desenvolvimento dos assentamentos humanos, devem incluir, sempre que necessário, as parcerias entre o setor público e privado, o concurso dos saberes histórico-culturais e tecnológicos das instituições de ensino e pesquisa, a participação comunitária e a colaboração das organizações não governamentais, como forma de agregar diferentes fontes de conhecimento e interesses, tendo em vista a obtenção de respostas para os problemas das comunidades.

(g) Melhorar o desempenho das autoridades locais por meio da reunião de dados, classificados por sexo, idade e renda, além de uma análise comparativa desses dados, e da disseminação de informações sobre práticas inovadoras no fornecimento, execução e manutenção de bens e serviços públicos, no atendimento das necessidades das populações e na exploração do potencial fiscal, e de outros potenciais das cidades.

(h) Estimular a institucionalização de uma participação ampla, incluindo mecanismos de consulta nos processos de tomada de decisão e gerenciamento em todos os níveis.

A criação de um Banco de Dados, permanentemente atualizado, que abrigue um Sistema de Indicadores Urbanos, é importante instrumento estratégico para que as Municipalidades possam exercer um controle eficiente e efetivo sobre as necessidades impostas pela realidade local,

na tomada de decisões, implementação, mobilização e uso de recursos, sobretudo no que se refere aos recursos humanos, técnicos e financeiros e ao desenvolvimento de empresas locais, dentro da estrutura geral de uma estratégia nacional, social, econômica e ambiental, e estimular a participação dos habitantes na tomada de decisões referentes a suas cidades, bairros ou domicílios.

(c) Desenvolver a educação cívica para destacar o papel dos indivíduos como atores em suas comunidades.

Ver parágrafo 182, alínea (e).

(d) Apoiar as autoridades locais por meio da revisão dos mecanismos geradores de receita.

Para o fiel cumprimento deste pressuposto, os Governos locais devem procurar ampliar e fortalecer suas receitas próprias, aumentando a capacidade de arrecadação fiscal, e/ou buscando recursos externos, através de contratos de financiamentos com organismos internacionais (BID, Banco Mundial, União Européia e programas de cooperação com ONGs estrangeiras); com o Governo Federal, mediante a inclusão ou vinculação de dotações orçamentárias provenientes do Orçamento Geral da União – OGU, ou do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, com a interveniência da CAIXA.

(e) Fortalecer, se necessário, a capacidade das instituições de educação, pesquisa e formação profissional para proporcionar uma capacitação contínua a funcionários eleitos, gerentes e profissionais em questões urbanas, como planejamento, técnicas de gerenciamento de terras e recursos, além de finanças municipais.

(f) Facilitar o intercâmbio de tecnologia, experiência e conhecimentos práticos em matéria de gestão vertical e

C a p í t u l o I V – P l a n o G l o b a l d e A ç ã o : E s t r a t é g i a s p a r a a I m p l e m e n t a ç ã o

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mais importante instrumento no sentido de disciplinar o planejamento e a gestão financeira dos órgãos e entidades da União, dos Estados e dos Municípios, exigindo dos gestores públicos responsabilidade, eficiência e transparência no uso dos recursos públicos. Além de equilibrar as finanças públicas, o cumprimento dos dispositivos da LRF ajuda a combater a corrupção e contribui para melhorar as condições de governança urbana, conforme recomendação da Agenda Habitat.

(n) Permitir que as autoridades locais e suas associações/redes adotem iniciativas de cooperação nos níveis nacional e internacional e, em particular, compartilhem boas práticas e abordagens inovadoras para o gerenciamento de assentamentos humanos sustentáveis.

(o) Fortalecer os recursos dos Governos central e local por meio de cursos de capacitação em finanças e gerenciamentos urbanos, destinados a funcionários públicos e gestores.

(p) Desenvolver e/ou fortalecer, quando necessário, em cooperação com órgãos competentes das Nações Unidas, dentro dos limites de seus respectivos mandatos, assim como com associações/redes de autoridades locais e outras associações e organizações internacionais, redes mundiais de informações facilmente acessíveis com o objetivo de facilitar o intercâmbio de experiências, conhecimentos práticos e técnicos.

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3. Participação popular e comprometimento cívico

No documento AgendaHabitat (páginas 160-162)

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