• Nenhum resultado encontrado

Avaliação dos progressos

No documento AgendaHabitat (páginas 43-48)

21institucionais, financeiros, tecnológicos e humanos para

G. Avaliação dos progressos

Destaque-se nos parágrafos a seguir a importância que os signatários da Agenda Habitat atribuíram às atividades de monitoração e avaliação da implementação efetiva da Agenda Habitat, usando para tanto indicadores urbanos e habitacionais adequados, nacionais e locais. A partir dessa recomendação, o Habitat desenvolveu e disponibilizou às partes interessadas um sistema de indicadores urbanos e habitacionais e uma proposta de criação de observatórios urbanos em todos os níveis do global ao local. No parágrafo 52, os países se comprometem a avaliar e, se for o caso, revitalizar o Habitat, face às suas responsabilidades de dar assistência a todas as partes interessadas na implementação da Agenda Habitat, em nível mundial, regional, nacional e local.

No Capítulo IV, Seção F, poderão ser encontrados comentários de interesse dos Municípios brasileiros no que se refere aos processos e instrumentos de acompanhamento e avaliação da implementação da Agenda Habitat, e como vem se dando a sua aplicação no Brasil. Alguns Governos Locais se destacam nesse cenário por terem contado com a cooperação internacional recebida do UN-Habitat na aplicação de indicadores urbanos e habitacionais. Entre outros, Rio de Janeiro, Recife e Distrito Federal.

recursos financeiros e de empréstimos internacionais destinados à provisão de moradias adequadas e ao desenvolvimento sustentável de assentamentos humanos. O Brasil vem se beneficiando da cooperação internacional recebida em vários campos de atuação do Governo, através de doações e empréstimos internacionais bem como de assistência técnica, intercâmbio de conhecimento, informações e conhecimentos e através da transferência de tecnologia. Esses aportes da cooperação internacional – multilateral ou bilateral – são importantes contribuições para o desenvolvimento nacional e para o desenvolvimento sustentável dos assentamentos humanos. No Capítulo IV – Plano Global de Ação, Seção E, os Municípios poderão encontrar comentários sobre as ações recomendadas pela Agenda Habitat que são de interesse das autoridades locais.

49. Nós nos comprometemos – em prol do interesse da paz, segurança, justiça e estabilidade internacional – a incrementar a cooperação internacional e parcerias que ajudarão na implementação de planos nacionais de ação, do plano global de ação e o alcance das metas da Agenda Habitat, contribuindo e participando em programas de cooperação multilateral, regional e bilateral, em arranjos institucionais e programas de assistência técnica e financeira; promovendo a troca de tecnologias apropriadas; coletando, analisando e disseminando informações sobre habitação e assentamentos humanos; e aproveitando e mantendo contatos internacionais.

50. Nós também nos comprometemos com os objetivos de:

(a) Esforçar-nos para alcançar a meta acordada de 0,7 % do Produto Interno Bruto dos países desenvolvidos para assistência oficial ao desenvolvimento o mais breve possível e aumentar, conforme necessário, a parcela de financiamento para programas de

C a p í t u l o I I I – C o m p r o m i s s o s

III

43

51. Nós nos comprometemos a observar e implementar a Agenda Habitat como um guia para ações dentro dos nossos países e monitorar os progressos para o alcance desses objetivos. Indicadores qualitativos e quantitativos em níveis local e nacional, que são desagregados para refletir a diversidade das nossas sociedades, são essenciais para o planejamento, monitoramento e avaliação dos progressos para a obtenção de moradia adequada para todos e assentamentos humanos sustentáveis. Nesse sentido, o bem-estar das crianças é um indicador importante de uma sociedade sadia. Indicadores relativos a idade e sexo, dados desagregados e métodos apropriados de coleta de dados devem ser desenvolvidos e utilizados para monitorar o impacto das políticas e práticas de assentamentos humanos em cidades e comunidades, com atenção especial e continua à situação daqueles que pertencem a grupos vulneráveis e desfavorecidos. Reconhecemos a necessidade de uma abordagem integrada e conjunta para alcançar os objetivos de moradia adequada para todos e o desenvolvimento de assentamentos humanos sustentáveis, e iremos nos empenhar na implementação coordenada dos compromissos e programas de ação internacionais.

52. Nós também nos comprometemos a avaliar, com

vistas à sua revitalização, o Centro das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (Habitat), cujas responsabilidades,

inter alia

, incluem a coordenação e a assistência a todos os Estados na implementação da Agenda Habitat.

C a p í t u l o I V

P l a n o G l o b a l d e A ç ã o :

E s t r a t é g i a s p a r a a

I m p l e m e n t a ç ã o

IV

A g e n d a H a b i t a t p a r a M u n i c í p i o s

55. Na esfera econômica, a crescente globalização da economia significa que as pessoas nas comunidades estão comercializando em um mercado mais amplo, e que recursos para investimentos tornaram-se disponíveis com mais facilidade junto a fontes internacionais. Como resultado, o nível de desenvolvimento econômico aumentou em muitos países. Ao mesmo tempo, a lacuna entre os ricos e os pobres – tanto países quanto pessoas – cresceu, e daí a contínua necessidade de parcerias para criar um ambiente econômico internacional mais favorável. Novas tecnologias de comunicação tornam a informação muito mais acessível e aceleram todos os processos de mudança. Em muitas sociedades, novas questões relativas à coesão social e à segurança pessoal surgiram, e a questão da solidariedade tornou-se central. Desemprego, degradação ambiental, desintegração social e deslocamentos populacionais em larga escala, além de intolerância, violência e violação dos direitos humanos, também surgiram como fatores críticos. É necessário que tenhamos em mente essas novas condições ao estabelecermos estratégias para assentamentos humanos para as primeiras duas décadas do século XXI.

56. Enquanto a Habitat II é uma conferência de Estados – e haver muito que os Governos nacionais possam fazer para permitir que as comunidades locais tenham condições de solucionar seus problemas –, os atores que determinarão o sucesso ou o fracasso da melhoria das condições dos assentamentos humanos são encontrados principalmente no nível comunitário, nos setores público, privado e sem fins lucrativos. São eles, autoridades locais e outras partes interessadas, que estão na linha de frente para alcançar as metas da Habitat II. Apesar das causas estruturais dos problemas geralmente terem que ser tratadas em esfera nacional, e, algumas vezes, internacional, o progresso dependerá, em grande parte, das autoridades locais, do engajamento cívico e da formação de parcerias, em todos os níveis do Governo, com o setor privado, as cooperativas e as organizações não governamentais e comunitárias, C a p í t u l o I V

P l a n o G l o b a l d e A ç ã o :

E s t r a t é g i a s p a r a a I m p l e m e n t a ç ã o A. Introdução

53. Há vinte anos, em Vancouver, durante a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Assentamentos Humanos, a comunidade mundial adotou uma agenda para o desenvolvimento de assentamentos humanos. Desde então, tem havido notáveis mudanças populacionais e nas circunstâncias sociais, políticas, ambientais e econômicas que afetam o panorama estratégico. Essas mudanças levaram muitos Governos a adotar e promover políticas que facilitem a ação de indivíduos, famílias, comunidades e do setor privado para melhorar as condições dos assentamentos humanos. No entanto, estima-se que pelo menos um bilhão de pessoas ainda não contam com moradias adequadas e vive em condições inaceitáveis de pobreza, principalmente nos países em desenvolvimento.

54. Embora a taxa de crescimento populacional esteja em declínio, durante os últimos vinte anos a população mundial cresceu de cerca de 4,2 bilhões para cerca de 5,7 bilhões, sendo que quase um terço tem menos de 15 anos e há um crescente número de pessoas vivendo em cidades. Na virada do século, a humanidade estará ultrapassando um patamar em que mais de 50% da população viverão em áreas urbanas. Atender às necessidades dos cerca de dois bilhões de pessoas previstos nas próximas duas décadas e gerenciar os assentamentos humanos rumo à sustentabilidade serão tarefas hercúleas. Nos países em desenvolvimento, principalmente, a rápida urbanização e o crescimento das cidades pequenas, grandes e das megalópoles, onde os recursos públicos e privados tendem a se concentrar, representam ao mesmo tempo novos desafios e oportunidades: é preciso abordar as raízes desses fenômenos, incluindo a migração do campo para as cidades.

C a p í t u l o I V – P l a n o G l o b a l d e A ç ã o : E s t r a t é g i a s p a r a a I m p l e m e n t a ç ã o

IV

47

Governos em todos os níveis, para determinar seu futuro coletivamente, decidindo sobre ações prioritárias, identificando e alocando recursos de forma justa e construindo parcerias para alcançar objetivos comuns. A habilitação permite criar:

(a) Uma situação na qual são mobilizados plenamente o potencial e os recursos de todos os atores no processo de produção e melhoria de habitações.

(b) As condições para que mulheres e homens exerçam igualmente seus direitos individuais e responsabilidades e se engajem efetivamente em atividades que irão melhorar e sustentar o ambiente onde vivem.

(c) As condições para que as organizações e instituições interajam e atuem em rede, construindo parcerias voltadas para os objetivos de habitação adequada para todos e o desenvolvimento humano sustentável. (d) As condições de progresso pessoal para todos.

(e) As condições para o incremento da cooperação internacional.

B. Moradia adequada para todos

No documento AgendaHabitat (páginas 43-48)

Outline

Documentos relacionados