RIBEIRO, Andréa Jaqueline Prates (Unoesc) andrea.ribeiro@unoesc.edu.br FRAPORTI, Katiane (Unoesc) katyfrapórti@yahoo.com.br Eixo temático 3: Experiências formativas na Educação Básica Financiamento: Capes/PIBID
RESUMO
Desenvolveram-se atividades recreativas na Educação Física escolar. As atividades foram organizadas com o intuito de possibilitar a inclusão escolar de todos os estudantes. Foram desenvolvida duas atividades, “vira copos/jogo da velha” e “lego com basquete e jogo da velha”. Uma das atividades tem cunho mais recreativo e a outra é uma adaptação do esporte basquetebol.
Palavras-chave: Educação Física escolar. PIBID. Atividades recreativas.
1 INTRODUÇÃO
A Educação Física escolar passou por diversas transformações didáticas pedagógicas nos últimos anos. Antigamente as aulas de Educação Física tinham uma visão mais competitiva e excludente, no qual só ficavam os alunos com melhor rendimento. Com o passar dos anos esta visão foi se alterando e atualmente a Educação Física escolar tem como principal objetivo a inclusão de todos os alunos, especialmente durante sua prática.
Pensando na inclusão escolar, propomos atividades recreativas a partir de atividades realizadas por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, na Educação Física escolar. O PIBID oferece bolsas a alunos de cursos presenciais de licenciatura, para que se dediquem na atuação em escolas públicas, incentivando-os a lecionar na rede pública após graduados. Desta forma, o PIBID tem por objetivo a formação compartilhada entre professores da Educação Básica e futuros licenciados em articulação com a melhoria da qualidade do ensino das escolas públicas. As ações desenvolvidas visam promover a prática docente e o compromisso com as problemáticas concretas do campo da educação escolar.
O PIBID Educação Física da Unoesc, campus de São Miguel do Oeste, está implementado em duas escolas dos municípios de São Miguel do Oeste/SC e uma escola do município de Maravilha/ SC e conta com 01 professor coordenador institucional, 01 coordenador de área, 03 professores supervisores e 30 acadêmicos bolsistas, todos de Educação Física.
As atividades que são apresentadas neste trabalho foram desenvolvidas na EMEIEF Marechal Arthur da Costa e Silva (São Miguel do Oeste/SC), sendo uma recreativa e a outra é uma adaptação do esporte basquetebol.
104 II Congresso de Educação | Currículo e Gestão na Escola de Educação Básica Eixo 3 - Experiências formativas na Educação Básica
Nos utilizamos de materiais como: bambolês, copos coloridos, bolas, coletes, legos coloridos e peças de montar coloridas. As atividades foram desenvolvidas no ginásio de esportes e no pátio da escola, sendo que, primeiramente explicamos as atividades e em seguida elas foram realizadas pelos estudantes.
2 DESENVOLVIMENTO
O PIBID/Unoesc na subárea de Educação Física existe nesta escola, desde o ano de 2014 (1º edital). A partir de 2018 (2º edital), a escola passou a contar com 10 bolsistas e 01 professora supervisora.
As atividades do programa na escola incluem intervenções durante a aula, as quais são acompanhadas pelo professor supervisor da área (professor de Educação Física) efetivo da escola.
A partir das atividades de ensino que são realizadas na Escola pelo grupo PIBID/Unoesc/Educação Física, tem se verificado a excelente aceitação dos alunos pelas atividades que são propostas pelos bolsistas e a supervisora, as quais contribuem sobremaneira para um bom desenvolvimento das aulas.
Um dos principais avanços identificados em relação ao programa é a ampliação dos conteúdos que são vivenciados em relação à cultura corporal. Além disso, percebe-se que a troca de experiências (pibidianos-professor supervisor; pibidiano-estudantes da escola; pibidiano-universidade) contribui tanto para o desenvolvimento quanto para a formação o que enriquece as aulas.
O PIBID tem se mostrado um importante articulador na aproximação do acadêmico de graduação com a escola por meio do contato direto com todos os envolvidos com o contexto escolar. Desta forma, os pibidianos tem proposto atividades diferentes aos alunos, o que é um desafio constante nas aulas de Educação Física, pois algumas das crianças ainda tem uma visão de Educação Física escolar vista somente como “futebol” ou jogar uma bola do jeito deles. No entanto, esta visão está sendo transformada a cada dia.
Os profissionais de Educação Física estão investindo nas atividades recreativas e adaptando os esportes coletivos e individuais. Isso é muito importante, pois as crianças estão mudando sua visão e tendo um outro olhar para a Educação Física escolar e para os esportes nas aulas de Educação Física. Estimular os alunos a gostar de outros esportes/atividades e a serem críticos durante a execução das atividades, faz com que seja oportunizado a possibilidade deles exporem suas opiniões e não aceitarem tudo que vem “pronto”. Ou seja, tem-se oportunizado a possibilidade de mudanças que transformarão suas vidas, opinando durante as atividades.
Por meio de atividades lúdicas, numa relação com as brincadeiras, a criança poderá desenvolver sua personalidade, formular suas ideias, atitudes, conceitos, criar, inovar, aprender e ensinar, num processo de cooperação e compreensão, mesmo nesta fase de desenvolvimento da criança (ANJOS, 2013, p. 13).
A partir disso propomos aos educandos do 5º e 6º ano 2 atividades recreativas, adaptadas aos esportes, que tem como objetivo o desenvolvimento das capacidades motoras, velocidade, atenção, concentração, raciocínio lógico e o desenvolvimento do espírito competitivo, de forma a respeitar o próximo, ajudando os colegas no que é necessário. Brasil (2000) considera os jogos e brincadeiras com regras mais simples, conteúdos primordiais para a Educação Física no 1º ciclo, sendo eles os responsáveis por uma série de movimentos e regras dentro das necessidades para o desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo das crianças.
As atividades foram desenvolvidas com os alunos do 5º e 6º anos matutino e vespertino da EMEIEF Marechal Arthur da Costa e Silva, num total de 80 alunos.
A recreação e a brincadeira, dentro do âmbito escolar, é muito importante, pois as crianças aprendem se divertindo, gostando de fazer as atividades. A brincadeira é um dos instrumentos de trabalho indispensável para o educador na tarefa de mediar à educação de seus alunos e no propósito de buscar o desenvolvimento integral da criança. A brincadeira e o lúdico, intermediados pelo professor, oportunizam a criança explorar, aprender linguagens, solucionar problemas e enriquecer o imaginário (MELZ; VAROTO, 2015, p. 4).
Uma das atividades desenvolvidas foi “vira copos/ jogo da velha”. Esta atividade é bem interessante e depende de muita atenção das crianças durante a execução. Divide-se a turma em duas equipes, sendo que o primeiro de cada equipe corre até a mesa e tenta virar os copos fazendo com que o mesmo pare em pé. Conseguindo isto, pega o copo, vai até o centro da quadra e joga no jogo da velha. Ganha a equipe que terminar primeiro. As crianças devem ter atenção e contar um pouco com a sorte para a execução desta atividade.
A outra atividade desenvolvida foi “lego com basquete e jogo da velha”. Dividimos a turma em duas equipes, sendo que o primeiro de cada equipe deveria correr com a bola na mão, quicando e arremessar na cesta de basquete. Se fizesse a cesta o aluno olhava as corres da sequência do lego e iniciava uma sequência igual com peças de montar coloridas. Em seguida jogava no jogo da velha. Ganha a equipe que fecha o jogo da velha primeiro.
Ambas as atividades exigiam muita atenção, velocidade e concentração. O desenvolvimento das capacidades motoras nos anos iniciais é fundamental para a introdução dos esportes. Ofertar atividades por meio do jogo para as crianças aprenderem os esportes é muito importante. O principal papel do jogo no ambiente escolar é o de dar outras possibilidades de compreensão para o esporte e proporcionar aos alunos o desenvolvimento integral (MARINS; COSTA, 2016, p. 3).
Por isso que se precisam trabalhar muito bem as capacidades motoras desde o início escolar das crianças. As crianças gostaram muito das duas atividades, vibrava a cada acerto dos colegas, e verificava os erros tentando melhorar na próxima vez.
Acreditamos que atividades como estas vão fazer nossos alunos a pensar mais, serem mais criativos, críticos e independentes, contribuindo para uma sociedade mais crítica e humanas.
Fotografia 1 – Vira copos/jogo da velha
106 II Congresso de Educação | Currículo e Gestão na Escola de Educação Básica Eixo 3 - Experiências formativas na Educação Básica
Fotografia 2 – Vira copos/jogo da velha
Fonte: os autores.
Fotografia 3 – Vira copos/jogo da velha
Fonte: os autores.
Fotografia 4 – Lego com basquete e jogo da velha
Fonte: os autores.
Fotografia 5 – Lego com basquete e jogo da velha
REFERÊNCIAS
ANJOS, Jairro Alves dos. A importância das atividades lúdicas nas aulas de educação física no processo ensino aprendizagem. 2013. Monografia (Licenciatura em Educação Física) – Universidade de Brasília, Ariquemes, 2013. Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/6970/1/2013_ JairoAlvesdosAnjos.pdf. Acesso em: 18 abr. 2019.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física/Secretaria de Educação Fundamental. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
MARINS, Danielle Stéfane de; COSTA, Celia Regina Bernardes – Recreação Escolar: o brinquedo a brincadeira e o jogo na educação da infância. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, ano 1, v. 10, p. 5-24, 2016. Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento. com.br/educacao/recreacao-escolar-o-brinquedo-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-da- infancia?pdf=5142. Acesso em: 18 abr. 2019.
MELZ, Júlia Inês; VAROTO, Fernando Azeredo. Atividades recreativas na educação física escolar: importância no desenvolvimento integral das crianças do 1º ciclo do ensino fundamental. Revista Educação Física UNIFAFIBE, São Paulo, 2015. Disponível em: http://unifafibe.com.br/revistasonline/ arquivos/revistaeducacaofisica/sumario/39/19122015132235.pdf. Acesso em: 18 abr. 2019.