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GÊNEROS TEXTUAIS E SEQUANCIA DIDÁTICA

No documento Anais completos (páginas 121-123)

BUGANÇA, Hélen Kauane (Unoesc) helenkauaneb@outlook.com ZACCHI, Clair Fátima (Unoesc) clair.zacchi@unoesc.edu.br Eixo temático 3: Experiências formativas na Educação Básica Financiamento: Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID)

RESUMO

O presente trabalho aborda o ensino e a aprendizagem da língua por meio dos gêneros textuaiseda sequência didática. Os gêneros textuais circulam em diferentes contextos e, por isso, antes mesmo de entrar na escola, as crianças tomam contato com esse assunto. Nesse sentido, o estudo objetiva apresentar e trabalhar as características e especificidades dos gêneros para que os alunos façam uso no contexto social.Configura-se como trabalho bibliográfico e de campo, que apresenta uma breve discussão sobre gêneros textuais, sequência didática, e sua aplicação.

Palavras-chave: Gêneros Textuais. Sequência Didática.

O ensino da língua portuguesa hoje, é um grande desafio, tanto para os professores, quanto para os alunos. Pois, ela é vista como algo maçante e cansativo, desenvolvendo assim uma antipatia dos alunos pela disciplina. Por esse motivo, apliquei uma sequência didática com o objetivo de apresentar e trabalhar características e especificidades dos gêneros textuais a partir da imaginação e de estratégias lúdicas. A aplicação ocorreu em uma escola atendida por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), do qual sou bolsista, no município de São Miguel do Oeste, Estado de Santa Catarina. A aplicação foi consequência de uma atividade desenvolvida no componente de Estudos Teórico-Práticos do Ensino de Língua Portuguesa I, do curso de Pedagogia da Unoesc de São Miguel do Oeste, cursado em 2019.

A aplicação foi realizada na turma do 5º ano, já conhecida pela acadêmica, consequentemente eu tinha conhecimento das dificuldades coletivas e individuais dos alunos. Uma delas, que se tornou um desafio para mim, foi explicar de forma simples e clara o que são gêneros textuais para os alunos. A procura por algo simples acabou me levando a perceber exemplos cotidianos que seriam de fácil assimilação para eles, possibilitando assim uma maior compreensão do assunto proposto.

Deste modo, fiz duas sequências didáticas que tinham como objetivo a aprendizagem do gênero narrar, instruir e expor, respectivamente. É importante salientar que uma sequência didática, segundo Schneuwly (2004, p. 97) é “Um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito.”

Desta forma, a sequência didática auxiliou na explicação de que gênero textual é o nome que se dá às diferentes formas de linguagem empregadas nos textos, ou seja, a forma de linguagem utilizada no texto nomeará o gênero textual presente neste texto. É importante ressaltar que, no caso dos gêneros focados na aplicação, foi explicado cada uma de suas características para que o aluno

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conseguisse distingui-los dos demais e entre eles. Como destaca Schneuwly (2004, p. 74) “É através dos gêneros que as práticas de linguagem materializam-se nas atividades dos aprendizes.”

Para realizar a aplicação, foi confeccionado uma tartaruga de papel, com textos de diferentes gêneros textuais em seu interior e um jogo de trilha com os peões, dados e cartas com perguntas de verdadeiro e falso, perguntas de resposta aberta, ambas feitas a partir de dados científicos das tartarugas marinhas, perguntas sobre os gêneros textuais estudados e outras com comandos diversos.

Iniciamos as atividades mostrando aos alunos a tartaruga Green, que trazia em seu casco muitas histórias de diferentes gêneros. Após, pegou-se uma história inacabada do seu casco e que foi lida para as crianças, com o intuito de que eles dessem uma continuidade para a história. Para que esse processo acontecesse, instigou-se os alunos a imaginar diferentes continuidades para a história.

Depois de recolhermos as histórias, escolhemos uma para que fosse feita a correção coletiva. Cada aluno recebeu uma cópia da história para a correção. Durante esse processo, colocamos no quadro as principais características do gênero do narrar, e enquanto ocorria a correção da história, foi questionado aos alunos se a história seguia as características desse gênero. Além disso, foi revisto erros ortográficos e de pontuação, os parágrafos do texto e o sentido que cada frase tinha com relação ao contexto geral do texto. No final, os alunos reescreveram o texto corrigido e, com nosso auxílio, produziu-se um cartaz com as características do gênero do narrar para expor na sala.

Na sequência, trabalhamos com o gênero expor e instruir de maneira interligada a partir de um jogo. Para que isso ocorresse, os alunos se dirigiram para a sala de informática com o intuito de realizar uma pesquisa sobre as tartarugas marinhas e seu hábitat.

Com o recolhimento dessas informações, nós produzimos um jogo de tabuleiro. Em sala, foi mostrado o jogo e explicado as regras que estavam em uma cartolina. Antes de começar a jogar, foi explicado que o jogo, com suas instruções, é um exemplo do gênero instruir, e que as cartas com informações científicas, são um exemplo do gênero expor. Na sequência, demos exemplos dos gêneros narrar, instruir e expor presentes na sala de aula e na cidade, para que a assimilação dos gêneros se desse de forma eficaz por meio do que já é conhecido. Após, os alunos puderam se divertir jogando o jogo do conhecimento.

Com a aplicação da atividade, pude perceber a dificuldade dos alunos em, primeiramente, assimilar que a língua portuguesa pode sim ser divertida de aprender, e, que os erros cometidos nos textos erram, sobretudo, desatenção e falta do hábito de reler e refazer os textos produzidos. Portanto, concluímos que a ludicidade é importante no trabalho de qualquer disciplina, principalmente naquelas de suma importância, como é o caso da Língua Portuguesa.

REFERÊNCIA

No documento Anais completos (páginas 121-123)