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IMPLEMENTANDO HÁBITOS ALIMENTARES SAUDÁVEIS NA ESCOLA: UM RELATO DE

No documento Anais completos (páginas 197-200)

EXPERIÊNCIA

BUFFET, Bruna Cristina (Unoesc) brumh@hotmail.com MORSCHBACHER, Joel (Unoesc) joel.morschbacher@unoesc.edu.br SANSÍGOLO, Patrícia (Unoesc) patriciasansigolo@gmail.com PAULETTI, Marzeli (Unoesc) mzl_marze@hotmail.com MENEGHINI, Leidimari (Unoesc) leidimarimeneghini@yahoo.com ALBA, Cristiano Régis (Unoesc) cristianoalba@gmail.com Eixo temático5: Educação e Saúde Financiamento: Sem financiamento

RESUMO

A promoção da saúde visa à capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde com autonomia e eficiência. A alimentação saudável, incutida na vida dos escolares pode tornar-se um hábito, assim melhorando a qualidade de vida e diminuindo o risco de doenças associadas a hábitos alimentares não saudáveis.

Palavras-chave: Educação em Saúde. Alimentação Saudável. Ambiente Escolar.

1 INTRODUÇÃO

A alimentação e nutrição se apresentam como requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde e potencializam o crescimento e desenvolvimento humano com qualidade de vida. Uma alimentação saudável, entendida como um direito humano engloba um padrão alimentar adequado às necessidades biológicas e sociais dos indivíduos de acordo com as fases da vida (BRASIL, 2012).

O tema da alimentação saudável é de grande relevância, especialmente ao se considerar a crescente tendência à obesidade no mundo e sua relação com hábitos alimentares e estilos de vida (RANGEL-S; LAMEGO; GOMES, 2012). O modo de viver e de se alimentar de cada pessoa tem aporte na cultura, nas crenças e nos valores que são compartilhados coletivamente (BRASIL, 2008).

O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência de uma atividade acadêmica de um grupo de 5 estudantes da 5ª fase do curso de Enfermagem de uma universidade privada do Oeste de Santa Catarina que realizaram uma atividade prática sobre alimentação saudável em uma escola pública do município de Romelândia, SC.

198 II Congresso de Educação | Currículo e Gestão na Escola de Educação Básica Eixo 5 - Educação e saúde

2 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A origem da atividade surgiu através da disciplina de Prática Integrativa com ementário: Estratégias de trabalho em grupo com aplicação aos diversos cenários da prática cotidiana em Enfermagem. Desta forma, por conhecimento prévio de seus integrantes, buscou-se por conveniência dos autores uma escola para aplicação da atividade. Assim, por aproximação os gestores da escola, teorizou-se a implantação desta atividade com planejamento prévio e discussão entre os envolvidos. A população participante da atividade foram os estudantes das séries iniciais da escola. Desta forma, com agendamento das partes, foi marcado uma data e local para a execução do projeto. Na data oportuna, a atividade foi explanada para 18 estudantes entre 7 a 11 anos. Neste momento, com aproximadamente 40 minutos de duração, os acadêmicos e as professoras realizaram explanação sobre alimentos cozidos e in natura, teorização sobre a importância do consumo de frutas e verduras, importância da redução de consumo de gorduras, alimentos embutidos e com alto teor de sódio, além de incentivar a ingesta de água em grande quantidade diariamente. Para finalizar as atividades, houve degustação de frutas e sucos naturais como forma de incentivo ao consumo de alimentos saudáveis e com alto teor nutricional.

As diretrizes para a promoção de alimentação saudável nas escolas são contempladas no projeto político pedagógico (BRASIL, 2006). Nesse sentido, o Ministério da Saúde e o da Educação é corresponsável por assegurar a implantação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (BRASIL, 2012) e, consequentemente, de parte da Política Nacional de Promoção de Saúde (BRASIL, 2006a) nas escolas. Tais programas têm como objetivos atender as necessidades nutricionais do estudante no período escolar com intuito de promover hábitos alimentares saudáveis (BRASIL, 2006a). A Alimentação Escolar disciplinada pela lei nº 11.947/2009 inclui a educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida (BRASIL, 2009).

Consumir frutas, legumes e verduras todos os dias, juntamente com alimentos pouco processados e ricos em carboidratos complexos, produz um aporte adequado de micronutrientes e fibras, melhorando o funcionamento do organismo (BRAGA; PATERNEZ, 2011). Estes alimentos, inclusive, são marcadores de alimentação saudável dada às evidências científicas que demonstram que o consumo regular de 400 g/dia de frutas está associado à diminuição do desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2004).

Ressalva-se observar que os hábitos alimentares demonstram ter um papel de destaque não só na identificação do que os consumidores e familiares adquirem em termos de alimentos, mas também nos fatores que intermediam a escolha de tais alimentos (BORGES; LIMA-FILHO, 2004) como hábitos culturais e condições sociais.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A alimentação saudável é ainda um assunto que necessita de maior ênfase no dia a dia dos estudantes. A prática da atividade demonstrou-se efetiva visando abrir possibilidades de consumo

diário de alimentos nutritivos e saudáveis, bem como propiciou que alunos consumissem alimentos que antes não haviam experimentado ou que diziam não gostar. Espera-se que esta atividade se estenda para além da escola, e perpasse para a família em que o estudante está inserido, respeitando seus costumes e condições sociais.

REFERÊNCIAS

BORGES, Claudia Moreira; LIMA FILHO, Dario de Oliveira. Hábitos alimentares dos estudantes universitários: um estudo qualitativo. In: SEMINÁRIOS DE ADMINISTRAÇÃO, 2004, São Paulo. Anais [...] São Paulo: FEA/USP, 2004.

BRAGA, Milena Mendes; PATERNEZ, Ana Carolina Almada Colucci. Avaliação do consumo alimentar de professores de uma universidade particular da cidade de São Paulo (SP). Revista Simbio-Logias, São Paulo, v. 4, n. 6, p. 84-97, 2011.

BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Resolução FNDE/ CD nº 32, de 10 de agosto de 2006. Estabelece as normas para a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2006a.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria interministerial nº 1.010, de 8 de maio de 2006. Institui as diretrizes para a promoção da alimentação saudável nas escolas de educação infantil, fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de Atenção Básica. PNAN: Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

BRASIL. Presidência da República. Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2009.

RANGEL-S, Maria Ligia; LAMEGO, Gabriela; GOMES, Andrea Lizabeth. Alimentação saudável: acesso à informação via mapas de navegação na internet. Physis, Rio de Janeiro, v. 22, n. 3, p. 919- 939, 2012.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global strategy on diet, physical activity and health. Geneva: WHO, 2004.

No documento Anais completos (páginas 197-200)