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MELHORIAS NO ENSINO SUPERIOR PRESENCIAL ATRAVÉS DE PRÁTICAS DOCENTES INOVADORAS

No documento Anais completos (páginas 161-165)

BOFF, Everton (Unoesc) everton.boff@unoesc.edu.br Eixo temático 4: Educação e inclusão

Financiamento: Sem financiamento

RESUMO

O ensino superior tradicional não condiz mais com a atual realidade de formação brasileira. Para adaptar-se a essas mudanças, é necessário que os docentes estejam preparados para essa nova forma de “ensinagem”, incorporando as metodologias ativas.

Palavras-chave: Metodologias ativas. Formação. Experiências.

1 INTRODUÇÃO

As diretrizes da maioria dos cursos presenciais demonstram uma preocupação para que o futuro profissional tenha a capacidade de resolutividade diante das diversas situações que a profissão impõe nas várias áreas de atuação. Conforme Santos e Barra (2012), toda vez que o acadêmico é confrontado com a complexidade e a incerteza em atividades de sala de aula, as mesmas passam a ser significativas para a sua formação e assim aprende a argumentar, duvidar e principalmente criar diferentes soluções diante das situações e problemas que enfrentará.

Desta maneira, documentos que regulamentam os cursos superiores sinalizam no perfil do egresso uma formação técnica, científica e profissional, incluindo a identificação e solução de problemas, preparando desta forma o acadêmico para melhor enfrentamento do mercado de trabalho (BRASIL, 2002).

2 DESENVOLVIMENTO

Muitos autores relatam que a melhor forma de se inserir e enfrentar os problemas do mercado de trabalho e das profissões, são as experiências prévias e que determinam melhor conhecimento técnico e equilíbrio emocional no processo de enfrentar e apresentar resolutividades dos problemas cotidiano das profissões (COSTA; LOUREIRO, 2015).

Ao mesmo tempo, também é relatado que uma das formas de incluir o jovem recém-formado em um mercado que exige experiências profissionais, é a prática de metodologias ativas no processo de formação acadêmica. Diante disso, também afirmam que o professor tem papel fundamental nesta nova visão e método de formar, exigindo dele uma (re)formulação frente a essas novas práticas que

162 II Congresso de Educação | Currículo e Gestão na Escola de Educação Básica Eixo 4 - Educação e inclusão

A medida que o professor reflete sobre seu objeto de trabalho, percebendo-o como um processo e não apenas como um conteúdo a ser repassado, ocorre a necessidade de recorrer a estratégias de ensino aprendizagem para além da memorização, amplamente utilizada na metodologia tradicional, e estas estratégias possibilitam que os objetivos propostos por professores e alunos possam ser alcançados (ANASTASIOU; ALVES, 2006).

O docente ao perceber a necessidade de romper com o repasse tradicional de conteúdo, vivencia dificuldades pessoais ao adotar uma postura docente diferenciada e também por parte dos alunos que tendem a esperar apenas a exposição dos conteúdos que serão aprendidos (ANASTASIOU; ALVES, 2006). Corroborando, Mitre et al. (2008) refletem a urgência na contemporaneidade em ultrapassar a formação puramente técnica para uma relação dialética da ação-reflexão-ação.

É neste sentido que a universidade possui um papel muito importante na construção do seu educando. Uma dessas formas é transformá-lo em um ator ativo na construção e produção de seu conhecimento. Dessa forma, estará incentivando uma melhor inserção no futuro mercado de trabalho, formando um profissional capaz de ter uma melhor relação entre a sua formação, seu trabalho profissional e sua vivência em comunidade (XAVIER et al., 2014).

O uso de metodologias ativas possibilita a construção do conhecimento, a compreensão e a problematização das diversas situações que podem ser vivenciadas no decorrer da formação e posteriormente no exercício profissional (SANTOS; BARRA, 2012). Ainda, as metodologias ativas oportunizam maior autonomia para o acadêmico, pois trabalham com maior envolvimento pessoal do educando a medida que permitem maior flexibilidade em sua execução (BORGES; ALENCAR, 2014; BERBEL, 2011).

Para Anastasiou e Alves (2006), o docente quando atua sob a perspectiva de metodologias ativas está no compromisso de possibilitar o desafio e a busca de desenvolvimento de operações mentais. Para isso se efetivar, é necessário a ruptura (parcial ou total) de outras práticas, tornando o professor estrategista na formulação e organização de ferramentas e estratégias que visam uma melhoria (contínua) no processo de ensino aprendizagem. É importante salientar que na implementação das metodologias ativas por parte do docente, este deve ter o cuidado para que não ocorram “queimas” ou “pulos” de etapas, devendo a estratégia ser pensada em todo seu contexto (BORGES; ALENCAR, 2014).

Desta forma, ensinar é estimular o desejo de aprender, e isso, consegue-se com um aluno motivado, que é um aluno envolvido, ativo e valorizado pelo seu esforço na busca ativa do seu conhecimento e de suas soluções diante das situações que a vida e a futura profissão o apresentarão.

REFERÊNCIAS

ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos; ALVES, Leonir Pessate (org.). Processos de ensinagem na universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. 6. ed. Joinville: UNIVILLE, 2006. BERBEL, Neusa Aparecida Navas. As Metodologias Ativas e a Promoção da Autonomia de

BORGES, Tiago Silva; ALENCAR, Gidélia. Metodologias Ativas na Promoção da Formação Crítica do Estudante: O Uso das Metodologias Ativas Como Recurso Didático na Formação Crítica do Estudante do Ensino Superior. Cairu em Revista, ano 3, n. 4, p. 119-143, jul./ago. 2014.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior (CES). Resolução CNE/CES 11, de 11 de março de 2002: Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia. Brasília (DF). 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Documento da Área Interdisciplinar da Capes. 2016. Disponível em https://www.capes.gov.br/images/ documentos/Documentos_de_area_2017/INTE_docarea_2016_v2.pdf. Acesso em: 4 abr. 2019.

COSTA, César Augusto Soares da; LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Interdisciplinaridade e educação ambiental crítica: questões epistemológicas a partir do materialismo histórico dialético. Ciência e Educação, v. 21, n. 3, p. 693-708, 2015.

MITRE, Sandra Minardi et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciência & Saúde Coletiva, v. 13, p. 2133-2144, 2008. Supl. 2.

SANTOS, Maria Célia Calmon; BARRA, Sérgio Rodrigues. O Projeto Integrador como Ferramenta de Construção de Habilidades e Competências no Ensino de Engenharia e Tecnologia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA, 40., 2012. Anais [...]. 2012.

XAVIER, Laudicéia Noronha et al. Analisando as Metodologias Ativas na Formação dos Profissionais de Saúde: Uma Revisão Integrativa. S A N A R E, Sobral, v. 13, n. 1, p. 76-83, jan./jun. 2014.

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