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Investir em ações envolve um alto grau de risco. O investidor deve avaliar cuidadosamente em conjunto com seus consultores jurídicos e/ou financeiros, os riscos mencionados abaixo (inclusive os fatores de risco aplicáveis ao investimento em nossas Ações e no Brasil), assim como toda a informação contida neste Prospecto, antes de decidir comprar nossas Ações. Caso quaisquer dos riscos mencionados abaixo venham a ocorrer, os negócios, condição financeira e resultados de nossas operações poderão ser significativamente afetados. Conseqüentemente, o preço de nossas Ações poderá diminuir e o investidor pode perder todo ou parte de seu investimento nas Ações. Riscos adicionais atualmente desconhecidos por nós também podem prejudicar nossos negócios e operações.

Riscos Relativos à Companhia

O setor de saneamento básico no Brasil não tem regulamentação específica e a aprovação de qualquer regulamentação proposta para o setor poderá afetar negativamente nossas operações.

O Congresso Nacional tem debatido projetos de lei que objetivam estabelecer diretrizes para os serviços de saneamento básico no Brasil. Qualquer regulamentação proposta, caso aprovada, poderá instituir uma nova autoridade regulatória para o setor, a quem poderão ser conferidos poderes para negar renovações de nossas concessões após a expiração de seus prazos ou, em certos casos, até para cancelá-las. Ademais, é possível a propositura de legislação que modifique o critério de cobrança dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, bem como os critérios para definição de nosso programa de investimentos.

Quaisquer dessas mudanças, caso ocorram, poderão afetar adversamente nossas receitas e/ou nossas margens operacionais, na medida em que a perda de quaisquer das concessões por nós detidas, ou nossa eventual incapacidade de obter novas concessões ou licenças para a operação de serviços de saneamento básico no Estado de Minas Gerais, decorrente de eventual não adequação às normas e metas que venham a ser impostas pela nova legislação, poderão implicar redução de nossa atual área de atuação, afetando negativamente nossa geração de receitas. A alteração da legislação poderá, ainda, resultar no surgimento de custos adicionais os quais poderemos não ser capazes de repassar a nossos clientes, o que poderá reduzir nosso resultado operacional. Não podemos prever se, quando, e em que termos algum dos projetos de lei atualmente em trâmite, ou outro projeto de lei que venha a ser proposto, será convertido em lei. Para mais informações sobre os projetos de lei em andamento vide Seção “O Setor de Saneamento Básico no Brasil”. Estamos sujeitos a várias regulamentações de natureza ambiental e de proteção à saúde que estão se tornando cada vez mais rigorosas, o que pode resultar no aumento de nossos custos e de nosso passivo. Nossas atividades estão sujeitas a uma grande variedade de leis brasileiras federais, estaduais e municipais, regulamentações e exigências de autorizações relativas à proteção do meio-ambiente e da saúde. A água fornecida aos nossos clientes deve obedecer a padrões de potabilidade, dispostos na legislação federal aplicável. No âmbito estadual, estamos sujeitos às responsabilidades decorrentes da legislação que instituiu o Código de Saúde do Estado de Minas Gerais. Ademais, o tratamento e lançamento do esgoto coletado e a captação de água dos reservatórios e mananciais devem obedecer a padrões de proteção ao meio ambiente. Estamos sujeitos, ainda, à ocorrência de acidentes, tais como vazamentos e contaminações de mananciais, que podem resultar na obrigação de repararmos os danos causados, nos termos da legislação ambiental.

A não observância das leis e regulamentos ambientais pode resultar, além da obrigação de reparar danos ambientais eventualmente causados, na aplicação de sanções de natureza penal e administrativa. Dentre as sanções administrativas que podem ser aplicadas, vale ressaltar a possibilidade de embargo de obra ou atividade, ou ainda a suspensão parcial ou total das atividades que causem tais danos.

É possível que o volume dos investimentos necessários para atender às exigências ambientais aumente de maneira significativa no futuro, em razão da tendência de aumento do rigor da legislação ambiental e de sua aplicação. Tal aumento poderá acarretar reduções em outros investimentos planejados, o que poderia prejudicar nossos resultados. Além disso, quaisquer custos e responsabilidades ambientais ou de saúde pública relevantes não previstos poderão ter um efeito material adverso sobre nosso desempenho financeiro futuro.

Nossa prática de descarte de efluentes gerados por nossa atividade pode resultar na aplicação de sanções e na necessidade de incorrermos em custos adicionais significativos para recuperar as respectivas áreas afetadas. Em decorrência de uma prática antiga, adotada anteriormente à legislação ambiental vigente, em algumas localidades onde atuamos, o esgoto recolhido por nossas redes não é direcionado para ETEs, sendo despejado diretamente in natura em corpos d’água. Em decorrência dessa prática, estamos sujeitos a ações judiciais cíveis e penais e, ainda podemos incorrer em sanções administrativas, tais como multas. Temos envidado esforços juntamente com as prefeituras dos Municípios afetados para sanar essa pendência.

A interrupção do lançamento de efluentes em alguns Municípios é objeto de celebração de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs), firmados com as autoridades competentes, com o intuito de ajustar nossa conduta às exigências e padrões legais, evitando que os Municípios ou autoridades competentes proponham, contra nós, ações civis públicas e/ou processos administrativos. Por meio desses TACs, são estabelecidos cronogramas para o cumprimento de determinadas obrigações de fazer (que se resumem essencialmente em obras referentes à construção e melhoria de ETEs e redes coletoras), sob pena de pagamento de multas diárias na hipótese do seu não cumprimento. Temos envidado nossos melhores esforços para cumprir rigidamente os prazos estabelecidos nos cronogramas dos referidos TACs, negociando sua prorrogação com as respectivas autoridades, quando necessário. Caso não sejamos capazes de cumprir com os prazos estabelecidos em um determinado TAC, por qualquer motivo, e, caso não seja possível sua prorrogação, poderemos ficar sujeitos à propositura de ações judiciais de execução da aplicação das multas e/ou das obrigações de fazer previstas nesses acordos.

Ademais, somos parte em alguns processos judiciais, que incluem ações civis públicas e processos criminais referentes a questões ambientais. Para mais informações vide Seção “Negócios da Companhia – Contingências Judiciais e Administrativas”.

É possível que o volume dos investimentos necessários para atender às exigências ambientais aumente de maneira significativa no futuro, em razão da tendência de aumento do rigor da legislação ambiental e de sua aplicação. Tal aumento poderá acarretar reduções em outros investimentos planejados, o que poderia prejudicar nossos resultados. Além disso, quaisquer custos e responsabilidades ambientais ou de saúde pública relevantes não previstos poderão ter um efeito material adverso sobre nosso desempenho financeiro futuro.

Os Municípios com os quais firmamos Contratos de Concessão poderão optar por não renová-los ou impor condições onerosas para as suas renovações, o que pode afetar adversamente nossos negócios e resultados operacionais.

Dentre nossos Contratos de Concessão para prestar serviços de abastecimento de água, em 30 de setembro de 2005, 58, representativas de 9,3% de nossa receita, expirarão até 31 de dezembro de 2010 (sendo 31 em 2007, 19 em 2008, seis em 2009 e duas em 2010), sendo que nenhuma expirará entre a data deste Prospecto e o final do ano de 2006. Dentre nossos Contratos de Concessão para prestar serviços de esgotamento sanitário, sete, representativas, em 30 de setembro de 2005, de 4% de nossa receita, expirarão até 2010 (sendo duas em 2007, uma em 2008, três em 2009 e uma em 2010), sendo que nenhuma expirará entre a data deste Prospecto e o final do ano de 2006. O restante de nossos Contratos de Concessão expirará entre 2011 e 2035.

No passado, somente o Município de Muriaé optou por não renovar seu Contrato de Concessão conosco. Caso um número significativo de municípios opte por não renovar suas Concessões, ou imponha condições onerosas para essas renovações, nossas receitas e fluxos de caixa poderão ser afetados. Para mais informações vide Seção “Negócios da Companhia – Contratos de Concessão”.

Os Municípios poderão revogar nossas Concessões unilateralmente por motivo de ordem pública ou caso não cumpramos com nossas obrigações contratuais. Estamos sujeitos ao mesmo risco em relação ao Município de Belo Horizonte, no qual atuamos por meio de Convênio de Cooperação.

A prestação dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário depende de concessões específicas outorgadas pelo poder público. As Concessões por nós detidas são outorgadas pelos Municípios onde prestamos nossos serviços, exceto no Município de Belo Horizonte, no qual prestamos referidos serviços por meio do Convênio de Cooperação.

Em virtude de certas prerrogativas que lhes são atribuídas como poder concedente, os Municípios têm o direito de rescindir unilateralmente os Contratos de Concessão antes de seu termo final, em caso de relevante interesse de ordem pública, iniciativa conhecida como encampação de serviços. Os Municípios também podem recorrer à via judicial para resolver qualquer questão relacionada às suas Concessões, inclusive para requerer a rescisão de seus respectivos contratos por motivos diversos, iniciativa conhecida como declaração de caducidade. Em ambas as hipóteses, os Municípios estarão obrigados a nos indenizar pelos investimentos vinculados aos bens reversíveis ainda não depreciados ou amortizados e, também pelos danos que comprovadamente incorrermos em função de tal revogação. Apenas o Município de Almenara recorreu, em 2004, à via judicial para tentar rescindir sua Concessão, porém, sem sucesso.

O exercício dos direitos de revogação unilateral de Concessões por um número significativo de Municípios ou a resolução insatisfatória das indenizações poderão afetar, adversa e significativamente, os nossos negócios, fluxo de caixa e resultado operacional.

Ademais, nossa Companhia opera os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no Município de Belo Horizonte com base no Convênio de Cooperação, o qual dispõe sobre a prestação compartilhada por essas partes de referidos serviços. No período de nove meses findo em 30 de setembro de 2005, os serviços prestados no Município de Belo Horizonte corresponderam a 37,6% de nossa receita líquida total. Entendemos que o Convênio de Cooperação também está sujeito aos riscos de término antecipado e questões referentes à indenização descritas neste fator de risco. O término antecipado do Convênio de Cooperação pode afetar adversa e significativamente nossos negócios, fluxo de caixa e resultado operacional. Para mais informações sobre o Convênio de Cooperação vide Seções “Negócios da Companhia – Contratos de Concessão” e “Operações com Partes Relacionadas - Convênio de Cooperação para a Prestação Compartilhada de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário no Município de Belo Horizonte”.

Os Municípios podem determinar a obrigatoriedade da realização de processos de licitação para outorgar novas concessões ou para renovar as Concessões existentes, que podem nos sujeitar à condições menos vantajosas.

Todas as nossas Concessões foram outorgadas sem que houvesse um processo de licitação, o que representa uma vantagem competitiva para o nosso crescimento. Nos termos da legislação vigente, os Municípios têm a faculdade de, a seu exclusivo critério, determinar a observância de processo de licitação para outorgar novas concessões ou para renovar as existentes. Atualmente, somos parte em ações judiciais que requerem a observância de processos de licitação para a outorga de concessões de serviços de saneamento básico em 11 Municípios nos quais operamos, sendo: Belo Horizonte, Cataguases, Divinópolis, Frutal, João Pinheiro, Lavras, Leopoldina, Nanuque, Ribeirão das Neves, São Gotardo e Três Corações. Dessa forma, poderemos vir a ter que participar de processos de licitação para renovar nossas atuais Concessões ou mesmo para obter novas concessões. Além disso, podemos não obter decisões favoráveis em referidos processos ou em novos processos dessa mesma natureza. Para mais informações vide Seção “Negócios da Companhia – Contingências Judiciais e Administrativas”.

Caso venhamos a participar de licitações para renovar Concessões existentes ou obter novas concessões, poderemos ficar sujeitos a condições diferentes e menos vantajosas em relação às atuais, bem como poderemos não vencer um ou mais processos de licitação. Nossa eventual impossibilidade de renovar as Concessões existentes ou obter novas concessões, ou, ainda, de renová-las ou obtê-las em condições menos vantajosas, poderá afetar negativamente nossos negócios, expansão, condições financeiras, capacidade de geração de caixa e resultados.

Nosso desempenho financeiro será adversamente afetado caso não sejamos capazes de aumentar nossas tarifas adequadamente.

Nosso resultado operacional e situação financeira dependem essencialmente da nossa capacidade de fixar e cobrar tarifas pelos serviços prestados. No entanto, nossos reajustes e revisões tarifárias estão sujeitos a certas restrições legais, contratuais e políticas. Dentre as restrições legais está o limite da taxa de remuneração do investimento, que não poderá ultrapassar 12% do investimento reconhecido, que é valor total dos sistemas construídos em operação e já depreciados, das faturas a receber, do estoque operacional, do disponível não

vinculado e do ativo diferido. Não aplicamos no passado reajustes tarifários que tenham alcançado o referido patamar de 12%. Como exemplo, citamos o reajuste médio aplicado em 2005, de 24,15%, o qual projetou uma taxa de remuneração do investimento reconhecido de 7,20%. Para que se alcançasse a taxa de 12% naquele exercício, o reajuste tarifário deveria ser de 44,25%.

Nossos reajustes e revisões tarifárias dependem de autorização e aprovação pela Secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana do Estado de Minas Gerais. Nos anos de 2000 e 2002, não obtivemos a autorização e aprovação necessárias para reajustar nossas tarifas de forma a contra-balançar aumentos de custos decorrentes da inflação do período, o que afetou adversamente nossas condições financeiras e resultados.

A data base de reajuste de nossas tarifas é de 1º de março de cada ano. Na referida data em 2005, 2004 e 2003, nossos reajustes médios de tarifas foram de 24,15%, 14,28%, e 31,01%, respectivamente, ao passo que as taxas de inflação nos nove primeiros meses de 2005 e nos anos de 2004 e 2003, de acordo com o IGP-M, foram de 0,21%, 12,4% e 8,7%, respectivamente.

Além disso, vivenciamos, no passado, aumentos nos custos de energia elétrica posteriores à data de reajuste de nossas tarifas, os quais só puderam ser repassados para nossas tarifas no período seguinte, afetando adversamente nossas margens operacionais.

Em 2004, o Ministério Público do Estado de Minas Gerais ajuizou uma Ação Civil Pública questionando o reajuste tarifário realizado em 2004 para o Município de Belo Horizonte, nossa mais importante área de atuação. Caso tal ação seja julgada procedente, nossas receitas poderão ser adversamente afetadas. Para mais informações vide Seção “Negócios da Companhia – Contingências Judiciais e Administrativas”.

Não podemos garantir que futuros aumentos de custos ou resultantes de inflação serão integralmente repassados às nossas tarifas. Além disso, não podemos garantir que nossos futuros aumentos tarifários serão aprovados pelo órgão competente, inclusive a Secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana do Estado de Minas Gerais. Qualquer restrição quanto à fixação, reajuste, revisão ou manutenção de tarifas compatíveis com nossa estrutura de custos poderá afetar adversamente nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e situação financeira.

Apresentamos necessidades significativas de liquidez e de recursos financeiros para a realização de nossos investimentos, e qualquer restrição à nossa capacidade de obtenção de novos financiamentos poderá causar um efeito material adverso sobre nossos investimentos e sobre a possibilidade de ampliação de nossos negócios.

Somos uma empresa de capital intensivo e, portanto, temos necessidades substanciais de liquidez e capital. Nosso programa de investimentos visa, dentre outros, melhorar e ampliar os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, automatizar e melhorar o controle de dados de nossas ETAs e ETEs e investir na proteção do meio-ambiente. Para financiar tal programa, dependemos de nossa capacidade de gerar receita, da obtenção de financiamentos bancários nos mercados de capitais nacional e internacional, bem como junto a instituições financeiras governamentais e multilaterais, e do desenvolvimento de estruturas de financiamento de projetos (project finance) e demais estruturas financeiras.

A legislação brasileira estabelece que sociedades de economia mista somente poderão utilizar os recursos de operações de crédito externo (ou seja, empréstimos em moeda estrangeira) para refinanciar obrigações financeiras atualmente existentes. Tal restrição não se aplica ao financiamento de importações e operações de financiamento que envolvam organizações multilaterais, tais como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Da mesma forma, estamos sujeitos às regras e limites impostos às instituições financeiras com relação ao contingenciamento de crédito ao setor público editadas pelo CMN e pelo BACEN. Essas regras estabelecem determinados parâmetros e condições, que não estão sob nosso controle, para que as instituições financeiras possam oferecer crédito a entidades do setor público. Em decorrência dessas normas, nossa capacidade de contrair dívidas, tanto em moeda nacional como em moeda estrangeira é limitada. Dessa forma, poderemos ter dificuldades para obter financiamentos perante instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional, o que poderá dificultar a realização de nosso programa de investimentos ou o refinanciamento de nossas obrigações financeiras.

Podemos não ser capazes de obter recursos suficientes para cumprir nosso programa de investimentos a partir de 2006. Caso enfrentemos limitações na captação de recursos que nos impeçam de concluir nosso programa de investimentos, ou de executar nossos planos comerciais de maneira geral, podemos não ser capazes de atender a todas as nossas necessidades de liquidez e de recursos financeiros, o que poderá afetar adversamente nossos fluxos de caixa, resultados operacionais e situação financeira.

Compensamos Créditos-Prêmio de IPI adquiridos de terceiros com débitos tributários próprios, o que pode resultar em uma contingência relevante.

Em 2001, adquirimos de terceiros, com deságio de 15%, o valor de R$65,8 milhões em Créditos-Prêmio de IPI, os quais compensamos com outros débitos tributários. Apesar de a Secretaria da Receita Federal ter emitido os correspondentes documentos comprobatórios do pedido de compensação, a mesma tem entendido que tais Créditos-Prêmio de IPI não são passíveis de compensação, por não possuírem natureza tributária. Além disso, o Superior Tribunal de Justiça recentemente proferiu decisão no sentido de que o crédito-prêmio de IPI foi extinto em 1983. Os mencionados créditos foram compensados antes do trânsito em julgado das decisões judiciais que reconhecem sua existência, ao contrário do que dispõe a legislação tributária em vigor, que proíbe a compensação de créditos objeto de contestação judicial antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. Não constituímos qualquer provisionamento para essa contingência. Caso a Secretaria da Receita Federal entenda que tais compensações são indevidas, os débitos indevidamente compensados serão diretamente inscritos em dívida ativa, acrescidos de multa moratória de 20% e corrigidos pela taxa SELIC, o que poderá afetar negativamente nosso fluxo de caixa e nossos resultados operacionais.

Qualquer sentença desfavorável proferida em processo administrativo ou judicial que envolva questão relevante e que não tenha sido provisionada, poderá afetar adversamente nossa condição operacional ou financeira, bem como algumas de nossas concessões.

Somos parte em processos administrativos e judiciais de natureza cível, ambiental, trabalhista e fiscal, decorrentes do curso regular de nossos negócios. Estimamos que as ações judiciais de que somos parte representavam, em 30 de setembro de 2005, aproximadamente R$1.211,6 milhões, considerando o valor da causa atribuído a essas ações pelos seus respectivos autores. Desse total, R$1.085,0 milhões referem-se a ações ordinárias, ações populares e ações civis públicas, R$122,6 milhões referem-se a ações fiscais, R$4,0 milhões referem-se a ações trabalhistas e o restante refere-se a mandados de segurança. Somos parte também em sete procedimentos fiscais administrativos no valor total de R$262,1 milhões. Na mesma data, as provisões para essas contingências totalizavam R$8,0 milhões apenas. A diferença entre o valor provisionado e o valor total das contingências tem por referência a metodologia de definição de provisionamento da Companhia que leva em