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AUTONOMIA, ALTERIDADE E SOLIDARIEDADE: EMANCIPAÇÃO COM

4. CULTURA E EDUCAÇÃO ESCOLAR

5.2 AUTONOMIA, ALTERIDADE E SOLIDARIEDADE: EMANCIPAÇÃO COM

As narrativas de história de vida dos jovens que constam nessa pesquisa constituem uma riqueza ímpar e complexidades. Não é possível interpretar de forma simplista ou tentar categorizar. Quando penso em elementos culturais que constituem o sujeito identitariamente, não penso em uma extração seletiva, classificatória e generalizante para imposição posterior. Lanço meu olhar para o outro e seu entorno. O que envolve uma escuta sensível das entrelinhas da fala para uma interpretação mais aproximada possível da realidade do sujeito.

Os elementos culturais na verdade não são descobertos, são expostos pelo sujeito, pois eles sempre estiveram lá no recôndito do ser impressos por suas vivências. Contudo, não é possível visitar a interioridade humana sem um convite do anfitrião, que mesmo abrindo a porta do desconhecido para o pesquisador, pode privá-los de certos lugares que podem estar desorganizados e incômodos para exposição.

Sendo assim, interpreto o que me é mostrado, e pelos atravessamentos culturais que o indivíduo é constituído, seja impositivamente ou dialogicamente, verificar através de suas ações e desejos, não como universais, mas o que lhes é comum e pode ser comum para construção do eu intercultural.

Nas palavras de Vieira (1999), “o conceito de intercultural, no sentido em que o utilizo, implica as noções de reciprocidade e troca na aprendizagem, na comunicação e nas relações humanas”. Desta forma, é possível observar elementos catalizadores da ação e do desejo dos indivíduos que podem ser recíprocos e que não anulam a diversidade.

Nesse sentido que busco uma interpretação através das histórias de vida que revelem nuances, na complexidade humana, de valores interiorizados que contemplem o outro, e que mesmo na diversidade, se imbricam na intenção recíproca. Quando há mutualidade de direções, quando há convergência, o diálogo é estabelecido, isto é, mesmo indivíduos de culturas diferentes, de socializações distintas e lugares diversificados, podem ter pensamentos e atitudes comuns, sendo

este um elemento cultural que propicia a interculturalidade. Vejamos os seguintes relatos:

A minha visão de mundo é uma visão de solução. Poxa, deixa eu definir melhor isso. Eu vejo o mundo como um lugar em que as pessoas procuram... Que todo mundo procura no fim uma solução, uma coisa que elas não encontram. As pessoas criam problemas e estão em busca de soluções pra problemas reais ou irreais, pessoais ou impessoais, e eu gostaria de ser lembrada...Até por isso que eu acho que eu faço o que faço, sonho com isso...Eu gostaria de ser lembrada como uma pessoa que fez algo para que alguns desses problemas fossem resolvidos, que trouxe um meio, uma solução pra esses problemas , pra resolver as questões das pessoas e pra ajudar, como uma pessoa que fez uma diferença...Que não trouxe mais um problema, digamos assim, mas que trouxe uma solução para o problema dos outros, que ajudou. Uma pessoa que ajudou vidas, seja ...Não sei, que ajudou pessoas assim em toda forma, que fez o possível pra que o melhor pras pessoas fosse realizado (G.S).

E ainda:

Atualmente só consigo pensar o quanto ainda posso descobrir, o quanto preciso conhecer, uma vez que a vida é uma descoberta. Minha meta neste tempo é fazer algo para mudar a realidade do máximo de jovens e adolescentes que como eu vivem o mesmo drama que eu vivi. Um dos maiores erros do ser humano ainda é achar que pode viver de aparências. Sonho em ver uma sociedade mais preocupada com uma alma saudável do que com um corpo definido, com pessoas sinceras consigo mesma, que se importam com quem está ao lado independente do que vestem. Sonho em ajudar a construir uma sociedade com mais compaixão e menos abandono, sonho em passar isso a cada pessoa que cruzar o meu caminho independente do tempo que for, já que este voa como o vento.

Meu medo é não fazer o máximo que puder não viver a plenitude do que posso aqui nesta terra, e não dar tudo que tenho e assim não alcançar a todos que devo, mas isso, felizmente, só depende de mim.

Para o futuro, não me vejo velhinha, sentada em uma cadeira de balanço contando histórias para meus netinhos, não! Haverá ainda muito pra se conhecer e viajar, enquanto puder, quero povoar essa terra com todo o amor e bondade que tem enchido meu coração começando aqui, no lugar onde estou, e depois pelos confins da terra, sem prazo de término, enquanto houver fôlego em meus pulmões (T.M).

Em ambos os relatos, de jovens distintas, é possível perceber a convergência do pensamento em relação a si mesmo e ao outro. Há uma percepção de si mesmo em relação ao outro. Há um desejo recíproco de transformação pessoal e social. Entretanto, não há anulação, pois há divergência em suas sociabilizações.

Mesmo com todas suas experiências negativas em relação ao outro, sofridas por T.M. e G.S. em suas histórias de vida, tais como bulling, abandono, solidão e indiferença, não há um desejo de vingança, ou reprodução do sofrimento no outro. Mas há um desejo de solidariedade, de reconhecimento do outro, de aproximação do diferente. É possível identificar o anseio pela construção alteridade.

A alteridade se manifesta no desejo pelo todo, pois excedemos a nós mesmos ao nos voltarmos para o outro, nos constituindo nesse movimento. A alteridade não é dada, todavia é uma construção decorrente da relação a partir do reconhecimento da diferença, que por sua vez pode resultar em exclusão ou em solidariedade. Assim alteridade é a competência de aprender o outro na plenitude da sua dignidade, dos seus direitos e sobre tudo, da sua diferença.

Assim, nesse movimento, na prática do estranhamento, que o “eu” (sujeito) me identifico, que “eu” me vejo como ser único e que “eu” me afirmo como sendo, da mesma maneira, o outro. É nesse estranhamento do outro que consigo ver o que me é familiar, sendo assim, preciso do outro para me reconhecer como pessoa: “[...] sem alteridade não há saber e que seu reconhecimento é elemento fundante, tanto para emergência do eu como do outro [...]” (ARRUDA, 1998, p. 70).

Através da alteridade, percebo a diversidade e as diferenças, pois

na construção da identidade pessoal, a criança serve-se da alteridade para se construir e se afirmar. A tomada de consciência do eu e do outro, faz-se tanto pelo jogo de oposição e demarcação (enclausuramentono nós cultural) como pelo da assimilação (abertura à diferença). Nos dois casos há comunicação, processos interactivos caracterizados pela existência da percepção da alteridade. Com o crescimento, a criança constata cada vez mais o outro. Vê-o na televisão, encontra-o na escola e noutros grupos sociais onde vai cada vez mais interagindo. A criança, entretanto adolescente, vai descobrindo a alteridade sociocultural: outros comportamentos, outras referências, outras representações, outras religiões, outras etnias, etc. O jovem adolescente vai então arrumando a diversidade aprendendo a identificar e a classificar as diferenças. Começa a fazer a aprendizagem da diversidade cultural. Mas fica em aberto o modo como arruma a diversidade: de forma hierarquizada, desigual ou não, simplesmente alternativa, etc (VIEIRA,1998).

Segundo Freire e Shor (1986), a educação não forma a sociedade, mas a sociedade é formada por seus valores, suas regras, seus direitos e deveres, que de certo modo organizam a educação. Quando compreendo o outro na sua diversidade nas suas sociabilizações e construções valorativas, compreendo a sociedade e a

relação desta com a educação colaborando para as transformações. Desta forma, desenvolvimento da construção do conhecimento começa quando o sujeito percebe que o outro tem significação e é importante para a sua vida.

Segundo Vieira (1999), a identidade pessoal do sujeito não é um decalque da identidade cultural do grupo social de origem, pois o contato com o exterior, com a alteridade interfere na visão do mundo dos sujeitos de determinada classe ou grupo social contribuindo para construção e reconstrução da identidade promovendo a mestiçagem entre a cultura já adquirida e a chegada, uma nova dimensão do ser, a terceira, não estática, não acabada, sujeita a metamorfoses, as reconstruções identitárias.

A identidade constrói-se por referência à alteridade, em relação ao outro que se percepciona e nos dá a imagem de nós mesmos. A identidade e a alteridade constroem-se neste processo de interacção onde o indivíduo percorre o caminho entre o nós e o outro que vai descobrindo. O indivíduo acede à consciência de si, por diferenciação dos outros e assimilando a identidade do grupo que designa e identifica como seu. Depois é-se esse terceiro; um terceiro homem. Reconstrói-se o eu, o nós, e também o outro. O discurso, as práticas e representações sobre os outros, alteram-se (VIEIRA, 1999, on-line).

Assim, a legitimidade dos espaços dialógicos, bem como elementos culturais partilháveis na construção identitária do jovem constituem-se no reconhecimento do outro, ou seja, na alteridade. Na prática da alteridade contemplamos a autonomia, a autoridade, a liberdade, a solidariedade, por fim a emancipação.

No decorrer da pesquisa, identifiquei as crises de referência abordadas pelos jovens, bem como a ausência de construção de autoridade legítima nos diversos contextos de sociabilização, ou seja, uma autoridade baseando-se na identidade do ser, no reconhecimento mútuo, na relação com a alteridade dos outros, em suas diferentes multiplicidades.

Nesta compreensão dialógica da autoridade, ela deixa de ser a presença negativa, que inibe a busca inquieta do jovem, negando-lhe a possibilidade da curiosidade epistemologicamente humana, e passa a ser a presença desafiadora, competente e ética, capaz de produzir formação autônoma comprometida com a construção da vida humana com dignidade para todos como defende Freire em sua perspectiva:

Não obstante, uma situação dialógica implica a ausência do autoritarismo. O diálogo significa uma tensão permanente entre a autoridade e a liberdade. Mas, nessa tensão, a autoridade continua sendo, porque ela tem autoridade em permitir que surjam as liberdades dos alunos, as quais crescem e amadurecem, precisamente porque a autoridade e a liberdade aprendem a autodisciplina (FREIRE in FREIRE & SHOR, 1996, p. 127).

É nesse contexto que Freire defende a possibilidade de construção da autonomia e a relação entre liberdade e autoridade interferidora na formação moral do humano. Sendo a autoridade a condição de possibilidade para autonomia e para a liberdade. Esta autoridade supera tanto o autoritarismo quanto a licenciosidade. Sendo assim, a alteridade corrobora para construção da autonomia que na perspectiva freireana é realizado em comunhão com o outro, através do diálogo, relação em que os sujeitos envolvidos são autônomos, mas em permanente relação uns com os outros, isto é, é o estágio em que o humano faz história, cria cultura de forma crítica e consciente (FREIRE, 1980).

Esse desejo de fazer história, ser protagonista no seu tempo, contribuir para o novo, ser agente transformador são características de um jovem emancipado. Esse desejo está impresso na identidade do jovem, esperando apenas o reconhecimento.

Eu gostaria de ser lembrada como alguém que viveu bem, não no sentido de que teve uma vida boa, mas que viveu cem por cento da sua vida, que aproveitou cada segundo que tinha. Eu quero sem lembrada como alguém que realmente usou sua vida em prol de alguma causa. Eu tenho pensado muito nisso e isso realmente tem enchido meu coração, no sentido de que eu não existo só por existir, eu não sou alguém que saiu de uma explosão, ou alguém que foi criada pelo acaso, eu sou alguém que nasceu com um propósito e estou aqui por algum propósito e não é atoa que eu conheci tudo que conheci, que eu passei tudo que eu passei. Eu acredito que a partir do momento em que eu me disponho a ser uma pessoa melhor eu passo a ter um papel de influência na vida de outras pessoas, e eu aprendendo a usar de uma forma boa minha influência, eu posso mudar, talvez não o mundo, talvez não a sociedade, mas a vida das pessoas ao meu redor, e isso pra mim conta muito, vale muito a pena (T.M).

E ainda:

Atualmente só consigo pensar o quanto ainda posso descobrir, o quanto preciso conhecer, uma vez que a vida é uma descoberta. Minha meta neste tempo é fazer algo para mudar a realidade do máximo de jovens e adolescentes que vivem o mesmo drama que eu vivi. Um dos maiores erros do ser humano ainda é achar que pode viver de aparências. Sonho em ver

uma sociedade mais preocupada com uma alma saudável do que com um corpo definido, com pessoas sinceras consigo mesma, que se importam com quem está ao lado independente do que vestem. Sonho em ajudar a construir uma sociedade com mais compaixão e menos abandono, sonho em passar isso a cada pessoa que cruzar o meu caminho independente do tempo que for, já que este voa como o vento (T.M).

Vejamos outros relatos:

O meu maior sonho é viajar por pelo menos cinco países de cada continente, ajudar as pessoas no meu país e ser exemplo para as próximas gerações. Mas o meu medo é de que eu não consiga fazer nada para mudar a realidade de uma sociedade corrupta e intolerante. Mas eu espero que em um futuro próximo muitas mudanças aconteçam, as pessoas tenham novos pensamentos e que acreditem em algo que valha a pena viver (G.K).

Meu sonho é ver a mudança do mundo, a corrupção acabar a falta de respeito terminar, e violência simplesmente não existir mais, chega de ver toda essa sujeira instaladas nas casas de família, em escolas, e nas ruas. Esta na hora de jovens terem seus sonhos realizados, ter perseverança nas suas atitudes, e não se perderem por drogas, ou desejos sexuais e até mesmo desejo de posse. Hoje eu penso diferente, e creio que esta se levantando uma juventude diferente. Hoje eu quero ser um grande homem, onde minha geração irá lembrar de mim como exemplo (R.C).

Há um desejo de encontro com outros, de uma atuação dialógica com seu entorno. Segundo Freire (1980) a atuação coletiva, o encontro do outro é fundamental para construção de relações mais humanas, na criação da identidade com dignidade, da ação transformadora, com consciência crítica e criadora, da construção do conhecimento e da luta por uma vida melhor.

Sendo assim, os elementos culturais que corroboram para emancipação dos jovens buscados nesta pesquisa não estão dados, tampouco determinados por suas ações e práticas, mas estão intrínsecas nas vivências do sujeito e só são perceptíveis na exterioridade através do diálogo, da escuta sensível, do conhecimento do seu entorno na interpretação da educação, culturas que construíram e constroem suas identidades em suas relações sociais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os estudos que desenvolvi nessa dissertação tiveram o propósito de aprofundar os conhecimentos dos contextos educativos sob a influência da cultura nos grupos sociais a que pertence o sujeito, interpretando os elementos culturais que corroboram para formação identitária do jovem e sua emancipação frente aos desafios da sociedade contemporânea pautadas na dialogicidade e na interculturalidade.

Para a escrita dessa dissertação desenvolvi uma pesquisa de campo socioantropológico na qual oito participantes de 15 a 21 anos residentes de Giruá- RS que foram entrevistados, mediante a aceitação em participar voluntariamente da pesquisa, e da assinatura do Termo de Consentimento de Livre e Esclarecido; a eles se aplicaram dois instrumentos de coletas de dados, a história da vida e a autobiografia, afim de fornecer dados pertinentes a proposta desta pesquisa. Além disso inclui experiências minhas que condizem com o contexto estudado e ilustram os dados.

A pesquisa proporcionou a confirmação empírica de algumas hipóteses previamente elaboradas em meu projeto. Entretanto essas constatações não trouxeram um ponto final para as interrogações, apenas ampliaram as possibilidades de acesso a conhecimentos específicos das demandas dos contextos diversificados que outrora desconhecia, tais como a influência paterna na vida dos jovens; das redes sociais como essência comunicativa e dialógica entre os jovens em suas

relações e afetividades, entre outros temas que carecem de pesquisa e teorização futura.

Entretanto, pude apreender respostas provisórias em relação ao meu problema de pesquisa, como no tocante ao aspecto da constituição da identidade do sujeito na contemporaneidade e sua relação com a educação, a qual evidenciou que conhecer o indivíduo em suas relações sociais nos diversos contextos foi fundamental para a compreensão dos seus atravessamentos e para interpretação da construção de sua identidade. As narrativas de história de vida dos sujeitos, bem como suas autobiografias, não apenas me permitiram a aproximação do entorno dos jovens como propiciaram uma leitura das realidades que configuram suas atitudes, comportamentos bem como os anseios que permeiam o seu “eu” social, cultural e intercultural.

Neste meio, através da pesquisa bibliográfica que também se fez presente na organização deste estudo, pude examinar a importância da família na constituição dos sujeitos e neste contexto, o reflexo de uma relação harmoniosa entre pais e filhos na consecução de jovens com atitudes pro ativas diante da vida, permitindo o pleno exercício da cidadania.

Alcançando o aspecto da interação intercultural de sujeitos sociais distintos ressaltei os jovens locais do Município de Giruá/RS inseridos na cultura e contexto de uma cidade pequena do interior do RS e através das interpretações elaboradas, identifiquei na pesquisa os seguintes elementos como possíveis catalisadores no processo de construção da identidade do jovem giruaense: a autonomia, a autoridade, a alteridade e a assertividade.

Para essa análise dispenso o antagonismo comumente reproduzido entre autonomia e autoridade, baseado nos textos teóricos e nas narrativas já abordados na dissertação, tecendo suas aproximações no que considero relevante para educação, cultura e identidade do jovem, contrapondo a liberdade dos sujeitos com as dos outros, enfraquecendo o autoritarismo e a licenciosidade e desenvolvendo e amadurecendo a autodisciplina promovida pela liberdade e autoridade, que se apresentaram ausentes nas elaborações e vivências dos jovens.

Outro elemento observado através das narrativas de vida dos jovens é a assertividade, elemento que envolve a defesa de direitos pessoais e a expressão de

pensamentos, sentimentos e crenças de forma direta, honesta e apropriada, de modo a respeitar os direitos das outras pessoas a ponto de modificar as próprias crenças depois de considerar as do outro, ou mesmo integrar as do interlocutor nas suas. A assertividade pode ser associada à alteridade que, por sua vez, propõe o desafio de se respeitar as diferenças e de integrá-las em uma unidade que não as anule, promovendo a conexão entre diferentes sujeitos e seus respectivos contextos. Neste sentido, ambas se apresentam interligadas na ação comunicativa e dialógica, pois a assertiva se posiciona com flexibilidade promovendo o diálogo a alteridade integra e interage.

Portanto, autonomia e autoridade, bem como alteridade e assertividade, nesta perspectiva podem ser elaborações congruentes, elementos culturais significativos para construção da identidade do sujeito contemporâneo, emancipado, numa sociedade democrática e globalizada, com o direito de ser diferente, intercultural, e comprometido com a construção de uma sociedade mais solidária e mais humana.

Sendo assim, não de forma determinante ou prescritiva, os elementos sociais, tanto presentes quanto ausentes, identificados nas vivencias dos sujeitos e descritos neste trabalho, podem contribuir para construção da identidade do sujeito, do “eu intercultural”, do jovem emancipado em seus diversos contextos, valorizado como ator social diante dos desafios da sociedade contemporânea.

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