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AVALIAÇÃO DA REPRESENTATIVIDADE DO ESFORÇO CONSERVACIONISTA

No documento 11.1 Novas áreas de proteção propostas (páginas 74-79)

3.5 ELASMOBRÂNQUIOS MIGRATÓRIOS

6. AVALIAÇÃO DA REPRESENTATIVIDADE DO ESFORÇO CONSERVACIONISTA

As unidades de conservação federais, estão divididas em duas categorias: as de uso direto e indireto.

Unidades de conservação de uso indireto são destinadas a conservação da biodiversidade, à pesquisa científica, à educação ambiental e à recreação, sendo vetada a exploração dos recursos naturais, e aceito apenas o aproveitamento indireto dos seus benefícios. Este tipo de unidade de conservação é formada por Estações Ecológicas, Reservas Biológicas, Reservas Ecológicas, Parques Nacionais (PARNA), Áreas de Relevante Interesse Ecológico, Reservas Particulares do Patrimônio Nacional e Áreas de Proteção Especial.

Unidades de conservação de uso direto são aquelas destinadas à conservação da biodiversidade, com a permissão para a utilização de seus recursos de forma sustentável, estabelecendo modelos de desenvolvimento; é compreendida por Floresta Nacionais, Áreas de Proteção Ambiental (APA) e Reservas Extrativistas.

As unidades de conservação marinhas federais, estão restritas a Reservas Biológicas, Parques Nacionais (PARNAs), APAs e Reservas Extrativistas. As unidades de conservação marinhas federais estaduais e municipais brasileiras segundo o Macrodiagnóstico da Zona Costeira do Brasil (MMA/ UFRJ/ FUJB/LAGET, 1996) são:

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REGIÃO NOME STATUS

--- --- Parque Nacional Cabo Orange- AP

--- FEDERAL Norte Estação Ecológica Ilhas de Maracá e Jipioca- AP FEDERAL

APA Arquipélago de Marajó- PA ESTADUAL

APA Reentrâncias Maranhenses- MA ESTADUAL

Parque Estadual Marinho do Parcel Manuel Luiz- MA ESTADUAL APA Baixada Ocidental Maranhense/ Ilha dos

Caranguejos-MA

ESTADUAL APA Upaon-Açu /Miritiba/ Alto do Rio Preguiças-MA ESTADUAL APA Foz do Rio Preguiças/Pequenos Lençois - MA ESTADUAL

Nordeste APA Delta do Parnaíba- PI FEDERAL

Reserva Biológica Marinha do Atol das Rocas-RN FEDERAL Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha-PE FEDERAL

APA dos Corais-PE/AL FEDERAL

APA Gadalupe-PE ESTADUAL

Central APA Ilhas de Tinharé e Boipeba-BA ESTADUAL Parque Nacional Marinho de Abrolhos-BA FEDERAL

Estação de Biologia Marinha- ES FEDERAL

APA Ilha de Depiá-ES ESTADUAL

Sul Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo-RJ ESTADUAL

Reserva Biológica Ilha Grande- RJ ESTADUAL

Parque Estadual da Ilha Bela- SP ESTADUAL

Parque Estadual Marinho da Laje de Santos ESTADUAL

Estação Ecológica Tupinambás- FEDERAL

APA Guaraqueçaba FEDERAL

Parque Nacional Superagui FEDERAL

APA Cananéia, Iguape, Peruibe-SP FEDERAL

APA Ilha Cumprida ESTADUAL

Estação Ecológica Ilha do Mel- PR ESTADUAL

Reserva Biológica do Arvoredo- SC FEDERAL

Reserva Extrativista Marimha Pirajubaé-SC ESTADUAL Reserva Ecológica Ilha dos Lobos-RS FEDERAL

Parque Nacional Lagoa do Peixe- RS FEDERAL

--- --- --- Para APA Reentrâncias Maranhenses (MA), APA Baixada Ocidental Maranhense (MA), APA Delta do Parnaíba (PI), Reserva Biológica Atol das Rocas (RN), Parque Marinho de Fernando de Noronha (PE) e APA Cananéia (SP) e Superagüi (PR), foi possível obter listas de espécies oriundas de levantamentos realizados nas áreas das Unidades de Conservação, ainda que anteriormente ao estabelecimento dessas. Para as demais, relaciona-se abaixo a área com levantamentos realizados nos mesmos estados onde essas Unidades estão constituídas, esperando-se que a composição seja idêntica. Dessa forma, a composição específica da Chondrofauna dessas áreas poderá ser modificada uma vez realizados os levantamentos apropriados.

PARQUE NACIONAL DO CABO ORANGE

O Parque Nacional do Cabo Orange-AP apresenta uma faixa marítima de ~10 km. Na Costa do Amapá são registradas Mustelus higmani (Bezerra et al., 1993a) e Carcharhinus porosus (Bezerra et al., 1993b). Gadig (1994) realizou um levantamento das espécies de tubarões da costa do Amapá e cita as seguintes espécies Ginglymostoma cirratum, Mustelus higmani, Galeocerdo cuvier, Isogomphodon oxyrhynchus, Rhizoprionodon lalandii, R. porosus, Carcharhinus acronotus, C. falciformis, C. leucas, C. limbatus, C. porosus, Sphyrna lewini, S. media, S. mokarran, S. tiburo e S. tudes. Não existem trabalhos com listas específicas de raias do parque. O peixe-serra (Pristis sp.) é descrito para o Amapá (Charvet-Almeida, 1999), sendo esse parque possivelmente importante para a conservação dessa espécie altamente ameaçada.

ÁREA DE PROTEÇÃO ESTADUAL REENTRÂNCIAS MARANHENSES, ÁREA DE PROTEÇÃO BAIXADA OCIDENTAL ILHA DOS CARANGUEJOS, ÁREA DE PROTEÇÃO ESTADUAL UPAON-AÇU, MIRITIBA, ALTO DO RIO PREGUIÇAS

Nas áreas de proteção estaduais foram realizados levantamentos em 1976 (SUDEPE/GOV. EST. MARANHÃO), 1983 à 1987 por Lessa (1986, 1997), Stride et al. (1992) e ainda estão sendo prospectadas na atualidade como parte do Programa REVIZEE (Almeida, 1999). A fauna de elasmobrânquios é tipicamente costeira predominando juvenis por se tratar de área de parto e berçário para a maioria das espécies. É freqüente a ocorrência de fêmeas grávidas terminais que se aproximam das reentrâncias para o parto. Essa área é considerada um importante criadouro para elasmobrânquios merecendo cuidados especiais no que se refere ao desenvolvimento da pesca. Inventário da chondrofauna realizado entre 1983 e 1991 indicam a seguinte é composição específica (Lessa, 1986 e 1997; Stride et al. 1992 e Almeida, 1998): Carcharhinus acronotus, C. leucas, C. limbatus, C. perezi, C. porosus, C. plumbeus, C. obscurus, C. falciformis, Isogomphodon oxyrhynchus, Rhizoprionodon lalandii, R. porosus, Ginglymostoma cirratum, Sphyrna lewini, S. tiburo, S. tudes, S. mokarran, Pristis perrotteti, Rhinobatos lentiginosus, Dasyatis guttata, D. geijskesi, Gymnura micrura, Aetobatus narinari, Rhinoptera bonasus, Narcine brasiliensis, Mobula hypostoma, Urotrygon microphtalmum. PARQUE ESTADUAL MARINHO DO PARCEL MANUEL LUIZ

Os Recifes Manuel Luiz localizados 100 mn ao Norte de São Luis (MA), constituem-se nas formações recifais mais setentrionais do Atlantico Sul Ocidental, dados de capturas com linha de mão e observações sub-aquáticas ali realizadas (Motta et al., 1999) indicam para a fauna de elasmobrânquios a seguinte composição: Rhizoprionodon porosus, R. lalandii, Sphyrna sp. Ginglymostoma cirratum, Dasyatis sp., D. americana, D. guttata, Aetobatus narinari, Mobula sp. e Carcharhinus perezi.

ÁREA DE PROTEÇÃO ESTADUAL DOS PEQUENOS LENÇÓIS e ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DELTA DO PARNAÍBA

Informações sobre tubarões e raias costeiras no estado do Maranhão estão disponíveis. Almeida (1998) e Almeida (1999) citam as espécies capturadas na Região de Tutóia (MA): Urotrygon microphthalmum, Rhizoprionodon porosus, R. lalandii , S. tiburo, Rhinobatos lentiginosus, C. porosus, Pristis perotteti , Dasyatis guttata, D. geijskesi, Gymnura micrura, Aetobatus narinari, Rhinoptera bonasus, Narcine brasiliensis. Amostragens da pesca estão sendo realizadas no presente no âmbito do Programa REVIZEE no Delta do Parnaíba.

Três espécies de raias, D. americana ou D. centroura e Aetobatus narinari, foram observadas (Hazin et al,. 1997). Este autores citam a presença de Negaprion brevirostris, Ginglymostoma cirratum e Carcharhinus sp.

PARQUE NACIONAL MARINHO E ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE FERNANDO DE NORONHA

Quatro espécies de raias são citadas: Dasyatis americana, Aetobatus narinari, Manta birostris e Mobula hypostoma (Soto, 1997). Os tubarões do Arquipélago seriam: Ginglymostoma cirratum, Carcharhinus falciformis, C. galapagensis, C. leucas, C. limbatus, C. perezi, Galeocerdo cuvier, Negaprion brevirostris e Sphyrna mokarran; podendo ocorrer ainda Isistius sp., Euprotomicrus bispinatus, Prionace glauca, Alopias superciliosus, Carcharhinus spp., C. maou e Isurus spp.; as cinco últimas espécies apresentam hábitos oceânicos.

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL COSTA DE CORAIS E AREA DE PROTEÇÃO ESTADUAL DE GUADALUPE

Na área entre a Praia do Porto e Barra de Sirinhaém (PE) e de Tamandaré (PE) e Paripueira (AL) correspondente as duas APAs, foram avistadas em mergulhos as raias do gênero Dasyatis e os tubarões lixa (Ginglymostoma cirratum) e martelo (Sphyrna sp.), espécies estas, típicas de regiões recifais. Mattos (1998) registra para a área a presença de Rhizoprionodon porosus e R. lalandii. Segundo resultados do projeto ETEPE (1995) devem ocorrer ainda: C. porosus, C. acronotus, C. plumbeus, Galeocerdo cuvier, e as raias Aetobatus narinari, Dasyatis guttata, e D. americana.

PARQUE NACIONAL MARINHO DOS ABROLHOS

Informações sobre as espécies de tubarões e raias no Arquipélago não foram encontradas, com exceção dos trabalhos de Soto e Nisa (1995) e Castro (1995), que registraram a presença de Rhincodon typus no local. Queiroz e Rebouças (1995) relatam para o litoral da Bahia as seguintes espécies: Isistius brasiliensis, Ginglymostoma cirratum, Rhincodon typus, Alopias superciliosus, A. vulpinus, Scyliorhinus haeckeli, Mustelus higmani, Carcharhinus acronotus, C. brevipinna, C. falciformis, C. leucas, C. limbatus, C. maou, C. obscurus, C. plumbeus, Galeocerdo cuvier, Negaprion brevirostris, Prionace glauca, Rhizoprionodon lalandii, R. porosus, Sphyrna lewini, S. media, S. mokarran, S. tiburo, S. tudes, Rhinobatos percellens, Rhinoptera bonasus, Dasyatis guttata, D. americana, Narcine brasiliensis, Manta birostris, Aetobatus narinari e Gymnura altavela.

RESERVA BIOLÓGICA DE COMBOIOS

Situado no litoral norte do estado do Espirito Santo, é uma área de estudo de 2 espécies de tartarugas marinhas. Poucos são os trabalhos sobre a

descrição das espécies de elasmobrânquios encontrados no Espírito Santo. Provavelmente as espécies que ocorrem no estado são semelhantes as descritas para os estados vizinhos da Bahia e do Rio de Janeiro, principalmente o primeiro, pois a reserva localiza-se no norte do Espírito Santo. PARQUES NACIONAIS DE ILHA GRANDE E DA RESTINGA DE JURUBATIBA E RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DE ARRAIAL DO CABO.

No litoral norte do Rio de Janeiro ocorrem as seguintes espécies: Dasyatis sp., Rhinobatos percellens, Mustelus higmani, Carcharhinus brachyurus, Rhizoprionodon lalandii e R. porosus de possível ocorrência no Espírito Santo. Pimenta et al. (1993), relata para a região de Cabo Frio as espécies: Carcharhinus spp., Sphyrna spp., Rhizoprionodon spp., Isurus oxyrinchus, Squatina spp., Galeocerdo cuvier e raias violas, Rhinobatos spp. Fagundes Netto e Gaelzer (1991), Di Beneditto et al. (1998) e Paes et al. (1998) citam as seguintes espécies para o litoral do Rio de Janeiro: Squatina argentina, S. guggenheim, Zapteryx brevirostris, Psammobatis bergi, P. glandissimilis (Sinônimia: P. extenta), Rioraja agassizi, Atlantoraja castelnaui, A. cyclophora, Carcharhinus plumbeus, C. acronotus, C. brevipinna, C. limbatus e Rhizoprionodon porosus. Soto et al., (1995) relatam a presença de Rhincodon typus em Arraial do Cabo, onde apresenta 4 registros de ocorrência, e em Macaé, com apenas um registro. Considerando-se as semelhanças relativas as condições topográficas e oceanográficas estima-se que a fauna do Parque seja semelhante a do Rio de Janeiro.

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE CANANÉIA – IGUAPE E PERUÍBE A Área de Proteção Ambiental de Cananéia - Iguape e Peruíbe inclui as ilhas do Bom Abrigo e Ilhote, Cambriú, do Castilho e da Figueira (pertencentes a cidade de Cananéia), Queimada pequena e Queimada grande (em Peruíbe).

Sadowsky (1965 à 1971) e Gonzalez (1995) relatam para o litoral de Cananéia, a presença dos tubarões Ginglymostoma cirratum, Carcharhinus limbatus, C. leucas, C. porosus, Galeocerdo cuvier, Carcharias taurus, Squatina argentina, Rhizoprionodon porosus, R. lalandii, Sphyrna zygaena, S. lewini, S. tudes e S. mokarran e das raias Dasyatis guttata, Narcine brasiliensis, Rhinoptera bonasus, Aetobatus narinari, Gymnura micrura, Zapteryx brevirostris e Rhinobatos percellens. Arfelli e Amorim (1993) citam também um registro de tubarão branco (Carcharodon carcharias) nesta mesma área. Tomás et al. (1989) relata a presença de tubarões e raias oriundos da pesca de camarão-rosa; eles acrescentam a lista de Sadowsky as espécies: Squatina guggenheim, Squatina sp., Dasyatis spp., Atlantoraja castelnaui, A. cyclophora, Rioraja agassizi, Mustelus canis, Mustelus sp., M. schmitti, Squalus cubensis, Sphyrna lewini, Sphyrna spp., Carcharhinus brevipinna, Carcharhinus spp, C. limbatus, Isurus oxyrinchus, Eugomphodus taurus (Sinonímia: Carcharias taurus) e Psammobatis lentiginosa. Já Motta et al. (1997), acrescenta a lista de Sadowsky referindo-se a área de Santos, próximo a Peruíbe, os tubarões, Carcharhinus brevipinna, C. limbatus, C. obscurus e Squatina sp. Costa (1997), por sua vez acrescentaria: Rhinobatos horkelii em Ubatuba, onde também são

encontrados, segundo segundo Cunningham (1989) ocorre m ainda: R. agassizi, Dasyatis americana, D. say e Gymnura altavela.

PARQUE NACIONAL DO SUPERAGÜI

Charvet e Moreira-Jr. (1993) citam as seguintes espécies de tubarões e raias para o Parque Nacional do Superagui, no estado do Paraná entre outubro de 1991 a agosto de 1992: Rhizoprionodon lalandii, R. porosus, Carcharhinus limbatus, C. brevipinna, Galeocerdo cuvier, Carcharias taurus, Sphyrna lewini, S. zygaena, Aetobatus narinari, Narcine brasiliensis, Rhinobatos percellens, Zapteryx brevirostris, Mobula sp., Rhinoptera bonasus, Squatina sp. As duas primeiras espécies foram as mais abundantes representando 60% do total amostrado das redes de caceio e deriva, que operavam em profundidades de 10 a 50 m. Aproximadamente 50% das raias estavam grávidas com embriões à termo sugerindo a utilização da área para parto. O grande numero de exemplares jovens indica ainda a utilização desse ambiente como berçário.

RESERVA BIOLÓGICA MARINHA DO ARVOREDO E RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DE PIRAJUBAE

A Reserva Biológica Marinha do Arvoredo engloba as ilhas do Arvoredo, Desertas e Gales, que fazem parte dos municípios de Governador Celso Ramos, Tijucas e Porto Belo, em Santa Catarina. Mazzoleni et al. (1995) relatam a ocorrência de Manta birostris no município de Penha - SC e Kotas et al. (1995) citam a presença de Squatina spp., Sphyrna lewini, S. zygaena, Carcharias taurus, Rhinobatos horkelii, Carcharhinus leucas, Carcharhinus spp., C. plumbeus, Isurus oxyrinchus, Galeorhinus galeus, Rhizoprionodon spp., Mustelus spp., Atlantoraja spp., Prionaca glauca, Notorynchus cepedianus e Galeocerdo cuvier para desembarques em Itajaí e Navegantes.

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