4.3 COMPARAÇÃO DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DOS MODELOS DE
4.3.3 Avaliação das Informações de Caráter Prescritivo dos Modelos de
possuem caráter prescritivo.
a) Medidas de melhoria para cada nível de maturidade e nível de granularidade
A primeira questão avalia a disponibilidade de medidas de melhoria para cada nível de maturidade e nível de granularidade.
O BIM Assessment Profile, apesar de não apresentar níveis de granularidade, permite avaliar também o nível desejado de maturidade BIM para os próximos seis meses. A partir disso, são tomadas medidas de melhoria que permitam atingir estas metas. As decisões e medidas de melhoria, no entanto, devem ser tomadas e criadas pela própria equipe da organização.
Da mesma forma, o BIM Maturity Matrix pode ser aplicado duas vezes, a primeira para medir a situação atual do BIM, e a segunda para medir o nível desejado nos próximos meses (tempo definido pela própria organização). Ainda, o autor divide os níveis de maturidade em seis índices, e cada qual corresponde a um conjunto de definições e medidas de melhoria para alcançar o próximo nível. Por exemplo, ao avaliar uma organização e descobrir o seu índice de maturidade, são disponibilizadas informações de boas práticas relacionadas a este índice para se aprimorar e atingir o próximo nível.
Já o VDC Scorecard, como geralmente é aplicado por um consultor, ou orientado por uma equipe de suporte, fornece resultados práticos de melhoria para se atingir os níveis de maturidade e granularidade.
b) Cálculo de decisão para selecionar medidas de melhoria
O próximo conjunto de questões avalia a existência de um cálculo de decisão para selecionar medidas de melhoria. Um cálculo de decisão ajuda os tomadores de decisão a avaliar diferentes alternativas com relação a determinados objetivos e a identificar qual alternativa satisfaz melhor os objetivos. No contexto dos modelos de maturidade, uma alternativa inclui um conjunto de medidas de melhoria a serem implementadas (PÖPPELBUß e RÖGLINGER, 2011).
i. Explicação dos objetivos relevantes
No caso do BIM Assessment Profile, o resultado da avaliação fornece uma pontuação para cada elemento de planejamento avaliado, porém não há um critério de classificação para a empresa que a enquadre em um certo nível de maturidade. Para as tomadas de decisão e definição das medidas de melhoria com base nos objetivos BIM pré-estabelecidos, o guia aconselha que seja criada uma equipe de comitê BIM, com colaboradores da própria organização, e que esta equipe lidere as avaliações e a implementação do BIM.
Já com a utilização do BIM Maturity Matrix, a partir do resultado do índice de maturidade da organização, é possível identificar os conjunto de competências que já possuem maior ou menor maturidade, o que indica caminhos de melhoria para a própria organização. Porém, os objetivos do BIM devem ser estabelecidos pela própria organização, assim como a definição de escolha das medidas de melhoria.
O VDC Scorecard, além de disponibilizar o resultado geral, também fornece os resultados de cada área avaliada. A partir disso, é possível identificar as áreas que devem receber mais ou menos atenção, de forma a definir as melhores estratégias de melhorias. Além disso, a avaliação da consultoria especializada auxilia na definição dos objetivos e na escolha do melhor conjunto de desenvolvimentos.
ii. Explicação de fatores relevantes de influência
iii. Distinção entre um relatório externo e uma perspectiva de melhoria interna
Neste caso, ao se contratar a consultoria de aplicação do VDC Scorecard, é possível obter dois tipos de resultados, sendo um deles de resultados internos, que destacam os pontos que devem ser melhorados, e outro de caráter comparativo, ou seja, de benchmarking, onde o resultado geral do projeto é comparado com resultados de outros projetos que também avaliaram seus resultados pelo VDC Scorecard.
O BIM Assessment Profile e o BIM Maturity Matrix podem gerar como resultado secundário comparações de resultados entre organizações, porém não possuem caráter e objetivos de benchmarking, tanto é que o Assessment Profile não gera um índice de maturidade.
c) Metodologia de decisão orientada para grupos-alvo
Por fim, o último conjunto de questões que avalia o caráter prescritivo dos modelos de mensuração verifica a existência de uma metodologia de decisão orientada para grupos-alvo.
i. Modelo de procedimento
A documentação do BIM Assessment Profile, apesar de descrever um passo a passo para a implementação e melhoria do BIM, e apresentar um esquema de como o resultado obtido deve ser analisado, não especifica uma diretriz que auxilie nas tomadas de decisão.
No caso do BIM Maturity Matrix, a avaliação resulta em um índice de maturidade que está associado a definições de competências BIM que devem ser aprimoradas. Desta forma, pode se considerar que existe um modelo de procedimento, mas para o caso da avaliação de GL 1, utilizada para avaliar as organizações do presente trabalho, toda a análise deve ser realizada pelo próprio aplicador da avaliação.
Já o VDC Scorecard, como é executado por um consultor especializado ou assessorado por uma equipe de suporte, possui um modelo de procedimento para auxiliar a tomada de decisão. Porém, este modelo não é disponibilizado ao público.
ii. Assessoria na avaliação de variáveis
Apenas a ferramenta VDC Scorecard disponibiliza uma assessoria de pessoal que se dispõe a auxiliar na avaliação das variáveis. No caso da aplicação deste método nas organizações de Curitiba-PR, uma consultora foi destinada para instruir e explicar quaisquer dúvidas por parte da autora desta pesquisa.
iii. Assessoria na concretização e adaptação das medidas de melhoria
Análogo à resposta da pergunta anterior, como o VDC Scorecard é conduzido por um consultor, qualquer adaptação é orientada para a realidade do projeto em análise.
iv. Assessoria na adaptação e configuração do cálculo de decisão
Neste caso, o cálculo de decisão é realizado na própria plataforma virtual do VDC Scorecard, via programação já estabelecida. Não há flexibilidade e adaptações nas configurações deste cálculo. A única métrica passível de adaptações é a referente ao nível de confiança, que depende de fatores como quantidade de avaliações realizadas, questões respondidas e experiência de avaliação.
v. Conhecimento especializado de aplicação anterior
A métrica de “nível de confiança” do VDC Scorecard avalia a confiabilidade das respostas de uma avaliação, e considera critérios como a quantidade de vezes que o projeto já foi analisado, e por quem a avaliação foi feita. No caso, como a aplicação geralmente é realizada por um consultor especializado, aumenta-se a confiabilidade das respostas através do nível de confiança.
Para os demais métodos, não existem métricas que avaliem a experiência do aplicador.