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GORDURA BOVINA VIA ROTA METÍLICA

2.2 Biodiesel no Brasil

O Brasil, apesar de apresentar uma matriz energética onde 42,4% da oferta interna de energia é suprida por energias renováveis (EPE, 2013), pelo fato de utilizar majoritariamente recursos hídricos para a geração de eletricidade e percentuais crescentes de combustíveis renováveis no setor de transporte como o etanol de cana-de-açúcar, ainda apresenta gargalos importantes a serem resolvidos. Um desses gargalos é a utilização de biodiesel, que tem alcançado destaque significativo na última década.

O Brasil vem atuando de forma expressiva no uso de fontes renováveis de energia. Assim como o etanol, que já se consolidou como uma alternativa à gasolina, o biodiesel apresenta significativo potencial para ser a opção renovável frente ao diesel mineral, proporcionando a redução da dependência do setor de transportes em relação aos derivados do petróleo (SUGAWARA, 2012), se conseguir resolver os gargalos existentes, como será discutido nos próximos capítulos deste trabalho.

Em 1980, como forma de adicionar a matriz energética do país novas fontes, o governo brasileiro criou o programa do Pro-óleo o qual contemplava o Prodiesel7 como subprograma. Neste mesmo ano foi criada a Proerg a qual produziu óleos utilizados como combustíveis oriundos de vegetais ou gorduras animais. Em 1983 a mesma empresa em parceria com a aeronáutica desenvolveu o Prosene e neste mesmo ano uma aeronave fez um voo experimental testando o combustível, mas nos anos seguintes, com a crise do petróleo diminuindo, o programa foi perdendo forças até a extinção (MATTEI, 2008).

7 O combustível derivado de óleos vegetais ou de gorduras animais, que pode substituir o diesel de

petróleo, foi patenteado pelos cientistas do Ceará com o nome de Prodiesel, que é o mesmo biodiesel conhecido atualmente.

Na década de 90 após a reestruturação do setor energético do Brasil, a ANP autorizou por meio da Resolução 180 de 1998, a realização de testes e comercialização de combustíveis não especificados, sendo a UFRJ, através da COPPE, a primeira instituição que solicitou realização de testes com o Biodiesel. Diante dos resultados obtidos, em 2001 foi realizado o seminário “Potencial do Biodiesel no Brasil” onde concluiu-se a viabilidade econômica de uma política nacional que buscasse a substituição gradativa do diesel mineral pelo biodiesel a partir de produtos vegetais e da biomassa (MATTEI, 2008).

Em 2003, foram iniciados os primeiros estudos para a criação de uma política de biodiesel no Brasil. As informações necessárias ao processo decisório concentravam-se em avaliar a produção e o uso do biodiesel de diversas oleaginosas, o potencial mercado e as oportunidades para a inserção do biodiesel, a definição da logística de distribuição deste combustível, o desempenho dos motores e os efeitos da adição de biodiesel ao diesel de petróleo, a localização dos produtores de biodiesel, além da estruturação de modelo tributário capaz de garantir competitividade ao biodiesel (FLEXOR & KATO, 2008).

Antes do lançamento do programa e com os resultados dos estudos, ainda havia incertezas quanto à viabilidade econômica do programa, pois os estudos indicaram que os custos de produção do biodiesel eram maiores que do diesel derivado de petróleo. Além disso, havia a incerteza de que os produtores de oleaginosas (soja, dendê, mamona, etc) optassem por vender suas produções para as indústrias alimentícias ou para o mercado externo de óleos, o que inviabilizaria a implementação do programa (FLEXOR & KATO, 2008).

Diante desses problemas foram criados instrumentos econômicos (linhas de financiamentos, incentivos e subsídios) para tentar viabilizar a oferta de biodiesel.

Em dezembro de 2004, foi lançado o PNPB. Inicialmente, o principal objetivo desta política foi introduzir o biodiesel na matriz energética nacional com foco na inclusão social e no desenvolvimento regional.

O PNPB institucionalizou a base normativa para a produção e comercialização do biodiesel no Brasil, incluindo a definição do modelo tributário para este combustível, que foi concebido com o propósito de conferir redução total ou parcial dos tributos federais incidentes sobre os biocombustíveis (CIDE, PIS/PASEP e COFINS) para produtores de biodiesel, de modo a viabilizar a inclusão social e a geração de emprego e renda na agricultura brasileira. Portanto, os produtores de

biodiesel que adquirem matérias-primas de agricultores familiares podem ter maior redução nos tributos federais do que se adquirirem de agricultores não familiares (SOUZA, 2010).

Para usufruir desse benefício os produtores de biodiesel precisam possuir o certificado: Selo Combustível Social, que é concedido aos produtores que adquirirem percentuais mínimos de matéria-prima de agricultores familiares; celebrem contratos com agricultores familiares, estabelecendo prazos e condições de entrega da matéria-prima; e prestem assistência técnica aos agricultores. Dentre outras diretrizes políticas da base normativa, destacam-se a segurança no abastecimento e a garantia de qualidade para o consumidor (SOUZA, 2010).

A coordenação do PNPB é realizada pelo MME, no entanto o Selo Combustível Social e o PRONAF, que possui diferentes linhas de créditos para os agricultores, são de responsabilidade do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA). Já o MAPA é responsável pelo Plano de Zoneamento de Matérias-Primas, Programa de Produção Sustentável da Palma e Câmeras Setoriais de Matérias-Primas. E para finalizar o Programa de Desenvolvimento Tecnológico do Biodiesel é gerido pelo MCTI.

Em janeiro de 2005, por meio da Lei 11.097, foi determinada a adição de biodiesel ao diesel mineral consumido no país.

A partir da publicação da lei até o ano de 2007, a mistura de 2% (B2) de biodiesel ao diesel mineral foi autorizada de forma não compulsória, ou seja, de forma voluntária. O período de obrigatoriedade da mistura B2 iniciou em janeiro de 2008, tendo de passar a 5% (B5) até 2013. No segundo semestre de 2008, o governo elevou a mistura para 3% (B3), e no segundo semestre de 2009 para 4% (B4). Embora a mistura B5 estava prevista inicialmente para vigorar em 2013, durante o ano de 2009 esse prazo foi revisto, antecipando a obrigatoriedade de B5 a partir de janeiro de 2010, conforme Resolução nº 6/2009 do CNPE, publicada no DOU em 26 de outubro de 2009.

Em maio de 2014, foi publicada no Diário Oficial da União a Medida Provisória nº 647, que implica na ampliação da mistura obrigatória de biodiesel ao óleo diesel, de 5% para 6% a partir 1º de julho/2014 e para 7% em 1º de novembro/2014.

A utilização de biodiesel como combustível vem crescendo nos últimos anos. As razões para esta tendência são: aumento da procura por combustíveis alternativos

e renováveis; aumento de demanda de combustíveis fósseis (principalmente diesel); e alta nos preços do petróleo no mercado mundial.

A adição de biodiesel ao óleo diesel, além de colaborar para reduzir o consumo (e a subsequente importação) do mesmo, permite a redução de forma significativa das emissões poluentes, principalmente CO, HC e MP, com um pequeno incremento nas emissões de NOx, sem mencionar que o biodiesel não contem enxofre e contribui para reduzir as emissões de enxofre considerando o elevado teor deste componente no óleo diesel no Brasil (TEIXEIRA, 2010; ECYCLE, 2012). O efeito é proporcional à quantidade de biodiesel adicionada ao diesel. Estudos realizados pelo MAPA indicam que o uso de 5% de biodiesel ao diesel, por exemplo, reduz em 5% as emissões de HC e em 4% as emissões de CO e MP, mantendo as emissões de NOx praticamente estáveis. Os dados mostram que as reduções nas emissões diretas, em especial na emissão de hidrocarbonetos e materiais particulados, podem ser significativamente ampliadas com o aumento da mistura de biodiesel ao diesel mineral (MAPA, 2013a).

Desde 2005 o Brasil vem aumentando a produção de biodiesel e permaneceu durantes todos esses anos entre os cinco maiores produtores mundiais, juntamente com a Alemanha e os Estados Unidos. Sua produção passou de 69 milhões de litros em 2006 (ANP, 2013a) para 2,9 bilhões de litros em 2013 (REN21, 2014). A Figura 2.7 apresenta a evolução da produção de biodiesel no Brasil de 2005 a 2013 e a Figura 2.8 apresenta o mapa das plantas de biodiesel autorizadas por capacidade de produção (m3/dia), referente a março de 2014.

Figura 2.7. Evolução da produção de biodiesel no Brasil. Fonte: Adaptado de ANP, 2013a e REN21, 2014.

Destaca-se também a rápida evolução da capacidade industrial de produção de biodiesel. Até maio de 2014, 61 unidades estavam autorizadas a produzir e a comercializar o biocombustível, com uma capacidade total autorizada de 21.167,79 m3/dia. (ANP, 2014c). O Anexo A apresenta a capacidade instalada de biodiesel em

maio de 2014, segundo unidades produtoras.

Entretanto, de acordo com a ANP (2014,) em 2013 a capacidade nominal de produção de biodiesel foi de 22 bilhões de litros e, conforme apresentado anteriormente, o Brasil produziu 2,9 bilhões de litros de biodiesel em 2013, o que significa cerca de 13% da sua capacidade nominal de produção. Esta capacidade ociosa pode ser vista como um investimento, pois permite que o produtor de adeque rapidamente ao crescimento da demanda.

0,000736 0,069 0,404 1,167 1,608 2,386 2,673 2,717 2,9 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 B ilhõ es de lit ros

Figura 2.8. Mapa das plantas de biodiesel autorizadas por capacidade de produção (m3/dia) – Março de 2014.

As matérias-primas vegetais utilizadas para a produção do biodiesel são derivadas de óleos vegetais como soja, mamona, colza (canola), palma, girassol, entre outros, e as de origem animal são provenientes da gordura bovina, suína e de aves. Como alternativa de matéria-prima inclui-se o óleo utilizado para a cocção de alimentos (fritura).

Na verdade, apesar da grande variedade de matérias-primas, a produção de biodiesel no país ainda é concentrada na soja e gordura animal, ao contrário das expectativas iniciais do programa de contribuir para a melhoria de qualidade de vida nas regiões mais pobres do país como o semiárido (FLEXOR & KATO, 2008).

Na Figura 2.9 são apresentadas as quantidades das diferentes matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel no Brasil até 2012. O óleo de soja continua sendo a principal matéria-prima utilizada na produção de biodiesel pelo fato de ser a de menor custo, em virtude de que o óleo de soja é subproduto da produção de farelo de soja para exportação. Analogamente a gordura animal é subproduto da produção de carne pelo país.

Entretanto, segundo Padula (2012), o custo referente ao óleo de soja in natura é semelhante ao custo do diesel produzido a partir do petróleo já com os impostos incluídos. Assim, o biodiesel a partir de óleo de soja só se torna economicamente competitivo com o diesel convencional, se um sistema de redução de tarifas for adotado.

Em 2012 foram consumidos cerca de 2,1 milhões m3 de óleo de soja, 3% a

menos que em 2011. Em segundo lugar vem a gordura animal, cujo consumo em 2012 foi de 458 mil m3, aproximadamente 28% a mais que em 2011, pelos motivos

mencionados acima. Em terceiro lugar, o óleo de algodão (117 mil m3 consumidos em 2012, 19% a mais que em 2011) (ANP, 2013a).

Figura 2.9. Matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel no Brasil – 2005 a 2012. Fonte: ANP, 2013a.

A Figura 2.10 apresenta o percentual das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel durante o mês de março de 2014, onde se observa a expressiva participação da soja e da gordura animal.

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Figura 2.10. Matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel no Brasil durante o mês de março de 2014.

Fonte: ANP, 2014b.

A Tabela 2.5 apresenta o percentual dessas matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel no Brasil em março de 2014 por região.

Tabela 2.5. Percentual das matérias-primas utilizadas para produção de biodiesel, por região – Março 2014.

Matéria-Prima Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul

Óleo de soja 64,61% 67,17% 87,81% 42,86% 64,86%

Gordura bovina 24,96% 12,60% 8,98% 52,26% 31,77%

Óleo de algodão 20,12% 1,32% 1,89%

Outros materiais graxos 10,43% 0,74% 0,62% 0,83%

Óleo residual de fritura 0,11% 1,08% 2,37% 0,50%

Gordura de porco 0,07% 1,94%

Gordura de frango 0,10%

Óleo de palma/dendê

Fonte: ANP, 2014b.

Observa-se que o óleo de soja para a produção de biodiesel é predominante nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul. Na região Sudeste predomina a gordura bovina. Na verdade a palma e a mamona, inicialmente previstas como sendo grandes fornecedoras de matéria-prima para o biodiesel, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, não conseguiram ocupar um espaço nesta área, por vários motivos discutidos adiante neste trabalho (Capítulo 3).

As Figuras de 2.11 a 2.15 apresentam o histórico do percentual das matérias- primas utilizadas na produção de biodiesel em cada região, desde janeiro de 2013 até maio de 2014.

Figura 2.11. Evolução histórica do percentual das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel na região Norte.

Apesar das oscilações no consumo das matérias-primas na região Norte, no início de 2014, 100% da matéria-prima utilizada para a produção de biodiesel foi o óleo de soja. A partir daí seu consumo começou a declinar, dando espaço para a gordura bovina e outros materiais graxos. Em maio de 2014 predominou o uso da gordura bovina (67%), seguido por outros materiais graxos (28%) e óleo de soja (5%).

Figura 2.12. Evolução histórica do percentual das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel na região Nordeste.

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do ANP, 2013b.

Na região Nordeste o consumo das matérias-primas é mais estável, prevalecendo o óleo de soja com 82%, seguido pela gordura bovina com 14% e pelo algodão com 4% em maio de 2014.

Figura 2.13. Evolução histórica do percentual das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel na região Centro-Oeste.

Na região Centro-Oeste o consumo de óleo de soja predominou durante todo o período analisado, atingindo marcas superiores a 80%. Em maio de 2014 o consumo foi de 92%, seguido pela gordura bovina (6%).

Figura 2.14. Evolução histórica do percentual das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel na região Sudeste.

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do ANP, 2013b.

Na região Sudeste prevalece o consumo de óleo de soja e gordura bovina e uma pequena representatividade do óleo residual de fritura, sendo que em junho de 2013 atingiu a marca de 20% no consumo, período em que o óleo residual permaneceu como a terceira matéria-prima mais utilizada para a produção de biodiesel no Brasil, conforme discutido no Capítulo 3 deste trabalho. Em maio de 2014 a região Sudeste consumiu 64% de gordura bovina, 35% de óleo de soja e apenas 0,13% de óleo residual.

A região Sul segue a mesma linha da região Centro-Oeste. O consumo de óleo de soja predominou durante todo o período analisado, atingindo marcas superiores a 65%. Em maio de 2014 o consumo foi de 69%, seguido pela gordura bovina (24%).

Figura 2.15. Evolução histórica do percentual das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel na região Sul.

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do ANP, 2013b.

Diante dos gráficos apresentados pode-se observar que o óleo de soja é a matéria-prima mais utilizada nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul. Na região Sudeste prevalece o uso de gordura bovina, pelo simples fato da produção agrícola de soja ser menos expressiva, quando comparada às regiões Sul e Centro- Oeste, conforme apresentado no próximo capítulo. O óleo de algodão tem uma representatividade maior apenas na região Nordeste e chegou a atingir a marca de 32% no consumo em novembro de 2013.

De acordo com o MAPA (2014d) a decisão do aumento do percentual de biodiesel ao óleo diesel em 2014 vai propiciar melhor aproveitamento das matérias- primas e maior utilização da capacidade instalada de produção, sem causar grandes alterações no processo produtivo. Entretanto há necessidade de ser discutida como realizar a inserção de outras matérias-primas além da soja e da gordura animal.

Ainda de acordo com o MAPA (2014d) o consumo de biodiesel que em 2013 foi de 2,9 bilhões de litros, irá aumentar para 4,2 bilhões de litros em 2015 devido a mistura de B7, o que significa um aumento de quase 45%. Mas é necessário que se desenvolvam políticas que permitam o uso de outras matérias-primas na sua produção.

No Brasil, a comercialização do biodiesel é realizada por meio de leilões promovidos pela ANP a partir de orientações/diretrizes específicas estabelecidas pelo MME. Atribui-se aos leilões o objetivo de fornecer suporte econômico à cadeia

de produção do biodiesel e contribuir para o atendimento das diretrizes do programa brasileiro de biodiesel, além de criar condições para a consolidação do setor.

Os leilões de biodiesel asseguram a participação da agricultura familiar, pois pelo menos 80% do volume comercializado nos leilões deve ser proveniente dos detentores do Selo Combustível Social (MME, 2012). O Anexo B apresenta o resumo dos leilões realizados pela ANP no período de 2005 a 2014.

Com a produção brasileira de biodiesel, o objetivo principal era consolidar a cadeia produtiva e gerar emprego e renda, tanto na fase agrícola, nos mercados de insumos e serviços, como também em outras atividades como transporte, armazenamento, mistura e comercialização. Além disso, a produção de biodiesel no país teria por finalidade agregar valor às oleaginosas utilizadas como matérias- primas no Brasil. Entretanto, conforme será discutido mais adiante neste trabalho, a PNPB não alcançou seus objetivos iniciais, principalmente, quanto a inclusão social e inserção de matérias-primas alternativas ao óleo de soja e gordura animal.

3. MATÉRIAS-PRIMAS PARA A PRODUÇÃO DE BIODIESEL

Neste capitulo, a partir da contextualização anterior, são discutidas as diferentes matérias-primas para a produção de biodiesel no Brasil,incluindo as principais oleaginosas, a gordura animal e os principais álcoois utilizados. Este capítulo também aborda a questão da utilização de solo para produção de matérias-primas e sua evolução no Brasil, além de considerações sobre a possibilidade de produzir biodiesel por meio de óleos residuais.